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quarta-feira, março 04, 2020

E continuamos, hoje um texto cuja redacção foi do Acácio Pires, que saúdo pela meticulosidade, elaboração e ligações com que abrilhantou o pensamento, que partilhamos!


1 - Mais turistas não quer dizer melhor turismo ou mais receitas turisticas.
https://www.e-unwto.org/doi/pdf/10.18111/9789284419876 
pag 15 pode ver-se que com quase o dobro do número de turistas Portugal tem o mesmo volume de receitas turísticas da Suiça.
Para diversificar e qualificar a oferta turística, reduzir o índice de sazonalidade e aumentar o período médio de estadia o país não precisa de mais capacidade aeroportuária, deve antes investir na qualidade ambiental das suas áreas protegidas e da paisagem, na conservação do seu património histórico ou na produção cultural e artística de qualidade.
Existe um longo caminho a percorrer sem ser necessário aumentar substancialmente o número de turistas.

2 - A excessiva dependência do turismo torna o país mais vulnerável a oscilações neste sector, Deve aproveitar-se o actual bom momento para diversificar e qualificar os destinos turísticos portugueses de modo a torná-los mais resilientes em relação a choques externos.

3 - 'Não há planeta B!' não pode ser apenas de um slogan. 
As viagens aéreas tem estado, em grande medida, fora dos inventários nacionais de emissões. 
Na recente declaração de emergência climática tanto a aviação como o transporte marítimo internacional foram incluídos nos esforços que todas as áreas da economia têm que fazer.
O crescimento do consumo de jet fuel e e de fuel para barcos tem crescido muito acima de todos os outros tipos de combustíveis fósseis e o seu volume atinge aproximadamente 15% do total combustiveis fósseis consumidos em portugal.
http://www.dgeg.gov.pt/ (Combustíveis Fósseis - Estatísticas Rápidas – dezembro 2019)
pág 4, 9 e 10

4 - A política fiscal portuguesa está desajustada da realidade europeia e favorece de forma totalmente anacrónica o transporte aéreo.
Neste momento portugal é o país europeu onde a aviação paga menos impostos em termos relativos. Muito menos do que em países como a Grécia ou a Estónia (países ainda mais periféricos do que Portugal.
Esta realidade não se poderá manter muito mais tempo face à emergência de políticas europeias fortes quanto ao combate às alterações climáticas.
https://www.transportenvironment.org/sites/te/files/publications/EC_report_Taxes_in_field_of_aviation_and_their_impact_web.pdf 
(relatório da comissão europeia sobre as políticas fiscais em relação à aviação - pág 14

5 - Existem formas muito mais rápidas e eficazes de reduzir a pressão sobre a Portela de imediato sem perda impacto no emprego e no PIB.
Como demonstra o relatório referido no ponto 4 o Estado Português perde todos os anos mais de 600 Milhões de euros em receitas fiscais devido às isenções fiscais com que beneficia a aviação.
O referido relatório também demonstra que o fim das isenções tem efeitos neutros no emprego e no produto desde que as receitas obtidas sejam  reinvestidas em alternativas produtivas, como por exemplo na qualificação e diversificação da oferta turística e na promoção de ligações ferroviárias à Europa.

6 - No imediato, a penalização dos vôos internos entre Lisboa, Porto e Faro, pode no limite eliminar, no limite 6-7% dos movimentos da Portela, libertando espaço para rotas mais relevantes para as ligações internacionais, isto desde que o produto das receitas de impostos sobre este tipo de vôos fosse utilizado na promoção de alternativas rodoferroviárias num prazo.
muito curto. Após a conclusão das ligações a Madrid, via Badajoz, e a Medina del campo, via Salamanca, o tráfego aéreo poderá reduzir-se até, no limite, 15% - ligações aéreas entre Lisboa e outras cidades ibéricas continentais representa cerca de 15% dos movimentos.
Assiste-se lentamente ao recrudescimento dos comboios nocturnos que, se forem modernos e confortáveis poderão transformar viagens de até 12h00 de comboio em viagens que na prática não chegam a 3-4h.
https://theicct.org/sites/default/files/publications/ICCT_CO2-commercl-aviation-2018_20190918.pdf  
Como podemos ver na pág 8, cerca de metade das emissões com origem na aviação comercial são devidas a viagens cuja distância percorrida não ultrapassa os 2500km. Se tivermos comboios nocturnos modernos a circular em linhas que permitam velocidades médias de 200km, e uma política fiscal alinhada com o cumprimento do acordo de paris, teremos a possibilidade teórica ver cerca de 40-50% dos actuais utilizadores de avião a migrar para o comboio. No caso de Lisboa isto significaria viajar de comboio, durante a noite e sem perder um dia de viagem, para cidades como Londres, Paris, Bruxelas, Amesterdão, Marselha, Lyon, Milão, Genebra, Frankfurt ou Dusseldorf.
A recente sentença sobre a construção da terceira pista de Heathrow e a crescente pressão que se fará sentir para fazer avançar a agenda de combate às alterações climáticas faz-nos crer que o transporte aéreo enfrentará fortes restrições no futuro o que favorecerá meios alternativos de transporte, como o ferroviário.

7. Como se pode observar no parecer da ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável, muitos aeroportos europeus entre 2008-2018, aumentaram o número de passageiros transportados apesar de terem reduzido o número de movimentos aéreos.
https://zero.ong/wp-content/uploads/2019/09/Parecer_ZERO_AeroportoMontijo-vfinal.pdf 
pag1 e AnexoI
Isto quer dizer que a actual infraestrutura comporta ainda o crescimento do número de passageiros apesar de em certos períodos do ano e em certos períodos do dia estar saturada.
Este é o dado final que demonstra a inexistência de uma urgência económica em relação ao aumento da capacidade do aeroporto da Portela e/ou da construção do aeroporto do Montijo.
O governo alega que o país perde 600 milhões de euros por ano em receitas turísticas sem apresentar qualquer estudo que possa ser discutido publicamente, o que fragiliza qualquer posição séria sobre este tema. 

8. Desde que existe legislação europeia relativa á protecção de habitats, nenhum aeroporto de 10 milhões de passageiros foi construido junto a grandes estuários europeus. Mesmo os que já tinham sido construidos antes da existência da directiva habitats, não possuem cones de aproximação simultaneamente perpendiculares e próximas às zonas de alimentação da avifauna - zonas entre marés.
Não por acaso no plano de ordenamento da reserva natural do estuário do Tejo estas áreas são consideradas da máxima importância para a integridade territorial do ecossistema.
A segurança aeronáutica não foi avaliada com precisão e existem as maiores dúvidas de que a ANAC certifique o aeroporto por razões de segurança, dadas as circunstâncias anteriormente referidas. Nunca é demais lembrar que o Thames Estury Airport foi liminarmente rejeitado pelas autoridades britânicas entre outras matérias pelo elevado risco de colisão com aves.
https://assets.publishing.service.gov.uk/government/uploads/system/uploads/attachment_data/file/349518/decision-and-summary.pdf 
Pág 5, 12(2.8), 26, 27, 28.

Conclusão: A decisão de 2011 foi tomada num contexto económico, social e político completamente diferente do actual pelo que o olhar sobre as infraestruturas aeroportuárias, nomeadamente em Lisboa, deve ser revisto à luz de critérios que ganharam entretanto uma importância que não tinham na altura, como sejam:
1. Impacto no aumento de GEE
2. Impacto sobre a saúde pública
3. O impacto muito significativo e irreversível sobre ecossistemas de importância europeia e euro-africana





terça-feira, fevereiro 25, 2020

Neste momento só sou sócio de 2 ou 3 entidades, da AEPGA, de uma estrutura que teve ou teria uma função política, o Concelho da Cidade de Caldas, de 2 ou 3 cooperativas, a Cooperativa Editorial Caldense e a Cooperativa Coopérnico, de uma entidade sócio cultural em Ferrel e do Lisboa Precisa, esta ainda informalmente, assim como a Pro-Tejo, e não recordo mais nenhuma entidade.
Era sócio da A.I., do IPP, da A.T.N., da Montis, que deixei ou por discordâncias ou por não estar em condições de cumprir os deveres associativos e já terei sido da FAPAS, que volta a desiludir-me completamente, e sou embora suspenso da Urtica, ainda em formação.
Deixei de assinar petições, e raro me junto a quaisquer textos, que não tenha sido eu a escrever...
Mais vale só que mal acompanhado, diz o povo e tenho que dar-lhe razão o que é raro. De facto, seja por arrivismos, seja por dores de cotovelo, seja por mediocridade, seja por falta de visão, seja por amiguismos espúrios, seja por arrivismos (outra vez!) seja por oportunismos,ou por simples falta de estratégia e erros tácticos, o que é um facto é que vivemos rodeados das maiores inutilidades operacionais a maioria, a esmagadora maioria das organizações cívicas sofrem desta desgraça.
Para já não falar de outras em que o presidente se dava ao luxo de alterar decisões da Assembleia Geral....mas isso, também, é mato....
Hoje sou surpreendido por mais uma. Que interesses se esconderão por detrás? Será que alguém prometeu ao FAPAS o que deram à Quercus? Já ex! Será que o vírus do hábito das aves também a contagiou? Ou estaremos perante o fim de outra organização?
veremos... quem estará....
Post Scriptum 
Cancelada, ou melhor adiada a acção prevista/mencionada no cartaz acima. Oportunamente daremos conta de nova data!

quinta-feira, fevereiro 20, 2020

Parece que é la longe, e pelo menos já diminuiu o afluxo de chineses ( como nunca entrei num mercado desses e raramente vou a restaurantes chinas só constato ....) e o número de voos, drasticamente. Vamos no bom caminho....
Devíamos parar para pensar!
onerar adequadamente o tráfego aereo, tributar as emissões e retirar os subsídios do combustível, aplicar taxas de aeroportos a sério, e acabar com os low cost que todos pagamos caro, muito caro.
E reduzir os voos, muito, muito.

sexta-feira, janeiro 31, 2020


Embora com tiros nos pés (colocar de entrada o grande defensor de um aeroporto na OTA não me parece boa ideia....*), haverá certamente possibilidade de dar conta que mais aviões e mais aeroportos (nem em Alcochete!) não!
Lutar contra as alterações climáticas implica mudar o paradigma. Ir acabando com as lowcosts, ir alterando o sistema de transportes e ir acabando com os voos internos Lx/Porto/Faro, ir alterando a ligação a Espanha, reduzir os voos na Portela incrementando taxas e onerando adequadamente o fuel dos aviões (em vez de discutirem o IVA da electricidade, o que como temos dito é uma demagogia primária!).
Usar a pista (já existente!) de Monte Real para os low, activar Beja para os longo curso e prever a redução progressiva da Portela, que continua a ser um aeroporto provisório.
Essa é a verdadeira política ambiental.
  
* Matias Ramos espumava, a convite, na vereação da C.M.L. em defesa da OTA... há poucos anos                            


quinta-feira, janeiro 16, 2020

Saí hoje no Publico online:

Pensando como uma montanha *

1-Desmascarando os Pinóquios:
Vamos ser claros, NÃO VALEM DE NADA os DISCURSOS CONTRA AS ALTERAÇÔES CLIMÁTICAS, dos nossos governantes quando não põem em questão o modelo de desenvolvimento, a lógica produtivista, mais, mais, mais minas aqui e acolá (e quanto mais cavam mais CO2 emitem!) e sobretudo sem equacionarem uma alteração da estrutura e do volume do tráfego aéreo, sem diminuir, diminuir mesmo o número de aviões nos ares, e desde logo reduzir as aterragens. Logo mais aeroportos ou alargar os existentes, sem quaisquer estudos de impacto ambiental como está a ser feito na Portela e sem uma planeamento global, é incrementar as emissões e logo estar do lado dos mentirosos descarados e dos palavrosos sem consistência.
E, será que ignoram que a curto prazo haverá taxas, muitas!, sobre o transporte aéreo e é impossível que este continue excluído dos cômputos de emissões. Essa questão não tem, infelizmente sido tida em conta, porque o som de casino em que estamos mergulhados não deixa ouvir a montanha.
2-De disparate em disparate:
Sobre o Montijo está tudo dito. Não haverá aeroporto no Montijo. As razões ambientais são esmagadoras e só a construção civil e sectores financistas é que continuam a alimentar essa ideia. Não haverá por questões ambientais, de conservação da natureza e observância das leis nacionais e internacionais, pelo ruído que deveria levar à deslocação do Montijo e arredores, e porque (mas como é que ninguém se lembrou de tal?) porque a aviação civil não tem condições de aterragem aí, e embora a hipótese de hidro-aeroporto esteja na calha não há já aviões para ela adaptados.
Alcochete é um erro, igualmente, mas sobre esse não nos vamos detalhar. Já sobre Alverca, invenção de um comentador político,  os problemas ambientais são parecidos aos do Montijo, embora aí pudessem aterrar meia dúzia de aviões.
Nenhuma destas alternativas é solução.
3- E então quê?
Seria, segundo os nossos melhores especialistas (porque raio estão calados?), a solução integrada do Poceirão/Rio Frio, com um comboio em condições, seria a ideal. Mas não alteraria o paradigma. Passamos adiante.
É necessário diminuir o tráfego aéreo, já. Porque estamos a afogar-nos num turismo degradante e degradador da nossa capital, causador de muitos problemas, seja na habitação, nos recursos e no bem estar dos alfacinhas.
É necessário, desde já afastar da Portela o alargamento e já, mas já mesmo, afastar desta os low-costs. Temos a solução pronta em 4 meses. Monte Real, e um investimento na rede ferroviária, melhores comboios e mais. Em Londres já aterrei a mais de três horas do centro. De Monte Real a Lisboa talvez uma hora, ou menos.
Tal aliviaria desde já a pressão, que tem, tem mesmo que diminuir, e criaria condições para planear um aeroporto para longo curso (sendo que uma mini –Portela, com restrições de horário poderia manter-se para voos na UE).
Essa já existe (e achámos que a sua construção havia sido um elefante branco!). Em Beja temos já um aeroporto internacional pronto, prontinho, faltam as ligações. Mas será que não temos políticos capazes de articular outro desenvolvimento do nosso país que passe por uma ferrovia em condições, Lisboa/ Madrid/ Beja/Sines/Badajoz, não esquecendo Monte Real e o Porto, etc, pontos nevrálgicos para uma alternativa sustentável e essa sim em linha com o que dizem e não fazem. Lutar contra as alterações climáticas, pensar como uma montanha.
António Eloy
do Observatório Ibérico Energia
Florival Baiôa
do Movimento Beja Merece Mais.
* Título pirateado a uma obra fundamental de Aldo Leopold

sábado, dezembro 14, 2019

Algumas dezenas, talvez 5 ou 6, de activistas juntaram-se hoje no terminal de chegadas da Portela, para protestar, contra a expansão ( como é possível ao arrepio das leis que nos regem  sem qualquer avaliação de impacte ambiental) da Portela e contra o aeroporto aquático e produtor de churrascaria de aves, quando não de...outras coisas do Montijo,
 os dois sem haver um estudo global sobre os movimentos aeroportuários, sem estudos de prospectiva sobre a evolução do transporte aéreo no quadro das alterações climáticas e sem qualquer avaliação global estratégica, que inclua as valências já existentes para o tráfego aéreo, e um enquadramento e articulação dessas com o transporte ferroviário (falei com um ferroviário francês que não queria acreditar quando lhe referi o estado das nossas linhas!).

quinta-feira, dezembro 12, 2019

Certamente estaria connosco.
A partir das 15 concentração na Rotunda do aeroporto!

terça-feira, dezembro 10, 2019


hoje no Público:
mas como alguns não poderão ler, aqui:
é que não vale a pena fazer mais leis contra a corrupção quando ela está à vista de todos!
À vista, desarmada!
Este mama no sítio certo...

sábado, dezembro 07, 2019


MAIS AVIÕES NÃO!
PORTELA MAIS MONTIJO NÃO É SOLUÇÃO!
O Governo de Portugal, juntamente com a concessionária ANA/VINCI preparam-se para quase duplicar o número de movimentos de aviões na região de Lisboa, com grande incidência no Aeroporto Humberto Delgado incluindo o período nocturno e, em paralelo, construir um designado aeroporto da Base Aérea do Montijo, complementar à Portela.
Trata-se de um processo que não serve os interesses do país e que é contra as pessoas, o seu bem-estar, a sua saúde e a sua segurança e é um grave atentado ao ambiente.
Num quadro em que até o Parlamento Europeu “decretou” a Emergência Climática, o procedimento das autoridades portuguesas é o pior contributo que se pode dar no combate e no empenhamento que, por todo o planeta, milhões de cidadãos, nomeadamente as novas gerações, travam para contrariar as nefastas consequências decorrentes das alterações climáticas.
Tudo isto é feito à revelia da legislação e dos procedimentos a que o estado está obrigado, e no caso da Portela sem qualquer Avaliação de Impacte Ambiental.
O aumento da pressão sobre a região de Lisboa, nomeadamente na capital, é inaceitável e vai-nos condenar a viver pior durante mais umas décadas e, se nada fizermos, até ao fim da concessão à ANA/VINCI em 2062.
Text Box: Esta acção terá a forma de uma Concentração a realizar no próximo dia 14 de dezembro, com início pelas 15:00 horas, na Alameda do Aeroporto Humberto Delgado no terminal das chegadas.

Por estas e muitas outras razões, um grupo de organizações e cidadãos decidiu levar a cabo uma acção de protesto em Lisboa que tem por base o combate ao aumento do ruído, da poluição atmosférica e pela preservação da segurança de pessoas e bens. Esta iniciativa insere-se no quadro geral da luta contra as alterações climáticas e da emergência em que vivemos mergulhados. Mais aviões não!
PARTICIPAR AGORA É O CAMINHO MAIS SEGURO E CERTO PARA GARANTIR UM FUTURO MELHOR E MAIS AMIGO DAS PESSOAS E DO AMBIENTE.
Participa e “Traz Um Amigo Também”.
Organização: (Aberta a futuras adesões).
“Lisboa Precisa”, “ATERRA”, “URTICA”, “FAPAS”, “GlocalDecide”, “União dos Sindicatos de Lisboa-CGTP-IN”, “Plataforma Cívica Aeroporto BA6-Montijo Não”, “Zero” e outras organizações

domingo, dezembro 01, 2019

Hoje temos os aviõesinhos, na brincadeira, que é disso que se trata, com o aeroporto submergível do Montijo, também obreiro de muitos churrascos....
https://elpais.com/economia/2019/11/30/actualidad/1575138858_526873.html
e um pensamento de uma das nossas  maiores filosofas Simone Weil
só ela para nos dar alento nesta canalhocracia em que vivemos, e ajudar a dar uma varridela na corrupção, fazer uma corruptura!!!!

quinta-feira, outubro 31, 2019

Continuando a brincar aos aeroportos....
A direcção da Agência Portuguesa de Ambiente deu declaração favorável (DIA) ao aeroporto do Montijo  em vez de chumbar, liminarmente como seria lógico e daria assim execução ao trabalho técnico, realizado.
A direcção da A.P.A. vem, também, ludibriar a opinião pública, ao impôr um conjunto de condições manifestamente impossíveis de serem executados pela empresa responsável pelo estudo que deveria ter merecido  chumbo, sendo que esta DIA favorável ainda por cima se encontra limitada por uma série de pareceres que são solicitados que só podem impedir a concretização da obra em referência.
As autoridades e a A.P.A. que hoje mesmo mostrou a sua total ineficácia ao estar ausente de uma importante reunião onde foi lamentada a ausência total de instrumentos de monitorização do Tejo, pois a A.P.A. e a sua direcção mostram que são incapazes de defender o ambiente e os valores que norteiam a nossa cidadania.
Mas muita água ainda correrá pelo Tejo antes que se vejam aviões comerciais a aterrar no Montijo.

segunda-feira, outubro 28, 2019

Imaginem o aeroporto no Montijo:
lá não temos gansos, mas aves muito, muito maiores....flamingos, coelheiros, garças, etc
                                              aqui, um ainda vivo....

sábado, setembro 21, 2019

Mais aviões, aviõezinhos e avioezões


Em busca de um secretário de Estado perfeito

Que não há e se houvesse não seria certamente Alberto Souto de Miranda.
Como é habitual no burocratês cinzento que caracteriza os membros do governo no artigo em que procura desmentir, não só o manifesto Poupem o Montijo, como muitas outras críticas que a generalidade da comunidade ambiental, mas também uma grande parte dos políticos independentes do nosso país, ou seja daqueles que não estão na fila para as benesses, muitos pilotos e trabalhadores do sector aeroportuário, além de cidadãos de várias áreas a que muitas vezes os políticos vem pedir palmadinhas tem feito a mais um, mais um insensato projecto de aeroporto para continuar e alargar a Portela.
Mas nesse só semeia frases feitas, inverdades, manipulações e conversa da banha da cobra.
Era vereador na Câmara Municipal de Lisboa quando nos tentaram também vender, com argumentos parecidos aos actuais, em 2007 que esta estaria esgotada em 2012, que a Ota, um aeroporto entre duas serras (uma teria que ser demolida) sobre um paúl ( que teria que ser atolado) e águas subterrâneas (com essas não havia nada a fazer) era a solução para os nossos males, e na margem Sul ( onde andará esse personagem?) jamais, jamais....
Pois temos que recuar aos últimos tempos da ditadura, que já anunciava o esgotamento da Portela e fez um estudo, sobre 18 localizações.... a pior de todas... já adivinharam... era a que queremos poupar.
Por causa do estuário (hoje Rede Natura), por causa dos milhões de aves (protegidas por legislação comunitária), por causa, dos acessos ( já viram 20 minutos de shutle mais meia hora de barco, no mínimo), por causa até dos comunistas.... pois eles continuam todos por aí, mais agora o ruído (que como ouvi numa das sessões públicas de discussão do Estudo de AIA, só é minimizado no papel, é que não há verbas para a insonorização que o sr. Secretário, imperfeito, anuncia) e claro o aumento e dinâmica das águas que vai transformar este espaço em fora de qualquer, mas mesmo qualquer, uso aeronáutico, e nem preciso de falar em tsunamis...
Mas é claro que o tal secretário de Estado só pretendeu ocupar espaço público, o processo de Avaliação Impacte Ambiental não está a correr a gosto do governo e já se vê claramente, que não há consenso nenhum, mas mesmo nenhum.
Mais, muito mais de 1000 documentos, contestações, nalguns casos substanciosos foram entregues a contestar este estudo (A.I.A.), que além de partir de premissas erradas é inquinado por opções políticas de que deveria estar expurgado.
E pago, como sempre!, pela empresa promotora!
E já percebemos que a última coisa que todos querem, todos até o eng. Pompeu, é  uma avaliação global, estratégica e ambiental, que coloque tudo em cima da mesa, que analise com seriedade e sem números especulativos a evolução do trafego aéreo, também no quadro, (e agora que andam todos com o clima na boca,  mas onde é que ele está ?, se continuam a projectar mais, muitos mais low cost e turistas), também  no quadro das alterações climáticas que  consumem o nosso bem estar e  emitem toneladas, muitas, muitas de CO2.
Mas onde é que vão buscar o incremento do trafego aéreo, se anunciam um nova, e outra, e outra crise económica, se as companhias de transporte em lata estão a dar o berro, se a aviação vai ter que mudar de paradigma e dirigir-se, talvez noutro tipo de modelo,, noutro tipo de transporte aéreo, para outros horizontes.
Este aeroporto no Montijo será chumbado pela A.P.A. se por milagre não o for, será chumbado pela U.E. (União Europeia) ou pela I.A.T.A. (Associação Internacional de Transportes Aéreos ) e teremos que voltar a discutir  projectos e até outros  insensatos, como o de um aeroporto inútil no meio do Alentejo, mas para onde com adequadas e necessárias infraestruturas podiam ser transferidas as low cost mas também voos de longa distância e assim sim aliviar a Portela.
E não me venham com a distância, numa hora e meia é possível estar em Lisboa e em meia em Faro. De Lutton leva-se quase duas até Londres.
Temos os políticos que temos, infelizmente não temos pozinhos mágicos para lhes dar perfeição.

domingo, setembro 15, 2019

sexta-feira, setembro 06, 2019

Aeroporto
Ontem estive três horas na discussão pública da AIA, do aeroporto do Montijo, em Alcochete.
Foi um arraso, mesmo pornográfico. As meninas da empresa que fez o estudo a mando da Vinci/A.N.A. nunca se devem ter sentido tão mal.
É que vender este aeroporto é tarefa acima de quaisquer possibilidades. Durante as três horas talvez15 pessoas deram um enxerto, bem dado, a este. O ruído ( resposta “vamos fazer isolamentos das casas, só não sabemos quantos ou quando") , choque com aves nunca viram tal acontecer...pois eu que me inscrevi 9 vezes e não pode falar, já vi dois (2) aeroportos encerrados um pelo risco de colisão, outro porque colidiram mesmo com 7 mortos,,,,
avaliação estratégica, népias, eu teria recordado que já durante o fascismo se dizia que a Portela estava quase saturada e fez-se um estudo (global, valha-o deus). Foram estudados 18 locais. O pior, pior de todos foi.... o Montijo, porque....
Mas também teria recordado, era vereador na altura, a avaliação de impacto que foi apresentada em 2007 na C.M.L. da... Ota, uma vergonha, um paul, entre dois montes, um teria que ser destruído, o paul aterrado, mas ás águas subterrâneas, ai essas águas, também a Portela seria para só 5 anos mais.
Mas não foram esquecidas as acessibilidades, nulas, do aeroporto de cacilheiro! E sem oleoduto, o transporte de combustível em centenas da camiões diários,,,,aí, aí ai,
Sem falar das micro partículas, sem mencionar, eu o teria também as emissões de efeito estufa, sem ligar às subidas imprevisíveis (porquê 5 metros) das águas, num aeroporto construído sobre estacas ( 30, 30, 40 metros?)
Os representantes da empresa titular foram lamentáveis e lamento que o representante da APA, por momentos, tivesse perdido a independência.
Não vai ser possível, de maneira nenhuma, este aeroporto levar o visto das autoridades, europeias (então não é que uma salina que foi adquirida como compensação da Vasco da Gama agora volta a ser adquirida como compensação), nem das autoridades que superintendem a aviação civil, e claro a APA só tem uma coisa a fazer.
Na quinta 12, no teatro a Barraca, vão levar outro arraso!

quinta-feira, agosto 08, 2019

hoje foi, sondado para uma tasca sobre este:

Subscrevo inteiramente as observações sobre o, mais um, aeroporto para Lisboa:
já sobre o Parque Eólico não tenho dados mas julgo que algumas das observações devem ser tidas em conta.
Recordo os bailes que demos já a vários,,,, rio frio (ainda há uma comissão a chuchar os dedos), ota, e ao jamais, e agora outro disparate...
Mandem os low costs para Beja,  e construam uma linha férrea eficaz, porra, numa hora está-se em Lisboa, em menos em Faro e rentabiliza-se esse aeroporto, enorme elefante, e dá-se mais vida ao interior.
E se tiver que haver uma aero-gare de backup temos o Campo de Alcochete, já infraestruturado.
Mas continuam a meter-nos os dedos nos olhos e as mãos no bolso...

terça-feira, julho 30, 2019

Ainda em retiro comecei a ler o 7º livro destes 10 dias:
que se junta nos romances, históricos?, ao de Muñoz Molina.
Uma trama complexa, diferenças socio-culturais e tempos.
Mas vou seguindo as notícias...
Esta:

Sou subscritor!
e esta é mais uma vergonha, nacional:
que pode acabar como o já ido da Ota... ou o de Rio Frio, que ainda tem uma comissão de estudos que reúne anualmente para esmifrar umas ajudas de custo... nunca foi encerrada!
Aves, reserva natural, ruído, zonas sensíveis, e nem uma palavra sobre as alterações climáticas e as consequências do aumento do tráfego aéreo.
Mandem os low.costs para Beja, invistam num shutle/comboio rápido entre Lisboa/ Évora e Beja e Faro, e poupam, muito, muito $s aos contribuintes e dão vida ao interior.
Mas pensar é difícil....

terça-feira, janeiro 22, 2019

Ainda a propósito de aeroportos....

Ainda não será desta, o Montijo outro disparate ambiental. E nem sequer foi estudado Alcochete, ou:
esta que é a melhor solução! Envia-me o meu estimado M.Boeiro!
Mas infelizmente iletrados e interesses  especulativos abundam, por aí.

Iremos continuar a ter estátuas e um aeroporto?
https://elpais.com/deportes/2019/01/22/actualidad/1548146267_061080.html
é que o próprio confessou que vigarizou o fisco!



quarta-feira, janeiro 09, 2019

"A actual base aérea número 6 do Montijo foi assim o local escolhido para a construção do novo aeroporto de Lisboa, batendo as sucessivas localizações equacionadas ao longo dos últimos cinquenta anos, como Fonte da Telha, Porto Alto, Rio Frio, Portela, Santa Cruz, Ota, Azambuja, Alverca, Granja, Tires, Marateca, Ota ou Alcochete."
Dos jornais!
Julgo que o local ora escolhido e já indevidamente contratado é totalmente inadequado do ponto de vista ambiental. Está em plena zona de sapal e com avifauna protegida!
Esta semana fiz circular pela lista do Observatório Ibérico de Energia, que coordeno a notícia nº 71 (diárias e gratuitas, basta pedir)
com esta
"Nota
É raro ver e apreciar a T.V., conheço o Miguel Sousa Tavares, tive amizade com o pai e conheci  também a mãe, foi um prazer ouvi-lo hoje. E também a Carla Graça, sobre aeroportos. Era vereador na C.M.L. quando esse ainda andava (muito tem viajado esse, ainda existe uma comissão desse em Rio Frio, que reúne e recebe senhas de presenças uma vez por ano!) por outro local, e exigi uma avaliação ambiental estratégica. Recordo que o António Costa teve que dar um “puxão de orelhas” ao fulano ( do LNEC) que contestava essa e foi indelicado, com moi!!!. Mas a verdade de ontem é a mentira de hoje!!!!"
Parece que vivemos num 1984, a verdade é mentira, a guerra é a paz, o "big brother is watching you"
Mais uma decisão em cima do joelho, e ditada pela obediência aos interesses financeiros e parasitários.
Penso que a melhor opção seria ou desenvolver o de Beja como aeroporto para low costs e investir num comboio rápido até lá, e assim dar vida ao interior! ou no limite Alcochete onde já há um muito maior e melhor situado que no Montijo.
Mas é tudo feito ao sabor do vento e o soar do vil metal. 
Talvez não fique por aqui... lembram-se do jamais???? 
o Olrik é o vil metal, e a corrupção financeira dos nossos sistemas político-económicos.