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terça-feira, 25 de maio de 2021

Vamos ao cinema?


Nunca esquecerei o filme Grande Prémio (de John Frankenheimer, 1966) em cinemascope no cine-esplanada Miramar em Luanda. Ver esse filme, num espaço aberto e quente, projectado naquele ecrã enorme, não poderia ser mais perfeito.


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

1973, Grupo 1 em Luanda

Manhã de 29 de Julho de 1973, prova de Grupo 1, Consagrados, integrado no programa das 3 Horas Internacionais de Luanda (que à última hora foram reduzidas para duas).
Na imagem abaixo da grelha de partida, tirada do cimo da torre, vemos Pê-Quê-Pê no Camaro Z28 Nº11, na pole. Mabeco no Commodore GSE Nº8 fez o 2º tempo, seguindo-se Cardão no Z28 Nº5, Larama no Capri 3000 GT Nº24, Hélder de Sousa e Lamas Oliveira nos Ascona SR Nºs 6 e 4 respectivamente. Na 4ª linha, está um Capri cujo número é mal legível, mas tudo leva a crer que se trata do Nº 23 de Waldemar Teixeira. A seu lado, está o BMW 3000si Nº2 do Club do Autódromo com António Peixinho ao volante. Sobre este carro, já falámos no post anterior, sobre Benguela. Vê-se outro Capri e fora da imagem estão mais 6 carros, num total de 15.


Muitos poderão questionar, porquê Peixinho num BMW. A razão é tão simples, como a conjugação de várias forças para o Club do Autódromo, que incluía Alfas da Emaco/Socoina, o Lola T292 Schnitzer apoiado pela BMW/Autocal, entre outros.
António Peixinho, que foi um dos principais infortunados nesta corrida: apesar de ter arrancado da 8ª posição, já ia em 4º na 3ª volta. Mas desistiu na volta seguinte, devido a um furo.
Outro lesado nesta prova, foi um dos candidatos à vitoria, Henrique Cardão: logo na 2ª volta, teve uma longa paragem na box com uma complicação numa roda traseira, perdendo 3 voltas.
A partir da 8ª volta as posições estavam definidas, com os concorrentes distanciados uns dos outros. Todos, não: Hélder mordia os calcanhares de Waldemar até ao baixar da bandeira de xadrez.
PQP (Z28) venceu esta corrida de 12 voltas com 35 minutos e 38 segundos certos, fez a volta mais rápida e bateu o record de Gr1 para o circuito Nº5 (o mais habitual).
Seguiram-se Mabeco (Commodore), Larama (Capri), Lamas Oliveira (Ascona), Waldemar Teixeira (Capri), Hélder de Sousa (Ascona), Raul Esperto (Capri Nº14), Campas (Datsun Nº11), Cardão (Z28).


quarta-feira, 27 de julho de 2011

Henrique Bandeira Vieira


Henrique Bandeira Vieira faz parte dos pilotos e das pessoas que admiro pela qualidade naquilo que produzem.
Como piloto, Henrique Bandeira Vieira guiou quase tudo o que havia no seu tempo, sobretudo Turismos, mas também outras coisas, como um Lotus Super Seven muito especial.

Imagem de Hélder de Sousa, com os 2 primeiros classificados na corrida inaugural do Autódromo de Luanda, em Maio de 1972, o próprio Hélder e Henrique Bandeira Vieira.

Imagem de João Coimbra com Henrique Bandeira Vieira a receber talvez a sua última medalha numa corrida. Foi em karts, no Kartódromo Internacional da Região Oeste (KIRO) , em Maio de 2008, no aniversário do Autódromo de Luanda.

Imagem de grupo do aniversário do Autódromo de Luanda, no KIRO. Foto de João Coimbra.

Por todo o lado, multiplicam-se as mensagens de reconhecimento a Bandeira Vieira, como este exemplo do Jornal de Negócios:

"... Nascido em Angola, o gestor, de 75 anos, teve uma vida profissional quase por inteiro dedicado ao sector dos petróleos e à empresa PetroFina, onde entrou em 1977 e de onde saiu 22 anos mais tarde, precisamente para liderar a Galp.

Formado em Engenharia de Minas pelo Instituto Superior Técnico, em 1958 e tirou um Master of Science em Engenharia dos Petróleos, pela Universidade de Stanford, em 1960. Em 1980 um MBA, pela Universidade de Boston. ..."

sábado, 23 de outubro de 2010

Gosto deste Cartaz



clicar na imagem para ampliar

terça-feira, 20 de julho de 2010

da inauguração do Autódromo de Luanda


De Manuel Sá no Brasil, chegaram mais estes 3 pequenos filmes Super 8. São todos de corridas de Grupo 1, da jornada inaugural do Autódromo de Luanda.
O primeiro filme, é relativo à primeiríssima corrida, com honras de abertura pelo governador, como se pode ver. E não foi o desfile inaugural com as muitas dezenas de carros. Esta era mesmo a corrida inaugural. Quem ganhou? Foi o dono deste blog ao volante de um Capri de Waldemar Teixeira.










sábado, 12 de dezembro de 2009

O "baleizão"


Na história do automobilismo angolano e das corridas de Luanda, há uma curva muito citada que é a curva do Hotel Continental.
Muitas das fotos das corridas de Luanda são dessa curva, e nesse hotel residiu (não, não me enganei) Nicha Cabral, o que torna ainda mais mítico esse lugar, junto ao então Largo Infante D. Henrique.
Mas esse mesmo local era sobretudo chamado por Baleizão, o que origina alguma confusão, pois nos circuitos pequenos, metade do largo assim popularmente denominado era contornado...

Mas porquê esse nome? A razão era tão simples, como a existência de um ponto de encontro muito apreciado, uma cervejaria e sorveteria, com uma eficaz distribuição de gelados por toda a cidade. Toda a gente sabia que "baleizão" era sinónimo dos gelados daquele sítio e ponto final!
O edifício onde funcionou o "Baleizão" estava até há meses totalmente em ruínas, sem cobertura e em risco de colapso total.
Mas adivinhem: qual é o nome actual daquela praça?

Há notícias da reabilitação daquele antigo edifício e dos adjacentes na imagem abaixo, para a instalação de um museu.
Reparem que na imagem abaixo, recorte dum postal do início da década de 1950, o "Baleizão" está lá, mas o Hotel Continental ainda não...



Segue-se outra imagem tirada do lado oriental do Largo Infante D. Henrique, recortada dum postal de inícios de '6os, já com o Hotel Continental e a respectiva esquina:



Neste zoom duma imagem de inícios de 60's vê-se o Hotel Continental ao fundo da Av dos Restauradores. É o edifício mais alto e notam-se perfeitamente os arruamentos:



Abaixo, o traçado duma versão do pequeno circuito que contornava o "largo do baleizão", versão usada no Palanca Negra de 1968:



No mapa anterior, consta também uma versão longa, mas não tão longa como outra já mostrada em posts anteriores. Esta versão, traçada no mapa a 'traço-ponto' em continuação com o traço 'a cheio' do Pequeno Circuito, não vai para além do Largo Pedro Alexandrino em frente às Portas de Mar:



Abaixo, o vitorioso Carlos Santos desfaz a curva do Hotel Continental, na última corrida que fez com o seu Lotus 47:


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Do Circuito da Fortaleza



Ainda a propósito deste post da História do Circuito da Fortaleza, mostro umas imagens de Luanda em 1955, deste filme que o Hélder me deu a conhecer.

O filme faz parte das Missões Antropológicas de Angola do Instituto de Investigação Científica Tropical e está disponível pela TvCiência.

É visível o intenso desenvolvimento e expansão da cidade, ainda que uma amostra do que seria poucos anos depois. 15 anos mais tarde, à excepção do pequeno centro histórico, Luanda era outra cidade.

início do filme:

a Marginal concluída recentemente com os coqueiros ainda pequenos, os táxis verde-azeitona e as pick-ups americanas



aos 20" o novo porto da cidade e o trabalho pesado dos estivadores

aos 2'57" um caixote da Ford



aos 8'01" stand da Dodge ao Lgo D Fernando



aos 11'37" curva da Praia do Bispo



aos 12'17" curva da fortaleza - Ponte



aos 12'24" curva da ponte para a Ilha

aos 19'10" vendedor de gelados "baleizão"

aos 26'07" vista do Lgo D Fernando
a passagem do comboio ao fundo da Rua salvador Correia, junto ao Hotel Globo e à Calçada Gregório Ferreira antes da existência dos prédios da Robert Hudson



aos 28'00" Lgo D Fernando, a Lello e um estranho autocarro de motor traseiro



aos 28'20" Av Restauradores vista do Lgo D Fernando



O Largo D. Fernando, o eterno centro da cidade de onde foram tomadas grande parte das imagens, está sinalizado neste extracto do mapa do circuito do Grande Prémio:



sábado, 31 de outubro de 2009

um BMW 507 nas corridas




Luanda, finais de Fevereiro de 1960, II circuito da Fortaleza, constituído por duas corridas.
Presente, uma peça hoje cobiçada por todos os coleccionadores de automóveis, um dos BMW mais belos, raros e caros de sempre, modelo 507 roadster.
Com o Nº4, pilotado pelo Dr. Francisco Macedo, ficou em 2º lugar à geral na 2ª corrida, atrás de Amadeu Rodrigues em Austin Healey. No cômputo das duas provas, obteve a mesma classificação à classe.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Uma imagem, uma estória







clicar sobre a imagem para ampliar




A imagem acima, encontra-se originalmente desde Junho de 2006 em AutoSport-Nostalgia neste post de Graham Gauld e anteriores.



Na foto, vemos Jo Schlesser em Shelby-Cobra, a ser filmado ou fotografado supostamente pela sua mulher.
Mais atrás, vemos com o Nº 16 o carro que Peixinho pilotou até à desistência, uma máquina única de base Porsche. Álvaro Lopes com o Nº1, fará talvez a sua última corrida em Ferrari 250 LM .

Outros nomes sonantes, são Rolf Stommelen, Lucien Bianchi, Denny Hulme, todos eles futuros campeões famosos nas suas carreiras. David Piper que será mais conhecido pelas suas prestações futuras nos Porsche 917, vai ser o vencedor desta corrida.



Esta foto, faz parte da biografia que Gauld ainda não publicou sobre Keith Schellenberg, num AC Cobra mais atrás e à direita na imagem.

Graham Gauld é jornalista, historiador e biógrafo no mundo do automobilismo.

A sua obra em HistoricMotorracing e Amazon.

domingo, 30 de agosto de 2009

Autódromo de Luanda -junho 2009



Formação da grelha de partida .
Note-se o numeroso público na bancada

sábado, 29 de agosto de 2009

Autódromo em festa


Boxes e Torre do autódromo de Luanda - 2009


Pescoço de Cavalo


Corridas no autódromo de Luanda - 29 de Junho 2009 - CURVA DO PESCOÇO DE CAVALO


sábado, 8 de agosto de 2009

do GPA 1960





Ao lado, o artigo de Jack Fairman para o AutoSport (UK).

O relato deste piloto transmite um grande agrado por tudo o que envolveu o Grande Prémio de Angola: o prazer da participação, o local, o circuito, o ambiente, as pessoas. Mas destaco o final da crónica, onde refere a satisfação de observar crianças brincando sem preconceitos raciais.








segunda-feira, 20 de julho de 2009

História do Circuito da Fortaleza



Acima, a versão mais longa (creio) do Circuito da Fortaleza e a que foi mais utilizada. Outras houve, mais curtas. Também se realizaram várias provas neste circuito inseridas em Ralis. Algumas dessas provas, fizeram-se em sentido inverso ao da imagem. Em 1968 também houve corridas de velocidade em sentido contrário. Este circuito, está umbilicalmente ligado à história da cidade de Luanda, pois nasceu quase ao mesmo tempo que a metade dos arruamentos que percorria. Tem o nome obviamente ligado à fortificação de defesa do ocidente da cidade, a Fortaleza de São Miguel, situada num monte circundado a ¾ por mar. Até finais do sec XIX, nada havia em torno desse monte, para além de alguns caminhos e de uma ponte em madeira que ligava à ilha.


Até que foi iniciado o Caminho de Ferro de Ambaca, que ligava Luanda a essa povoação, anos antes de chegar a Malange. Esta linha, tinha vários ramais em Luanda e um deles circundava toda a cidade. Estes ramais destinavam-se ao serviço de passageiros e de mercadorias, com estações como a da Cidade Alta. Esta linha, servia também o porto de Luanda, na altura situado em vários pontos servidos por pequenos cais, como nas Portas de Mar ou no Largo Infante D. Henrique / Largo do Baleizão.


Perto desses cais, situavam-se inúmeros armazéns, indústrias e serviços ligados à navegação. O principal eixo da cidade, era a Av Restauradores - Rua Salvador Correia (actual Rua Rainha Ginga) e ligava o Largo Infante D. Henrique / Largo do Baleizão, continuando para Leste passando o Largo D Fernando, da Livraria Lello. Estes arruamentos, também vieram a fazer parte do Circuito. Para o caminho de ferro circundar o sopé do monte da fortaleza, foi feito um primeiro aterro.


Esta estrutura, serviu até ao final da 2ª Guerra Mundial, após o que o automóvel passou a ser o transporte particular por excelência e os camiões o principal transporte de distribuição urbana e suburbana de mercadorias. O porto de Luanda mudou-se provisoriamente para a frente do espaço onde iria ser edificado o Banco de Angola, enquanto foi sendo construido o porto que hoje existe, na ponta Leste da baía. O caminho de ferro a oeste da cidade foi retirado e o aterro em torno da fortaleza, foi então aumentado para a construção das estradas marginais da Praia do Bispo e da Baía. A ponte de estrutura em madeira para a Ilha, foi substituída por outro aterro. Por alturas do 1º Grande Prémio de Angola, em 1957, Luanda vista da fortaleza para o largo do Baleizão, perspectiva acima repetida 4 vezes, era assim:


Após a 2ª Grande Guerra, Angola desenvolveu-se como nunca. Luanda foi alvo de um plano de reestruturação geral. As novas vias e os novos sistemas de colectores de esgotos e de águas pluviais, foram concebidos para vencer sem problemas as enchentes típicas das tempestades tropicais. Numa boa chuvada, em menos de 5 minutos as ruas ficavam transformadas em rios com altura acima dos tornozelos. Para que a água não subisse aos passeios, estes tinham mais de 30 centímetros de altura. Passada uma chuva torrencial, o sistema de escoamento de águas, secava as ruas mais depressa do que tinham sido cheias. O desenvolvimento da cidade, tornou impossível o sacrifício das suas vias pelas corridas, mesmo poucos anos depois de ser feita a Marginal. E o Circuito da Fortaleza, correu-se pela última vez, desastrosamente e sem treinos, em Dezembro de 1969. Na imagem abaixo, os mais de 30cm de passeio, fazem de rail contra o avanço do Carrera 6 de Andrade Villar, evitando uma tragédia ainda maior:



sábado, 20 de dezembro de 2008

segunda-feira, 19 de maio de 2008

36 anos

Dia 11 de Maio em Luanda, Hélder consagra vencedores:













Dia 18 de Maio no Bombarral, Peixinho (blusão vermelho) homenageia
os organizadores "das melhores corridas de todos os tempos em Angola".

quarta-feira, 30 de maio de 2007

35 anos no Bombarral

Armando De Lacerda, o Sr. 6 horas do Huambo.
...e que saudades ....


Paulo Sá. Persistente vencedor no automobilismo angolano actual.

os autódromos mudarão a face da terra?


Larama em despiste após um toque
imagem / título: Artur Ferreira / Hélder de Sousa; "motor" / "motor 72"

1972 foi o ano dos autódromos.

A revista angolana "Notícia", deu ao assunto um título esclarecedor:
"A GUERRA DOS AUTÓDROMOS".

Precisamente uma semana antes da inauguração prevista (com todas as honras) do autódromo de Luanda, foi inaugurado em Benguela o Autódromo de S. Filipe, numa manifestação pouco mais que privada.

Porque foi assim?
Existem muitas explicações mas pouco claras.

Os factos são estes: a capital de Moçambique, concluiu o seu circuito (uma derivação do anterior) em Agosto de 1971. Estoril, Luanda e Benguela, já tinham os seus traçados em adiantada construção.
Depois, foi a corrida às inaugurações.

Benguela, 21 de Maio de 1972. Imagem: TukuTuku

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