Comprou o jornal dessa manha e embrulhou meticulosamente com ele, o olhar.
Depois, dirigiu-se às margens, às suas próprias margens feitas de engano e
lamento, de algum episódio eufórico e muito pranto que lhe sulcava devagarinho o
espanto. E só aí, se desaguou em foz.
Filipa Vera Jardim
Imagem: Pintura de Artur Cruzeiro Seixas
Estamos sempre a desaguar
ResponderEliminarBoa partilha
Sim, sempre.
ResponderEliminarObrigada pela visita e pelo comentário
Sem querer ver o que o rodeava,refugiou-se num mundo interior que não adianta ignorar,porque se manifesta sempre de algum modo.
ResponderEliminarExactamente, esse mundo interior está sempre lá.
EliminarObrigada