domingo, 20 de dezembro de 2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Reflexões e Mostra de Artes Cultura Negra
Os ingressos, que serão revertidos em recursos para o Mestre Batista, têm valores de R$ 2,00, R$ 5,00 e R$ 10,00 e estarão à venda no local. O Auditório Projeto Casa Brasil – Dunas fica na Avenida 01, nº 2057, Loteamento Dunas. Informações pelo fone (53)3228.7261.
Reflexões e Mostra de Artes Cultura Negra é uma realização da União das Escolas de Samba de Pelotas, ONG AMIZ e Odara, com o apoio da Catarse – Coletivo de Comunicação, da banda Bataclã FC e dos Pontos de Cultura Ventre Livre e Quilombo do Sopapo de Porto Alegre.
Confira a programação:
17h: CONVERSAÇÕES sobre o Projeto “Tambor de Sopapo – Resgate Histórico da Cultura Negra do Extremo Sul do Brasil” e sobre o lançamento da Rede Sopapo (Richard Serraria, Catarse e Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo); Projeto Educação Quilombos (UFPel – FaE); e O Quilombo é Aqui (projetos 2010 Loteamento Dunas)
19h: MOSTRA CULTURAL com a presença da Ação CaÔ, com Richard Serraria, Marcelo Cougo e Sérgio Valentim; Mostra de Dança ODARA e Afropel, Núcleo de Artes Rede Vidadania (Violeir@s), Banca CNR, Edu da Matta – Vândalos e Bateria da Imperatriz da Zona Norte (fundada pelo Mestre Batista).
SOBRE O TAMBOR DE SOPAPO
O Tambor de Sopapo está na raiz da história do extremo sul do Brasil - desde as charqueadas até o embalo dos carnavais de rua e de avenida da região. No entanto, a partir dos anos 1970, o processo de ‘carioquização’ do Carnaval fez com que este instrumento, de grande porte e construção artesanal, fosse substituído por instrumentos conhecidos como surdos, também de sonoridade grave e com processo de produção industrializado. Como resultado, esteve em vias de extinção, iniciando-se um resgate no ano de 2000 através de iniciativas como o Projeto CABOBU.
O Movimento de apoio ao Mestre Batista, Mestre Griô e Luthier fundamental na preservação do Tambor de Sopapo, pretende trazer à tona a história deste instrumento, resgatando a contribuição cultural do negro em uma região caracterizada pela predominância do positivismo branco. Nesse sentido, integram-se diversas instituições em uma teia de relações que visa essencialmente a fortalecer e potencializar ações de promoção da identidade afrodescendente do Brasil.
domingo, 13 de dezembro de 2009
Revista da Descentralização da Cultura
O Coletivo Catarse produziu uma revista para o projeto de Descentralização da Cultura de Porto Alegre, em 2009.
Clique aqui para baixar em pdf.
Reportagens e edição de Jefferson Pinheiro. Planejamento gráfico e diagramação de Rafael Corrêa.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Trabalhadores protestam na capital contra pacote de Yeda
Mais uma vez a Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini, na capital, foi o espaço ocupado por servidores públicos estaduais. Desta vez, praticamente todas as categorias do funcionalismo participaram de um protesto unificado. Nem a grande quantidade de policiais militares que faziam a segurança do prédio, impediram manifestações contundentes de lideranças sindicais.
O presidente da Associação dos Cabos e Soldados da BM, Leonel Lucas, afirmou que a governadora Yeda Crusius conseguiu um feito histórico no estado. Para ele, a união de professores e brigadianos pode ser eficaz para a retirada do projeto na Assembléia Legislativa.
“A governadora conseguiu fazer um negócio inédito na história do Rio Grande do Sul que foi unir servidores da segurança pública com educação e com o restante do funcionalismo no RS. Nós estamos todos combatendo esses projetos que prevêem a demolição do estado e do serviço público do estado. Pela primeira vez na vida poderá ter uma greve geral no estado com todo o funcionalismo é que esse projeto atinge todo o funcionalismo e a governadora não pode desmontar o estado como ela está desmontando desse jeito”, afirma.
O CPERS Sindicato elaborou um documento, assinado por diversas entidades e sindicatos, que foi entregue para os líderes das bancadas dos partidos políticos na Assembléia. No documento, constam as reivindicações das categorias e o pedido de retirada dos projetos. De acordo com a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, as medidas anunciadas pela governadora implantam um completivo salarial que atinge uma pequena parte da categoria e sobre o qual benefícios obtidos ao longo da carreira não são incorporados. Além disso, ela afirma que a Assembléia Legislativa tem um papel fundamental no processo.
“Nós queremos dizer para o governo que no dia 09 (12) nós temos na pauta da nossa Assembléia o tema da greve. Portanto, ou o governo retira o projeto, inclusive a Assembléia Legislativa tem que fazer o seu papel e fazer um movimento com relação ao governo para que esses projetos sejam retirados. Pois governo com a sua irresponsabilidade de entregar esses projetos na Assembléia, mais uma vez não volte a gerar conflitos e problemas no final do ano letivo”, revela.
De acordo com o deputado Dionilso Marcon, (PT), os trabalhadores devem intensificar as manifestações. Para ele, como o governo estadual tem a maioria dos deputados na Assembléia o projeto pode ser aprovado, caso seja colocado para votação.
“É um projeto muito perigoso de desmonte do estado que a governadora Yeda enviou para a Assembléia. Nós temos uma Assembléia nessa legislatura que a maioria dos deputados tem a mesma lição da senhora governadora que são surdos e mudos. Não conversam e não ouvem ninguém. Então, tem que ter mobilizações, o povo tem que estar na rua, pois esperar pela Assembléia está sujeito a aprovar,” explica.
Também participaram do ato, trabalhadores da Polícia Civil, servidores dos presídios e da perícia, da saúde, da administração direta e do judiciário.
Ouça as entrevistas
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Catarse participa de Audiência Pública sobre monopólio da RBS
O Ministério Público Federal de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, realizou nesta quarta-feira (05) uma Audiência Pública para discutir as concessões e suposta prática de monopólio pelo Grupo RBS de Comunicação. O objetivo da Audiência foi levantar informações para que o MPF encaminhe futuras investigações e ações sobre o grupo. O encontro ocorreu na Câmara de Vereadores de Canoas e contou com a participação do procurador do Ministério Público Federal Pedro Rosso. O MPF acatou a representação feita pelo Conselho Regional de Rádio Difusão Comunitária (CONRAD) que pede a investigação de prática de monopólio, o número de concessões vencidas, a reativação da Delegacia Regional do Ministério das Comunicações, a distribuição do espectro magnético público e privado, e a instalação do Conselho Nacional de Comunicação.
No que diz respeito às informações sobre a RBS, o procurador encaminhou um documento ao diretor presidente do grupo Nelson Sirotsky em outubro deste ano. A resposta da empresa as indagações surpreendeu os participantes do encontro. Conforme o documento, a empresa possui apenas duas concessões de serviços de radiodifusão de som e imagem, a RBSTV Porto Alegre e a RBSTV Caxias do Sul. Entretanto, no sitio da RBS é possível encontrar referência a 12 emissoras e não a duas. Além disso, a empresa informou que não possui concessões vencidas.
O procurador Pedro Rosso afirmou, durante a audiência, que a concentração da informação é grande pelo Grupo RBS.
“Não existe nenhum estado do país onde existe tanta audiência da Globo como no Estado do Rio Grande do Sul. Eu trabalhei em cinco estados e nenhum lugar, nem em Santa Catarina e Mato Grosso, que é considerado um estado atrasado existe tanta concentração de informações nas mãos de um só órgão como a RBS no RS. Não tem. Tanto em televisão como rádio e jornal”, relatou.
A integrante do CONRAD, Dagmar Camargo, destacou a importância da audiência. Ela afirmou que dados do Ministério das Comunicações apontam que existem, por exemplo, 233 FM’s comerciais e apenas 20 educativas no RS. No caso das TV’s, 23 são comerciais e apenas nove educativas. Para ela, os números mostram uma grande concentração da informação.
“Incomoda a gente que existe um monopólio, mas que a gente leva dois anos para conseguir informações até para provar isso. Então, há uma falha na garantia do direito fundamental à informação, falha na garantia fundamental de direito a liberdade de expressão e do direito a comunicação”, explicou
A representante da RBS, a advogada Fernanda Gutheil, afirmou que não existe monopólio da empresa e que juridicamente não foram encontradas irregularidades nos contratos.
“Eu acho que há um entendimento errado de monopólio. Eu até não trabalho com direito econômico, mas o monopólio é aquela pessoa que intérvem de uma forma negativa numa concorrência e se tu for ver a concorrência está cada vez mais igual e não tem mais diferença entre as empresas como tinha antigamente. A empresa cumpre a lei. Então a gente não tem muito o que temer, pois quem não deve não teme”, afirmou.
Os participantes da audiência decidiram realizar outro encontro em março de 2010.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Relatório do governo federal aponta para criminalização dos movimentos sociais no Rio Grande do Sul
A Comissão Especial do Conselho de Defesa dos Direitos Humanos, órgão ligado a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, apura tentativas de criminalização dos movimentos sociais no Rio Grande do Sul. O relatório final da Comissão, aponta para 28 recomendações a órgãos do Governo Estadual e Federal e para o Ministério Público Estadual. Em uma reunião na manhã desta quarta-feira (26) na Assembléia Legislativa, o vice-presidente da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Rogério Sottili, informou que o documento é o resultado de dois anos de investigações da Comissão.
O relatório foi produzido com base em depoimentos de integrantes dos movimentos sociais rurais e urbanos e contou com o auxílio de representantes da sociedade civil e do Ministério Público Federal. O relator do documento, Fernando Mattos, alertou que há um avanço da repressão por parte da Brigada Militar nos últimos quatro anos. Ele afirmou ainda que os fatos mais recentes, as torturas registradas na ação de reintegração de posse da Prefeitura de São Gabriel e o assassinato do sem-terra Elton Brun, mostram a gravidade do problema. Mattos disse que desde a tragédia de Eldorado dos Carajás, em 1996, ninguém havia sido morto pela polícia em operação semelhante.
“Mortes causadas pela polícia militar em nenhum estado desde 1996, não ocorreram em alguma reintegração de posse. Ao contrário, a Ouvidoria Agrária Nacional produziu um manual de reintegração de posse pacífica e mediada, e a Brigada Militar foi a única polícia estadual que não assinou essa iniciativa em nível nacional. Então nós nos preocupamos bastante, porque no nosso entendimento, se há a constatação de criminalização, a gente não pode permitir que isso se aprofunde e resulte em tragédias e perdas de vidas”, relata.
Fernando Mattos apontou no relatório, a necessidade da criação de uma Comissão Estadual de Mediação de Conflitos Agrários; a revogação pelo Comando Geral da Brigada Militar da Nota de Instrução Operacional nº 006.1, que trata os conflitos agrários como caso de polícia; a suspensão pela Brigada, do processo de fichamento de lideranças dos movimentos sociais; a recomendação à Brigada que adote o Manual de Diretrizes Nacionais para Execução de Mandados Judiciais de Manutenção e Reintegração de Posse coletiva, da Ouvidoria Agrária Nacional e a garantia às crianças dos acampamentos do Movimento Sem Terra (MST) acesso à educação, à saúde e à alimentação.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
TRANSMISSÃO AO VIVO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA CONTRA O MONOPÓLIO DA RBS
ESTA TRANSMISSÃO FOI GRAVADA, NÃO ESTARÁ DISPONÍVEL ONLINE.
QUEM DESEJAR A CÓPIA, POR FAVOR, ENTRE EM CONTATO COM A CATARSE:
catarse@coletivocatarse.com.br
Free Webcam Chat at Ustream
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Audiência Pública discute monopólio da RBS
O Ministério Público Federal de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, promove nesta quarta-feira (25), uma Audiência Pública para discutir possível prática de monopólio por parte do Grupo RBS (Rede Brasil Sul de Comunicação). A Audiência ocorre a partir das 14h na Câmara de Vereadores de Canoas. O MPF quer investigar a ocorrência de possível prática de monopólio e irregularidades nas concessões de Rádio e Televisão pela RBS. O Coletivo Catarse irá participar da audiência para dar seu testemunho.
Ainda em outubro, o procurador Pedro Antônio Roso enviou um documento ao presidente do grupo RBS, Nelson Sirotsky, para que este encaminhasse à Procuradoria da República de Canoas informações sobre as concessões da empresa. Veja o documento.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Pelo fim do monopólio das comunicações no Brasil
Vídeo apresentado por Carlos Latuff e produzido por Vanor Correia:
"Não é essa a TV que a gente merece. Precisamos de uma mídia que não esteja amarrada a interesses de empresários, políticos ou igrejas. Que atenda as necessidades do povo. O que o Brasil precisa é o fim do monopólio das comunicações".
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Catarse participa de Seminário da Capina
O coletivo Catarse participou entre os dias 10 e 11 de novembro do Seminário Sustentabilidade de empreendimentos populares: capina uma metodologia de formação. Duranate o Seminário, a Catarse apresentou o documentário Autogestão Democrática: uma metodologia de formação, realizado durante o 3° módolo do curso de Viabilidade Econômica e Gestão Democrática, que ocorreu em Porto Alegre, em agosto deste ano.
A ênfase do encontro foi a formação de agentes e assessores de diversas instituições abrangendo os três estados da região Sul.
Saiba o que é a Capina
A Capina é uma Associação civil sem finalidade lucrativa fundada em 1988. Tem como missão contribuir para a afirmação cidadã do trabalho e para o desenvolvimento social da economia dos setores populares. O campo de atuação da Capina envolve atividades administração e gestão da produção, de comercialização e de educação para o trabalho que se inserem no âmbito da economia dos setores populares, incluindo as iniciativas da economia solidária.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
A banca de frutas que incomodou
No centro de Porto Alegre-RS, há 35 anos uma banquinha de frutas 24 horas funcionava na praça Raul Pila, esquina entre a João Pessoa e a André da Rocha. Isso até a primeira semana de outubro. Esta é a historia de uma das várias bancas que estão sendo sistematicamente retiradas do Centro pelas autoridades municipais, numa campanha de "limpeza" e "embelezamento" do bairro, amparados pela nova lei.
A reportagem é resultante da oficina de videoativismo que o Coletivo Catarse ministrou no mês passado, como parte da mostra "Videoativismo no Cinema", puxada pela Editora Deriva. Os encontros aconteceram no Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo.
"Imbuída de espírito autogestionário e horizontal, a mostra, surgida a partir da idéia de montar um projeto com conteúdo construtivo, tocado de forma diferente e que cause impacto na realidade, cumpre um papel muito mais abrangente do que uma simples mostra de cinema pode cumprir: é um ato político, engajado, de divulgação de informações cruciais, e que certamente causarão impacto. E esse é o principal objetivo do projeto: o impacto, a consciência, o despertar", esse também foi o espírito da oficina.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Filmes da Catarse no II Mostra Luta!
"A Mostra Luta é realizada através do esforço coletivo de comunicadores e comunicadoras conscientes da importância do vídeo, da fotografia e do teatro como linguagens que podem instrumentalizar a luta dos trabalhadores e das suas organizações no sentido contrário à ordem sócio-econômica atualmente hegemônica, o capitalismo".
O Coletivo Catarse participará com dois trabalhos: Tempo de Pedra e É Possível - 25 anos do MST, ambos no dia 28 de novembro.
*Programação geral
*Sobre o Coletivo de Comunicadores Populares
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Os palestinos da Amazônia
Abrimos espaço aqui para uma série de três vídeos curtos, que o cartunista Latuff fez em Rondônia sobre a opressão aos lavradores da Liga dos Camponeses Pobres e sua resistência:
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
O vídeo como arma - Catarse na 7a Bienal do Mercosul
Participaremos dia 22 de outubro (quinta-feira), com a temática O vídeo como arma (Audio –visual), mediado por Gustavo Türck, jornalista e membro do Coletivo, e com participação do Quilombo Silva, representação viva de nosso trabalho de vídeo ativismo.
O tour sairá do Armazém A3 do Cais do Porto, às 15:00 hrs em ponto. Este percurso se dedicará a observar o modo de operação do vídeo como arma e instrumento de transformação, com duas paradas: uma no arquivo público, para uma projeção de vídeos realizados pela Catarse, denunciando e informando os acontecimentos do Quilombo Silva e outros vídeos selecionados, e outra no próprio território do Quilombo Silva, para uma conversa com os quilombolas.
Abaixo o flyer do evento.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Da série "Quem Matou Élton?" Famílias do MST ameaçadas de despejo das margens da BR 386 em Sarandi-RS.
A CATARSE esteve em Sarandi para realizar esta reportagem sobre o possível despejo das famílias do MST acampadas às margens da BR 386 em Sarandi, no norte do estado do Rio Grande do Sul.
A juíza da comarca de Sarandi decretou que as famílias deveriam ser retiradas dos limites da sua comarca, porém não indicou local para levar estas pessoas. Exigiu apenas que elas fossem expulsas do município.
Veja este vídeo e divulgue para que a sociedade conheça outro lado da história que a mídia comercial não quer divulgar.
Postado por Sérgio Valentim
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Mostra Catarse 5 anos à Margem
Comemorando seu quinto aniversário, o Coletivo Catarse convida a todos para a abertura da MOSTRA CATARSE 5 anos à Margem, que ocorrerá nesta quinta-feira, 8 de outubro, às 19h, no Arquivo Público do Estado do RS (Riachuelo, 1031).
Na programação, um apanhado das produções audiovisuais do Coletivo nestes 5 anos de existência, entre curtas, médias e longas-metragens, animações, documentários e cinerreportagens. A Catarse estará exibindo esta faceta de seu trabalho sempre nas quintas-feiras, às 19h, no APERS, até 5 de novembro.
As exibições serão seguidas de debates. Entrada Franca.
Com um trabalho autoral e engajado, o Coletivo firmou olhar nos movimentos e organizações do povo, que entendem a cultura como um direito humano e a comunicação como uma ação transformadora. Hoje, a cooperativa é responsável pela proposta de um Ponto de Cultura, o Ventre Livre, foi premiada com o Vladimir Herzog de Direitos Humanos (2008, junto com a Agência Brasil), com o 8° Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade, e menção honrosa no XVII Salão Internacional de Desenho para Imprensa, tem documentários exibidos em vários estados do Brasil, em ações de cidadania e defesa dos direitos humanos. Já trabalhou para dezenas de entidades da sociedade civil.
PROGRAMAÇÃO
MOSTRA CATARSE 5 anos à Margem
Sempre nas quintas-feiras, às 19h.
No Arquivo Público do Estado do RS (Riachuelo, 1031).
08 de OUTUBRO
Bugigangas
Culpa nossa de cada dia
Deriva Galpão de triagem
Aniversário de Othoniel
Espaço Público
15 DE OUTUBRO
Quilombo Urbano
Me dê motivos para ir embora
Tempo de Pedra
22 DE OUTUBRO
Série Migrantes da Cana
Kuaray do Sul
29 DE OUTUBRO
A busca de Maria
Questão de Gênero
5 DE NOVEMBRO
Usina Catende
É Possível
SINOPSES
Bugigangas (7’)
As Bugigangas hoje permeiam as relações sociais em diversos níveis, desde aproximar pessoas que estão fisicamente distantes através da comunicação como distanciam as pessoas que vivem próximas, como no caso da família Silva.
Culpa nossa de cada dia (6’)
Vídeo realizado colaborativamente com o programa Ponto Brasil.
Histórias de vida contadas num confessionário em praça pública.
Deriva Galpão de triagem (4’30)
"O fetiche se constitui pela sua inatingibilidade. Quanto mais distante se apresentam [as mercadorias], mais desejadas são. Os ditadores de ontem e de hoje, servem-se ainda destas estratégias, para se perpetuarem na arte de serem adorados. Uma vez bolinadas, conhecida sua materialidade, o encanto fenece. De forma inteligente os sistemas criam outros, e outros tantos para continuar a ópera". Trecho de As mesmices globais, de Pedro Figueiredo.
Aniversário de Othoniel (2’25)
Flanando pela cidade. Dá nisso.
Espaço público (5’30”)
Exercício de vídeo com câmera fotográfica. A integração do teatro e da rua. Imagens capturadas no ensaio e apresentação da Farra de Teatro, em Porto Alegre – RS.
Quilombo Urbano dos Silva (5’)
Realizada para o quadro Outro Olhar, da TV Brasil, a reportagem integrou o web-documentário Nação Palmares, vencedor do 30º Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos 2008.
Me dê motivos para ir embora (20’)
Bairro Cristal, zona sul de Porto Alegre, 2009. Há quase uma década foi anunciada a construção de um shopping ao lado do Hipódromo Cristal. As obras da primeira fase iniciaram em 2006 e terminaram em 2008. Junto com o rápido progresso vieram os problemas. Ao invés de novos empregos, urbanização de vilas e outras melhorias, surgiu o projeto de remoção de um número expressivo de famílias para a expansão do espaço físico deste empreendimento imobiliário.
Tempo de Pedra (51’)
Tempo de Pedra acontece na relação de um lugar com suas pessoas; a cidade e os corpos. O cenário é o centro histórico de Porto Alegre/RS. Ali, pousa diariamente a grande feira, auto-organizada e vivida principalmente por pessoas de classes populares; é o fenômeno Camelódromo da Praça XV, uma gigante instalação, que há décadas se configura em um espaço onde espontaneidade, improviso e estética se fundem e caracterizam o modo de ser e agir, no cotidiano intenso da rua.
Kuaray do Sul (31’)
Kuaray do Sul é uma reportagem cinematográfica em busca do mito guarani Sepé Tirajú, durante a Assembléia Continental Guarani, em 2006. De como sua luz se manifesta na atualidade: no espírito, no coração e nas ações de pessoas simples. Na guerreira gente que luta na vida por terra, por sentimento de comunidade, afirmação cultural, percepção de tempo milenar e dignidade às nossas e às futuras gerações.
A busca de Maria (6’)
Maria, uma jovem como tantas outras, parte em busca de sua identidade.
Questão de Gênero (90’)
Acompanha, durante um ano, a vida de sete pessoas que, em comum, têm o sentimento de que nasceram em um corpo que não era o seu. Homens que nasceram mulheres, mulheres que nasceram homens contam como se descobriram transexuais e como buscam viver em sua verdadeira identidade de gênero.
Usina Catende (9’)
Catende é considerada uma das maiores experiências brasileiras em auto-gestão e economia solidária, fruto da recuperação de um Engenho falido. Em terras de reforma agrária, diversificaram a lavoura, preocupados também com o meio ambiente, e melhoraram muito a qualidade de vida de mais de quatro mil famílias. Reinventaram suas próprias vidas, num processo de desenvolvimento humano (mas também econômico) profundo.
É Possível (51’)
Desafiar abertamente os poderosos que geram pobreza, desigualdade e concentração de riquezas foi uma luta constante, desde 1984, período em que o MST se transformou em um dos mais importantes e reconhecidos movimentos sociais do mundo. Acompanhando o cotidiano em acampamentos e assentamentos no Rio Grande do Sul, marchas e enfrentamentos, mais contribuições de cinegrafistas ativistas e trechos de filmes, a reportagem traz as principais questões que envolvem o desafio de se fazer a reforma agrária.
CONTATOS:
Pedro De Camillis
51.9826.4685
pedro@coletivocatarse.com.br
Catarse – Coletivo de Comunicação
51.3012.5509
catarse@coletivocatarse.com.br
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Richard Serraria ao vivo no Unimúsica!
Confira a partir das 19h30 o show direto do Salão de Atos da UFRGS.
Quando abrir o sinal, aperte o play!
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terça-feira, 29 de setembro de 2009
Quilombo da Família Silva - Primeiro Quilombo Urbano Titulado do Brasil
A Catarse esteve na Festa de Titulação do Quilombo da Família Silva, o primeiro quilombo urbano titulado do Brasil, registrando este dia histórico para a sociedade brasileira.
Postado por Sérgio Valentim
domingo, 27 de setembro de 2009
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Entrevista com Valdely Kinupp
Assista o vídeo do Projeto PANCs [clique aqui]
O que de especial te motivou a trabalhar com as plantas alimentícias não-convencionais?
Foi a questão econômica e de sustentabilidade, mas também o prazer de fazer um trabalho novo, praticamente inédito, da forma como foi feito. Pensando numa alternativa, desde a sobrevivência na selva, na lida do campo, mas também numa perspectiva de geração de renda, empregos, conservação da natureza, porque hoje a gente vive uma monotonia alimentar. As PANCs, e nossa biodiversidade como um todo, seja ornamental, medicinal, madeireira são, muitas vezes, negligenciadas. Especialmente as alimentícias aqui no Brasil - se a gente olhar a nossa mesa, no que existe de cardápio nos restaurantes, dos self-service ou nas gôndolas dos supermercados e nas feiras, praticamente tudo é exótico, pouco é local, com baixa importância regional, nacional e, muito menos, internacional. O RS, mesmo sendo considerado um dos celeiros do Brasil, não está adaptado a futuras mudanças climáticas - e vários estudos internacionais vêm mostrando que as plantas regionais, as ditas plantas "daninhas", as plantas espontâneas, são muito mais adaptadas [até por rotas metabólicas e fisiológicas diferentes] ao aumento do gás carbônico e da temperatura no ar, em comparação com as commodities agrícolas. Não estamos preparados para catástrofes e desastres ambientais, porque as pessoas não sabem mais o que comer do seu quintal. E isso é um ciclo vicioso. As crianças deveriam aprender desde cedo nas escolas que existem milhares de plantas que podemos comer. Isso deve ser rotineiro, para que as pessoas deixem de encarar como comportamento de pobre que está passando por carência ou comida para porco.
Muitas vezes, nas saídas de coletas que realizamos periodicamente, sempre aparecem curiosos. Eu já aproveito para fazer uma educação informal, mostrando o que é comestível, e mesmo assim, alguns ainda pensam que sou uma pessoa que está passando necessidade, porque estou catando um frutinho qualquer ali no mato. Precisamos quebrar essa tabu. Sabendo que determinada planta é comestível, você não mais a verá como mato. É preciso aprender isso: tudo foi mato um dia, até as pessoas descobriraem que aquilo se poderia comer, com as plantas mudando de categoria e inaugurando um novo paradigma alimentar. Só existe preocupação da sociedade quando ocorrem secas drásticas e as pessoas ficam sem uma planta folhosa local para comerem e precisam trazer de outras regiões. Se, por exemplo, estivéssemos plantando bertalha (e.g., Anredera cordifolia, A. krapovickasii – Basellaceae), como hortaliça aqui no RS e não o alface, os agricultores não estariam passando tantos problemas, porque são plantas que toleram o período de estiagem e co-evoluíram neste ambiente. A bertália foi um dos carros-chefe na minha pesquisa, ou espinafre- gaúcho, como preferi registrar popularmente, que você pode comer as folhas, muito rica em zinco, ótimo para memória, uma planta perene, mas que possui outra boa vantagem: além folhas como verdura, há as batatinhas áreas e também os tubérculos subterrâneos na pequena batata que ela produz que são legumes, com usos similares a batata-inglesa. Destes órgãos amiláceos foi descoberta uma substância nova, em 2007, de proteção para cavidade gástrica, que inibe a ação de tripisina [“Ancordin”]. Alguns estrangeiros queriam comprar cerca de duas toneladas de batata. Cadê o produtor? Não há cultivos racionais desta espécie no Brasil. E continuamos falando da nossa biodiversidade, mas comendo a biodiversidade dos outros continentes/países. Criamos vaca e galinha que não são nossas. Plantamos trigo, arroz, café, laranja, eucalipto e soja, e nada é do Brasil. Cadê a criação de anta, veado, mutum? Cadê o plantio de bertalha, ália, crem, jacaratiá... A domesticação do pêssego-do-mato? E tantas outras hortaliças e frutíferas silvestres com grande potencial agrícola e nutricional. Não existe. As pessoas valorizam tanto suas tradições em cada um dos nossos estados, falam bastante da biodiversidade, mas não a conhecem, e isso é riqueza abstrata. Se fala que a Amazônia vale trilhões. Vale nada. As pessoas estão passando fome lá. Muita gente vivendo precariamente, como aqui, na famosa Porto Alegre, com sua periferia cheia de pessoas comendo mal, sentindo frio ao dormir. Não adianta termos uma biodiversidade imensa na Região Metropolitana se não a comemos ou a utilizamos de forma sustentável para outros fins. Muito menos geramos divisas e empregos, porque ninguém planta. Nós somos xenófilos, gostamos do que é de fora, aceitamos de pronto. Meu intuito é fazer a extensão, a popularização, dessas plantas nativas e subsidiar outras áreas do conhecimento, não ficar uma ação isolada. Que a Agronomia possa estudar isso no aspecto fitotécnico e horticultural;, a Nutrição pesquisar a parte bromatológica;, a Química, a Bioquímica, a Farmácia com a parte toxicológica e fitoquímica. Ninguém pesquisa aquilo que não se conhece. Trazer à tona, resgatar e propor novas plantas para serem incorporadas na dieta humana conduz aos estudos transversais. E aí a importância, num trabalho básico desse como o nosso, de detalhar as plantas nativas. Mas friso que não se pode entender isso como uma verdade absoluta. É uma proposta em construção, que começa desde as experiências individuais dos pesquisadores envolvidos, nos relatos de pessoas que fazem uso tradicional, por dados de etnobotânica antigos. E será apenas um segmento da pesquisa, que servirá como subsídio para outras áreas de conhecimento.
E aí, o mais importante disso o que é? Ponderar o uso e ter diversificação. Por isso a ciência é dinâmica. Todas as plantas têm seus prós e contras, seus modos de preparo adequados, períodos de consumo, com maior ou menor sensibilidade das pessoas. Mas nós não podemos blindar as plantas não-convencionais por acharem que são mais tóxicas que as comuns que você tem no dia-a-dia. Há carência de pesquisa, pois o comum é pesquisar só aquilo que está badalado: o morango ou tomate. E não se pesquisa nosso juá nativo, que tem tanto ou mais licopeno que o tomate, porque nem se conhece. Por isso a necessidade da transdisciplinaridade e de fazer essa passagem para o uso real e efetivo da nossa flora diversa. Nós não sabemos nem quantas espécies temos no Brasil ainda - 50 mil?, ficando restrito à Botânica? Não há consenso, nem uma listagem garantida. Há hipóteses, mas nem isso a gente sabe. Não só a biodiversidade vegetal, mas animal também, que é mais paradigmática e cheia de tabus, com legislação cada vez mais engessada. necessitando ser revista com urgência, para que a nossa fauna alimentícia possa e deva ser criada de forma ecologicamente correta.
Estamos em uma área muito boa de se trabalhar. Eu pude fazer uma pesquisa aplicada e transferir isso para as pessoas. Esse é um tipo de trabalho que desperta bastante interesse, de compartilhar aquilo que você pode fazer no ponto de ônibus e dentro dos dele, na divulgação corpo-a-corpo, porque as pessoas entendem, sendo gratificante para o pesquisador poder conseguir explicar o que faz. Falo que trabalho com as plantas que existem por aqui no chão, em todo o lugar, que não são aproveitadas, mas que dá para comer, seja verdura ou frutíferas, condimentos e por aí vai. No entanto, uma área, infelizmente, carente de pesquisa e de editais de financiamento no Brasil. Nós temos uma biodiversidade muito grande, mas não a comemos.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
MST ocupa o INCRA em POA - o que eles têm a dizer?
A Catarse entrou no INCRA.
Ouviu.
Publica, agora.
Em nenhum outro lugar você vai ouvir isso.
Assista!
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
O Olho da Revolução - Mostra de Filmes no CineBancários
O Coletivo Catarse, em parceria com a Associação Cultural José Martí/RS, o CineBancários e SindBancários, está promovendo a Mostra Santiago Álvarez - O Olho da Revolução. Os filmes foram trazidos pela Thais Fernandes, de Cuba, em outubro de 2008.
Um dos realizadores mais importantes do cinema cubano, Santiago Álvarez, terá alguns de seus filmes exibidos em uma mostra inédita. Sua obra documental vai do registro da revolução cubana a reflexões sobre momentos históricos das Américas e da Ásia. Fundador e editor do noticiário ICAIC Latinoamericano, sua produção se destaca pela presença ativa do jornalismo, genial uso da montagem e emprego de áudio como parte indissolúvel da ação dramática.
O ICAIC - Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográficos – foi a primeira instituição criada pelo governo revolucionário de Cuba. Em 2009, ambos completam 50 anos.
A obra de Santiago, por motivos diversos, ainda é desconhecida do público brasileiro. A seleção da Mostra Santiago Álvarez – O Olho da Revolução, é resultado de uma coletânea de 3 DVDs lançada pelo ICAIC, com alguns dos filmes realizados pelo documentarista. São ao todo 14 filmes, entre curtas, médias e longas.
24/09/09, às 19:00, debate com ORLANDO SENNA
Local: CineBancários
Rua: General Câmara, 424 – Porto Alegre
ORLANDO SENNA
Cineasta, roteirista, escritor, jornalista e professor de cinema, foi Secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura de 2003 a 2007 e diretor geral da TV Brasil de 2007 a 2008. Foi também diretor da Escola Internacional de Cinema e Televisão de San Antonio de los Banõs, sediada em Cuba. Realizou, em 1988, em parceria com Santiago Álvarez, o documentário BrasCuba.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Cartum - Herança para as próximas gerações
sábado, 22 de agosto de 2009
MST divulga foto e nota pública à sociedade
NOTA PÚBLICA SOBRE O ASSASSINATO DE ELTON BRUM PELA BRIGADA MILITAR DO RIO GRANDE DO SUL - 21 de agosto de 2009
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra vem a público manifestar novamente seu pesar pela perda do companheiro Elton Brum, manifestar sua solidariedade à família e para:
1. Denunciar mais uma ação truculenta e violenta da Brigada Militar do Rio Grande do Sul que resultou no assassinato do agricultor Elton Brum, 44 anos, pai de dois filhos, natural de Canguçu, durante o despejo da ocupação da Fazenda Southall em São Gabriel. As informações sobre o despejo apontam que Brum foi assassinado quando a situação já encontrava-se controlada e sem resistência. Há indícios de que tenha sido assassinado pelas costas.
2. Denunciar que além da morte do trabalhador sem terra, a ação resultou ainda em dezenas de feridos, incluindo mulheres e crianças, com ferimentos de estilhaços, espadas e mordidas de cães.
3. Denunciamos a Governadora Yeda Crusius, hierarquicamente comandante da Brigada Militar, responsável por uma política de criminalização dos movimentos sociais e de violência contra os trabalhadores urbanos e rurais. O uso de armas de fogo no tratamento dos movimentos sociais revela que a violência é parte da política deste Estado. A criminalização não é uma exceção, mas regra e necessidade de um governo, impopular e a serviço de interesses obscuros, para manter-se no poder pela força.
4. Denunciamos o Coronel Lauro Binsfield, Comandante da Brigada Militar, cujo histórico inclui outras ações de descontrole, truculência e violência contra os trabalhadores, como no 8 de março de 2008, quando repetiu os mesmos métodos contra as mulheres da Via Campesina.
5. Denunciamos o Poder Judiciário que impediu a desapropriação e a emissão de posse da Fazenda Antoniasi, onde Elton Brum seria assentado. Sua vida teria sido poupada se o Poder Judiciário estivesse a serviço da Constituição Federal e não de interesses oligárquicos locais.
6. Denunciamos o Ministério Público Estadual de São Gabriel que se omitiu quando as famílias assentadas exigiam a liberação de recursos já disponíveis para a construção da escola de 350 famílias, que agora perderão o ano letivo, e para a saúde, que já custou a vida de três crianças. O mesmo MPE se omitiu no momento da ação, diante da violência a qual foi testemunha no local. E agora vem público elogiar ação da Brigada Militar como profissional.
7. Relembrar à sociedade brasileira que os movimentos sociais do campo tem denunciado há mais de um ano a política de criminalização do Governo Yeda Crusius à Comissão de Direitos Humanos do Senado, à Secretaria Especial de Direitos Humanos, à Ouvidoria Agrária e à Organização dos Estados Americanos. A omissão das autoridades e o desrespeito da Governadora à qualquer instituição e a democracia resultaram hoje em uma vítima fatal.
8. Reafirmar que seguiremos exigindo o assentamento de todas as famílias acampadas no Rio Grande do Sul e as condições de infra-estrutura para a implantação dos assentamentos de São Gabriel.
Exigimos Justiça e Punição aos Culpados!
Por nossos mortos, nem um minuto de silêncio. Toda uma vida de luta!
Reforma Agrária, por justiça social e soberania popular!
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
Postado por Sérgio Valentim
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Foto dos ferimentos à bala que mataram o sem terra em São Gabriel
Trabalhador rural do MST é assassinado com tiro pelas costas em São Gabriel - RS
O trabalhador rural sem terra Elton Brum da Silva foi assassinado com um tiro de espingarda calibre 12, durante a desocupação realizada nesta manhã na Fazenda Southall em São Gabriel. Segundo os próprios colonos que relataram o fato pelo telefone, a brigada agiu com extrema violência e que além da trágica morte de um colono, o número de pessoas feridas é maior que os 14 que foram divulgados na imprensa. Segundo os agricultores do MST que estavam no local, cerca de 50 pessoas ficaram com ferimentos de espada, estilhaços de bala e mordidas de cachorro.
Segundo noticia publicada no blog RS URGENTE, O deputado estadual Dionilso Marcon (PT), que acompanha a identificação do corpo no hospital, diz que Elton foi morto com um tiro de calibre 12 pelas costas. Os 700 sem terra que ocupavam a fazenda Southall desde quarta-feira passada (12) permanecem isolados no local. A advogada das famílias só teve acesso à área no início desta tarde.
Na semana passada, a Catarse fez uma reportagem com os agricultores que estavam na área invadida e havia um medo do MST com relação as atitudes que a brigada poderia ter nesta desocupação. A reportagem é uma denúncia contra a atuação da brigada no episódio da desocupação da Prefeitura de São Gabriel, que já anunciava a forma como o Estado do Rio Grande do Sul trata os movimentos sociais. Na ocasião a imprensa havia divulgado que a desocupação da prefeitura tinha sido pacífica, mas na reportagem os agricultores denunciaram que tinham sido torturados com choque elétrico e que 26 pessoas ficaram feridas.
Com relação a desocupação catastrófica de hoje, uma agricultora do MST relatou que ninguém se manifestou com relação as reivindicações do movimento que protestava devido o cancelamento da desapropriação da fazenda Antoniazzi de 7000 hectares feita pela Justiça de Santana do Livramento, que iria assentar cerca de 400 famílias. As reivindicações também exigiam melhores condições de saúde e escola para 300 crianças dos assentamentos que ainda não iniciaram o ano letivo.
Postado por Sérgio Valentim
sábado, 15 de agosto de 2009
Catarse cobrindo o MST em São Gabriel
São Gabriel, RS, agosto de 2009.
Depois de serem despejados violentamente da prefeitura municipal pela Brigada Militar, integrantes do MST ocupam área anexa a assentamento para pressionar governos federal, estadual e municipal a atenderem suas demandas.
Este é um outro lado da história que você não enxergará na grande mídia.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Notícias do Ventre Livre
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
TV Sopapo com Leandro Maia
Este é o primeiro programa da TV Sopapo - um projeto do Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo, no qual somos parceiros. Estamos formando uma gurizada pra trabalhar em produção audiovisual e a idéia é estar colocando semanalmente - ou quando der - programas inteiramente produzidos pelos alunos.
Neste primeiro, entrevistamos o músico cancionista Leandro Maia.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Spot de rádio sobre Tuberculose
O roteiro é de Jefferson Pinheiro, na locução está Sarah Brito. A edição e produção sonora é de Gustavo Türck e o trabalho gráfico é de Rafael Corrêa.
Multiplique esta idéia! Pegue o código do spot (clique aqui) e veicule em seu blog!
sábado, 18 de julho de 2009
Na Caros Amigos
A reportagem cinematográfica É Possível, sobre os 25 anos do MST a partir das comemorações em Sarandi/RS, material de arquivo da Catarse e de terceiros, foi notícia na coluna do Hamilton Octavio de Souza, editor da revista Caros Amigos:
sexta-feira, 10 de julho de 2009
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Como foi o mutirão de São João do Ventre Livre
Em 5 minutos quando chegamos no Ponto de Cultura já estávamos cercados de 15 crianças querendo saber o que a gente tava fazendo ali, querendo ajudar. 10 minutos mais tarde elas estariam passando a câmera fotográfica e a filmadora de mão em mão. Eram crianças de 10 e 12 anos muito dispostas a contribuir com a história toda: faltou água alguém buscou em casa, quando precisamos de energia o outro puxou uma extensão - que foi emprestada por um terceiro - e o problema da luz estava resolvido.
Essa é uma amostra - registrada pelas crianças - do que foi esse dia. O vídeo vem na sequência:
Mais sobre o Ventre Livre? Clica AQUI
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Conhecer e comer nossa biodiversidade
Estas filmagens são parte do registro audiovisual de oficina para assentados do MST/RS, projeto elaborado pela nutricionista Irany Arteche, promovido pela CONAB/PNUD e ministrada pelo botânico Valdely Kynupp sobre plantas espontâneas com grande potencial alimentício e de comercialização, mas que costumam ser negligenciadas. “Somos xelófilos, o brasileiro não come a biodiversidade que tem”, adverte Valdely. Esse é um anúncio do vídeo registro que o Coletivo Catarse está editando e estará disponível nos próximos meses. A cena é do "achado" da maior amostra de urtiga vermelha já encontrada por Valdely e suas considerações botânicas.
O objetivo do registro é colaborar na divulgação desta experiência para outros assentamentos de reforma agrária e organizações de agricultores familiares nas diferentes regiões do Brasil. Servirá como material pedagógico para cursos que tratem de alternativas para agricultura familiar, segurança alimentar e nutricional, diversificação agrícola, processamento de novos produtos e alimentos.
terça-feira, 16 de junho de 2009
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Registro de mutirão habitacional no assentamento Tamoios, em Herval/RS
Num assentamento pequeno, destinado a 7 famílias, no Pampa gaúcho, 5 casas foram construídas em regime de mutirão. Idéia proposta pelo Núcleo de Assentamentos Humanos (NUC) da Faculdade de Arquitetura da UFRGS, em convênio proposto pelo Incra/RS e com a aprovação dos trabalhadores rurais, integrantes do MST.
O registro final desse projeto-piloto, feito pelo Coletivo Catarse, faz uma apuração dos resultados, conversa com os participantes e questiona modelos de organização para essa etapa da reforma agrária, que com regularidade emperra na máquina burocrática e na carência de assistência técnica versátil.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
1º Prêmio Cultura e Saúde
- foto: Simone -
Nos dias 5 e 6 de junho aconteceu, em Brasília, o 1º Prêmio Cultura e Saúde, parte do Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania - Cultura Viva e que contou com a parceria do Ministério da Saúde. O objetivo foi reconhecer o trabalho de iniciativas não-governamentais que trabalham a cultura com a interface na saúde, pensar ações para o aumento do investimento a essas iniciativas, além do intercâmbio de experiências.
Tinha gente de todos os cantos do Brasil. Faz uma semana que voltei de lá e ainda não consegui digerir direito o que aconteceu nesses 2 dias.
- na foto os representantes dos Pontos de Cultura do Grupo Hospitalar Conceição. Ao todo são 10 -
A minha experiência com cultura e saúde iniciou no mês de dezembro de 2008 quando a Catarse aprovou o edital de Ponto de Cultura (Ventre Livre) a partir de um convênio entre o Grupo Hospitalar Conceição, Ministério da Cultura e Ministério da Saúde. Porém, nesses dois dias, essa pouca experiência não foi muito importante. Estava ao lado de iniciativas consolidadas de muitos anos e, de alguma forma conversamos, nos inspiramos e colaboramos um com outro. Quando penso no que vivemos - muito trabalho, pouco tempo, muita informação, muitas descobertas, muita diversidade - a palavra democracia começa a fazer sentido novamente e a palavra trabalho ganha outra dimensão. Pessoas que acreditam no que fazem, que gostam do que fazem, que ainda buscam aprender, se qualificar, descobrir. Que tem a humildade de trocar idéias com quem está começando e a generosidade de dar um pouco de si para a história.
- foto: Adroaldo -
Todos estavam lá porque acreditam que suas escolhas estão contribuindo, de fato, para a construção de um mundo mais humano e justo e todos têm a consciência que só irão conseguir isso em colaboração com outros grupos que pensam desta forma. Nesse sentido todos éramos iguais, todos fomos ouvidos e ouvimos e chegamos a consensos. Não falamos em partido político mas de cidadania, de participação popular e todos trouxeram a sua contribuição para que a mudança continue a acontecer.
É de diversidade que o Brasil é feito, diversidade intelectual, social, racial, sexual, religiosa... é esse grande sopão étnico-cultural. Estávamos presentes ali, trabalhando juntos, criando diretrizes que buscam o apoio crescente a políticas que incentivem ações de cultura com a interface na saúde. Aliás, quem foi que um dia separou a saúde da cultura? Via a saúde na mulher que interpretava, nas palmas, na roda, no chocalho, na voz, no suor e no olhar.
Vejo um momento histórico privilegiado no país, onde a cultura e a educação são estimulados a olhos vistos. Muitos editais foram abertos e muitos outros estão abrindo oferecendo incentivo de diversas formas: pequenas quantias, grandes quantias, propostas diversas...É só se informar (http://www.cultura.gov.br/), só não vê quem não quer.
A cultura está descentralizando aos poucos e atingindo a todos. Eu vejo isso acontecendo e a Catarse está dentro desse processo - lugar que batalhamos ao longo dos nossos 4 anos de existência.
E isso, é só uma pincelada sobre todo esse movimento que estamos presenciando. Com certeza estaremos aprofundando - através de relatos e do nosso trabalho - esse conceito, ainda recente, de Ponto de Cultura. Seguimos, porque não, lutando então...
Clique aqui para saber mais sobre o Prêmio Cultura e Saúde.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Primeiro informativo ventre livre
A gente acredita e trabalha com a idéia de que uma revolução - aquela que vai transformar esse mundo num lugar decente para que todos vivam bem - só será possível com educação, cultura e informação..ou seja, a revolução é cultural. Pensando nisso, o que segue é o primeiro informativo do Ponto de Cultura Ventre Livre que será difundido pela internet e entregue na comunidade da Vila Jardim:
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Vídeo produzido em oficina aborda conceito de homofobia
Em junho do ano passado o Coletivo Catarse, em parceria com a TV Brasil e o Ministério da Cultura, ministrou em Brasília uma oficina de vídeo para participantes da Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (GLBTTT).
Este vídeo foi produzido na oficina por Felipe Fernandes , e foi ao ar no quadro Outro Olhar, da TV Brasil.
Apesar de parecer um consenso o termo homofobia não representa de maneira correta a diversidade da população Gay, Lésbica, Bissexual, Travesti e Transexual. É o que o vídeo aborda:
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Visita
Recebemos esta semana a visita das alunas de Jornalismo do IPA Evandra, Graziele e Priscila que estiveram nos entrevistando a fim de saber mais sobre a história e as particularidades do coletivo para a cadeira de Comunicação Comunitária da faculdade.
No dia 16 de junho estaremos em sala de aula junto com elas apresentando a Catarse.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Visita às unidades de saúde do GHC
sexta-feira, 29 de maio de 2009
O Ventre Livre começa a tomar forma
Na quinta-feira, dia 28 de maio, estivemos na casa onde vai ser a sede do Ponto de Cultura Ventre Livre começando os trabalhos de constituição do espaço físico do projeto. Tem bastante trabalho pela frente incluindo reformas e limpezas, mas devagar tudo o que foi planejado no papel começa a tomar forma.
Temos a consciência - e alguma experiência - que o trabalho comunitário, principalmente quando não somos moradores da região, é demorado e que a confiança das pessoas precisa ser conquistada através do trabalho. Muito justo.
Na Vila Jardim especificamente esse primeiro contato com a comunidade está acontecendo via Posto de Saúde Divina Providência, parceira do projeto. A participação de pessoas como a Vera, Genilda, Rose, Sílvia, Eduardo, Rosmere, Iara, estão sendo fundamentais.
Primeiras conversas
A partir das reuniões iniciais pudemos conhecer a Escola Crianças do Futuro surgida da associação de alguns moradores que constituiram um espaço de educação que oferece à comunidade jardim de infância, cursos de artesanato, administração e culinária. É um lugar muito especial, construído com muito carinho. Pela conversa que tivemos com a coordenadora da Escolinha, a Vani, deu pra senti que iremos fazer um intercâmbio muito rico.
Conhecemos, também, a gráfica do Roberto e tivemos a oportunidade de encomendar uma faixa provisória para identificar o Ponto. Desde contato percebemos que a demanda gráfica é um dos serviços que poderemos contar dentro do bairro incentivando, assim, a economia local.
Do trabaho de seleção do Agente Cultural e da limpeza da casa conseguimos faz a aproximação com as pessoas da vizinhança. A Iara (agente de saúde) conseguiu a água pro chimarrão e articulou com a Andréia e a Zefa algumas cadeiras. A Crescer, escola particular de ensino fundamental que fica localizada em frente à casa, emprestou uma mesa. O Ibanês - morador da Vila há 60 anos - trouxe a sua filha para a escolha do Agente Cultural de Saúde, declamou um poema gauchesco e se colocou à disposição. O Quincas, serralheiro, nos emprestou ferramentas e fez um orçamento para o portão da casa e o Ademir, após uma bela prosa, se colocou à disposição para qualquer coisa. Essas iniciativas nos confirmaram que a rua é um espaço fundamental de convivência, incentivando os valores humanos da vida em comunidade.
Expectativas
O próximo passo será a reforma da casa que necessita um novo forro, piso, pintura, instalação elétrica e a construção de 1 laboratório fotográfico. A Engenheira Civil Patrícia Fenocchio, o Engenheiro Eletricista Marco de Oliveira, a estagiária de Arquitetura Mariana Brandelli e o administrador Carlos Gama visitaram a casa e voluntariamente desenharam a planta das novas instalações e levantaram os materiais necessários para conseguirmos apoio junto à lojas de tintas, construção....Além disso, precisamos mobilizar voluntários para a mão-de-obra. Tudo dando certo a previsão é que em 2 meses a casa deva estar operacional.
Por enquanto era isso, seguimos trabalhando, logo teremos mais novidades.