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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

PARABENS...

pelo dia de hoje!

HÉEIIMM????

Há o que comemorar?
A enorme distancia entre os avanços tecnológicos e o acesso aos serviços básicos faz com que o profissional médico do sistema publico se torna equizofrenico, lidando com a diferença entre o que sabe e saberia fazer e aquilo que pode fazer , o que o sistema lhe permite ou oferece.
O usuário - note que não falo mais paciente, pois não são passivos em nada há tempos, queixa-se de que o profissional não salva vidas condenadas, como se médico fôsse algum tipo de divindade, com poderes sobrenaturais e não apenas um ser humano que domina uma técnica, de conhecimentos vastíssimos e aplicabilidade limitada, onde o próprio usuário perdeu a noção do cuidar de si, usa e abusa do que lhe é prejudicial e espera ou deseja que apesar de todo o sal, das comidas inadequadas, da falta de regras e disciplinas para a saúde,exposições a riscos, do uso irregular e/ou errado da medicação prescrita, porque a "vizinha falou que o remédio era forte, então diminui a dose do antibiótico", ao chegar a um " serviço de saúde" esta se restabeleça num passe mágico do doutor, com um RX - epa, chapa não contenta mais, agora exigem tomografias ou ressonância magnética, como se o nome pomposo, ou o elevado custo do exame fose fazer o milagre de curar - e algumas vezes faz; quantas vezes imediatamente após a realização do exame o otário - oops - o usuário relata terem desaparecido os sintomas. Queixam-se de que o médico "nem põe a mão" mas não aceitam um diagnóstico baseado em evidências clínicas.
Aliás, quem soube daquela vez que Jesus, o próprio, apiedado de toda aquela gente nas filas do SUS resolveu voltar à Terra para dar uma ajudinha. Vestiu-se de branco e foi atender naquela urgência, no Rio de Janeiro, onde o que menos se vê são urgências médicas, mas procura enorme para resolução urgente dos seus auto-mau-tratos. Bem o dr Jesus chegou, procurou uma mesinha e chamou o primeiro: Cego, surdo, mudo e paralítico. Então, como costumava fazer na Palestina, mandou que os ouvidos se abrissem, que os olhos voltassem a ver, que a língua se soltasse e o paciente voltou a ouvir, ver e falar. Por último, deu a ordem - "levanta e anda". e o usuário saiu da sala andando, curado de todos os seus males ( inclusive as causas físicas). A turma que aguardava sua vez, perguntou " Que tal esse doutor hippie barbudo, é bom?" Ao que o usuário responde " Que nada, uma MERDA igual aos outros: nem me pediu nenhuma chapa, nem me botou a mão"
FELIZ DIA DOS MÉDICOS !
Eu, a algum tempo perdi o amor pela profissão, então, sentindo-me violentada, parei. Mas dedico a voces, rosas: bela aparencia, um perfume delicioso e todos os espinhos que carregam

4 comentários:

São disse...

Para toda a classe médica, especialmente para quem faz da profissão um modo sincero e competente de lidar com quem está doente, os meus parabéns.

Para si, querida amiga, um abraço apertado e duplo.

samuel disse...

O meu actual ar "esportivo" (dentro do género com ligeiro peso a mais...) depois de três bypass coronários, obriga-me a "tirar o chapéu"... pelo menos aos meus médicos. :-)

Abreijos.

O Árabe disse...

Gostei da historinha. :) Mas, pessoalmente, tenho grande respeito pelos (bons) médicos. :) Bom fim de semana, amiga!

O Árabe disse...

Tudo bem com você, amiga? Boa semana, fica bem!

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