Mostrando postagens com marcador Relatos pessoais de fãs. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Relatos pessoais de fãs. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Olhar para ele era ter que encarar nossos limites - Por Andréa Luiza Bucchile Faggion



Eu não sei se ele era louco, só que era a minha loucura. Obviamente, nunca lidei bem com isso. Minha mãe sempre me conta a mesma história: como era impossível me tirar da frente da tv quando eu tinha 2 ou 3 aninhos, e os clipes de Thriller que iam chocando o mundo um a um, quase tanto quanto a notícia de ontem. Particulamente, minha primeira lembrança é mais tardia. Eu cantarolava Bad no caminho para a escola primária. Disso lembro bem… Um dia, quando eu estava pelos 12 ou 13, vi a notícia de que o clip de Black or White (BOW) iria fazer sua estréia em rede mundial. O mundo ia parar! Os brasileiros, diante do Fantástico. Estava na casa do meu avô com a família. Implorei para irmos logo embora para eu não correr o risco de perder a oportunidade de gravar o acontecimento. Naquele tempo, eu acompanhava tudo pelos jornais impressos e revistas (eu tinha um acordo com a dona da banca, ela me deixava folhear todas as revistas e eu comprava todas em que ele aparecesse). Engraçado! As matérias eram sempre ofensivas. Nada desse endeusamento desenfreado com o qual vocês estão sendo bombardeados agora. Lembro bem de uma reportagem que tirava sarro do clip seguinte a BOW: Remember the Time. O tom não era só jocoso, era rancoroso. Eu tomei a ofensa como pessoal, sei lá por que diabos, mas dei de ombros e recortei a foto. Guardo até hoje. Foi uma das primeiras. Talvez a segunda. A primeira mesmo foi uma que guardei com a maior vergonha, e só por consideração à minha tia. Ela recortou do jornal e me entregou: “é dele que você tanto gosta, não?” Eu guardei dobradinha no porta-moedas da carteira. Tenho-a até hoje: com as dezenas de marcas de dobras.

Naquela época, não existia internet. Coisa comum em casa era o grito: “Miiiichaaaeell”; vindo de alguém da sala. E lá vinha a Andrea trombando em todos os móveis para pular desesperada na frente da TV. Acabava a matéria, dane-se se falassem mal, eu dizia toda feliz: “eu vi ele, eu vi ele”. É, com o erro assim mesmo, era assim que saía. Tinha virado a brincadeira da família (que parou para chorar junto comigo ontem).

Porém, um dia, vi no jornal que a tal da internet tinha um site com notícias dele. Era feito pelos fãs. MJIFC, não? Eu tinha acabado de comprar meu primeiro computador. Pedia para minha mãe entrar no site no trabalho e salvar as notícias em um disquete. Oh, coisa boa, pela primeira vez na vida, notícias sem ódio, sem malícia. Ato contínuo, comecei a graduação e podia usar os computadores do laboratório da universidade. Demorava um século para uma foto carregar. Eu salvava todas em disquetes. Não tenho mais como abrir disquetes. Guardo todos em caixinhas até hoje.

Mas eu pulei um pedaço da história. Entre os 12 e esses 17, eu comecei a encontrar a pessoa por trás da máscara, da fedora, do óculos, da luva… do artista. Cheguei no colégio um dia e fui presenteada por uma colega. Eram umas páginas arrancadas de uma revista que traduziam uma parte da auto-biografia dele (é, todo mundo que me conhece me presenteia com coisas assim). “O céu não tem que ser pintado de azul, o desenho não tem que estar no centro da folha de papel”. Guardei essa frase até hoje. Precisava dizer alguma coisa a mais? Se precisava, ele disse no portão de sua casa, citando: “Minhas leis são as leis de Deus, vergonha a quem pensar mal disso”.

Não existia convenção social para esse homem. Costumes, nada disso o afetava. Ele era uma aberração mesmo. A imprensa sempre teve razão. Só uma aberração conseguiria ser tão trágica e dolorosamente individual. Se não era uma lei de Deus (a lei moral, para ele), não há regra neste mundo que ele não tenha violado. Na verdade, nem se tratava de violar. Elas simplesmente não existiam para ele. Por isso, ele estava tão fora do alcance da nossa compreensão. Olhar para ele era ter que encarar nossos limites. Por que somos como somos se não é necessário que o sejamos? Pois é, através dele é que descobríamos que não era necessário que o fossemos: “E se eu quiser colocar uma pinta aqui [ele dizia apontando para a testa], e se eu quiser um terceiro olho?” A gente teria que dizer: “É, você pode, eu é que não dou conta de tolerar isso”. Isso é que doía tanto em tantos. Isso é que o fazia tão odiado. Daí que eu fui aprendendo a razão de ser de tanto ódio contido naqueles meus primeiros recortes. O executivo da gravadora ordenava que ele tirasse fotos com alguma super-modelo, ele posava abraçado com o Mickey Mouse na Disney! Esse era o Michael. O único verdadeiro subversivo do pop. Por isso, o Peter Pan do Pop.

Não é que ele tivesse um intelecto infantil, fizesse beicinho e birrinha sem motivo. Nunca tive notícia de nada nesse sentido. Ele pregava a inspiração nas crianças, ao mesmo tempo em que esclarecia que não estava dizendo para fazermos criancices. Ninguém entendia! A criança dele era meio que um bom selvagem: a pessoa que ainda não foi determinada por convenções que soarão como dogmas instranponíveis, quando o próprio mecanismo da socialização tiver sido encoberto para nossos olhos.

Ele era o Peter Pan. Nós, sua legião de fãs, os garotos perdidos. Elizabeth Taylor, sua Wendy (e eu que achava que ele é quem sofreria a morte dela). No fundo, todo mundo sabia como a história terminaria. Peter não pode crescer. Os garotos perdidos têm que crescer. Eles se separam no final. Peter volta sem eles para Neverland. Mas a visita de Peter em nossa janela à noite, nossa temporada na Terra do Nunca… nada foi em vão. Nós ficamos, ele se foi, envelheceremos, ele não! Mas será que cresceremos mesmo? Mentira! Só guardaremos as aparências. Antes de partir, ele ensinou o essencial: “Neverland é um lugar na mente”. Aquele que ele construiu na matéria era só um modelo sensível para a gente entender a idéia regulativa. A vida dele era também um modelo sensível dessa idéia regulativa. Agora a gente entendeu. A missão dele está cumprida. Podemos ficar para sempre na Terra do Nunca…

Fonte:
Falando de Michael Jackson

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Luz - A Star Was Born



Uma estrela é uma pessoa que brilha tanto, que dá seus dons tão completamente, que ama tão completamente, que todo mundo é atraído pela luz dessa estrela, a fim de encontrar o caminho de casa.
(Chuck Spezzano, em If It Hurts, It Isn't Love)

Às vezes, quando eu estou vendo alguém sendo entrevistado na televisão, eu gosto de me colocar no lugar do entrevistado. Eu gosto de refletir sobre como eu iria responder a certas perguntas, porque isso tende a me dar clareza sobre quem eu sou e o que é importante para mim.
Outro dia, eu assisti a um vídeo de uma de minhas escritoras favoritas, que estava sendo entrevistada. Ela foi convidada para falar sobre a filosofia básica do seu trabalho. Ela começou a falar sobre o que via como problemas no mundo e suas idéias sobre como resolvê-los.
Para mim, eu realmente acredito que a desumanidade do homem para com o homem está destruindo o nosso mundo. Somos uma sociedade que tem vivido com um coração fechado por tanto tempo, que criou uma falta de compaixão para com nossos companheiros seres humanos, permitindo que algumas pessoas se sintam justificadas em tratar os outros de forma cruel, como foi o caso com Michael Jackson.
Quando alguém propositadamente inflige ódio à outra pessoa, atacando a integridade de seu caráter, eles estão fazendo um desserviço enorme para a humanidade.
Não só a pessoa que recebe o ódio é negativamente afetada, assim como a pessoa que a odeia, porque quando você trata a outra pessoa de forma odiosa, você aprende que você é uma pessoa detestável. Quando você convida outras pessoas para compartilhar este ódio, você está ensinando a elas que elas são pessoas detestáveis, também.
Michael Jackson foi a pessoa mais famosa do planeta, conhecido em todos os países do mundo e milhões de pessoas foram convidadas a trazer o ódio em suas mentes, a respeito dele.
Muitas mentiras foram escritas sobre ele. Ridicularizar o seu nome, o julgar, era geralmente a norma quando as pessoas falavam sobre ele. Alguns foram tão longe, como convidando seu público a rir às suas custas.
O ódio dirigido a ele (e, portanto, à humanidade) era tão prevalente e amplamente aceito, que os editores nem sequer consideravam a publicação de livros sobre ele, a menos que eles fossem negativos! Se isso não é um sinal de que algo está errado com nosso mundo, eu não sei o que é.
Precisou a morte de Michael para eu perceber que eu não posso mais sentar e tolerar uma sociedade sem coração, aquela em que uma falta de compaixão permitiu o tratamento desumano de outro ser humano.
Sua morte foi uma chamada de despertar para a humanidade, mostrando-nos o que devemos fazer para tornar o mundo um lugar melhor, para mudar o mundo. Temos que mudar a maneira como tratamos uns aos outros, e isso envolve abrir nossos corações para amar.
Acredito que o amor é a força criativa do Universo. É tão importante para a vida, como o oxigênio é para a respiração. Quando ele está presente em nossas vidas, nos sentimos mais felizes, mais otimistas e satisfeitos. A vida se torna mais significativa.
Sem ele, ficamos irritados, cínicos, pessoas ressentidas, críticos de nós mesmos e aos outros, efetivamente esmagando a grandeza que existe em nós, diminuindo nossa própria luz. No entanto, ironicamente, isso é tudo o que Michael queria fazer pelo mundo, trazer um pouco de luz para ele.
"Eu gostaria de ser lembrado como uma pessoa que veio e trouxe Luz ao mundo." Michael Jackson.
Por definição da citação no início deste artigo, Michael é uma estrela. Ele deu seus dons tão plenamente e amava tão completamente, que pessoas de todo o mundo eram e ainda são atraídos por ele, e ele pode, certamente, ajudar-nos a encontrar o caminho de casa.
O Baterista de Michael por mais de 30 anos, Jonathan "Sugarfoot" Moffett, disse bem:
"Uma vez a cada vários séculos, Deus envia alguém especial, para uma chamada de despertar; alguém para esclarecer as pessoas sobre a maneira de ser; alguém para estimular as pessoas; alguém para unir as pessoas e eu acho que Michael foi um presente de Deus, que Ele enviou para mostrar às pessoas como se deve ser, como amar."
Quando você toma uma decisão consciente de tratar os outros com bondade, atenção, compaixão e empatia, o poder do amor vai trabalhar em sua vida. Quando você tratar os outros com amor, você aprenderá que você é adorável. Quando você compreende isso, a necessidade de incitar o ódio para com os outros desaparece; você retorna à sua própria luz e começa a brilhar.
É verdade que o que você dá para o outro é realmente o que você dá a si mesmo. Deixe Michael Jackson lhe mostrar o caminho. Seja Mike-like, como algumas pessoas dizem.
Jonathan também postou algo na sua página do Facebook, que descreve muito bem como ser Mike-like. Ele se refere a isso como Michaelologia:

Michaelologia (Jonathan Moffett)
Dicionário de Moffett - a definição de Michaeologia:
* A prática diária e aplicação de 'Diversão e Inocência do Espírito' na vida de alguém;
* A arte de cuidar e esforçar-se para ser um instrumento para fazer a diferença na vida das pessoas e no mundo ao redor;
* ''Você" e Nós" - A arte de doar-se, ajudar, sem pedir algo em troca.
* Ser humilde, mesmo tendo um status de grandeza.
* Ser consciente, estudioso e preocupado com o mundo ao nosso redor, e as condições que afetam a todos, através de 'Nossa Mãe', que deu à luz e alimentou-nos: a 'Mãe Terra'.
Era sobre isto que Michael Jackson tratava. Ter leveza no coração, desfrutando dos "prazeres da simples diversão" na vida, e a ''instituição do amor, como uma criança', com o coração de uma criança.

Se aprendemos algo sobre ele e sobre a sua vida, devemos todos lutarmos e nos esforçar. Seja Mike-like! (como Michael).
Estude a sua Alma... A criança ainda está lá.

Em 29 de agosto de 1958, a luz, de fato, veio a este mundo como uma "estrela" que nascia. Aquela luz ainda brilha, hoje e sempre vai brilhar.
Se mais pessoas seguissem a luz da estrela de Michael, amassem completamente e dessem seus dons plenamente, iriam encontrar a sua própria luz brilhando, também. Então, talvez, a necessidade de diminuir a luz de alguém deixasse de existir. Feliz aniversário, Michael!
Você inspirou um sonho em mim, para curar o mundo através do poder do amor. Obrigado por fazer sua luz brilhar tão intensamente e me ajudar a encontrar o caminho de casa.
Deixe a luz da estrela Michael ajudá-lo a encontrar o caminho de casa, também."


by Linda Higgins
(escritora e editora-chefe do MJ Tribute Portrait)
Título original do texto: 
A Star Was Born - Michael Jackson
Fonte: 
http://www.michaeljacksontributeportrait.com/article.php?article_id=388


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Michael Jackson Tribute PORTRAIT - MJTP


É mais uma obra inspirada em Michael Jackson, idealizada por Jerry Biedeman (organizador e produtor executivo) e mantida por seus fãs ao redor do mundo.
O homem que entrou para o Guiness Book, como a pessoa que mais apoiou obras de caridade no Planeta, queria tornar o mundo um lugar melhor para se viver e conseguiu transmitir essa mensagem ao coração de seu “Exército de Amor”.

O “Tributo Retrato de Michael Jackson” reúne amantes da arte do Rei do Pop em mais de 180 países e qualquer um que acredita que o mundo pode ser unido através da arte, da música e da conexão com o outro, além das fronteiras, simplesmente como a Família Humana, podem participar.

O Retrato de Michael, sob a assinatura do renomado artista, David Ilan, que usa a técnica do pontilhismo para criar suas obras, nasceu de apenas um ponto central e cada fã que se filia significa um ponto a mais na confecção do retrato. Independente de quem se filia(famoso ou anônimo) o ponto é exatamente igual. Trata-se, portanto, de uma obra interativa; onde, além do ponto, pode-se deixar uma mensagem pessoal a Michael.

Entre os membros do MJTP estão famosos, anônimos, empresários, amigos, familiares, fãs, jovens, crianças, adultos, idosos... Afinal, Michael é universal. E é com doações desses membros ao redor do mundo, que se pode patrocinar incontáveis iniciativas humanitárias, sempre levando o nome de Michael em evidência.

ALGUMAS INICIATIVAS FILANTRÓPICAS COM O APOIO E PATROCÍNIO DO GRUPO MJTP:

Ambassadors of Believe Foundation


Oferecem programação artística de alta qualidade para comunidades carentes, com o objetivo de incentivar os jovens a tomarem o caminho das artes no lugar do caminho das drogas.
Esta Fundação é a força condutora por trás da criação da
“Los Angeles School of Arts and Entertainment” (LASAE),
uma escola pública de artes que deve ser inaugurada em outubro de 2012. (Site: biblievefoundatitionusa.org).


MJTP e Boys & Girls Club, em evento na Disneylândia


Em fevereiro de 2011, o MJTP co-patrocinou e sediou um evento na Disneylândia para crianças e familiares do Boys & Girls Club of East Los, com o intuito de fazer algo especial e significativo para, em nome de Michael, levar alegria à vida das crianças, ainda que fosse por um dia. O doador anônimo que bancou esse co-patrocínio com a Rose’e Entertetainment é membro do MJTP.

Michael’s Angels


Honrando o legado de Michael como verdadeiros
“soldados do amor”, são inúmeras as atividades desse grupo,
com o apoio do MJTP:

1) Haintian Street Kids, Inc: desde 2011 na luta contra a escravidão infantil no Haiti, onde muitas crianças são vendidas como escravas sexuais, submetidas a extrema violência física e psicológica,
além do trabalho escravo.
Em 2012, mais 276.491 membros inscreveram-se no “Retrato”, o que significa U$ 2.764,91 (um centavo de dólar por ponto). Um membro doador anônimo prontificou-se a fazer um aporte financeiro para completar U$ 10.000,00, quantia que beneficiará integralmente a ONG “Meninos de Rua do Haiti”.

2) Angel in Need: desde 2009, Valerie M., uma fã deficiente visual, procurou a administração do MJTP, expressando o desejo de também colocar o seu “ponto” no Retrato de Michael. Desde então, trabalha junto à ONG para ajudar outros fãs de Michael, também deficientes visuais, a registrarem seus pontos na obra.
Valerie M. revelou-se uma requintada poetisa que, além do fardo de sua própria enfermidade, cuidava de seu marido Arnie, que era diabético e portador de cirrose hepática em fase terminal.
Com fé em Deus, inspirada em Michael e com a ajuda do MJTP, Valerie tem-se mantido de pé e confiante.

3) Children First Academy CFA): é a maior escola dos EUA para crianças desabrigadas e em situação de risco; muitas delas sem qualquer condição de alimentação, higiene e vestuário. Portanto, a única coisa positiva que têm são essas escolas que, por sua vez, sobrevivem de doações e voluntários para oferecerem o mínimo a essas pobres pessoinhas.

4) Earth Tree for Michael: projeto que incentiva o reflorestamento, hoje sob a administração da ONG “The Magical Child”, que tem o apoio do MJTP para o plantio de árvores, inclusive na Floresta Amazônica peruana.
A ONG “Michael’s Angels” desenvolve dezenas de outros projetos, inclusive com idosos; são anjos cuidando de outros anjos.

Bethany – Charles Chaplin – Michael Jackson
O MJTP também está ativo no projeto da jovem inglesa Bethany, que trabalha para levantar fundos de apoio a uma casa de tratamento para crianças com doenças mentais, em Wetherby, West Yorkshire, nas Inglaterra, chamada Martin House.

Partners for the Planet:
The MJTP & A Million Trees for Michael


Duas ONGs de fãs de Michael se associam para incentivar todos os fãs do mundo a plantarem uma árvore em seus locais,
em nome de Michael Jackson.
Somando-se uma parceria com a American Forest, organização sem fins lucrativos, uma árvore será plantada a cada U$ 1,00 que for doado pelos fãs à causa.

ALGUNS MEMBROS DO MJTP
CONHECIDOS DO PÚBLICO




Pela ordem: Adam Lambert (cantor), 2 Cellos (dupla musical), Cris Judd (coreógrafo), Eddie Garcia (coreógrafo), Evan Ross (ator), Floyd Mayweather Jr. (campeão mundial de box),Jermaine Jackson (cantor, irmão de Michael), Macaulay Cuckin (ator), François Glorieux(pianista), Dionne Warwick (cantora), Judith Hills (vocalista do filme This Is It) e Diana Ross(cantora );
entre muitos outros.

Para saber mais sobre a MICHAEL JACKSON TRIBUTE PORTRAIT acesse:


O AMOR CANTA E DANÇA COMO NINGUÉM...


Fontes:

segunda-feira, 9 de julho de 2012

O Ícone M: Minha História - Por Sherry Davis


Um showman majestoso. Ícone da moda. Inovador artístico. Afável humanitário. Minhas reflexões sobre a morte de Michael Jackson, o gênio musical e pioneiro teatral. Sem dúvida, este será o texto mais pessoal e seu conteúdo pode surpreender aqueles que acham que esse blog considera Mozart como o meu único homem na música.

Michael, de fato, representa o meu advento musical. Ele foi uma parte significativa da minha vida artística desde cedo, incutindo na minha bússola infantil o casamento justo de música, drama e ideia. Ele redefiniu o gênero da música popular com a libertação do sentimento autobiográfico, e da arte inteligente e sofisticada, acrescentando novas dimensões de profundidade e criatividade. Seu vocabulário de dança era ilimitado. Ele revolucionou os clipes de música e fez deles uma forma de arte. Seus conceitos de coreografia e encenação dramática combinados com tecnologias de ponta mudaram a cultura dos shows e a arte da performance para sempre. Sua artística e elegante avidez nunca deve ser conhecida pelo talento e fervor de qualquer outro indivíduo.

Na verdade, existem duas silhuetas significativas na minha vida musical, e a palavra “silhueta” descreve cada figura perfeitamente. Michael e Mozart. Vidas em perfil. Divindade em movimento. Eles deram tudo de si para garantir que o mundo desfrutasse sempre de uma existência na música, a música deles. De um prodígio angelical para outro, meu amor pela música nasceu. De um dramaturgo para outro, o meu entendimento e paixão pelo drama musical evoluiu, e ainda está evoluindo. O carisma e a exuberância que irradiam da música desses dois homens me dão esperança, força e um objetivo. Seus personagens são ricos e cheios, suas semelhanças, impressionantes. (Referência ao meu texto Michael e Mozart: Um virtuosismo correspondente).

A musicologia se concentra muito na morte prematura de Mozart aos 35 anos e nas composições não escritas que estão para sempre perdidas. Com a ida precoce de Michael, enfrentamos essa perda agora, no nosso próprio tempo, não apenas nas páginas da História. Eu adoro esses dois espirais de engenho musical e essa recorrência história é muito difícil de suportar, mas como outros admiradores, devo comemorar e tocar esses legados pra frente com amor e honra.

Michael me faz lembrar de mim mesma de diversas maneiras; extrovertido artisticamente e introvertido socialmente, com uma certa timidez às vezes e, ainda assim, incorporando uma incrível sensação de independência e missão. Michael foi a minha primeira paixão e, consequentemente, o meu primeiro “namorado”. Eu ignorava o fato de que ele estava cortejando a imaginação de milhões de outras meninas no mundo inteiro! Minha irmã gêmea, Sheryl, e eu tínhamos álbuns, bonecos, camisas, jaquetas e até uma fotografia com a linda imagem de Michael vestindo seu colete amarelo e uma gravata borboleta. Me lembro de ter recebido esses presentes em muitos aniversários e Natais da década de 80, um período maravilhoso da minha vida. Nós conhecíamos os movimentos clássicos dele e tentávamos imitá-los em nossas apresentações improvisadas na sala de estar da casa. Eu era uma criança quando “Heal the World” foi lançada e me recordo de como me sentia especial, já que Michael amava as crianças e cantou com elas nesta canção.


Nós visitamos o Rock and Roll Hall of Fame e, inevitavelmente, babamos o traje que Michael usou no clipe de “Bad”, um dos nossos preferidos, dirigido por Martin Scorsese. Eu adoro a forma como ele vence um iminente confronto violento com o uso de um balé agressivo e arrogante e de letras inteligentes (“You’re throwing stones to hide your hands” – “Você está jogando pedras pra esconder suas mãos”) com sua roupa cheia de cintos e fivelas (Sheryl adora me provocar com isso!). Ele tinha apenas 30 anos de idade quando Bad o entregou às estrelas. Lançaram um comercial da Pepsi nesse período que foi especialmente mágico para os olhos da minha infância. Eu queria vê-lo em cada comercial dos programas de TV; estava certa de que havia um pedaço de divindade em sua imagem quando ele perguntava: “Olha pra mim?” com o sorriso mais lindo que já vi.

Compartilhar a música de Michael com a minha irmã ao longo desses anos tem sido um presente muito especial e extraordinário. Não me lembro exatamente de quando nos tornamos fãs, mas as nossas recordações remontam à cerca dos 4 ou 5 anos de idade. Nosso pai nasceu em Rensselaer, Indiana, então é claro que calculamos a distância para a casa que Michael morou quando era pequeno. Para ser exata? Apenas 52 milhas. E nossa mãe nasceu em Jacksonville, Ohio, por isso, nossa família brinca que estávamos destinadas a ser fãs de Michael Jackson!

A intensa afinidade de Michael com a música clássica me aproximou de sua arte. Eu podia sentir a influência em seu trabalho. Ele também tinha uma tangibilidade, uma palpabilidade. Quem conseguiria esquecer a incorporação de um trecho da 9ª Sinfonia de Beethoven no começo de “Will You Be There”? Não foi somente um gesto artístico refletindo seu amor pela música, mas também um gesto humanitário. O original em alemão [da 9ª Sinfornia de Beethoven. N.T.] “Ihr stuerzt nieder, Millionen? Ahnest Du den Schoepfer, Welt? Tal ihn ueberm Sternenzelt, Ueber Sternen muss er wohnen” é traduzido como “Vocês se curvam, milhões? Você sente a presença do Criador, mundo? Busque-O acima do firmamento estrelado, acima das estrelas Ele certamente habita”.

Em entrevistas, Michael constantemente mencionava seu amor pela música clássica, citando compositores como Mozart, Debussy e Tchaikovsky.

Na foto abaixo, com seu piano Bösendorfer, ele lembra cada pedacinho de um mestre isolado, uma característica típica da superdotação musical. Ele era muito parecido com Mozart no que diz respeito aos dois níveis de sua arte: o reconhecimento popular e uma pequena capacidade perspicaz conhecida.


Em junho, quando Michael faleceu, foi revelado que ele estava trabalhando num álbum de música clássica. Isso surpreendeu a maioria das pessoas, mas fez sentido. Este era o Michael. Ele dividiu o palco com Luciano Pavarotti e Os Três Tenores num show beneficente em Modena, em 1999. Eu não tive a oportunidade de conhecer Michael Jackson pessoalmente, mas vi Os Três Tenores se apresentando e também conheci Plácido Domingo durante o meu estudo com o Washington Nacional Opera, em 2008; então, esta é a minha ligação da ópera ao Michael, por assim dizer!

No que diz respeito à ópera, a original fama e voz de Michael foi comparada aos famosos castrati (sopranos masculinos) de uma época passada. O Maestro Riccardo Muti falou sobre essa ligação recentemente. “Ele é sem dúvida um dos maiores cantores lendários, controversos (e amados) de todos os tempos… Sua controversa história, suas fraquezas, a inquietação extrema e seus exaustivos últimos dias de vida me lembram a vida de grandes castrati, como Caffarelli ou Farinelli, que se tornaram objetos de adoração e idolatria. E muitas vezes, se tornavam vítimas dessa adoração”.

Com essa relação em mente, eu estava me mordendo para ouvir Michael interpretar sua própria versão da ária “Lascia ch’io pianga”, da ópera de Händel, Rinaldo. Imaginem! A consciência melódica crescente e a intenção dramática dessa ária se adaptam incrivelmente bem à caluniada vida de Michael, concentrando-se na libertação do indivíduo. “Deixe-me chorar meu destino cruel e suspirar pela minha liberdade perdida. Que a dor quebre as correntes do meu tormento com misericórdia!”.

Andrew Lloyd Webber recentemente revelou que Michael havia se aproximado dele na década de 80, após a estreia de O Fantasma da Ópera, para questionar sobre a possibilidade de assumir o papel-título numa possível versão cinematográfica. Isso não é surpreendente, dado o seu amor pelo teatro musical, o gênero usado para mostrar seu talento pela primeira vez aos 5 anos de idade, na interpretação de “Climb Every Mountain”, do filme A Noviça Rebelde, num show de talentos da escola. No seu artigo no Telegraph de Londres, em 27 de junho, Webber traz à tona o gênio de Michael de uma perspectiva teatral, o que eu acho incrivelmente fascinante, pois revela o núcleo de seu ser artístico. “A história [do musical] o tocou. Eu acho que ele tinha uma conexão com o músico solitário, torturado. Ele achou muito intrigante a ideia de alguém que trabalha através da música e que tem uma moça como musa – e amou a ilusão criada no show. Claro, ele era um grande showman, mas achava toda a encenação dos musicais extraordinárias”.

A falta de uma boa época fez com que eu e minha irmã não conseguíssemos ir a um show dele. A turnê de Bad (1987 – 1989) foi a última que Michael fez nos Estados Unidos, e nós ainda éramos pequenas demais para que os nossos pais nos deixassem ir assistir à shows tumultuados na Europa na década de 90! E a gente sentiu falta dele em Nova York, em 2001. Nos dias 7 e 10 de setembro, Michael fez dois shows no Madison Square Garden para comemorar seu 30° aniversário de carreira solo. Ficamos tão agradecidas por terem sido televisionados pela CBS! Apenas algumas semanas depois dos shows, exatamente no dia 29 de setembro, nós estávamos na cidade com a banda do colégio para nos apresentarmos num jogo dos Giants de Nova York [time de futebol americano. N.T.]. Em 7 de novembro, Michael fez uma aparição na Virgin Megastore, na Times Square, para promover aquele que seria eu último álbum, “Invincible”.

No entanto, ao longo do ano passado, Sheryl e eu ficamos bastante esperançosas com os boatos de que o Jackson 5 se reuniria novamente. E em março, quando Michael deu uma coletiva de imprensa em Londres, para anunciar a turnê This Is It, nós alcançamos a lua! Essa era a nossa chance de finalmente ver o artista que admirávamos desde pequenininhas, mas o destino não quis que fosse assim. A tragédia aconteceu em junho. Uma parte da minha infância, minha própria história musical, morreu com ele. Negação, raiva, incontáveis lágrimas… Eu tinha voltado de Praga apenas uma semana antes e tinha me lembrado do Michael na capital da Boêmia ao ver os cartazes da turnê da Madonna em todos os lugares.

A realidade dessa perda foi penosamente sombria, especialmente quando assisti – várias e várias vezes – às assombrosas gravações dos ensaios que foram lançadas, e que exibiam a voz sempre poderosa e o incomparável comando de dança do Michael. A potência vocal de um cantor é aproximadamente entre os 35 e os 50 anos de idade; assim, Michael ainda tinha seu som lendário. Talvez o aspecto mais arrepiante revelado nesse filme foi o conteúdo lírico da canção em si, “They Don’t Care About Us”. Sheryl e eu entramos para o sorteio dos ingressos para o memorial no Staples Center, em Los Angeles, mas nossos nomes não foram escolhidos; por isso, assistimos à cobertura pela televisão o dia todo, usamos camisetas comemorativas e até fizemos um bolo para a ocasião.

Apesar de não termos participado desse significativo evento, Sheryl e eu ficamos contentes por termos conseguido ingressos para o tributo em Viena do dia 26 de setembro! A capital austríaca foi escolhida, pois Michael adorava essa cidade por causa de sua história musical e do imperialismo dos Habsburgos. Mozart passou seus melhores anos lá. O tributo será realizado na residência de verão dos Habsburgos, o Palácio de Schönbrunn, onde Mozart se apresentou maravilhosamente para a jovem Maria Antonieta. Eu fui ao palácio duas vezes durante passeios e concertos de música clássica, e à Viena geralmente para pesquisar sobre a história de Mozart, mas nunca imaginei estar visitando a cidade para celebrar o artista que eu conhecia desde minha infância, o artista que abriu o meu coração e minha mente para a música. Estima-se que a transmissão do tributo atingirá um publico de mais 1 bilhão de fãs.


Tenho aprendido muito sobre o talento artístico de Michael. Por onde eu começo? Levaria tempo demais escrever sobre este tema, por isso, vou tentar resumi-lo! Sua benevolência musical inspirou enormemente o meu amor de compartilhar música com outras pessoas e gastar meu tempo e meus recursos para atividades filantrópicas, especialmente aquelas relacionadas à música. Michael usou seus dons musicais pelos seus semelhantes, ajudando instituições de caridade com milhões de dólares, ele superou qualquer outra celebridade da história.

Incorporar a voz pungente de Michael numa idade tão precoce fez com que eu desenvolvesse certa preferência a vozes agudas masculinas de vários gêneros. Por exemplo, minha afeição pelas árias de tenor de Mozart é muito maior do que por aquelas pertencentes às personagens femininas de suas óperas. Eu amo o material escrito originalmente para os castrati (sopranos masculinos), agora cantado por contratenores e meio-sopranos. Associo o maior registro e virtuosismo físico de Michael ao melisma [técnica de transformar a nota (sensação de frequência de uma sílaba de um texto enquanto ela está sendo cantada. N.T.] e ao atletismo da voz barroca. Os conjuntos extravagantes de Michael, os trajes clássicos corroboram o ideal da ópera. Uma ária que reflete esse sentimento é “Doppo Notte”, da ópera de Händel, Ariodante. Outro exemplo desse tipo de associação é o moteto [gênero musical surgido no século XII, onde, inicialmente, usavam-se textos distintos para cada voz. N.T.] de Mozart, “Exsultate Jubilate”, que foi originalmente escrito para Venanzio Rauzzini, um soprano do sexo masculino que havia apresentado sua ópera “Lucio Silla” em 1772.

Em termos de música popular do século XX, sou levada pelas expressivas vozes de tenores do Doo-wop [estilo de música vocal baseado no R&B. N.T.], do Rock e do Soul dos anos 50 e 60. Quando adolescente, eu era a orgulhosa proprietária da coleção Time Life, de Dixk Clark e, junto com minha irmã e alguns amigos, simulava apresentar o American Bandstand para o pessoal do clube de teatro da nossa escola. “Why Do Fools Fall in Love”, de Frankie Lymon, é certamente uma das minhas músicas preferidas! E, desse período, uma que nunca deve ser esquecida é “Who’s Lovin’ You”, do Michael, de 1969. Cada canção dos primeiros anos da carreira dele é marcante, mas sinto que essa música, em sua singularidade, mostra a genialidade de Michael de uma maneira mais radiante. Como Berry Gordy disse: “Ele a cantava com a tristeza e paixão de um homem que tinha vivido a dor e o desgosto de toda a sua vida”.

A voz de Darren Hayes, o vocalista do Savage Garden, me chamou a atenção na década de 90 com a canção I Knew I Loved You. Darren foi muito inspirado e influenciado pela arte do Michael. Em sua homenagem, Darren Hayes escreveu: “Quando eu tinha 13 anos, eu o vi ao vivo num show, e, na segunda vez que ele apareceu no palco, descobri o que ia fazer pelo resto da minha vida. Era setembro de 1987 e eu, até hoje, nunca vi nada mais extraordinário. Até agora, nunca mais vi uma reação de um público como a que ele recebia. Nunca vi tanta magia e brilho voar pelo ar e nunca mais testemunhei aquela eletricidade que aparecia no coração do jeito que senti naquela noite. E agora, estou certo de que o mundo nunca mais verá isso de novo. Obrigado, Michael Jackson. Em nome dos sonhadores de todo o mundo. O mundo é um lugar chato sem você. Me sinto tão privilegiado por ter vivido no seu tempo, por ter testemunhado pelo menos um momento da sua glória”.

A imagem do início desse post é do ensaio de Michael para a revista Ebony, de 2007, em comemoração ao 25º aniversário de seu álbum imortal, Thriller . Essa é uma das minhas imagens favoritas do Michael, e não simplesmente porque ele está impressionante e super elegante com esse chapéu legal, mas porque acredito que a foto o retrata da forma como ele queria ser entendido e aceito: como um artista sério com o sentimento clássico, apesar da sua assinatura única e de sua atitude com o estilo moderno e requintado. Certamente, é assim que vou me lembrar dele. Comecei a escrever esse texto no dia 6 de julho, mas não tive tempo nem energia para terminá-lo até agora. E não posso pensar numa maneira melhor de terminar esse artigo, de capturar o meu sentimento, do que divulgar um poema que escrevi em homenagem ao legado de Michael, trazendo à luz as minhas melhores lembranças. O título é: “Michael Jackson: Memória”. Essa foto-tributo acompanha minha poética melancolia enquanto reflito meu amor pela era Bad, o período em que eu realmente comecei a entender o homem e a música.


Michael Jackson: Memory
Silhueta em adorável estilo. 
Amor. 
Humildade. 
Flash de contorno, flash de luz. 
Ganhos de mil palavras. 
Lentamente vêm distante, brilhando. 
Prodígio angelical. Artesão cavalheiro. 
Coberto em deslumbrante, amplificada bênção. 
Negros olhos de benevolência e esplendor misterioso. 
Consumação do amor expresso. 
Precisão. 
Paixão*. 
Um abraço generoso. 
Sentimento lírico, oh, lira suave. 
Incansável gênio. 
Existência verdadeira. 
Imaginação virtuosa, fantasia e fogo. 
Inovação dramática, conotação humanista. 
Linha inquebrável. 
Esplanada de reconhecimento, através de barreiras ressuscitadas. 
Protagonista de música e ideias. 
Divino.
Vibrato etéreo. 
Força abrangente. 
Memória e brincadeira infantil. 
Inocência afetuosa, sorrisos e gargalhadas com alma permanete. 
Deus seja louvado, fomos abençoados. 

* Na poesia original, a autora usou a palavra grega Pathos, que significa paixão, excesso, catástrofe, passagem, passividade, sofrimento e assujeitamento.

http://falandodemichaeljackson.wordpress.com/2012/06/12/o-icone-m-minha-historia/

Fonte:
http://www.moderndaymozartian.com/2009/08/m-icon-my-story.html

Texto traduzido por Lais Alves do Blog Fotos e Fatos

segunda-feira, 7 de maio de 2012

The Immortal World Tour By Cirque Du Soleil


Eis um grande desafio posto à minha frente. 
Como descrever um espetáculo, sem quebrar-lhe o encanto?
Tentarei então, da melhor forma possível, contar o que foi, sem contar como foi.
Descreverei, sem revelar os mágicos segredos, a 
“Michael Jackson Immortal World Tour by Cirque du Soleil”.

Que fique para o leitor que ainda não assistiu,
o rico encantamento da sua própria imaginação.


“Eu creio que todas as artes tenham como um último objetivo a união entre o material e o espiritual, o humano e o divino.
Eu acredito ser essa a razão da existência da arte.
E eu sinto como se fosse um instrumento… apenas para dar música e amor, harmonia ao mundo. Para crianças de todas as idades, adultos e adolescentes”. (Michael Jackson)
___________________________

Eu já tinha assistido uma primeira vez, há alguns dias atrás. Mesmo sozinha, no entanto, me senti em casa, tão familiar me eram todas aquelas histórias e pela enorme sintonia de alma com as pessoas presentes. Confesso que saí deslumbrada.
Hoje era bem diferente. Seria ainda melhor, por impossível que pareça que algo tão perfeito possa vir a melhorar. Eu estava com minhas amigas e isto tinha um significado muito especial. Não sentamos lado a lado. Nos dispersamos pela platéia, duas em um setor, duas no outro. Eu não havia contado nada pra elas, pra que tivessem as gratas surpresas que eu tive.
A primeira delas foi aquele clima “Michael Jackson’s fans ” por toda aquela ala do Mandalay Bay Hotel . Pessoas vindas de todas as partes do mundo; caracterizadas ou não; crianças, jovens, idosos, brancos, negros… a mais completa diversidade!A abertura já foi algo comovente… Os portões de Neverland abriram um mundo fantástico, um mix de magia, talento, sensibilidade, tecnologia, luzes, sons, efeitos diversos, coreografias magníficas, artistas com performances impecáveis, e tudo mais que eu não consigo descrever. Childhood  trouxe a infância roubada do menino na janela e os seus mais belos sonhos. E põe sonho nisso… Pense em carrosséis, balões coloridos e as mais doces surpresas. É ainda mais!!!

Eu ali bem pertinho, num local muito privilegiado, via os artistas se acocorarem no pé do palco, se preparando para a entrada. Às vezes, vinham ao nosso encontro cumprimentar (não tive essa felicidade, mas chegavam bem próximos, interagindo com o público).
Como eu podia ver de perto e de frente os olhos dos artistas, aproveitava para mirar bem, com um sorriso de gratidão. Pensei que, em algum momento de seus shows, Michael podia ter encontrado um olhar que lhe transmitisse gratidão e confiança e procurei fazer com os artistas o que faria se cruzasse com o olhar dele. Fui grata. E, por vezes, algum deles me fitou e eu abri aquele sorrisão.
E Childhood mexeu com as emoções, trazendo lágrimas.

Mas tudo era bem dosado, alternando momentos de profunda delicadeza e sensibilidade com outros alegres, divertidos. Bem como o nosso Michael.
Impossível não pensar no quanto ele ficaria feliz se tivesse tido essa homenagem em vida…
Não sou crítica musical nem expert em dança, mas achei muito perfeito: sincronia, marcação, ritmo, respiração, inspiração, contato visual com o público, presença de palco e tudo o mais.
As músicas foram escolhidas a dedo e, nessa difícil tarefa de seleção, representaram bem o legado artístico de Michael.
Mas o que mais me surpreendeu é que homenagearam o homem todo: o menino prodígio, o jovem inquieto que mudou o mundo da música (só da música?), o cantor, o dançarino, o pai, o Peter Pan, o humanitário. Aliás, o coração bondoso de Michael foi bem enfatizado em diversos números. Deu ainda mais orgulho dele e foi bom saber que muitos que não conheciam essa faceta de MJ agora terão a oportunidade. Não deixaram de lado também o lado crítico/político que surgiu em muitas músicas, bem como o homem preocupado com a natureza.

O público pulsava junto com o elenco: chorava (eu já não era mais a única), ria em gargalhadas frouxas, se encantava, surpreendia-se como meninos que veem magia.
Toda Neverland estava lá: a “giving tree”, o parque de diversões, o zoológico, as crianças doentes que eram lá hospedadas, o trenzinho, as flores no caminho, as estátuas, as luzes, as cores, os sons, os sabores, a magia, a fantasia, os sonhos… novamente os sonhos…
Toda a alegria contagiante de Michael Jackson estava lá: um medley dos J5, Dance Machine, Shake Your Body e outras músicas bem dançantes.

Toda a sensualidade única dele também estava representada nas rebolantes Workin’ Day And Night , Wanna Be Startin’ Somethin’ e na insinuante Dangerous.
O “gentleman” também não faltou em baladas como You Are Not Alone e I Just Can’t Stop Loving You.
A consciência ecológica, a crítica à sociedade hipócrita e o grito contra a mídia sensacionalista aparecem em Earth Song, They Don’t Care About Us e Screem.
Os clássicos Thriller, Billie Jean, Black or White também são interpretados com maestria.
A voz infantil que conquistou o mundo agora cala a todos em quadros impressionantes, ao som de I’ll Be There e Ben.

E a voz do homem surgem em todos os momentos, em frases, partes de entrevistas, gargalhadas. Que saudade!
E Smooth Criminal traz um Michael perseguido pela mídia, numa clara referência ao sofrido tempo das alegações.

Toda uma vida ali estampada. Um homem, um gênio, um artista retratado como nunca.
Mais deste espetáculo aqui .
Irleide de Souza
Enviado por Irleide de Souza em 02/05/2012
Reeditado em 02/05/2012
Código do texto: T3646321

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...