Nem sempre nos damos conta, mas até a nossa sexualidade é regida pelos odores.
Dizemos que nos apaixonamos por belos olhos, por um irresistível par de pernas.
Mas uma paixão não é possível sem a compatibilidade dos cheiros.
Não se engane:
o seu nariz é mais poderoso do que os seus olhos.
Quem não gosta de sentir o cheirinho dos bebês?
Ainda puros de toxinas, prematuros para a ação dos hormônios, eles parecem anjos recém-saídos do banho. Mais tarde, quando o corpo começa a sofrer a ação hormonal e a alimentação já não se restringe ao leite materno, vamos adquirindo o nosso cheiro particular, que, aliás, nós mesmos não sentimos (o olfato anula odores constantes para ficar alerta aos novos cheiros que surgirem no ar).
Mas todos temos essa espécie de impressão digital olfativa, e ela é mais identificável em algumas regiões do corpo - naquelas em que há um número maior de glândulas e o fluxo sanguíneo é intenso.
O popular "cheirinho no cangote" denuncia: ali a nossa assinatura é muito evidente.
E quem namora sabe: beleza não importa.
Cheiro sim, é fundamental.
De repente você sente um aroma peculiar que o transporta para uma época distante - um determinado lugar, uma situação específica, uma pessoa especial.
Os bolinhos de chuva, a terra molhada, a lenha queimando no fogão.
Não é força de expressão - a memória olfativa é mesmo poderosa e a explicação para tamanho poder não está nos livros de auto-ajuda, mas no cérebro.
O olfato tem ligação direta com o sistema límbico, a mais primitiva região do campo neurológico, onde se arquivam a memória e as emoções.
Por isso, o resgate de aromas e sensações já experimentados é imediato.
Preste atenção no seu nariz - ele pode fazer muito por você!!!