o dia das maias... e uma prenda, também do passado...
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os cinemas de Lisboa!
Quando decorre, com alguns excelentes filmes mais um INDIE.
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terça-feira, maio 01, 2018
quinta-feira, janeiro 09, 2014
Cinemas....
Olympia, Paris, Jardim, Éden, Estúdio 444,
Quarteto, Londres, Vox depois King, Monumental depois (ainda?) Monumental,
Império e o Estúdio do mesmo, S. Jorge, Roma, Alvalade depois (ainda?)
Alvalade, Europa, Odeon, Condes, até o Cinebolso, 222, Nimas outra vez Nimas, o
Politiema hoje La Féria, já perdi a conta aos cinemas, ainda faltam alguns por
onde também passei, percorri muitas tardes e noites tantas, a seguir o ritmo
dos fotogramas.
Saudades de todos do Monumental quando as
sessões clássicas estavam cheias de bufos e eram terreno para protestos contra
o “facho”, do Jardim onde fugíamos do Migalhas para ver sessões sem fim, do 2º
balcão do Éden, para namoros, das sessões no Londres com a minha mãe (ou no
444), e depois as pérolas no Quarteto do Bandeira Freire, ou a Last Waltz no
Vox, pedrado de tudo, e o Paris depois de um dia a carregar caixotes, trabalho
“infantil”, o Odeon onde parecia que caiamos do galinheiro..., ou o Olympia, no
tempo da cowboiada em sessões contínuas.
Mas, meus amigos, o tempo do cinema está a
chegar ao fim. O tempo da tertúlia e do espaço para esta que se acomodava
depois ou antes desse também desapareceu.
Estes, todos, da minha memoria estavam em
degradação total, pulgas no King, baratas no Quarteto, ratos no Jardim e no
Império, e ninguém, ninguém seja pela degradação a que foram chegando ( e no
Paris... chovia!) seja porque o DVD, antes do vídeo e uma alteração radical das
lógicas sócio-culturais levou ao encerramento destas, por vezes magnificas
salas e em muitos casos à sua total e definitiva destruição.
Os tempos mudam, os hábitos culturais e
sociais que lhes dão energia e os pagam transformam-se, e só restam as
memórias, mesmo quando se aspira (como no caso do Odeon) preservar-lhes alguma
coisa.
Julgo inúteis estes sobressaltos, quais
donzelas do bar 25, a favor do King ou do Londres ou de qualquer dos outros,
tenho que confessá-lo.
Gente que não os frequentava, que à anos,
muitos anos em frequenta qualquer
cinema, agora protesta contra o seu encerramento? É claro que haverá
dois ou três que eram, quiçá, os frequentadores com que me cruzava...
Uma baiuca do China? Pois as regras do mercado
são essas e se calhar esses até já tem o cartão gold e são tão “portugas” quanto o era o Eusébio,
esteja ou não a caminho do Panteão, esteja ou não em companhia da irmã Lúcia,
que também merece lá estar, para lá fazer companhia ao tal Óscar (não o Otelo que esse não irá para lá!).
Não vou perder o meu tempo com esses cinemas
mortos, sem justificação para a sua protecção estético/arquitectónica. Em relação
ao Odeon (talvez um dos mais notáveis exemplares da arquitectura de gaiola)
julgo que é mais um crime do salgadismo, e contra esse já me inscrevi.
Mas hoje já o marreco está esquecido, o filme
já não salta da bobine, e já não faltam fotogramas ou há longos bocados sem
legendas (temos em compensação erros de português a esmo!).
Com o fim dos cinemas é outro tempo que se
sucede ao tempo.
terça-feira, setembro 04, 2012
quinta-feira, janeiro 17, 2008
E agora, Paris?
Afinal, este post sobre o antigo Cinema Paris deixou de fazer qualquer sentido, pois, mais uma vez, PSL andou a fazer-nos de parvos, uma vez que a CML não chegou a comprar o Paris, coisíssima nenhuma.
Mais, o pobre do antigo cinema da Estrela aparece, segundo me dizem, por portas travessas, no relatório da já famosa sindicância ao urbanismo da CML. Veremos no que a coisa dá, mas, como as trafulhices relativamente ao Paris vêm já do tempo do segundo mandato de João Soares, a coisa só pode dar em nova novela, de final previsível: a queda do Paris.
segunda-feira, janeiro 07, 2008
LUSOMUNDO
Por razões profissionais e pessoais, prés e pós-natais, fiquei dois meses sem ir ao cinema. Resultado? Quando arranjei um tempito, já não havia filmes de jeito em cartaz. Telefonei ao meu dealer a solicitar cópias piratas em DVD dos filmes perdidos, mas a chegada do Natal deixou-o de mãos atadas (antes isso que algemado). Desespero: não consegui ver Sicko, Hot Fuzz, Across The Universe, Control, A Morte do Sr Lazarescu, Elizabeth – a Idade de Ouro e um pequeno filme de terror que parece resumir o meu desígnio actual – 30 Dias de Escuridão.
O que aconteceu? Antigamente, os filmes aguentavam-se três semanas em cartaz, sem esforço. Hoje parece ser uma angústia a distribuidora mantê-los em exibição por mais três dias. Talvez hajam filmes a mais e cinema a menos no mundo, mas esse mundo não tem a ver com a situação portuguesa. A situação portuguesa é a Lusomundo. Não a Lusomundo como monopólio aglutinador de distribuição nacional (embora também), mas a Lusomundo como detentora da quase totalidade das salas de cinema em Portugal: os chamados multiplexes, cinemas de centros comerciais, representam provavelmente 95 por cento do mercado português de exibição e quase todos eles pertencem à Lusomundo. Excepções: as salas de Paulo Branco, da Castello Lopes, e alguns pequenos cineclubes ou cinemas de bairro. O Quarteto continua fechado? Alguém se interessa? É aqui que eu quero chegar.
Recapitulemos. Anos 70, cinema americano de autor atinge seu último esplendor. Anos 80, Spielberg descobre o target infantil e o cinema adulto morre. Como contrapartida, surge o videogravador, que permite aos pais ver, em família, os filmes com Tom Hanks e Sally Field. Em Lisboa, as grandes salas de cinema esvaziam-se, fecham as portas. Morre o grande espectáculo social que é a ida ao cinema. Quando, nos anos 90, os centros comerciais aparecem a vender o argumento de que “os grandes filmes devem ser vistos em grandes salas”, o público já é outro – e bem pequenino. Hoje, o comportamento do espectador na sala de cinema é a extensão do espectador na sala de estar – ruidoso, conversador, distante. Se a Lusomundo não tivesse instalado fabulosos sistemas de som nas salas, a única coisa que ouviríamos nas sessões seria o sensurround da pipoca, o dolby dos telemóveis e o THX da risota na fila da frente.
Devemos culpar a Lusomundo pela imbecilização da sociedade portuguesa? Não, mas podemos alertá-la (a Lusomundo, não os imbecis): “Meus caros: a excelência e diversidade do vosso catálogo não são compatíveis com a política de distribuição formatada, dependente da arbitrariedade e dormência do público de multiplex. Por isso, proponho que V.Exas criem um circuito de exibição alternativo que garanta longevidade aos vossos clássicos, como outrora aconteceu quando O Carteiro de Pablo Neruda esteve um ano em exibição no cinema Mundial”. Talvez assim possamos evitar textos como os da crítica de cinema do New York Times, Manohla Dargis, sobre um dos vinte filmes que a Lusomundo vai estrear em Janeiro – o romeno 4 Meses 3 Semanas e 2 Dias (vencedor de Cannes): “Este é um daqueles filmes difíceis que os produtores gostam de usar como prova do desfazamento entre a crítica e o público, quando afinal é o público que está desfazado do grande cinema. Os americanos consomem imenso lixo, mas a principal razão está no facto de não lhes serem oferecidas alternativas”.
Miguel Somsen
O que aconteceu? Antigamente, os filmes aguentavam-se três semanas em cartaz, sem esforço. Hoje parece ser uma angústia a distribuidora mantê-los em exibição por mais três dias. Talvez hajam filmes a mais e cinema a menos no mundo, mas esse mundo não tem a ver com a situação portuguesa. A situação portuguesa é a Lusomundo. Não a Lusomundo como monopólio aglutinador de distribuição nacional (embora também), mas a Lusomundo como detentora da quase totalidade das salas de cinema em Portugal: os chamados multiplexes, cinemas de centros comerciais, representam provavelmente 95 por cento do mercado português de exibição e quase todos eles pertencem à Lusomundo. Excepções: as salas de Paulo Branco, da Castello Lopes, e alguns pequenos cineclubes ou cinemas de bairro. O Quarteto continua fechado? Alguém se interessa? É aqui que eu quero chegar.
Recapitulemos. Anos 70, cinema americano de autor atinge seu último esplendor. Anos 80, Spielberg descobre o target infantil e o cinema adulto morre. Como contrapartida, surge o videogravador, que permite aos pais ver, em família, os filmes com Tom Hanks e Sally Field. Em Lisboa, as grandes salas de cinema esvaziam-se, fecham as portas. Morre o grande espectáculo social que é a ida ao cinema. Quando, nos anos 90, os centros comerciais aparecem a vender o argumento de que “os grandes filmes devem ser vistos em grandes salas”, o público já é outro – e bem pequenino. Hoje, o comportamento do espectador na sala de cinema é a extensão do espectador na sala de estar – ruidoso, conversador, distante. Se a Lusomundo não tivesse instalado fabulosos sistemas de som nas salas, a única coisa que ouviríamos nas sessões seria o sensurround da pipoca, o dolby dos telemóveis e o THX da risota na fila da frente.
Devemos culpar a Lusomundo pela imbecilização da sociedade portuguesa? Não, mas podemos alertá-la (a Lusomundo, não os imbecis): “Meus caros: a excelência e diversidade do vosso catálogo não são compatíveis com a política de distribuição formatada, dependente da arbitrariedade e dormência do público de multiplex. Por isso, proponho que V.Exas criem um circuito de exibição alternativo que garanta longevidade aos vossos clássicos, como outrora aconteceu quando O Carteiro de Pablo Neruda esteve um ano em exibição no cinema Mundial”. Talvez assim possamos evitar textos como os da crítica de cinema do New York Times, Manohla Dargis, sobre um dos vinte filmes que a Lusomundo vai estrear em Janeiro – o romeno 4 Meses 3 Semanas e 2 Dias (vencedor de Cannes): “Este é um daqueles filmes difíceis que os produtores gostam de usar como prova do desfazamento entre a crítica e o público, quando afinal é o público que está desfazado do grande cinema. Os americanos consomem imenso lixo, mas a principal razão está no facto de não lhes serem oferecidas alternativas”.
Miguel Somsen
In Metro
quinta-feira, janeiro 03, 2008
Allô, CML, já é tempo de começarem a pensar no ... Paris!
A história do pobre do cinema abandonado pelo Sr. Coronel da Lusomundo ao «pugresso» do final do século passado, depois de mil malabarismos lá conseguiu ter um final feliz quando se conseguiu que a CML (PSL, o seu a seu dono) o comprasse.
Mas, dessa altura até hoje nem sombra de referência nos orçamentos e nos planos «estratégicos» da CML e o estado do edifício continua a agravar-se, de Inverno a Inverno.
Acho que já é tempo da CML andar com o processo para a frente, e devia começar por pedir um parecer a J.Appleton, seguido de um orçamento aos próprios serviços da CML para a recuperação da sala e do restante edifício, e seguido de criação de task force (com as Juntas da Lapa e do Santo Condestável, o IGESPAR e potenciais agentes culturais) com vista a, em 6 meses, coceberem um projecto de exploração do imóvel.
Eu, por mim, instalava lá a Junta da Lapa (que tem más condições) e a homóloga de Campo de Ourique, e cedia a sala, em conjunto, à Associação Lisboa Cantat (para ensaios, escola e espectáculos) e a grupos de teatro e cine-clubes. Vamos ver se há vontade e saber na CML!
Fotos: CML
Etiquetas:
Cinema Paris,
cinemas,
reabilitação urbana
quinta-feira, novembro 22, 2007
Quarteto, que reabra em breve!
Entre ambas as fotos distam 30 anos. O que se passou desde então para que o mercado de exibição e distribuição seja a pobreza franciscana que é actualmente?
Fotos: Mediasalles e Dias que voam
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