In Sol Online (5/6/2010)
«A terceira fase da reestruturação da rede de autocarros da Carris, a Rede 7, deverá entrar em vigor no final do mês e envolverá 10 carreiras, disse à Lusa o presidente da empresa
«A terceira fase [da Rede 7] vai arrancar no final deste mês de junho», afirmou Silva Rodrigues, em entrevista à agência Lusa.
O presidente da empresa disse que «não se trata de um grande ajustamento», explicando que a terceira fase da Rede 7 envolverá «uma dezena de carreiras».
Com o desenvolvimento da terceira fase de Rede 7, a Carris pretende continuar a apostar no desenvolvimento da sua rede em «articulação» com o serviço prestado pelo Metro de Lisboa.
«A Carris é um distribuidor fino, que vai a todos os pontos da cidade e, portanto, tem de rebater ao metro», explicou, avançando que esta reestruturação não implicará a criação de novas carreiras.
A Carris tem atualmente 95 carreiras. A primeira fase da Rede 7, que entrou em vigor em setembro de 2006, implicou a supressão de oito carreiras e recebeu parecer negativo da Câmara de Lisboa.
A segunda fase da Rede 7, que entrou em vigor em janeiro de 2008, envolveu a alterações de percurso em oito carreiras e o cancelamento de outra, tendo aumentada a frequência de carreiras em oito percursos.
Lusa/SOL»
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21/05/2008
Especialista da Carris aponta falhas na reestruturação da rede 7
In Público (21/5/2008)
«8
carreiras extintas e quase 30 percursos alterados foram as principais implicações da reestruturação da Carris
Um parecer de um especialista em transportes da Carris aponta falhas à segunda fase de reestruturação da rede 7, sobretudo às alterações no percurso da carreira 2, reconhecendo que implicam acréscimo de custos para os utentes. O documento foi enviado para a Câmara de Lisboa, que votou e aprovou a reestruturação proposta pela transportadora, e mostra que mesmo dentro da empresa a reestruturação não foi pacífica.
No parecer, o especialista refere que as alterações propostas para a carreira 2 deixam o Bairro da Serafina "sem qualquer ligação directa à Baixa". A rede 7, que arrancou no terreno em Setembro do ano passado, implicou a alteração dos números, horários e percursos de 36 carreiras, bem como a suspensão da circulação de oito autocarros, afectando cerca de 40 por cento da frota da Carris.
De acordo com o parecer, a alteração no percurso da carreira 2 representa "um recuo na qualidade do serviço prestado pela Carris e, contra ela, e com razão, já se manifestaram os habitantes da Serafina e da respectiva junta de freguesia". O parecer refere que, apesar de tudo, nem todas as mudanças foram negativas para o Bairro da Serafina, dando como exemplo o caso da carreira 713. Esta alteração, indica, "melhora o serviço da carreira no seu percurso (que passa a ser pelo Rato e Amoreiras)".
O especialista refere que alguns encurtamentos de percursos libertam meios que são aplicados na melhoria de algumas carreiras, "especialmente que servem a zona ocidental da cidade" (a única que não tem serviço de metro), apontando como exemplo os casos das carreiras 714, 58 e 60.
O maestro António Vitorino de Almeida e o psiquiatra Daniel Sampaio estão entre os nomes de um abaixo-assinado entregue em Março ao Governo contra a reestruturação da rede da Carris em Campolide. Rui Portugal, promotor do abaixo-assinado, explicou que esta iniciativa surgiu como "um acto de solidariedade para com a população de Campolide, pobre, idosa, com dificuldade de locomoção e que foi completamente posta de parte pela Carris com esta reestruturação".
Os signatários do abaixo-assinado alertam para o facto de a carreira 2 ser "o único meio de transporte público para uma vasta zona sul de Campolide" e "o único meio de transporte da Carris até à Baixa desde o seu início, no Bairro da Serafina". Acusam a Carris de ter "ignorado todas as manifestações de repúdio" da população e dizem que a decisão "não teve em conta os interesses da população de Campolide, bem expressos junto da Carris".
Além do abaixo-assinado, houve várias manifestações de associações de utentes e na Assembleia de Freguesia de Campolide foi criada uma comissão de transportes, liderada por Vítor Machado (BE), que considerou que a reestruturação da rede da Carris "teve apenas um pendor economicista, fomentando a abertura do metro no Terreiro do Paço". Fonte da Carris reconheceu que houve situações que foram alteradas noutras zonas da cidade e "questões pontuais que estão a ser analisadas". Lusa»
O problema da 'reestruturação' é que ela não é reestruturação coisíssima nenhuma, apenas um expediente de combate ao eterno défice. Os passageiros são números estatísticos, apenas gado, portanto.
«8
carreiras extintas e quase 30 percursos alterados foram as principais implicações da reestruturação da Carris
Um parecer de um especialista em transportes da Carris aponta falhas à segunda fase de reestruturação da rede 7, sobretudo às alterações no percurso da carreira 2, reconhecendo que implicam acréscimo de custos para os utentes. O documento foi enviado para a Câmara de Lisboa, que votou e aprovou a reestruturação proposta pela transportadora, e mostra que mesmo dentro da empresa a reestruturação não foi pacífica.
No parecer, o especialista refere que as alterações propostas para a carreira 2 deixam o Bairro da Serafina "sem qualquer ligação directa à Baixa". A rede 7, que arrancou no terreno em Setembro do ano passado, implicou a alteração dos números, horários e percursos de 36 carreiras, bem como a suspensão da circulação de oito autocarros, afectando cerca de 40 por cento da frota da Carris.
De acordo com o parecer, a alteração no percurso da carreira 2 representa "um recuo na qualidade do serviço prestado pela Carris e, contra ela, e com razão, já se manifestaram os habitantes da Serafina e da respectiva junta de freguesia". O parecer refere que, apesar de tudo, nem todas as mudanças foram negativas para o Bairro da Serafina, dando como exemplo o caso da carreira 713. Esta alteração, indica, "melhora o serviço da carreira no seu percurso (que passa a ser pelo Rato e Amoreiras)".
O especialista refere que alguns encurtamentos de percursos libertam meios que são aplicados na melhoria de algumas carreiras, "especialmente que servem a zona ocidental da cidade" (a única que não tem serviço de metro), apontando como exemplo os casos das carreiras 714, 58 e 60.
O maestro António Vitorino de Almeida e o psiquiatra Daniel Sampaio estão entre os nomes de um abaixo-assinado entregue em Março ao Governo contra a reestruturação da rede da Carris em Campolide. Rui Portugal, promotor do abaixo-assinado, explicou que esta iniciativa surgiu como "um acto de solidariedade para com a população de Campolide, pobre, idosa, com dificuldade de locomoção e que foi completamente posta de parte pela Carris com esta reestruturação".
Os signatários do abaixo-assinado alertam para o facto de a carreira 2 ser "o único meio de transporte público para uma vasta zona sul de Campolide" e "o único meio de transporte da Carris até à Baixa desde o seu início, no Bairro da Serafina". Acusam a Carris de ter "ignorado todas as manifestações de repúdio" da população e dizem que a decisão "não teve em conta os interesses da população de Campolide, bem expressos junto da Carris".
Além do abaixo-assinado, houve várias manifestações de associações de utentes e na Assembleia de Freguesia de Campolide foi criada uma comissão de transportes, liderada por Vítor Machado (BE), que considerou que a reestruturação da rede da Carris "teve apenas um pendor economicista, fomentando a abertura do metro no Terreiro do Paço". Fonte da Carris reconheceu que houve situações que foram alteradas noutras zonas da cidade e "questões pontuais que estão a ser analisadas". Lusa»
O problema da 'reestruturação' é que ela não é reestruturação coisíssima nenhuma, apenas um expediente de combate ao eterno défice. Os passageiros são números estatísticos, apenas gado, portanto.
11/01/2008
Petição com oito mil assinaturas acusa Carris de "liquidação do serviço público"
In Público (11/1/2008)
Inês Boaventura
«Uma petição com cerca de oito mil assinaturas contra o "plano de liquidação do serviço público" que a Carris está alegadamente a levar a cabo com a reestruturação da sua rede foi ontem entregue no Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
As assinaturas foram recolhidas pelo Movimento de Utentes da Carris, que de acordo com um dos seus representantes reúne moradores dos Olivais, Alfama, Benfica e Campolide. Hoje, acrescentou Hélder Borges, o documento vai ser entregue à Carris, empresa que a comissão acusa de ter "uma preocupação economicista" e de não cumprir "o objectivo social de uma empresa que tem o monopólio do transporte de superfície".
Os subscritores do abaixo-assinado dizem que a reestruturação da rede, cuja segunda fase foi implementada há uma semana, "lesa os utentes". Em causa, acusam, estão "cortes de carreiras, redução de carreiras, redução de horários, percursos alterados para pior, fim do serviço de fim-de-semana em muitos casos". O secretário-geral da empresa refuta estas acusações, garantindo que, com a chamada Rede 7 não houve uma redução do número de autocarros nem de motoristas, mas sim uma "optimização" destes meios para tornar a rede "mais racional". "Não podemos deixar inalterada uma rede que tem de ser dinâmica", acrescenta Luís Vale, defendendo que a Carris tem de se adaptar "às novas realidades das cidades", incluindo às expansões do Metropolitano de Lisboa»
Inês Boaventura
«Uma petição com cerca de oito mil assinaturas contra o "plano de liquidação do serviço público" que a Carris está alegadamente a levar a cabo com a reestruturação da sua rede foi ontem entregue no Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
As assinaturas foram recolhidas pelo Movimento de Utentes da Carris, que de acordo com um dos seus representantes reúne moradores dos Olivais, Alfama, Benfica e Campolide. Hoje, acrescentou Hélder Borges, o documento vai ser entregue à Carris, empresa que a comissão acusa de ter "uma preocupação economicista" e de não cumprir "o objectivo social de uma empresa que tem o monopólio do transporte de superfície".
Os subscritores do abaixo-assinado dizem que a reestruturação da rede, cuja segunda fase foi implementada há uma semana, "lesa os utentes". Em causa, acusam, estão "cortes de carreiras, redução de carreiras, redução de horários, percursos alterados para pior, fim do serviço de fim-de-semana em muitos casos". O secretário-geral da empresa refuta estas acusações, garantindo que, com a chamada Rede 7 não houve uma redução do número de autocarros nem de motoristas, mas sim uma "optimização" destes meios para tornar a rede "mais racional". "Não podemos deixar inalterada uma rede que tem de ser dinâmica", acrescenta Luís Vale, defendendo que a Carris tem de se adaptar "às novas realidades das cidades", incluindo às expansões do Metropolitano de Lisboa»
19/10/2007
Câmara aprova alterações na Carris
In Jornal de Notícias (19/10/2007)
«A Câmara de Lisboa quer que os pareceres consultivos que emite sobre alterações na rede de autocarros da Carris passem a ser vinculativos. A exigência de que as posições da autarquia passem a ter carácter vinculativo é consensual entre o PS, BE e oposição, e foi expressa no parecer positivo que a CML deu à segunda fase da renovação da rede da Carris, que deverá implicar alterações em 10 carreiras.
A segunda fase da "Rede 7" da Carris, que deve arrancar no final do ano, em simultâneo com a concretização do prolongamento da linha Azul do Metro, poderá implicar a eliminação de uma carreira, a diminuição do percurso de quatro, o prolongamento de duas e alterações no trajecto de três.
(...)
O vereador social-democrata Salter Cid considera que "as alterações podem ser positivas" mas é sensível às "reticências que têm sido expressas pelas juntas de freguesia".
O PSD, que também se absteve na votação da proposta, sublinha a necessidade de a Carris manter os serviços nas zonas servidas pelo metro, que chegará a Santa Apolónia, devido à dificuldade de idosos e deficientes acederem ao transporte subterrâneo.
Pelo movimento "Cidadãos por Lisboa", o vereador Manuel João Ramos considera que "não houve suficiente atenção da Carris às queixas das várias juntas de freguesia". Já o vereador comunista Ruben de Carvalho considera que o parecer da autarquia, em relação ao qual se absteve, reflecte "várias preocupações" que o PCP tem manifestado, nomeadamente a necessidade de a posição da autarquia ser vinculativa.»
«A Câmara de Lisboa quer que os pareceres consultivos que emite sobre alterações na rede de autocarros da Carris passem a ser vinculativos. A exigência de que as posições da autarquia passem a ter carácter vinculativo é consensual entre o PS, BE e oposição, e foi expressa no parecer positivo que a CML deu à segunda fase da renovação da rede da Carris, que deverá implicar alterações em 10 carreiras.
A segunda fase da "Rede 7" da Carris, que deve arrancar no final do ano, em simultâneo com a concretização do prolongamento da linha Azul do Metro, poderá implicar a eliminação de uma carreira, a diminuição do percurso de quatro, o prolongamento de duas e alterações no trajecto de três.
(...)
O vereador social-democrata Salter Cid considera que "as alterações podem ser positivas" mas é sensível às "reticências que têm sido expressas pelas juntas de freguesia".
O PSD, que também se absteve na votação da proposta, sublinha a necessidade de a Carris manter os serviços nas zonas servidas pelo metro, que chegará a Santa Apolónia, devido à dificuldade de idosos e deficientes acederem ao transporte subterrâneo.
Pelo movimento "Cidadãos por Lisboa", o vereador Manuel João Ramos considera que "não houve suficiente atenção da Carris às queixas das várias juntas de freguesia". Já o vereador comunista Ruben de Carvalho considera que o parecer da autarquia, em relação ao qual se absteve, reflecte "várias preocupações" que o PCP tem manifestado, nomeadamente a necessidade de a posição da autarquia ser vinculativa.»
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