Um grupo de cidadãos das Flores e do Corvo entregou na Assembleia Legislativa Regional dos Açores uma petição a defender a proibição da pesca com arte de palangre (pesca de fundo) nestas ilhas do Grupo Ocidental.
O documento, subscrito por 610 pessoas, considera que esta arte de pesca “é extremamente delapidadora dos recursos” pesqueiros, defendendo a necessidade de os preservar para garantir a “sustentabilidade” das pescas.
José Alfredo Araújo, que é o primeiro subscritor da petição, frisou que a situação “é ainda mais grave” porque a pesca com arte de palangre é exercida, quase exclusivamente, por embarcações “de outras ilhas”.
“Nós aqui só pescamos com linha de mão”, frisou este pescador da ilha das Flores, frisando que os barcos oriundos de outras ilhas “estendem as linhas ao longo da costa e limpam tudo”.
O texto da petição salienta que a arte de palangre “tem levado a que na maioria das ilhas dos Açores, nomeadamente nos grupos Central e Oriental, se verifique hoje uma clara diminuição das capturas e, consequentemente, dos recursos dos pescadores”.
A petição alerta ainda que muitos dos aparelhos de pesca utilizados pelos palangreiros das outras ilhas, ficam “presos no fundo marinho”, prejudicando a pesca artesanal local, “com consequências devastadoras para a economia” do Grupo Ocidental.
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