Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

10 anos do Livro de Graça na Praça



Edição de 2012
10 anos do Livro de Graça na Praça
Domingo, 9 de setembro, de 9h às 13h na Praça da Liberdade
Belo Horizonte


Esse evento será uma comemoração aos dez anos do Projeto "Livro de Graça na Praça", iniciativa sem fins lucrativos, voltada para o estimulo à leitura, e que hoje faz parte do Calendário Oficial da Prefeitura de Belo Horizonte. Nessa edição, serão distribuidos 30.000 livros novos editados especialmente para o evento, totalizando assim mais de 200.000 livros novos distribuidos ao longo das 10 edições. 
Nesse domingo serão distribuidos:

Cordel conta história do Livro de Graça na Praça


De autoria da cordelista Josenir Lacerda, da Academia dos Cordelistas do Crato (CE) e da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, a obra "Livro de Graça na Praça - 10 anos de História" será distribuída no próximo dia 9 de setembro durante o evento. O cordel foi impresso pela Tupynanquim Editora e a capa é de autoria do também cordelista Antônio Klévisson Viana.

Livro para o público adulto



Escritores:
Affonso Romano de Sant´Anna, André Telucazu Kondo, Antônio de Faria Lopes, Arthur Vianna, Beatriz de Almeida Magalhães, Carlos Henrique Gomes de Campos, Cícero Christófaro, Cida Chaves, Dagmar Braga, Elza de Moura, Emerson Monteiro, Everaldo Chrispim, Fabiano Salim, Fábio Lucas, Fernando Brant, Fernando Fabbrini, Frei Betto, Hélton Gonçalves de Souza, J. Flávio Vieira, José Bento Teixeira de Salles, José Mauro da Costa, Jussara Queiroz, Olavo Romano e Petrônio de Souza Gonçalves.
Dentre esses estão os tres ganhadores do 5º Concurso Nacional de Contos Livro de Graça na Praça. São eles:
Carlos Henrique Gomes de Campos, com o conto "Elvis"
André Telucazu Kondo, com o conto "BH?"
Fabiano A. Salim, com "Pai, um conto sem ponto"


Livro para o público infantil


Organizado pelo Ronaldo Simões Coelho e editado pela Imprensa Oficial de Minas Gerais 
Autores: Alexandre Guimarães, Angela-Lago, Beto Vianna, Cristina Agostinho, Elisa Fonseca e Silva, Irlanda Silva Gino, João Camilo de Oliveira Torres, Jorge Fernando dos Santos, Leida Lusmar, Ronaldo Simões Coelho, Rosana Mont´Alverne e Yêda Galvão.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

BIG BROTHER BRASIL

Não é segredo para ninguém que eu curta o BBB.
Inclusive ele foi o responsável pela meu ingresso ao mundo dos blogs.
Eu sempre o achei divertido, um laboratório das mazelas e das vitorias humanas, uma exposição clara do que a sociedade tem de bom e de ruim.
Serve também como uma evidenciação do comportamento de nossa sociedade, cheia de preconceitos, de modismos, de culto à fama e ao sucesso efêmero.
Agora, o Bial chamar os participantes de heróis, cultuar o bizarro, fomentar comportamentos estranhos e acobertar comportamentos no mínimo antiéticos ou amorais, ai é outra historia. 
È um programa de entretenimento e como tal deve ser considerado e nada do que ocorra nele deve ser transformado em um fato de comoção nacional, hasteamento de bandeiras ou julgamento publico sumario, assim como a tal da Luiza, que deveria ter ficado no Canadá.
Nesse nosso país grande e bobo ocorrem diariamente coisas escabrosas, que deveriam, estas sim, levar as pessoas a se mobilizarem, a reivindicarem mudanças, reivindicar no minimo um comportamento ético das lideranças, dos dirigentes, que hoje agem às claras e sem nenhuma coerção. Moral, ética e valores são artigos que se encontram em desuso. Bom mesmo é ser capa de Playboy ou militante politico. Porque não despendermos nossos esforços e tempo para reclamarmos do que realmente tem valor?
Pra mim, o BBB  é muito melhor do que um CQC, onde os seus integrantes, pseudos críticos do sistema, se unem contra um dos seus para manter seus patrocinadores, ou o famigerado Zorra total ou ainda os programas da tarde, onde os apresentadores exibem com estardalhaço o que tem de mais degradante na nossa sociedade.
Me enviaram este CORDEL, que achei ótimo, e eu o divido com vocês:


BIG BROTHER BRASIL UM PROGRAMA IMBECIL.

Antonio Barreto

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão 'fuleiro'
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, 'zé-ninguém'
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme 'armadilha'.

Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Da muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social

Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério - não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os "heróis" protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
"professor", Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos "belos" na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos "emburrecer"
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados

Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal.
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal.

FIM


Antonio Barreto nasceu nas caatingas do sertão baiano, Santa Bárbara/Bahia-Brasil. Professor, poeta e cordelista. Amante da cultura popular, dos livros, da natureza, da poesia e das pessoas que vieram ao Planeta Azul para evoluir espiritualmente.
Graduado em Letras Vernáculas e pós graduado em Psicopedagogia e Literatura Brasileira.  Seu terceiro livro de poemas, Flores de Umburana, foi publicado em dezembro de 2006 pelo Selo Letras da Bahia.
Vários trabalhos em jornais, revistas e antologias, tendo publicado aproximadamente 100 folhetos de cordel abordando temas ligados à Educação, problemas sociais, futebol, humor e pesquisa, além de vários títulos ainda inéditos. Antonio Barreto também compõe músicas na temática regional: toadas, xotes e baiões.





sábado, 22 de janeiro de 2011

Do selo lambido ao ponto com 2


Ulisses, nesta resposta ao José Mauro, curva-se a tecnologia e mostra a força do progresso que impulsiona o  universo

 Do selo lambido ao ponto com

No mundo tecnológico
aparentemente ilógico
do viver globalizado
existem muitas pessoas
que seguem tecendo loas
à volta para o passado.

Assustadas com o novo
ficam espalhando pro povo
a mensagem distorcida
que a tecnologia mata
a sabedoria nata
acumulada na vida

Pessoalmente não creio
e vos falo sem receio
que a destruição do erro
nasce do nascer do novo
que Colombo no seu ovo
deu solução ao emperro

A humanidade tão ávida
acolhe a mudança, impávida
a internet é o portal
de nossa biblioteca
onde esta a hipoteca
do saber universal

O desuso é a conseqüência
do avanço da ciência
conforto sempre faz bem
usando certo o bom senso
podemos, sim, assim penso
ter o conforto também

Quem não tem computador
deveria andar de andor
voltar a telegrafar
sentar ao bonde parado
viver no ultrapassado
tempo do manivelar

Ora, pois, que absurdez!
parar o tempo de vez
bom mesmo é facilitar
mostrar a cara do mundo
num placar de um segundo
ver a noticia chegar!

Os dois lados da moeda
muitas vezes envereda
pro lado mal do pensar
mas quando o conhecimento
nos libertar do tormento
o bem há de despontar

Tudo é antropofagia
quando a tecnologia
muda, tudo há de mudar
Pois o avanço é uma alavanca
que a tartaruga manca
não consegue acionar

O medo da novidade
vem da historicidade
Basta ver na promissória
das invenções de Da Vince
até o século vinte
legadas pela memória

É bem grande o corolário
do pensar reacionário
não querendo aceitar
que a invenção é gerada
da necessidade alada
da vontade de mudar

Baudelaire foi rancoroso
não soube ser curioso
rejeitou a novidade
que foi a fotografia
pensando qu’ela trazia
às artes banalidade

Sem falar de Galileu
silenciado sofreu
vitima da neofobia
viu de perto a estupidez
a compulsiva surdez
do embotado que assobia

Deixemos de zum zum zum
o século vinte um
será de desvelamento
tudo nele será exposto
tempero de todo gosto
pra tudo que é pensamento


O homo-faber famoso
no dito do ser ditoso
não sabe mais o que faz
o burro constroi e tomba
o sábio desarma a bomba
que nos levara a paz

Meu amigo José Mauro
enfrentou o Minotauro
eu não lhe tiro a razão
visar apenas ao lucro
faz do homem um ser chucro
sem amor no coração.

Ulisses Germano Leite Rolim
Professor da região do Cariri e um apreciador do cordel

Obs : A história da literatura de cordel começa com o romanceiro luso-holandês da Idade Contemporanea  e do Renascimento. O nome cordel está ligado à forma de comercialização desses folhetos em Portugal, onde eram pendurados em cordões, chamados de cordéis. Inicialmente, eles também continham peças de teatro, como as de autoria de Gil Vicente. desde o início da colonização. Na segunda metade do seculo XIX começaram as impressões de folhetos brasileiros, com suas características próprias. Os temas incluem fatos do cotidiano, episódios históricos, lendas , temas religiosos, politicos, entre muitos outros . Foram os portugueses que introduziram o cordel no Brasil desde o início da colonização.
No Brasil, a literatura de cordel é produção típica do Nordeste, sobretudo nos estados de Pernambuco, da Paraiba, do Rio Grande do Norte e do Ceará. Costumava ser vendida em mercados e feiras pelos próprios autores. Hoje também se faz presente em outros Estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. O cordel hoje é vendido em feiras culturais, casas de cultura, livrarias e nas apresentações dos cordelistas.
fonte:Wikpedia


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Do Selo lambido ao ponto com.


No Projeto Livro de Graça na Praça (veja aqui) também é feita a distribuição e divulgação  da literatura de Cordel, alem de livros de Literatura Infanto juvenil e do livro de Contos editado exclusivamente para o evento.
Trouxe para vocês este Cordel escrito por Jose Mauro da Costa, de Belo Horizonte, versado em prosa e contos, em um debate com Ulisses Germano, professor do Cariri e também apreciador do Cordel.  Este Cordel também foi impresso em Braile, fato inédito.
Hoje posto o Cordel de Jose Mauro e na próxima postagem apresento a resposta de Ulisses.
José Mauro fala de algumas inconveniências da tecnologia, de coisa abomináveis como as latinhas e as sacolas plásticas, alem dos enlatados e do fast-food. É um tema para reflexão num momento em que a terra sendo exaurida, se debate numa crise sem precedentes do consumismo desenfreado



Do selo lambido ao ponto com

Ao leitor faço um resumo
do que penso do consumo
e desse mundo digital
Tudo tem mudado tanto
parece que só eu me espanto
com o efeito colateral.

Veja que a tecnologia
quando usada em demasia
deixa o cara viciado
Seu juízo fica lento
fica lento e eu acrescento
olhe lá, tome cuidado.

Tem muito escrevinhador
louvando o computador.
Faz dele sua cachaça
e quando isso acontece
a poesia é que padece,
a rima fica sem graça

A moçada se submete
passivamente a internet
sei la que amores vivendo
Lua, seresta e violão,
beijos, abraços, mão na mão...
Não sabe o que esta perdendo

Nesse andar da carruagem
essa falta de coragem
prevê uma calamidade
O homem tal qual um monge
olha as mulheres de longe
é o fim da natalidade

Com tantas pilhas de lata
de pneus, pets, sucatas
sujando o meio ambiente,
causando devastação,
A terra vira um lixão,
para castigo da gente.

E o celular tão freqüente?
atormenta muita gente
quem usa este acessório
nas caminhada, nos bares,
nos quartos hospitalares,
não respeita nem velório.

A sacolinha de plástico
é um invento fantástico
do tal progresso que avança
De compras vem carregada
e  ainda serve a danada
pra sufocar criança.

Você que tanto desdenha
comida de fogão a lenha
eu preciso adverti-lo:
Peça a Deus que o ajude
pra não perder a saúde
comendo comida a quilo

Se alguém encomenda um grude
na entrega dos fast-food
o que vem eu já adivinho
É gordurento e pastoso
parece até que é gostoso
mas é veneno a caminho

Nas lutas pela audiência
numas tevês a aparência
choca quem vê e escuta
Vale tudo pro sucesso
o homem peca em excesso
ate mulher se disputa

Musica hoje é entulho
não tem letra é só barulho
quem manda é a propaganda
Quedê Paulinho da Viola
Noel, Caymmi, Cartola,
Chico Buarque de Holanda?

Onde esta o som brejeiro
do cavaquinho, pandeiro
samba de fundo de quintal?
Do forró, samba de breque,
do chorinho bem moleque?
Esta em fase terminal

Muito cantor estrangeiro
vem aqui só por dinheiro
e a turma aplaude e idolatra
E o que mais o povo engana
é a musica americana.
Só salva o Franck Sinatra..

Finalizo a artilharia
louvo a boa companhia
de Ulisses, Lulu, Josenir
Ao Edesio agradeço
sua ajuda não tem preço.
Não me deixou desistir

Esse é meu canto de guerra
Meu cordel aqui se encerra
já falei muito e demais
Gente do Crato e Juazeiro
e ao bom povo brasileiro
o  abraço de Minas Gerais.

José Mauro da Costa
Professor de Literatura, escritor, poeta e membro da Academia de Cordelistas do Crato. 
É o idealizador e mentor do Projeto Livro de Graça na Praça, evento anual realizado em 11 de setembro em Belo Horizonte.


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