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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Frágil, sim, e daí?

O título de hoje foi baseado num post que a Danee fez uma vez em que ela citava que as pessoas muitas vezes são superficiais e querem o tempo todo mostrar que estão bem e felizes como num gigante facebook. E ontem eu meio que fiz isso... não por querer me esconder, mas pelo medo de assustar vocês com um post meio desesperado. Por isso preferi deixar passar para depois escrever. E acho que fiz bem, porque rendeu o que vocês lerão hoje. Fiz o post de ontem, de 3 meses, e naquele momento não transpareci nada o que estava sentindo. Estava num misto de ansiedade, preocupação, angústia... porque 3 meses é muito pouco tempo. E se contarmos só o tempo que eu tenho para resolver os assuntos casamentícios (noites e finais de semana) sobra menos tempo ainda. Foi então que acordei pensando nisso. Somados os fatos: nós do sexo feminino já temos alterações hormonais mais bruscas e tem dias em que acordamos piores do que outro + Rafael está viajando a trabalho e eu não estava com meu amor por perto + era segunda-feira, o dia da preguiça + o sono que ainda não tinha recuperado completamente, pronto: parecia que o mundo ia acabar, que eu não ia mais ter tempo de fazer nada, fiquei sensível pra caramba, e toda chorosa.

Aí eu mandei e-mail para madrinhas honorárias, perguntando se isso era normal, essa sensibilidade quando o casamento ia ficando mais próximo, e elas prontamente entraram em ação, contando das experiências e eu fui tentando me espelhar. Certamente elas se pronunciarão nos comentários, assim que tiverem tempo. Eu não coloquei nominal porque estou fazendo o post rapidinho e não deu tempo de pedir autorização. :) Basicamente, o mix de respostas foi o seguinte:

"Tinha plena consciência de que estava dando o meu melhor, e que se por acaso não desse para fazer algo, ok... uma vez que as coisas principais já estavam fechadas e tudo ok."
Aqui pensei: Poxa, eu também estou com todos os contratos grandes fechados, por que me preocupar?

"Eu sempre tive mt medo de virar uma bridezilla da vida, e por isso me preocupei em me manter calma, zen..." Essa foi uma frase recorrente nas respostas.
Com essa frase, pude perceber que, graças a Deus, eu também me preocupava em não ser uma bridezilla. Pergunta se alguém no meu trabalho sabe da minha contagem regressiva, se ontem contei para alguém que agora só faltam 3 meses, ou se alguém sabe de todos os meus preparativos? Não. Justamente porque sei que as pessoas têm outros assuntos e se eu só conversar sobre a minha vida, sobre o meu momento, me tornarei uma pessoa completamente desinteressante. Ainda bem que posso desabafar com essas amigas, eternas noivas, que já passaram por isso e não vão achar uma besteira, tanto que uma delas falou:

"Eu fiquei assim nos últimos meses também... chorava muito e como nao tive ajuda de muita gente eu ficava meio que me sentindo a única q estava ligando pro casório."
Então vi que isso é normal, ficamos com os nervos e a sensibilidade à flor da pele e temos de aprender a controlar isso, porque o mundo não para para você casar.

Para finalizar, recebi mais um conselho/testemunho que dizia:
"Eu me emocionei muito durante os preparativos, com pessoas que demostravam mais carinho comigo do que podia imaginar e também com o descaso de muitas pessoas que eu julgava ser especial."
Acho que isso acontece com 101% das noivas, né? Comigo já está acontecendo e estou preparada para acontecer até no dia. Já ouvi gente dizendo que alguém que não esperava veio dar tanto carinho no dia e alguém que era certo de ir não vai e nem dá satisfação... enfim, acontece. 

"No final dá tudo certo, mas ter calma e não achar que tem que se ter tudo que está na moda já ajuda bastante."
Aqui pensei de novo: É verdade...não tenho com que me preocupar, já que o principal está fechado e se faltar algum item de "modinha", só eu que vou saber porque a maioria esmagadora dos convidados presentes nem lembra a última vez que foi a um casamento, que dirá saber o que está em alta no mundo casamentício.

"As pessoas se preocupam mais com uma festa perfeita, impecável do que em ter um casamento feliz e duradouro."
Não preciso dizer nada, né? Essa frase é uma unanimidade entre casais que acreditam no casamento, isto é, o foco do casamento deve ser o casal. Porque a festa passa... Um casamento feliz, amor e marido do lado eu já tenho, minha gente! E nesse caso, se preocupar com festa é muita bobagem. Sei que esse dia é muito sonhado e merece ser planejado e pensado para ser o mais perfeito possível, mas nada que atrapalhe o correr de nossas vidas, porque, mais uma vez, a vida não para para você casar.

Quis escrever isso aqui justamente para ajudar nos dias em que passamos por essas crises, quase inevitáveis no vida de uma noiva e no mundo feminino. Para terminar, depois de tantas frases motivadoras, de amigas não escritoras, dou lugar ao poeta Fernando Pessoa:
Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugna-la-íamos, se a tivéssemos. O perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito.
 
Fofucha é humana. :)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Era uma vez...


... uma mocinha que era namorada de um fulaninho. A mocinha tinha o sonho de se casar e fulaninho, sabendo disso, um certo dia, pediu a mocinha em noivado, de surpresa. A mocinha, apesar de não esperar, ficou muito feliz e começou os preparativos do casório. Só que mocinha e fulaninho brigavam muitas vezes, não tinham nada a ver com o outro e nunca dariam certo como marido e mulher. A mocinha começou a relevar as brigas, porque estava muito envolvida com os assuntos casamentícios e com o sonho de casar. Afinal, quem é noiva sabe o quanto é bom ser noiva. Até que um dia, fulaninho percebeu que aquilo não daria certo, falou para a mocinha que tê-la pedido em noivado foi um erro, que precisava ficar sozinho, e que não queria casar. Isso aconteceu depois de mocinha e fulaninho fecharem casa de festas, igreja, entre outras coisas, 9 meses antes do casamento. E foi então que o mundo da mocinha caiu, não porque ela sentia falta do fulaninho, como ela só pode perceber um tempo depois, mas porque ela sentia falta de alguém... alguém que pudesse acreditar no casamento como ela acreditava. Alguém que quisesse formar uma família junto com ela. Alguém que levasse uma relação a sério realmente. Alguém que correspondesse todo seu amor, toda a sua lealdade, todo o seu respeito e companheirismo. Para terminar, alguém que não brincasse com os seus sentimentos. Enfim, alguém Fofucho. hahaha

Reconheceram a mocinha? Isso mesmo, atual Fofucha. E fulaninho foi um ex-namorado de Fofucha. Esse post foi escrito no estilo "conselho", já que o penúltimo post que escrevi fez tanto sucesso. Acabei, por causa dele, resolvendo falar de mais coisa em que acredito, do que mais minha experiência me mostrou. Não se deslumbrem pelo sonho. Recebi um e-mail uma vez que dizia "Case com alguém com quem você goste de conversar. Ao envelhecerem, suas aptidões de conversação serão tão importantes quanto qualquer outra."  Tinha também alguns outros conselhos e algumas outras coisas sensatas, mas o que mais me chamou atenção foi isso. Você precisa conversar muito com seu companheiro e ter prazer de fazer isso. Você precisa admirar seu parceiro e encontrar qualidades. Sei que a maioria das minhas leitoras são noivas e sentem um grande amor pelo seu parceiro, e isso não servirá muito a vocês. Mas fica a dica para as amigas, as irmãs e as conhecidas que brigam muito com os namorados/noivos/parceiros, que não se dão bem, que não tem as mesmas características e estão juntos por costume, por tesão, por conveniência, ou seja lá pelo que for. Não se deve casar porque está na idade, ou porque todos os amigos estão casando, ou porque é legal preparar um casamento, e nem mesmo só por amor (porque isso é o que você pensa). É difícil alguém conseguir analisar se ama de verdade dentro de uma relação conturbada. Muitas vezes a pessoa acha que ama e só vai descobrir o contrário um tempo depois, seja curto ou longo. Por isso, a decisão de casar deve ser tomada conscientemente, analisando, sim, o amor, mas a cumplicidade, o companheirismo, o respeito e a sintonia de pensamentos. Com isso, não quero dizer que um parceiro deve ser igual ao outro, longe disso, nem que devem pensar igual. Rafael é de Exatas e eu de Humanas, ele gosta de brincar com o cubo mágico e eu tenho vontade de jogar aquilo longe. Mas o que importa é a nossa sintonia de relacionamento e é nesse ponto que os futuros cônjuges devem pensar igual. Em relação a relacionamento, é necessário, sim, um pensamento na mesma direção. É isso que fará diferença para que uma história de amor dê certo ou não. Mais uma vez, se você quer festa e ele não, não importa, isso não é determinante, e esse é um dos dilemas mais simples que vocês encontrarão provavelmente em suas vidas. Mas se você pensa que casamento é para sempre e ele pensa, por exemplo, "é tranquilo casar e se não der certo, depois separamos", aí sim vocês devem parar e pensar se vale a pena juntar suas vidas em uma só. O sonho de entrar de noiva, de ser a princesa-celebridade por um dia deve, sim, ser adiado se há dúvida. Isso é difícil, causa transtorno, pode até haver manifestação de família e de amigos. Mas  NÃO se pode casar com dúvida, com receios ou insatisfações. Porque quando há certeza, o casamento vem tão naturalmente, que a vida os une antes mesmo de vocês casarem. Ela começa a mostrar a cada dia que vocês são melhores juntos e que devem permanecer assim. Porque, como diz uma frase do meu perfil no blog, ser noiva é muito bom. Mas ser casada com o amor da sua vida é ainda muito melhor. Isso, sim, é um sentimento sublime, indescritível, e melhor do que qualquer outro. Não dá nem para explicar. Experiência própria. ;)

Cabe lembrar que Mocinha, atual Fofucha, trabalha com fulaninho, o vê praticamente todos os dias e não guarda nenhuma mágoa. Quer que ele seja tão feliz quanto ela é hoje e será eternamente grata a ele pelo término do noivado. Lógico, né? Imagina se ela poderia ter mágoa de alguém que, indiretamente, deu-lhe a chance de encontrar o Fofucho?! :)