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segunda-feira, dezembro 05, 2016

A fraude do “consenso" de 97% dos cientistas sobre o "Aquecimento Global”

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) realiza supostamente um dos trabalhos mais importantes do mundo. Procede a estudos e inquéritos sobre investigação da ciência climática e produz um relatório sobre esses dados. Este relatório é informalmente conhecido como a Bíblia do Clima.

Citada por governos em todo o mundo, a Bíblia do Clima é a razão pela qual toda a gente considera que as emissões de dióxido de carbono são perigosas. E é por causa dela que estão a ser introduzidos impostos sobre o carbono, que as contas da electricidade vão disparar e que novas e dispendiosas normas estão a ser promulgadas.

Nos Estados Unidos, o Energy Information Administration calcula que, até 2030 (daqui a 13 anos), as Taxas de Carbono para combater o "Aquecimento Global" vão criar mais de um milhão de desempregados e uma diminuição do Produto Interno Bruto num valor superior a um bilião de dólares ($US 1.000.000.000.000). Em suma: o planeta inteiro está num estado de grande ansiedade por causa de um relatório das Nações Unidas.

O que a maioria de nós não sabe, é que a Bíblia Climática está a ser produzida por mentirosos a soldo de uma agenda política bem definida.

Esta exposição, feita por uma jornalista investigadora, é o produto de dois anos de pesquisa. A sua conclusão: quase nada do que foi dito pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) é verdade. Tal como o "Consenso" de 97% dos cientistas sobre o “Aquecimento Global”

Nesta excelente e clarificadora entrevista, a jornalista investigadora Donna Laframboise põe a nu a Fraude do "consenso" de 97% dos cientistas sobre o "Aquecimento Global" e as mentiras do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC):


sábado, fevereiro 27, 2010

O Aquecimento Global e a Acção do Homem

IPCC - Intergovernmental Panel on Climate Change
Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas

sexta-feira, dezembro 04, 2009

O escândalo do 'Climategate' e o peculiar posicionamento do Bloco de Esquerda


Há poucas semanas rebentou o escândalo chamado Climategate. O Climagate consistiu na divulgação, através da Internet, de um conjunto de ficheiros, que incluem programas de computador e emails trocados entre alguns dos principais autores dos relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), que confirmam a manipulação/fabricação de dados pelo grupo. Muito do que era suspeito e atribuível a erro humano surge agora como intencional e destinado a manter a "verdade" (do IPCC) de que houve um aquecimento anormal e acelerado desde o início da revolução industrial devido à emissões de CO2.

Em termos da comunidade científica, o Climategate é um dos maiores escândalos científicos da História, não só pelo modo como afecta a credibilidade pública da comunidade científica mas sobretudo pelas implicações económicas e políticas de que se reveste. De facto, nunca existiram tantas declarações, tantos tratados, tantos protocolos e tão gigantescos fluxos financeiros tendo como único fundamento a credibilidade e o suposto consenso da comunidade científica expresso nos Summary for Policy Makers (SPM) do IPCC. Esse fundamento desapareceu, mas os interesses envolvidos (políticos, económicos, financeiros e industriais) são de tal monta e a percepção pública da fraude científica é tão lenta que a ficção criada pela UE ainda se irá manter durante muito tempo.


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Extremamente curiosa é a posição do Bloco de Esquerda em relação ao Climategate, revelando um apoio incondicional e absoluto às imposturas dos «cientistas» do IPCC – ver «Dossier Cimeira de Copenhaga» no Esquerda.NET (site oficial do Bloco de Esquerda). É sabido que a Grande Finança gosta de jogar em todos os tabuleiros, utilizando peões de todas as cores e investindo por todos os quadrantes. O Bloco de Esquerda já foi infectado.


No Esquerda.Net: «A Ordem dos Cavaleiros do Carbono» - George Monbiot responde aos que vêem nas alterações climáticas uma conspiração global da comunidade científica.»


E vale a pena lembrar que, em Fevereiro de 2007, Al Gore veio a Lisboa dar uma conferência sobre alterações climáticas por 175 mil dólares. Estranhamente, a conferência destinou-se apenas a convidados - empresários, políticos (entre os quais Francisco Louçã), governantes e ex-ministros, autarcas, investigadores, ambientalistas, gestores e vip avulsos, decorrendo à porta fechada e sem a participação oficial de jornalistas. Ou seja, ao abordar um assunto que supostamente deveria interessar a toda a gente e cuja divulgação deveria ser a mais extensa possível, optou-se pelo secretismo. Afinal, o assunto era do interesse público ou privado?


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Texto de José J. Delgado Domingos - Professor catedrático do Instituto Superior Técnico

Expresso - 30 de Novembro de 2009



O escândalo do 'Climategate' e a Conferência de Copenhaga

O caso Climategate, onde se manipularam dados para provar o aquecimento global, é um dos maiores escândalos científicos da História, pelo modo como afecta a credibilidade pública da comunidade científica e sobretudo pelas suas implicações económicas e políticas.


José Delgado Domingos
Desde 1998 que a temperatura global não aumenta



Passaram há pouco 42 anos sobre um dos maiores desastres de origem climática em Portugal: as inundações de 1967 em Lisboa. Centenas de mortes e centenas de milhões de prejuízos materiais. Será que este desastre se deveu às emissões de CO2eq (CO2 equivalente) ou ao aquecimento global? Claro que não!

Aliás, na altura, a imprensa internacional explorava os receios de uma nova idade do gelo devido ao arrefecimento global que se verificava.

Em 1967, a probabilidade de ocorrência da precipitação que provocou o desastre em Lisboa era conhecida. Uma precipitação com características análogas pode repetir-se amanhã e as suas consequências só serão menores se as necessárias medidas de prevenção forem entretanto tomadas (e nem todas o foram!).


Catástrofe de Nova Orleães não foi causada pelo aquecimento global

O que se passou com a destruição de Nova Orleães pelo furacão Katrina foi análogo: as consequências de um furacão com aquelas características eram bem conhecidas, e as imprescindíveis obras de reparação e reforço das protecções foram insistentemente pedidas mas sistematicamente adiadas.


A inundação de Nova Orleães pelo furacão Katrina


A catástrofe não teve nada que ver com emissões de CO2eq ou aquecimento global. As tragédias climáticas no Bangladesh, não são provocadas por emissões de CO2eq, aquecimento global ou subida do nível do mar mas sim pelas inundações resultantes do assoreamento dos rios originado pela erosão que as extensíssimas desflorestações a montante agravaram e pelo crescente aumento do número de habitantes e construções em leito de cheia.

Segundo a ONU, mais de mil milhões de pessoas estão actualmente ameaçadas pela fome ou subnutrição, e agita-se o fantasma do seu aumento ou das suas migrações massivas se não forem combatidas as emissões de CO2eq para reduzir o aquecimento global.

A situação dramática e escandalosa destes milhões de seres humanos não tem nada a ver com as emissões de CO2eq, nem com o aumento oficial de 0,8ºC na temperatura média global nos últimos 150 anos.


Temperaturas não aumentam desde 1998

Aliás, apesar de as emissões de CO2eq terem aumentado acima do cenário mais pessimista do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) da ONU, desde 1998 que a temperatura global não aumenta.

Os exemplos anteriores poderiam continuar mas a conclusão seria sempre a mesma: as consequências catastróficas de fenómenos climáticos são evidentes e têm aumentado devido a acções humanas.

O que sucedeu em 1967 em Lisboa e se repete cada vez mais agravado por esse mundo fora não é devido a emissões de CO2eq ou alegado aquecimento global.

É devido simplesmente ao facto de fenómenos climáticos naturais, que sempre existiram, terem efeitos cada vez mais catastróficos porque as acções humanas sobre o território criaram as condições para isso ao desflorestarem as cabeceiras de rios (que agravaram o seu assoreamento e as consequentes inundações), ao aumentarem os riscos de deslizamento das encostas (porque eliminaram a vegetação que as estabilizava), ao construírem cada vez mais em leitos de cheia, e ao provocarem alterações cada vez mais extensas e profundas no uso do solo.

Os efeitos das alterações no uso do solo são cada vez mais evidentes nas alterações climáticas locais e nos seus reflexos globais.

Sendo evidente que a variabilidade natural do clima sempre existiu e que as acções humanas têm vindo a agravar os seus efeitos, a subversão conceptual que a UE liderou, reduzindo tudo, ou quase tudo, às consequências do aquecimento global provocado por emissões de CO2eq é muito grave e, em última instância, contrária aos louváveis ideais que afirma defender e que suscitam o apoio das organizações ambientalistas e de multidões de bem intencionados.


Um dos maiores escândalos científicos da História

É neste contexto que rebenta o escândalo do chamado Climategate. Em termos da comunidade científica, o Climategate é um dos maiores escândalos científicos da História, não só pelo modo como afecta a credibilidade pública da comunidade científica mas sobretudo pelas implicações económicas e políticas de que se reveste.

De facto, nunca existiram tantas declarações, tantos tratados, tantos protocolos e tão gigantescos fluxos financeiros tendo como único fundamento a credibilidade e o suposto consenso da comunidade científica expresso nos Summary for Policy Makers (SPM) do IPCC.


Esse fundamento desapareceu, mas os interesses envolvidos (políticos, económicos, financeiros e industriais) são de tal monta e a percepção pública da fraude científica é tão lenta que a ficção criada pela UE ainda se irá manter durante muito tempo.

O Climagate consistiu na divulgação, através da Internet, de um conjunto de ficheiros, que incluem programas de computador e emails trocados entre alguns dos principais autores dos relatórios do IPCC, de entre os quais assumem particular relevo os de Phill Jones, director do Climate Research Unit (CRU) da Universidade de East Anglia e Hadley Centre (Reino Unido), de autores do notório hockeystick e instituições responsáveis pelas bases de dados climáticos, como o National Climate Data Center (NCDC) e o Goddard Institute for Space Studies (GISS) dos EUA, consideradas de referência pelo IPCC.

O hockeystick é o termo usado entre os cientistas para designar o gráfico em forma de stick de hóquei que representa a evolução das temperaturas do hemisfério norte nos últimos mil anos, e que foi criado por um grupo de cientistas norte-americanos em 1998.


O gráfico hockeystick


Manipulação de dados

Os referidos ficheiros encontravam-se num servidor do CRU e a sua autenticidade não foi até agora contestada. Aliás, muitos deles apenas confirmam o que há muito se suspeitava acerca da manipulação/fabricação de dados pelo grupo.

Todavia, muito do que era suspeito e atribuível a erro humano surge agora como intencional e destinado a manter a "verdade" (do IPCC) de que houve um aquecimento anormal e acelerado desde o início da revolução industrial devido à emissões de CO2eq.

Esta "verdade" é incompatível com o Período Quente Medieval (em que as temperaturas foram iguais ou superiores às actuais apesar de não existirem emissões de CO2eq) e a Pequena Idade do Gelo que se seguiu. É também incompatível com o não aquecimento que se verifica desde 1998. Esconder ou suprimir estas constatações foram objectivos centrais da fraude científica agora conhecida.


Silenciar os cientistas críticos

Em termos científicos, o que os emails revelam são os esforços concertados dos seus autores, junto de editores de revistas prestigiadas, para não acolher publicações que pusessem em causa as suas teses ou os dados utilizados pelo grupo, recorrendo mesmo a ameaças de substituição de editores ou de boicote à revista que não se submetesse aos seus desígnios.

Propuseram-se mesmo alterar as regras de aceitação das publicações para consideração nos Relatórios do IPCC de modo a suprimir as críticas fundamentadas às suas conclusões. Em resumo, procuraram subverter, em seu benefício, toda a ética científica da prova, da contraprova e de replicação de resultados que está no cerne do método científico, controlando o próprio processo da revisão por pares.

Em conjunto, conseguiram impedir que fossem publicados a maioria dos dados e conclusões que pusessem em causa e com fundamento o seu dogma do aquecimento global devido às emissões de CO2eq.

O Climategate provocou já uma invulgar reacção internacional, como uma simples pesquisa no Google imediatamente revela (mais de 10.600.000 referências menos de uma semana depois da sua revelação).

No intenso debate internacional em curso e que irá certamente continuar por muitos meses/anos, surgiram já todos os habituais argumentos de ilegalidade no acesso aos documentos; de idiossincrasias próprias de cientistas-estrelas que se sentiram incomodados; citações fora de contexto, etc.

Em meu entender, o mais revelador e incontestável nos ficheiros divulgados nem são os emails, apesar do que mostram quanto ao carácter e a honestidade intelectual dos cientistas intervenientes, mas sim os programas de computador para tratar os registos climáticos que utilizaram para justificar as conclusões que defendem.


Modelação informática do «Aquecimento Global»


Diga-se o que se disser, os programas executaram o que está nas suas instruções e não o que os seus autores agora vêem dizer que fizeram ou queriam fazer.


Dados climáticos até 1960 destruídos

Antecipando porventura o que agora sucedeu, os responsáveis pelos dados climáticos de referência arquivados no CRU, vieram publicamente confirmar que destruíram os dados das observações instrumentais até 1960 e que apenas retiveram o resultado dos tratamentos correctivos e estatísticos a que os submeteram.

Ou seja, tornaram impossível verificar se tais dados foram ou não intencionalmente manipulados para fabricar conclusões. Neste momento há provas documentais indirectas de que o fizeram pelo menos nalguns casos.

Existe ainda um efeito perverso na referida manipulação que resulta de os modelos climáticos utilizados para a previsão do futuro terem parâmetros baseados nas observações climáticas passadas, que agora estão sob suspeita.

Afecta também todas as calibrações de observações indirectas relativas a situações passadas em que não existiam registos termométricos.

Independentemente de tudo isto, o mais perturbador para os alarmistas é o facto de, contrariamente ao que os modelos utilizados pelo IPCC previam, não existir aquecimento global desde 1998, apesar do crescimento das emissões de CO2eq.

E se alguma coisa os ficheiros do Climagate revelam são os esforços feitos para que este facto não fosse do conhecimento público.


Comportamento escandaloso e intolerável

O comportamento escandaloso e intolerável de um grupo restrito de cientistas que atraiçoaram o que de melhor a Ciência tem só foi possível porque um grupo de políticos, sobretudo europeus, criou as condições para o tornar possível.

Isso ficou claro desde a criação do IPCC e torna-se evidente para quem estuda os relatórios-base do IPCC (WG1-Physical Science Basis) e os confronta com os SPM.



Todavia, seria profundamente injusto meter todos os cientistas no mesmo saco, pelo que é oportuno lembrar que se deve a inúmeros cientistas sérios e intelectualmente rigorosos uma luta persistente e perigosa contra os poderes estabelecidos, para que a ciência do IPCC fosse verificável e responsável.

Foram vilipendiados e acusados de estar ao serviço dos mais torpes interesses. Os documentos agora revelados mostram que estavam apenas ao serviço da Ciência e do rigor e honestidade dos métodos que fizeram a sua invejável reputação.

Seria também irresponsável agir como se as consequências da variabilidade climática e da utilização desbragada de combustíveis fósseis tivesse desaparecido com a revelação do escândalo. Muito pelo contrário.


Problemas ambientais de fundo devem ser atacados

Chame-se variabilidade climática ou alteração climática, os problemas de fundo da sustentabilidade ambiental permanecem e agravam-se pelo que devem ser atacados com determinação e realismo.

Se os esforços internacionais mobilizados para a Cimeira de Copenhaga conseguirem ultrapassar a obsessão do aquecimento/emissões (liderado pela UE) para se concentrarem na eficiência energética, nas energias renováveis, na minimização dos efeitos das alterações nos usos do solo, no combate à desflorestação, à fome e aos efeitos da variabilidade climática, teremos uma grande vitória para o planeta se a equidade e a justiça social não forem esquecidas.

Ao que parece, as propostas da China e dos EUA vão neste sentido tendo a delicadeza suficiente para não humilhar a União Europeia. Esperemos que sim.

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quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Aquecimento Global - o IPCC tem tudo de político e nada de científico

O jornal Expresso (9/2/2008) entrevistou João Corte-Real, 65 anos, o mais antigo investigador português do clima e o único professor catedrático em meteorologia do país (Universidade de Évora). O professor afirma que os estudos científicos não permitem ainda concluir que a actividade humana é a principal responsável pelas alterações climáticas. E sublinha que o movimento contra o aquecimento global é politicamente orientado, tanto em Portugal como no resto do mundo.

Embora esta entrevista inclua questões de carácter climático e de carácter ambiental, esta transcrição, parcialmente truncada, abarca apenas a parte climática. Para ver a entrevista na totalidade consulte o site do Expresso.


Corte-Real: "Não estamos à beira de qualquer catástrofe"


Expresso: Estamos à beira de uma catástrofe nas alterações climáticas?

Corte-Real: Acho que não vai haver qualquer catástrofe (...) Falar em catástrofe não é científico, não é humano, é uma forma primitiva de apresentar as questões.


Expresso: Porquê?

Corte-Real: O clima não é uma constante, é por natureza variável, e o planeta Terra já foi sujeito a alterações climáticas no passado, para climas mais quentes e mais frios, e nunca houve um fenómeno catastrófico.


Expresso: Os dados sobre o clima são fiáveis?

Corte-Real: Há resultados de observações que apontam para uma alteração do clima e eu não os vou pôr em causa. O que ainda é discutível é se o homem é o principal responsável por essa mudança, isto é, não há certezas em relação às causas principais do fenómeno.


Expresso: Portanto, aposta mais em medidas adaptativas do que em medidas para contrariar o aquecimento global...

Corte-Real: Em relação ao clima, como este é o apuramento estatístico de um certo período temporal - de 30 anos, no mínimo -, aí não temos ainda previsões. (...) Não temos a certeza se o lançamento para a atmosfera de gases ditos com efeito de estufa é a principal causa das alterações climáticas.


Expresso: Será possível prever um dia o clima?

Corte-Real: Sim, com os desenvolvimentos tecnológicos, quer nas observações quer no cálculo científico, tal como hoje temos previsões do tempo. Agora, os actuais modelos de clima terão de ser muito melhorados em certos aspectos.


Expresso: Em quais?

Corte-Real: Repare que os actuais modelos estão a ser forçados para aquecer e, por consequência, se os processos naturais que podem contrariar o aquecimento estiverem mal representados nos modelos, obviamente que eles vão dar aumentos de temperatura que não se vão observar. É essa uma das razões por que prestigiados cientistas como Richard Lindzen, professor de meteorologia do MIT, não acreditam na corrente de pensamento dominante. Ele argumenta, e com razão, que o papel das nuvens, que é fundamental, está pessimamente representado nos modelos de clima existentes. E, de facto, estes modelos são ainda muito limitados - apesar de terem evoluído de uma forma fantástica - porque os processos ligados ao clima são muito complexos. Não é fácil estar a entender e a modelar estes processos.


Expresso: Ainda não há uma Teoria do Clima?

Corte-Real: Não, e é esse o problema. Enquanto nos limitarmos a utilizar estatisticamente resultados de modelos imperfeitos, as coisas não vão avançar muito. Mas os cientistas que usam métodos estatísticos quer para tratar observações quer para tratar de resultados de modelos não são para descredibilizar. Há muitas incertezas ligadas a esta problemática. Temos de investigar mais, de melhorar mais os modelos e de procurar entender os processos.


Expresso: As conclusões do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) da ONU são credíveis?

Corte-Real: O IPCC é formado por um conjunto de pessoas que vão traduzir o trabalho da comunidade científica. São pessoas credíveis, agora não podemos esquecer que o Painel é politicamente orientado, as suas conclusões não são puramente científicas. E são apresentadas em termos probabilísticos, porque o IPCC toma as suas precauções na forma como fala. Mas também reconheço que muitas das pessoas que, em Portugal e fora do país, estão ligadas a esta problemática das alterações climáticas não são cientistas do clima.


Expresso: Então por que estão eles envolvidos no processo?

Corte-Real: Por causa da tal orientação política e porque as novas formas de produção de energia, justificadas pela necessidade de reduzir as emissões, envolvem interesses económico-financeiros, tal como as energias fósseis. Em Portugal há uma dezena de cientistas ligados ao clima que está fora de todo o processo nacional e internacional de preparação de medidas para enfrentar as alterações climáticas. A composição da delegação portuguesa na Cimeira de Bali é um bom exemplo desta realidade.


Expresso: E quanto aos fenómenos naturais?

Corte-Real: Olhe, em 2007/2008 temos um bom exemplo: estamos a viver um fenómeno que começa no hemisfério Sul, o La Niña (o oposto do famoso El Niño), bastante intenso, que provocou anomalias em várias regiões do globo. Quando há um El Niño há um aquecimento global da troposfera. Acredita-se que foi devido ao La Niña que o último Verão foi fresco e chuvoso, por exemplo. O instituto meteorológico do Reino Unido já veio dizer que 2008 vai ser provavelmente o ano mais frio depois de 2000 por causa do La Niña. Isto justifica os fenómenos extremos que se têm registado no mundo, sobretudo na América do Sul. Esses fenómenos são preditíveis, as suas consequências são conhecidas e pode haver, por isso, uma intervenção humana para os mitigar.


Expresso: O clima na Europa está mais quente?

Corte-Real: Um trabalho de investigação feito pelo investigador João Santos, da Universidade de Évora, no âmbito do projecto europeu MICE (Impactos Extremos de Clima na Europa) conclui que sobre a Europa, quer na temperatura mínima quer na máxima, o número de episódios frios (em que as temperaturas mínima e máxima estiveram abaixo da média) diminuiu entre 1961 e 1990, e o número de episódios quentes aumentou. Mas esse aumento não foi uniforme, deu-se sobretudo numa parte da Europa do Norte e no Mediterrâneo Ocidental. Quando se fala em aquecimento global, não quer dizer que ele se dê em todos os lados e em todos os locais. Quer antes dizer que o positivo dominou o negativo na evolução das temperaturas. João Santos verificou também que a grande responsabilidade destas distribuições de temperaturas no período de referência (estamos a falar em dados reais e não em cenários) é devida à Oscilação do Atlântico Norte (NAO). Registaram-se anomalias aquecimentos nuns lados, arrefecimentos nos outros - porque houve uma predominância da fase positiva da NAO em 1961-1990. Isto significa que não nos temos que reportar necessariamente a alterações climáticas.


Expresso: Além do NAO, há outros exemplos?

Corte-Real: Há também a chamada Oscilação Decadal do Pacífico, de baixa frequência, que acontece de 10 em 10 anos, que é referida por um cientista brasileiro que também não acredita nada no aquecimento global, Luís Carlos Molion, da Universidade de Alagoas, em Maceió. Segundo ele, o clima global é muito condicionado por esta oscilação na temperatura das águas do Pacífico (que sobe ou desce). E constata que esta oscilação está a caminhar para a sua fase negativa, o que significa que a partir de 2012-2015 vamos começar a ver as temperaturas na atmosfera a descer. Eu não sei se ele tem razão ou não, mas o que de facto sabemos é que quando determinadas oscilações estatísticas persistem, vão criar anomalias de tempo, de temperatura. Se existirem oscilações de grande período (de baixa frequência), podemos estar a sentir uma subida de temperatura e julgar que é uma tendência, quando na verdade não é.


Expresso: E como pode a ciência explicar estas diferenças?

Corte-Real: A atmosfera tem de obedecer às leis da Física, que obrigam a certos balanços de massa, de energia, de momento angular, etc. A circulação da atmosfera tem de ser feita para satisfazer esses balanços globais. Quando as temperaturas excedem um limiar, a atmosfera desestabiliza-se e criam-se perturbações (as frontais, as frentes) que acabam com a instabilidade. Portanto, podem acontecer ciclones tropicais para redistribui energia e momento angular. E isso pode explicar muita coisa, não é preciso pensar só em alterações climáticas.


Comentário:

Se o IPCC é politicamente orientado e as suas conclusões não são puramente científicas, tal como afirma João Corte-Real, tal significa que não é a ciência que dita os relatórios do IPCC, mas que uma poderosa agenda se esconde por detrás do actual e mediatíssimo «Aquecimento Global».

A atribuição simultânea do Nobel da Paz ao Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas (IPCC) e a Al Gore, produtor do filme «Uma Verdade Inconveniente», sugere uma concertação política muito forte.

Tal deve estar relacionado com os antevistos lucros das empresas ligadas à «Guerra ao Aquecimento Global» de olho nas recomendações de Sir Nicholas Stern, segundo o qual: "se todos os países gastarem 1% do seu Produto Interno Bruto no combate ao «Aquecimento Global» a situação poderá ainda ser «reversível»".

1% dos PIBs em receitas contra moinhos de vento. Imagine-se a inveja das indústrias do armamento e do petróleo...
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sábado, outubro 13, 2007

Aquecimento Global - a maior negociata do século XXI



By Dr. Timothy Ball & Tom Harris

Imaginem o que seria basear toda a política económica e energética de um país numa teoria incompleta e não provada – uma teoria baseada inteiramente em modelos de computador nos quais uma variável menor é considerada a única determinante de todo o sistema climático global. É isto precisamente que Al Gore, a presidente do comité de ambiente do Senado norte-americano Barbara Boxer, e outros querem que a América faça. Esperam que os americanos concordem com uma fé cega na tese de que emissões humanas de gás carbónico (CO2) estão a causar uma mudança de clima catastrófica. Barbara Boxer, Gore e os seus aliados apelam prontamente à intimidação emocional contra quem quer que ouse questionar este dogma.

As suas declarações – Barbara Boxer: "os americanos têm a vontade para reduzir, parar e inverter o efeito estufa" – são meras exibições de arrogância que expõem a sua falta de compreensão de ciência básica (ou o total desrespeito pela inteligência do público). As políticas que defendem são totalmente injustificadas cientificamente e têm implicações económicas extraordinariamente prejudiciais para o mundo desenvolvido.

A ciência avança através de hipóteses baseadas num conjunto de suposições. Outros cientistas desafiam e testam essas suposições no que o filósofo Karl Popper chamou a prática da ‘falibilidade’. Tentar contestar a hipótese é o que constitui a verdadeira ciência. No entanto, a hipótese de que o acréscimo humano de CO2 conduziria a um aumento significativo do efeito de estufa foi rapidamente aceite sem este normal desafio científico. Como afirmou o Dr. Richard S. Lindzen, Professor de Meteorologia no Departamento de Ciências da Terra, Atmosféricas e Planetárias do MIT (MIT’s Department of Earth, Atmospheric and Planetary Sciences), o consenso foi alcançado antes que a investigação tivesse começado. Partidários dessa hipótese começaram a defender o indefensável lançando ataques pessoais e a silenciar oponentes científicos amedrontados.

Contudo, para frustração dos alarmistas, as evidências científicas continuam a desmontar a noção viciada de que as emissões humanas de CO2 são um problema.

Por exemplo, no mês passado o Goddard Institute para Estudos Espaciais da Nasa (GISS), fez alterações significativas aos seus registros de temperatura, minimizando a magnitude das subidas recentes. Estas alterações foram causadas pela descoberta do investigador canadiano Steve McIntyre de erros nas metodologias da NASA, investigador já famoso pela desmistificação do agora infame gráfico de temperatura 'stick de hóquei', que era um pilar fundamental do Relatório da 2001 do Painel Intergovernamental de Mudança de Clima da ONU (IPCC).

O Dr. James Hansen, como Director de GISS, é responsável pelos registros de temperatura da NASA. Um ardente partidário de Gore, Hansen desempenha frequentemente papéis contraditórios em simultâneo - apenas uma semana depois da mudança dos registros da NASA postou uma diatribe num Blog, não pelos canais oficiais da NASA, mas como um cidadão comum. Nela reivindicou que as mudanças de temperatura dos registros eram insignificantes (quando na realidade, são altamente significantes) e comparou os cépticos do aquecimento climático a "bobos da corte" a soldo da indústria. Hanson também representou este jogo fraudulento quando fez uma apresentação sensacionalista da mudança climática ao Congresso Americano como um cidadão comum. Tais pontos de vista são incoerentes com as suas actividades como cientista / executivo da NASA.

Antes da descoberta de McIntyre, a NASA considerava 1998 o ano mais quente da parte continental dos EUA; agora, tal como foi explicado por Paul Driessen no Canada Free Press, é 1934 o ano mais quente, com 1998 em segundo lugar e 1921 em terceiro. Quando a produção humana de CO2 era mínima, nos anos trinta, aconteceram quatro dos 10 anos mais quentes. Agora, a última década inclui apenas três dos dez anos mais quentes. Será que Gore procederá às correcções necessárias no seu «Uma Verdade Inconveniente»?

Uma segunda 'prova' do aquecimento global causado pela emissão humana de CO2, de acordo com o IPCC, era um reivindicado aumento das temperaturas globais em cerca de 1° Fahrenheit (0,55 graus Celsius) em 130 anos. Foi considerado que este facto estava fora de variabilidade natural. Mas a incerteza nas medições andavam à volta de ± 0.3° Fahrenheit (0,16 graus Celsius), significando isto que os valores possíveis poderiam variar até 66% da mudança total. A fonte deste cálculo da temperatura, o Professor Phil Jones da University of East Anglia, recusou revelar quais os registros de temperatura que foram usados e como é que ele os 'ajustou'. Claramente, as conclusões do IPCC devem ser vistas com considerável suspeita até que revelem totalmente a proveniência dos dados de Phil Jones.

Modelos de computador são a base de todas as previsões usada pelos alarmistas. E estes modelos usaram dados de temperatura que são agora reconhecidamente suspeitos ou completamente errados. Será que Gore, Barbara Boxer e o IPCC vão proceder a uma reavaliação do alarme do efeito estufa? A ciência exacta nunca foi timbre oficial desta cruzada.


Na BBC:

Um relatório do economista Sir Nicholas Stern sugere que efeito de estufa pode reduzir a economia global em 20%. Mas agindo imediatamente (contra o efeito de estufa) tal custaria apenas 1% de produto interno bruto global, afirma o estudo de 700 páginas. Tony Blair disse que o Estudo de Stern demonstrou que a evidência científica do efeito estufa é “esmagadora” e as suas consequências "desastrosas".


Comentário:

Se dúvidas houvesse quanto à verdade do «Aquecimento Global», a atribuição simultânea do Nobel da Paz ao Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas (IPCC) e a Al Gore, produtor do filme «An Inconvenient Truth» que o Supremo Tribunal da Grã-Bretanha considerou conter nove erros (mentiras) graves, sugere que existe uma agenda política evidente por trás do «Global Warming» que nada tem a ver com ciência.

Como prescreve Sir Nicholas Stern, se todos os países gastarem 1% do seu Produto Interno Bruto no combate ao «Aquecimento Global» a situação poderia ainda ser «reversível». Só os Estados Unidos têm um Produto Interno Bruto de 13 .000.000.000.000 de dólares (US$13 trillion.). Não é difícil imaginar a saliva a escorrer pela boca dos principais accionistas das empresas especializadas no «Arrefecimento Global».
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