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05/03/2011

THE RETURN OF THE CAVEMAN: Av. Duque de Loulé

Observemos bem a imagem. Parece apenas mais um sinal vertical de trânsito mas é mais um sinal de uma doença crónica de Lisboa. É assustador.

Que tipo de cidade é esta onde a meio de uma avenida urbana a CML resolve colocar um "aviso" aos automobilistas alertando para a existência de peões?! É nesta cidade que queremos viver?!

Os passeios desta ex-nobre avenida estão reduzidos à miníma expressão que se vê na imagem; a placa central arborizada, desenho oitocentista típico das Avenidas Novas, está ocupada (com a conivência da CML) por estacionamento selvagem; as árvores que sobrevivem estão doentes, vão sendo abatidas e algumas morrem mesmo atropeladas - todas sacrificadas a esse todo poderoso cidadão principal chamado «O Senhor Carro»!

Concluíndo, 90% deste arruamento foi entregue, de mão beijada, à circulação e estacionamento do automóvel.

Lisboa transforma bem desenhadas avenidas urbanas em estradas perigosas, cenário anti-urbano, degradado e de cariz suburbano.

E perante este caos a CML, alguns anos atrás, só falava em fazer nesta avenida mais uma saída do túnel do Marquês!

24/03/2010

CML VAI PAGAR 18.1 MILHÕES PELAS OBRAS PARADAS DO TÚNEL DO MARQUÊS

Câmara Lisboa vai pagar 18,1 milhões ao consórcio das obras no túnel do Marquês
Lisboa, 24 mar (Lusa)
A Câmara de Lisboa vai pagar ao consórcio CME/Tâmega 18,1 milhões de euros por causa do Túnel do Marquês, segundo o acordo alcançado entre as duas partes nas negociações que permitiram à autarquia poupar 6,5 milhões.
De acordo com fonte do município, o acordo entre a Câmara de Lisboa e o consórcio foi assinado terça feira, quase seis anos depois de as obras no Túnel do Marques terem parado por causa de uma providência cautelar interposta por José Sá Fernandes, hoje vereador na autarquia.
SO

Lusa/fim

03/07/2009

Santana Lopes: Vale a pena construir mais um túnel no centro de Lisboa?

Juntar numa mesma frase Santana e túnel só pode dar um resultado: polémica. Bastaram poucas horas sobre a formalização da candidatura do cabeça-de-lista do PSD à câmara de Lisboa para que a contestação tenha rebentado. "O dr. Santana Lopes está a propor a criação de uma via rápida subterrânea a passar pelo centro da cidade. É uma espécie de Eixo Norte-Sul no coração de Lisboa. Qualquer engenheiro de transportes independente sabe que isto é um perfeito disparate. É tudo o que não se deve fazer." É assim que reage Fernando Nunes da Silva, professor de urbanismo e transportes no Instituto Superior Técnico.

Ainda o dossier do túnel do Marquês não está encerrado - há uma auditoria do Tribunal de Contas em curso e 23 milhões de euros por saldar de diferendo entre a Câmara e o construtor - e já Santana segue em frente e anuncia que, se for eleito para Lisboa, vai fazer uma ligação subterrânea entre o Saldanha, a Fontes Pereira de Melo, o Campo Grande e o Campo Pequeno.

Para Fernando Nunes da Silva, há um mérito: "Pelo menos tem uma vantagem. Está igual a si próprio. Primeiro anuncia, só depois estuda". O especialista considera que o túnel do Marquês foi um disparate, o próximo é "a continuação do erro". "Em vez de desviar o trânsito para as vias circulares de Lisboa - o Eixo Norte-Sul e a Segunda Circular - atrai o tráfego para o centro", critica.

O técnico em transportes diz que o túnel do Marquês de Pombal trouxe uma grande melhoria, mas apenas para os habitantes de Cascais. Em Lisboa não resolveu nada, em particular os dois pontos críticos: a Fontes Pereira de Melo e a Braamcamp.

"Como a avenida da Liberdade é a única opção entre o rio e o outro lado da cidade", os automóveis chegam ao fim da artéria e permanecem "porque não há capacidade de escoamento. "Não é o fluxo de carros, é o constante pára e arranca a subir que torna a avenida da Liberdade a mais poluída do país". Um segundo túnel no Saldanha está longe de ser a solução. "É um desperdício de dinheiro para resolver problema nenhum."

Nos anos 80, o projecto da câmara de Lisboa para o Saldanha visava tornar "o local num espaço de fruição, com passeios largos e arborizados, locais de estar e apreciar uma das mais desafogadas vistas da cidade", lembra Manuel João Ramos, presidente da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M). Vinte anos depois, é uma zona essencialmente rodoviária e, com as obras do metro, de difícil movimentação dos peões. Um novo túnel significaria ainda mais trânsito. "Não vejo outro nome para isto a não ser irresponsabilidade", diz.

José Manuel Viegas, do Instituto Superior Técnico, lembra que este túnel já estava previsto no plano de 2005 sobre a mobilidade em Lisboa. "Considerámos que era uma opção que merecia ser estudada", refere, acrescentando que ainda hoje "vale a pena olhar para isto". Porém, para o especialista, caso Santana ganhe, a primeira fase do mandato deve ser aproveitada para estudar. E só depois decidir uma eventual construção.

"À partida, a vantagem seria tornar aquele eixo central mais fluido", defende. A avenida de Berna era, na altura, a artéria mais congestionada de Lisboa. Uma passagem subterrânea permitiria resolver cruzamentos complicados da av. da República, como o da João Crisóstomo. "Era bom ter sido feita ao mesmo tempo que as obras do metro; permitiria poupar muito dinheiro. Agora o buraco para o metro já está fechado". Sobre o excesso de automóveis que um novo túnel poderá trazer, responde que essa questão só se resolve com menos estacionamentos.

O cruzamento com o metropolitano pode ser um problema. As obras do túnel do Marquês estiveram paradas durante sete meses devido à providência cautelar interposta por Sá Fernandes - por ausência de um estudo de impacte ambiental e porque poderia prejudicar estruturas do metro e do Aqueduto das Águas Livres. Agora, o túnel do Saldanha que Santana projecta poderá ter "problemas grandes por causa das estruturas do metro. Ainda por cima, agora com a extensão da linha. Santana vai bater outra vez com a cabeça no metro", defende Manuel João Ramos.

"O tráfego na Fontes Pereira de Melo e na avenida da Liberdade nunca esteve tão mal. Se o túnel do Marquês tivesse vindo resolver o problema do trânsito não era preciso outro". Para o presidente da ACA-M, a construção de um túnel tem um "efeito bola-de-neve" porque há uma "duplicação de via, logo uma duplicação de oferta. É o que se chama tráfego induzido - a oferta traz procura." E quanto mais procura, mais trânsito, mais túneis. Manuel João Ramos afirma que ao túnel do Saldanha seguir-se-ão outros e que a hipótese já é falada no Técnico: "Fala-se de outro túnel no Campo Grande, com a alameda das Linhas de Torres." O tal efeito bola- de-neve, segundo Manuel João Ramos, resultaria noutra passagem subterrânea no Campo Grande e com a saída da António Augusto Aguiar ainda outro que desembocaria no El Corte Inglés.

In I
(Os negritos são meus)

29/12/2008

Santana quer rede de túneis em Lisboa

Segundo noticia o SOL, uma das prioridades de Santana Lopes é prosseguir com o desnivelamento dos eixos principais da cidade, como sucedeu com o Marquês de Pombal. Ainda assim, a sua proposta assenta em túneis de menores dimensões e sem a complexidade da obra que ficou a marcar a sua anterior passagem pela presidência da autarquia lisboeta.

Santana Lopes não esquecerá também a recuperação do Parque Mayer e da zona ribeirinha e ainda a conclusão do túnel do Marquês (ligação à António Augusto Aguiar).
In IOLDiario
Se Santana ganhar vamos ver Lisboa transformada num Queijo Emmental