As minhas visitas diárias
ao Lar permitem-me adquirir um maior conhecimento sobre a fragilidade humana, a sua
deterioração mental e física; rápida para alguns, lenta para outros, mas
inexorável.
Vou tomando conhecimento
de como os serviços são geridos, vou conhecendo melhor
os residentes, as suas necessidades e as suas mudanças súbitas de humor, os
seus queixumes quase sempre ininteligíveis, os seus olhares vazios...
Segundo estudos
efetuados, a prevalência da doença de Alzheimer ou demencia é menor nos indivíduos com oito ou mais
anos de escolaridade.
Um outro senhor que nos
dá um lindo sorriso quando o cumprimentamos tem 63 anos. Foi para o Lar quando
tinha 53.
Sei de alguns residentes que
têm uma família dedicada e carinhosa que não os abandonam, sei de outros que
nunca têm visitas mesmo que alguns dos seus familiares vivam em Toronto ou nas
imediações, e ainda outros que não têm família nenhuma.
Trabalhar num Lar não é
fácil. Requer paciência, muita paciência...
Como demonstrar o meu apreço, o meu reconhecimento pelo trabalho que estes funcionários executam
diariamente?
Ontem recorri aos bons
pastéis de nata que agradaram a todos os que trabalharam no turno da tarde/noite (das
15h às 23h).
Os pastéis de Belém (made
in Canada) fizeram sucesso!