Uma amiga minha, a Kátia Carmo diz que é preciso ser um(a) professor(a) muito ruim para 'estragar' as aulas de Biologia. Pq a Biologia tem tudo de bom...
Talvez por isso eu consiga convencer aqueles alunos e alunas mais 'rebeldes' a assistir minhas aulas. Não que eu seja 'a boa', mas a Biologia é. E como não sou tão ruim, a coisa (aula) até funciona...
Já tive turmas que a frequência na minha aula era totalmente diferente da dos outros professores e professoras. As criaturinhas conversadeiras (meu Deus como falam, devia ter um botão para desligar a voz, se bem que do jeito que são 'calminhos' não ia adiantar nada) assistiam a aula normal e nos minutos finais (se eles/elas se comportassem) a gente discutiria qq tema de interesse deles. O mais votado era ... sexualidade!!
E assim, cedendo um pouco alguns minutos para eles falarem, perguntarem, para que eu passasse vídeos sobre os temas, conseguia dar pelo menos parte do conteúdo. Parece que a excitação do debate no final da aula fazia aqueles anjinhos mais participativos que os das demais séries...
Pois é, acho que Kátia tem razão: precisa ser muito ruim para estragar uma aula de Biologia...
Uma Introdução
Uma Introdução
Porque criar um blog sobre as coisas que eu presenciei e ouvi durante minha carreira como professora de Educação Básica?
Nunca achei que alguém se interessasse por coisas que para mim são comuns, o cotidiano de uma professorinha.
Mas um amigo (Joseph), pensa diferente. Ele achou que minhas histórias poderiam ser interessantes. E me incentivou a escrever um Blog.
Talvez ele tenha razão. Afinal, uma pessoa que está em sala de aula a mais ou menos 20 anos deve ter algumas histórias para contar. E posso dizer que minha vida de professora (e esse blog é só sobre isso) não foi nada calma. Monotonia nunca fez parte da minha vida profissional. Criança é um bichinho que inventa...
As histórias que vou contar aqui são variadas. Algumas aconteceram comigo, outras com amig@s e alun@s. Para preservar a identidade das pessoas que foram protagonistas das histórias, vou trocar não apenas os nomes, mas outras características (idade/sexo/lugar onde o fato ocorreu). Resumindo, vou contar as histórias, mas sem revelar dados que possam identificar as pessoas envolvidas. Conto o milagre, mas não digo o santo.
Convido vcs a lerem um pouco dessas minhas 'aventuras' como professora. Trabalhei (e trabalho) em escolas de bairros bem pobres, onde faltava quase tudo. Menos a boa vontade de colegas e diretores para fazer a coisa dar certo. Pelo menos na maioria das vezes.