"Durante uma era glacial,
muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas
de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos,
por não se adaptarem às condições do clima hostil.
Foi então que uma grande manada de
porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver; começou a se unir;
a juntar-se mais e mais, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se
enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso. Porém, vida ingrata, os
espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente
aqueles que lhes forneciam mais calor; aquele calor vital questão de vida ou
morte.
E afastaram-se, feridos,
magoados, sofridos.
Dispersaram-se, por não suportarem
mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito.
Mas, essa não foi a melhor
solução; afastados, separados, logo começaram a morrer congelados..."
"Os que não morreram
voltaram a se aproximar; pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma
que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o
suficiente para conviver sem se ferir; para sobreviver sem magoar; sem causar
danos recíprocos.
Assim suportaram-se, resistindo à
longa era glacial.
Sobreviveram.”
“É fácil trocar palavras, difícil
é interpretar os silêncios.
É fácil caminhar lado a lado,
difícil é saber como se encontrar.
É fácil beijar o rosto, difícil é
chegar ao coração.
É fácil apertar as mãos, difícil
é reter o seu calor.
“É fácil sentir o amor, difícil é
conter sua torrente.”
Desconheço autoria.
Recebi por email :com nome ,’vida
bem vivida”
Edna Campos