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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

COMO FOI PROCLAMADA A REPÚBLICA NO BRASIL



Muitas vezes, na história do mundo,pequenos fatos podem desencadear acontecimentos notáveis.É claro, que,minúsculos acontecimentos não detectados no dia a dia vão se acumulando como mágoas até que explodem aos borbotões sem que a gente espere ou perceba,mudando o “establishment” de uma hora para outra.
Assim aconteceu com a queda da Monarquia brasileira e a proclamação da República.
Uma questão militar, seguida de um levante geral das tropas de terra e mar foi a causa imediata dessas mudanças no tecido político brasileiro.Mas.os acontecimentos de 15 de novembro de 1889 foram apenas a gota d’água que transbordou o copo da insatisfação social vigente.
Herdamos a Monarquia de Portugal, regime comum aos Estados europeus em que a uma pessoa bastava ter sangue real para ter o direito de administrar um país;para isso,desde pequenininho era preparado e educado para aquela função.
Nosso imperador Pedro II, homem de extremo saber,era amado pelo seu povo,mas,a sucessão preocupava a todos,já que o nosso imperador já era um homem idoso e planejava abdicar em nome de sua filha,Isabel e descansar em Paris para fazer o que mais gostava:estudar,fotografar e conviver com a sociedade científica,longe dos problemas do poder.
Acontece, que o marido de Isabel,o Conde D’Eu era” persona non grata” aos brasileiros e a princesa não contava com a confiança do povo.
Apesar de ter assinado a Lei Áurea que extinguia a escravidão,ou por causa desse fato que irritou os grandes fazendeiros de S.Paulo e Minas,o povo não apoiava a princesa.
Conta-se que,assinada a Lei Áurea,o Visconde de Ouro Preto lhe disse:
-A senhora libertou um povo, mas, perdeu o trono.
Então,veio a questão militar;há muito os quartéis mostravam sinais de inquietação influenciados pela maçonaria e pelo positivismo em voga na época e alguns atos monarquistas punindo oficiais só acirrou os ânimos.
Entre eles estava o Marechal Deodoro da Fonseca, militar respeitado e admirado pela tropa ,mas,também respeitador da lei e amigo pessoal do Imperador.Graças a essa posição,seus colegas de farda o incumbiram de ir ao Palácio pedir à D. Pedro a revogação das punições.
O Governo cedeu face às pressões, inclusive,do Senado.Mas,as relações entre o Governo e o Exército não melhoraram.
A propaganda republicana antes confinada a clubes fechados e ti-ti-tis caseiros ganhou as ruas.
Quintino Bocaiúva,Silva Jardim, Lopes Trovão,Nilo Peçanha escreviam artigos magistrais;Campos Sales,Prudente de Morais pregavam abertamente a República,em S. Paulo.Benjamim Constant,positivista emérito fazia inflamados discursos na Escola Militar.
E, acima de todos,impressionando o espírito público e conquistando as classes armadas, o baiano Rui Barbosa,a “Águia de Haia”,escrevia artigos disputadíssimos no Diário de Notícias,lidos pela elite brasileira.
No decorrer do ano de 1889 ,o Gabinete presidido pelo Visconde de Ouro Preto começou a tomar certas medidas que preocuparam o Exército.Ele aumentou o corpo de polícia e organizou a Guarda Nacional além de remover da Capital todo um corpo da Infantaria;além disso,trocou os comandos e excluiu vários oficiais importantes das solenidades públicas;ficou patente que o Gabinete queria desestabilizar o Exército.
A Conspiração Militar ganhou força e foi para as ruas.
A República foi feita, sem a menor resistência.
O Império Brasileiro que durou 65 anos vinha desgastado pela sucessão de governos imperiais desacreditados e pelos partidos políticos sem mensagens novas que se eternizavam no poder: o Partido Liberal e o Partido Conservador.Este último há tempos no poder não oferecia solução para os graves problemas do país.
O Imperador deposto foi para a Europa e os principais nomes que apoiaram o movimento tomaram o poder.
A palavra república vem do latim e significa (res) coisa (publica) do povo.
Uma convulsão social de proporções acompanhou a chegada deste movimento, sendo o mais importante a Guerra de Canudos.


COMENTÁRIOS:
Belo artigo Miriam.
Talvez você consiga resolver uma duvida que nunca consegui esclarecer: o nome "proclamação" da república foi adotado, mas poderia ter sido "golpe", "conspiração" ou até um patriótico "revolução republicana". Você saberia dizer em que ano se tornou corrente esse nome "proclamação" para designar o golpe que derrubou d. Pedro II?

Cleber Resende · Belo Horizonte (MG) · 19/11/2009 18:06

Artigo histórico. Bom para relembrar o berço de nossa trajetória republicana.

Paola Rhoden · Brasília (DF) · 20/11/2009 22:19

maravilha de texto, bom final de semana.

O NOVO POETA.(W.MARQUES). · Franca (SP) · 21/11/2009 18:07

Outra aula da Miriam, mas dependesse de mim continuariamos uma monarquia, parlamentar, ficando livre de um monte de picaretas oportunistas que governaram o braziu... Picaretas por picaretas os reiseprincipes são mais charmosos...

Pedro Galuchi · São Paulo (SP) · 26/11/2009 17:41

Baiana! Estou cá. Lí seu texto e relembrei meus primeiros anos de escola.Bonito. Leio muito história e gosto. Gostaria que escrevesse algo no seu estilo sobre Hamsés ll. Faraó do Egito antigo. Prabêns pelo trabalho. Um abraço.
Geraldo Edimar · Jaíba (MG) · 16/12/2009 18:14

 16 nov (4 dias atrás)

Nossos aplausos por tão esclarecedor e oportuno texto, cara Miriam!

Grande abraço e ótima semana

Paulo Martins



19/11/10 23:34 - Zélia Maria Freire


É, bem que se está precisando de uma sacudidela para acordar o nosso

patriotismo que anda em baixa. Valeu Miriam. beijo de zélia


















quarta-feira, 14 de julho de 2010

A REVOLUÇÃO FRANCESA

                                                 A Bastilha,símbolo da opressão
A França vivia um período de instabilidade social profundo no século XVIII.O povo,também chamado os “sans culottes”,por andar mal vestido e faminto constituía 98% da população.

Eles formavam o Terceiro Estado, sendo que o Clero formava o primeiro e a nobreza, (o rei e seus pares)o segundo.

Apesar de constituir a maioria só o povo pagava impostos e sustentava o Estado nas suas sofridas costas;o Rei ,a nobreza e o clero ,isentos de impostos e com todas as regalias que o sistema feudal lhes proporcionava,vivia em palácios,festas e caçadas,ignorando completamente o que se passava fora de seus muros.

Naquele ano,1792 a França teve um de seus piores invernos;a farinha,que fazia o pão,base da alimentação da pobreza,teve seu preço elevado e ficou muito acima do bolso dos mais pobres.A miséria campeava absoluta.

Nunca,como naquele momento,as injustiças sociais do “ancien régime” doeram tanto.

A nobreza dominava a política, a justiça e a religião.

Com a França empobrecida por guerras perdidas o Rei convocou os Estados Gerais para reorganizar as finanças do Reino. Reuniu-se o Clero,a Nobreza e o povo,o terceiro estado,composto de trabalhadores urbanos e agricultores e a pequena burguesia;eram chamados deputados.

Mal as discussões começaram, o Terceiro Estado retirou-se da Assembléia pois percebeu que seus interesses estavam sendo manipulados e desconsiderados.

Revoltado, o povo arrombou um castelo e roubou centenas de mosquetes;a pólvora,sabia onde encontrar,na Bastilha,a tremenda prisão do Rei para onde eram levados os opositores do Regime.

A família real foi arrancada á força,de Versalhes e levada para as Tulherias,o palácio de Paris.

A revolta nas ruas estava cada vez pior.

O Rei foi solicitado a assinar a Constituição, onde abria mão de direitos feudais e cederia ás exigências do povo,liderado por Robespierre,movido pelo Iluminismo,difundido após a Guerra Civil Americana.

Criou-se então a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e a expressão:”Liberdade,Igualdade e Fraternidade”,que perdura até hoje como símbolo dos movimentos libertários.

O povo exigiu que Necker fosse o Ministro da Fazenda,o Rei aceitou,porém os tumultos de rua continuavam.

Os conservadores girondinos formados pela alta burguesia e trabalhadores especializados ,começaram a se estranhar com os jacobinos,gente da baixa burguesia que queria mudar tudo;instalou-se o caos e o Terror,comandados por Robespierre e Saint-Just e inflamado pelo jornal de Marat,que exigia sangue e dizia que não se faz revolução com água de rosas;e Danton,para quem o processo da Revolução passava pela morte de tudo que existia e era conhecido.

O Rei foi condenado á morte pela guilhotina,instrumento mortal inventado pelo Dr. Guilhotin,que,mais tarde,provou do próprio veneno.

Nesta “navalha nacional”,morreram milhares de franceses,inclusive Robespierre e a Rainha Maria Antonieta.Instalou-se o Terror em 1793,onde todos desconfiavam de todos e matavam todos.

A religião católica foi abolida,igrejas destruídas,os bens do clero,roubados e freiras e padres violados e assassinados cruelmente.

Cristo foi substituído por Marat,cuja banheira onde foi assassinado pela girondina Charlotte Corday,foi elevada a sacrário e colocada nos altares, enquanto o resto da Europa rugia de raiva e impotência.

Durou muito tempo esse estado de coisas;até que foi criado o Diretório,governo de cinco membros,entre eles um corso baixinho e com um ego do tamanho da Europa chamado Napoleão Bonaparte.

Não poderia terminar esse despretensioso ensaio sem falar no hino revolucionário “A Marselhesa”,composto pelo oficial de cavalaria Joseph Rouget de Lisle e que depois se tornou o hino nacional francês.

Eis o refrão:

Aux armes,citoyens

Formé vous bataillons;

Marchons!Marchons!

Qu’un sang impur

Abreuve nous sillons.

Este trecho “que um sangue impuro ágüe nossos arados” demonstra o teor de hostilidade que vivia o país.

E “VIVE LA FRANCE!”





segunda-feira, 31 de maio de 2010

INTELECTUAIS BRASILEIROS E OS ESCRITORES POPULARES


O BRASIL E OS INTELECTUAIS


Entre os dias 26 e 27 de maio estive num seminário sobre Jorge Amado , bancado pela Companhia das Letras e que contou com mediadores e palestrantes ,acadêmicos paulistas e baianos,além de escritores e jornalistas.

Fui representando a Câmara Baiana do Livro,mas,iria de qualquer jeito,mesmo recém – chegada da Bienal de Minas,pois os temas eram importantíssimos e a equipe,excelente.

Sem contar que,lá estava o José Eduardo Agualusa,escritor angolano de boa cepa que eu sempre quis conhecer.

Os temas foram variados; tratou-se desde as capas e traduções dos livros do autor,espalhadas pelo mundo todo,até suas preferências políticas,seus personagens inesquecíveis,como Dona Flor e Quincas Berro D’água,o sincretismo da sua obra e até o comentado “aburguesamento” do escritor, desde a revolução de 64.

Tive a sorte de conhecer o Jorge e a Zélia , através de um amigo comum,Mirabeau Sampaio,mas,- helás- nunca ficamos íntimos,primeiro e sobretudo pela minha natural timidez que me impedia de me achegar aos famosos,pois sei,como a abordagem é antipática.

Relendo páginas do seu livro auto-biográfico “Navegação de Cabotagem”,encontro textos que bem definem o escritor e o homem,ambos coerentes um com o outro.

Selecionei este:

“Os intelectuais da elite brasileira,os de esquerda e os de direita,irmãos gêmeos na pretensão e na tolice,uns quantos imitam os europeus,a maioria é fotocópia dos ianques,de brasileiros não têm quase nada;mesmo livresco e limitado,o saber os coloca acima da cidadania,sentem-se superiores,repudiam a criação popular,viram a cara,tapam o nariz á rua,á praça,ao folclore,o povo fede e eles são uns senhoritos.”

Descobriram agora,meus leitores porque o Jorge nunca pertenceu `Academia Brasileira de Letras?

A Academia odeia escritores que vendem livros ,acha que os campeões de venda são escritores “menores”,de segunda, e prefere apoiar os “mestres e doutores”,que escrevem em academês e o povo não entende nem lhes compra os livros.

Agora , até que mudou um pouco seu conceito,mas,a meu ver,para pior,pois o fardão é vestido por “globais” , e autores de obras menores e pouco importantes,tais como coletânea de frases e assuntos musicais,ou biografias escandalosas.

Jorge Amado , Darcy Ribeiro,claro,não teriam vez.Nem esta escriba que escreve essas mal – traçadas,sempre em linguagem popular,mas,que,pelo menos,vende livros.

Existem escritores brasileiros que amam a brasilidade, como Antonio Torres , Antonio Cândido, o quase esquecido Adonias Filho,criadores da cultura mestiça do Brasil com S e existem os outros, que repetem de oitiva o discurso importado e bestialógico,como diz Jorge.



terça-feira, 30 de março de 2010

NOVOS AUTORES




CLARA MACIEL,O TRIUNFO DA PERSISTENCIA
Algumas pessoas querem escrever;outros,sonham em escrever.Muitos sonham com a fama,mas,não se levantam da cama.
Para esses,aquela morena sestrosa que adentra a praça,deveria servir de exemplo.
Clara vai à praça fazer poesia.
A praça é do povo como o céu é do condor,diz o Poeta Maior.A praça,poeta ,é de quem tem coragem.
Coragem de recitar para o público que passa os seus poemas,coragem de oferecer seus livros,coragem de atuar.
_Que horror,diz o Conselheiro Acácio! Vender livros na praça!
Sim senhor,Conselheiro,o artista deve ir onde o povo está.Os livros têm que ter o cheiro do povo,devem ser do tamanho do bolso do povo,devem caber no universo do povo.
Clara Maciel leva a poesia às massas.Vende seus versos a quem quer comprar.Não se acanha,não se esconde.
E derrama versos preciosos como esses,quase um confiteor,quase uma declaração de guerra,diante de uma platéia embevecida.
Guerra declarada contra o machismo,o mau -caratismo e outros ismos tão prejudiciais à felicidade e ao entendimento entre os homens.
Solta a voz Clara Clarear,Clara Rouxinol,Clara guerreira, Clara Poesia :

UNIVERSO REVOLUCIONÁRIO FEMININO.
Autora: Clara Maciel

Que choquem os meus modos
Minha maneira de vestir, de recitar
Minha conduta nem santa nem puta
Meu estilo é meu! E daí?
E as rugas no meu rosto?
São prêmios por anos de batalhas
Para não ver os frutos do meu ventre
Nas calçadas disputando espaços
Marcados com sangue, carne aberta à navalha.
Ao meu modo sou mulher revolucionária
Que vai á luta disputa, conquista
Que ao invés do lamento e conformação
Usa as armas que possui
Papel, caneta e inspiração
Repudiando o pouco caso
De tanta gente “distinta”
Que de maneira hipócrita e vil
Horrorizam-se com os frutos da salvação
Ganhando e perdendo a vida nos sinais, nas ruas
Tapeando a fome com drogas e restos
Recebendo fermentado e amassado
Pelas mãos do próprio diabo - O Pão
Por conta de um sistema que enoja
Nossa casa, nossa gente - Nossa Pátria.
Que choquem os meus modos
Sou mulher liberta, poetisa ou poeta
Sou espírito livre, felina indomável
Jóia rara recuso-me ser lapidada.
E os meus poemas?
Meus poemas são santuários, templos de proteção
Arquivos eternos de sentimentos
Que sem nenhum pudor, comedimento
Revelam a minha intenção puramente feminina
De amar e ser amada.
Ao meu modo sou mulher revolucionária,
Sou poeta, sou CLARA.

Conhecendo a escritora - Clara Maciel

Clara Maciel nasceu em 22 de agosto. O ano? Não vem ao caso. Formação ADM-Geral. Clara está incluída no Dicionário dos Autores Baianos. Ela é membro da Academia de Cultura da Bahia – ACB. Membro da Academia Internacional de Letras Artes e Ciências – AILAC com sede em Buenos Aires – Argentina. Membro do Grupo de Ação Cultural da Bahia GACBA. Sócia da Casa do Poeta Brasileiro – POEBRAS. Membro Dell’Academia Superiore di Crescita Personale – Itália. Fundadora de o Movimento Cultural Clarear. Criadora e participante ativa do projeto Escritores na Praça. Poetisa de Rua – Praça da Piedade.
Autora dos romances: A Ilha dos Condenados - Aventura, campeão de vendas em 2005, coleção Apoio, pela Secretaria de Cultura e Turismo do Estado da Bahia.
O Descendente.
Eclipse (Um portal para a fuga I, II e III)
Um Erro no Passado.
No Reino da Rainha Primavera – infanto-juvenil.
Fundadora da Associação de Capoeira e Manifestações Culturais de Irará. BA, membro da Comissão da Câmara de Livro – CBL, Salvador também é autora de várias obras literárias.
Clara, além de romancista é também Poetisa, Compositora, e Cordelista. Tendo como referência os mestres em cordel Valdevino Paiva e Antônio Vieira. Ela adora estar em contato com seus leitores e amigos e se considera uma escolhida por Deus para polinizar o afeto, a alegria, a amizade e o amor fraternal entre as pessoas.
Contato para pedidos e venda dos seus livros: ecsmaciel@yahoo.com.br

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

DITADOS POPULARES EM TROVAS


DITADOS POPULARES EM TROVAS
Povo musical e versejador pela própria natureza, os lusos nos legaram os mais interessantes ditos populares, que, aqui, foram acrescidos pela natural verve brasileira, com suas manhas e encantos .
Muitos adágios populares chegaram até nós em forma de trovas; nada de espantar, sendo a trova a mais primitiva e perfeita expressão da alma portuguesa. Esses ditos populares continham conselhos ou críticas de situações pouco ortodoxas, em voga na antiga sociedade e, comuns até hoje.
Moça satisfeita com o bom rumo que tomava os seus amores cantava:
Toda a vida desejei
O meu amor, Manoel...
Agora, tenho-o á mão:
Caiu-me a sopa no mel!
Um bom conselho para se casar cedo (ou dar estado) ás raparigas, exprimia-se nesses versos, que continham uma certa sabedoria:
Ó meu pai, casa-me logo,
Enquanto sou rapariga:
O milho plantado tarde
Nunca produz boa espiga.
Esta é para quem está desolado por haver perdido um amor:
A maré quando enche e vaza,
Deixa a terra descoberta...
Vai-se um amor e vem outro;
Nunca vi coisa tão certa.
Esta, louvando a esperança, é brasileira e nordestina, com certeza:
Menina da saia verde
De verde cor da esperança;
Teu desdém não me amofina:
Quem espera sempre alcança.


Outra, brasileira, de Pernambuco:
O direito do anzol
É ser torto e ter barbela,
O direito do rapaz
É casar com uma donzela.

Essa crítica de costumes é ótima:
Toda desgraça do homem
É falar fino e esmorecer,
Larga a muié e mora perto,
Prá todo dia ela ver.
Outra, certeira como uma flecha, tem origem no Nordeste:
O homem que bebe e joga,
Mulher que erra uma vez...
Cachorro que pega bode,
Coitadinhos deles três!...
Não podiam faltar as sogras:
Sogro e sogra
Milho e feijão
Só dá resultado
Debaixo do chão.
E, para terminar, o mais sábio de todos os dizeres:
Duvido haver como este
Um ditado mais profundo:
Dinheiro e mulher bonita
É quem governa este mundo.

Gostou desse post?
Ele o ajudou de alguma maneira?
Sua opinião e sugestão será bemvinda.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

CANTINHO DA POESIA (de protesto)

BRASILIA PRECISA DE ARRUDA?!
Quem violou o senado
Deveria estar sentado
na cadeira de governo?
Esse arruda cheira mal
Não espanta mau olhado
Carregou meu capital
E de muitos desgraçados.
Mas,afinal,quem paga o pato,
Pela roubalheira
Pelo desacato
Pela mão de gato,
Pelo estelionato,
avião a jato
deputado incauto
que esconde na meia
o dinheiro da propina,
o empresário sem tato
comprando barato
servidor pacato,
condenando o povo
que não leva nada
à morte Severina.
Sem roupa,sem sapato
Sem terra,nem mato,
Sem casa ,nem trato
Dessa vida farto,
Pois lhe “farta” tudo,
não morre de infarto
morte de Dotô,
vai morrer de fome
vai pagar o pato
que ele não criou.
O Arruda fede
Com seus de- puta- dos
Assassinos natos
Desse povo farto;
Farto de misérias
Farto de enganos
Farto de dinheiro
Por baixo do pano.
Com jeitinho e tato
Meu povinho pato
Barato,barato
Empurre essa gente
Prá dentro do ralo.
2010 vem aí!
Hora de faxina!...
...e da vingança!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

VIVA A REPÚBLICA!

COMO SE PROCLAMOU A REPÚBLICA NO BRASIL
Muitas vezes, na história do mundo,pequenos fatos podem desencadear acontecimentos notáveis.É claro, que,minúsculos acontecimentos não detectados no dia a dia vão se acumulando como mágoas até que explodem aos borbotões sem que a gente espere ou perceba,mudando o “establishment” de uma hora para outra.
Assim aconteceu com a queda da Monarquia brasileira e a proclamação da República.
Uma questão militar, seguida de um levante geral das tropas de terra e mar foi a causa imediata dessas mudanças no tecido político brasileiro.Mas.os acontecimentos de 15 de novembro de 1889 foram apenas a gota d’água que transbordou o copo da insatisfação social vigente.
Herdamos a Monarquia de Portugal, regime comum aos Estados europeus em que a uma pessoa bastava ter sangue real para ter o direito de administrar um país;para isso,desde pequenininho era preparado e educado para aquela função.
Nosso imperador Pedro II, homem de extremo saber,era amado pelo seu povo,mas,a sucessão preocupava a todos,já que o nosso imperador já era um homem idoso e planejava abdicar em nome de sua filha,Isabel e descansar em Paris para fazer o que mais gostava:estudar,fotografar e conviver com a sociedade científica,longe dos problemas do poder.
Acontece, que o marido de Isabel,o Conde D’Eu era” persona non grata” aos brasileiros e a princesa não contava com a confiança do povo.
Apesar de ter assinado a Lei Áurea que extinguia a escravidão,ou por causa desse fato que irritou os grandes fazendeiros de S.Paulo e Minas,o povo não apoiava a princesa.
Conta-se que,assinada a Lei Áurea,o Visconde de Ouro Preto lhe disse:
-A senhora libertou um povo, mas, perdeu o trono.
Então,veio a questão militar;há muito os quartéis mostravam sinais de inquietação influenciados pela maçonaria e pelo positivismo em voga na época e alguns atos monarquistas punindo oficiais só acirrou os ânimos.
Entre eles estava o Marechal Deodoro da Fonseca, militar respeitado e admirado pela tropa ,mas,também respeitador da lei e amigo pessoal do Imperador.Graças a essa posição,seus colegas de farda o incumbiram de ir ao Palácio pedir à D. Pedro a revogação das punições.
O Governo cedeu face às pressões, inclusive,do Senado.Mas,as relações entre o Governo e o Exército não melhoraram.
A propaganda republicana antes confinada a clubes fechados e ti-ti-tis caseiros ganhou as ruas.
Quintino Bocaiúva,Silva Jardim, Lopes Trovão,Nilo Peçanha escreviam artigos magistrais;Campos Sales,Prudente de Morais pregavam abertamente a República,em S. Paulo.Benjamim Constant,positivista emérito fazia inflamados discursos na Escola Militar.
E, acima de todos,impressionando o espírito público e conquistando as classes armadas, o baiano Rui Barbosa,a “Águia de Haia”,escrevia artigos disputadíssimos no Diário de Notícias,lidos pela elite brasileira.
No decorrer do ano de 1889 ,o Gabinete presidido pelo Visconde de Ouro Preto começou a tomar certas medidas que preocuparam o Exército.Ele aumentou o corpo de polícia e organizou a Guarda Nacional além de remover da Capital todo um corpo da Infantaria;além disso,trocou os comandos e excluiu vários oficiais importantes das solenidades públicas;ficou patente que o Gabinete queria desestabilizar o Exército.
A Conspiração Militar ganhou força e foi para as ruas.
A República foi feita, sem a menor resistência.
O Império Brasileiro que durou 65 anos vinha desgastado pela sucessão de governos imperiais desacreditados e pelos partidos políticos sem mensagens novas que se eternizavam no poder: o Partido Liberal e o Partido Conservador.Este último há tempos no poder não oferecia solução para os graves problemas do país.
O Imperador deposto foi para a Europa e os principais nomes que apoiaram o movimento tomaram o poder.
A palavra república vem do latim e significa (res) coisa (publica) do povo.
Uma convulsão social de proporções acompanhou a chegada deste movimento, sendo o mais importante a Guerra de Canudos.
FALA O LEITOR:.PK Grande lição de história! Se na minha época as escolas já não ensinavam isso, imagine nos dias de hoje! Quando será que esse "desgoverno" atual irá dar seus sinais de cansaço heim minha amiga? Parabéns e grande abraço.
PAULO KOSTELLA