quarta-feira, 31 de julho de 2013

As minhas visitas diárias ao Lar permitem-me adquirir um maior conhecimento sobre a fragilidade humana, a sua deterioração mental e física; rápida para alguns, lenta para outros, mas inexorável.

Vou tomando conhecimento de como os serviços são geridos, vou conhecendo melhor os residentes, as suas necessidades e as suas mudanças súbitas de humor, os seus queixumes quase sempre ininteligíveis, os seus olhares vazios...

Segundo estudos efetuados, a prevalência da doença de Alzheimer ou demencia é menor nos indivíduos com oito ou mais anos de escolaridade.

Há pouco tempo entrou um novo residente. Ex-professor catedrático da Universidade de Toronto.

Um outro senhor que nos dá um lindo sorriso quando o cumprimentamos tem 63 anos. Foi para o Lar quando tinha 53.

Sei de alguns residentes que têm uma família dedicada e carinhosa que não os abandonam, sei de outros que nunca têm visitas mesmo que alguns dos seus familiares vivam em Toronto ou nas imediações, e ainda outros que não têm família nenhuma.

Trabalhar num Lar não é fácil. Requer paciência, muita paciência...

Como demonstrar o meu apreço, o meu reconhecimento pelo trabalho que estes funcionários executam diariamente?

Ontem recorri aos bons pastéis de nata que agradaram a todos os que trabalharam no turno da tarde/noite (das 15h às 23h).


Os pastéis de Belém (made in Canada) fizeram sucesso!

terça-feira, 30 de julho de 2013

Vi um bule como este na casa de uma amiga e achei que me fazia falta na minha considerando que o chá tem vindo a ser a minha bebida de eleição, preferivelmente de infusão.


Fui à loja e comprei um. Não fiquei apenas pelo bule mas deu-me prazer adquirir mais “umas coisinhas” que não vão ficar como tralha.

Depois, sentei-me e almocei. Nem sempre os almoços têm que ser repastos. Uma simples sopa de abóbora e um pãozinho pequeno foram suficientes para me sentir melhor.




Onde fui? A uma loja onde alguns de vós – sei de um leitor, pelo menos – nunca lá entraram.


Ikea!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Encontrei por acaso esta notícia no Correio da Manhã na edição de amanhã (30 de julho):

TIBORNA AJUDA A PREVENIR DOENÇAS


O Gabinete de Nutrição do Centro de Saúde de Loulé lançou recentemente uma iniciativa inédita, com vista a combater os níveis elevados de colesterol.


“Tiborna, um hábito a recuperar a favor do seu coração” é o lema do projecto, que começou com uma prova de pão e azeite com condimentos em Loulé e decorreu ontem em Almancil. Na próxima sexta-feira a iniciativa tem lugar na extensão de saúde de Quarteira mas poderá ser alargada a outras unidades de saúde da região.
Para o efeito, os utentes são convidados a comer a tiborna, tradição que se tem vindo a perder. A iniciativa tem como objectivo promover o consumo do azeite, benéfico para a saúde, em vez de gorduras sólidas."




Esta foi a minha tiborna da semana passada.

Vou passar a comer tiborna todos os dias. Aumento o consumo do azeite e do vinagre balsámico e do pão... E quais são as consequências do consumo excessivo de pão?! : ) Sim, porque quem come tiborna não se vai contentar com dois pedacinhos de pão...
Os tomatitos não servem apenas para aperitivo.


: )

domingo, 28 de julho de 2013

Feet up


Seguem-se algumas horas de descanso. 



Para quem aprecia o estilo e a temática de Dan Brown, o seu último livro, Inferno, proporcionará muitas horas de leitura agradável, despertando o desejo de conhecer a bela cidade-museu de Florença (para quem ainda não conhece como eu), e chamará  a  atenção para a famosa obra-prima de Dante Alighieri, “A Divina Comédia”.

Este meu redobrado interesse já vem desde o passeio a Filadélfia quando fui ao Museu Rodin e vi uma cópia de A Porta do Inferno baseada neste poema épico.



(Não tive tempo para esperar até que os turistas acabassem de tirar as suas fotos)

Ainda não é este ano que vou a Florença mas ficarei (mais uma vez) com Dante Alighieri. Oitocentas e noventa e cinco páginas!

Leitura de verão? Talvez não...

A Guerra dos Tronos encontrar-se-á em standby.

sexta-feira, 26 de julho de 2013



Uma flor que envelhece e um botão prestes a desabrochar...



Bom fim de semana para todos!
: )

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Esta semana as temperaturas têm sido agradabilíssimas!

Para festejar os amenos dias de verão fui convidada para um brunch no jardim.

Aqui não se vê mas não faltaram o bacon e as batatinhas aos quartos cozidas e depois fritas.



Juntei-me a mais quatro jovens. Jovens bem dispostos, inteligentes, cultos, com um grande sentido de humor e muito talentosos na cozinha.

Esqueci, por umas horas, o trabalho que me esperava em casa...


quarta-feira, 24 de julho de 2013

Clutter

Clutter é um termo que usamos muito na linguagem corrente. Pode significar uma grande quantidade de coisas que não utilizamos porque  a sua funcionalidade já foi modernizada pela evolução rápida da tecnologia e que devido a inteligentes estratégias de marketing somos levadas a consumismos por vezes desnecessários de forma a simplificar, supostamente, o nosso dia a dia.

Também pode indicar algo que se estragou mas por razões desconhecidas foram guardadas em cantos da casa e que caíram no esquecimento.

Clutter também pode indicar lixo. Simplesmente lixo.

Eu prefiro o termo tralha. É um termo menos depreciativo.

E quando é que nos apercebemos que temos mais tralha do que aquilo que imaginávamos? Posso indicar duas circunstâncias já experienciadas. Quando mudamos de casa ou quando parte da casa sofreu inundações.

E foi assim, com uma determinação inabalável, que decidi ver-me livre de coisas supérfluas e/ou obsoletas.

Fiquei com uma sensação de fait accompli ou a sense of accomplishment!

Compreendo agora a atração que os suecos sentem pelo estilo minimalista.


Hoje não há foto! : )

terça-feira, 23 de julho de 2013

Depois de um dia de intenso trabalho físico e já o sol se escondia algures no horizonte longínquo, sentei-me lá fora numa das minhas cadeiras confortáveis (adoro as minhas almofadas!), coloquei os pés na cadeira em frente, e com um copo de água fresca com folhas de hortelã na mão, fui observando com atenção aquilo que é necessário fazer para o quintal/jardim voltar à normalidade.

A hortelã que ainda existe em abundância perdeu um pouco o seu porte majestoso. O meu manjericão – orgulho de qualquer horticultora que se preze - apresenta um ar desolador com as suas folhas em grande parte debicadas. A salvia, o alecrim e a salsa continuam saudáveis mas os coentros já estão a florescer; terei que cortar o botão da flor de cada um; a bela-luisa (o m.q. lúcia-lima ou erva cidreira) parece que quer secar todos os dias e todos os dias arrebita quando a rego ansiosamente pensando que desta vez é que é.

Last but not least... olho para os meus tomateiros.

Os meus tomateiros também demonstraram ser plantas resilientes, sobrevivendo às chuvas torrenciais de 8 de julho e aos ventos fortes de anteontem.

Os meus tomateiros produzem tomates cereja maduros por fases, nunca excedendo a meia dúzia de cada vez. Como não são em quantidade suficiente para planear tomatinas ou tomatadas ou até  mesmo saladas, são consumidos como aperitivos.


E aqui estão eles meio desengonçados mas produzindo...




: )


domingo, 21 de julho de 2013

Os pequenos-almoços devem ser substanciais sempre que as circunstâncias sejam propícias.

Se a memória não me falha, este prato tinha/tem o nome de “pot roast”.


Carne desfiada, puré de batata, milhos e pão com manteiga.
- quando ainda andava pelos States! : ) - 



Palmilhar quilómetros sem estar bem alimentada pode ser "complicado".... 

Em dias de passeios não há tempo para almoços. : )



sábado, 20 de julho de 2013

Fotos ao acaso


Quando descansar ou passar pelas brasas é uma necessidade premente ... qualquer lugar é confortável.



Ninguém passa por aqui sem tirar a foto da praxe debaixo do “love”.






De vez em quando gosto de ficar em hotéis. Assim é que são férias!!


(Só depois de tirar algumas fotografias é que reparei que havia uma placa a indicar que era proíbido a não ser mediante autorização da gerência. Ninguém me chamou a atenção. Foram simpáticos.)


Claro que tirei uma foto dentro deste carro de guerra!




A última vez que andei numa charrette parecida a esta foi em Sintra. Recordo-me do receio que tive pensando que os cavalos ainda iriam cair naquela calçada tão escorregadia.


“Water show” para refrescar...




sexta-feira, 19 de julho de 2013

Que os vossos pensamentos fluam livremente...


Uma cópia de “O pensador” de Rodin
Rodin Museum, Filadélfia

Bom fim de semana!
: )

quinta-feira, 18 de julho de 2013

A cidade dos casinos

Com uma marginal de mais de seis quilómetros de comprimento e mais de sete metros de largura, Atlantic City oferece entretenimento para todos os gostos.


De um lado, restaurantes, lojas, cafés e casinos...







e do outro, praia... muita praia.





Estas gaivotas afugentaram os clientes da esplanada... eu vi!





quarta-feira, 17 de julho de 2013

Liberdade

Não podemos sair de Filadélfia sem visitar o Independence Hall,  edifício construído entre 1732 e 1753, que viria a ser o berço dos Estados Unidos da América.



Foi nesta sala que os pais fundadores dos EU assinaram a Declaração de Independência e a Constituição da nação americana a 4 de julho de 1776.



Esta é cadeira onde George Washington se sentou...


E este é um dos mais notáveis símbolos da revolução americana: o Sino da Liberdade



Uma nacão onde todos os que vierem por bem são bem-vindos.






terça-feira, 16 de julho de 2013

Benjamin Franklin Parkway é a mais conhecida avenida de Filadélfia que atravessa o centro cultural da cidade, desde a Câmara Municipal até ao Museu de Arte. Uma avenida ladeada por bandeiras, passeios largos, pistas para ciclistas e onde se encontram, entre outros monumentos e museus, a Basílica de S. Pedro e S. Paulo, a Fonte Memorial de Swann, o Museu Rodin e a Barnes Foundation que tinha que visitar... no matter what!









As minhas bandeiras... por ordem alfabética.




Curiosamente, a bandeira portuguesa fica em frente da Barnes Foundation (no outro lado da avenida) , uma galeria de arte, fundada, em 1922, por Albert Barnes, médico, químico e grande colecionador de peças de arte. Entendia ele que as galerias e os museus eram espaços destinados aos que queriam realmente aprender e aos menos favorecidos e que as visitas por parte do público deveriam ser limitadas.

Foi entre 1993 e 1995 que ocorreu a primeira digressão internacional de algumas das suas obras mais famosas. Chegou a Toronto, à Galeria de Arte do Ontário, em 1994, e foi nesse ano que decidi ser sócia da galeria e usufruir de todas as vantagens que me eram oferecidas.


Visitar a Barnes Foundation foi a realização de um sonho. Domingo, 14 de julho de 2013 pelas 11 h da manhã. Passo pelo segurança que me revista a mala. Como é pequena (não esqueci a minha experiência no Louvre), fui autorizada a ficar com ela. Advertiram-me a não pisar o risco preto no chão  em frente dos quadros. Cumpri. Peguei num bloco de notas e numa lapiseira. Já a visita ia quase a meio quando uma funcionária me dá um lápis indicando que as lapiseiras não eram autorizadas. Fiquei com o lápis como recordação!

Vi 181 quadros de Renoir, 69 de Cézanne, 59 de Matisse, 46 de Picasso; vi Gouguin e El Greco... e dezenas de outros pintores ... mas não pude tirar fotos! 




A estátua do post anterior representa o personagem Rocky Balboa e está localizada ao lado do Museu de Arte de Filadélfia.


As escadarias deste museu (72 degraus) acabariam por ficar conhecidas como “os degraus de Rocky”. Poucos são os turistas/visitantes (principalmente do género masculino) que não os subam a correr tal como Rocky treinava. Ao chegar ao cimo das escadas, levantam os braços, como pugilistas vencedores, e viram-se para uma máquina fotográfica (da esposa, da namorada, da amiga...) que está pronta para fotografar a peripécia.



Panorâmica da cidade – uma das avenidas mais importantes, Benjamin Franklin Parkway, – e a Câmara Municipal ao fundo.



A Câmara Municipal, construída entre 1871 e 1901, é considerada o maior edifício municipal dos EUA. William Penn, cuja estátua se vê na torre do edifício, foi o fundador da cidade de Filadélfia.


(vista do lado oposto à Benjamin Franklin Parkway)

Em cidades como estas, com grandes arranha-céus, todos os turistas olham para cima, de máquina fotográfica em punho, a uma certa distância dos olhos, e disparam sem parar, ansiosos por captar todos os pormenores arquitetónicos.

Um pouco mais perto do edifício com a setinha... algo mais captou a minha atenção...



Nem que me pagassem uma fortuna!