Mania essa de balanços no fim de ano. Tá, data arbitrária, mas alguma data deveria ser criada para permitir recomeços, criar novas esperanças, para determinar algum momento específico para "lavar roupa suja", para lembrar a todos a necessidade de novos e melhores propósitos. Dá para perceber que são argumentos para auto convencimento da importancia de mais este dia onde as pessoas enlouquecem, fazem o que podem e não podem para comemorar a vontade de ser feliz sem saber como.
Bem, o fato é que fora a questão contábil, não consigo mesmo...Pééééra aí! Afinal, receber amigos, encontrar a familiaquepodevir é bãodimaisss, daí a passagem de ano pode ser sim mais alguma coisa a festejar, ao festejar a propria Vida e o Amor. A questão é que sou uma gulosa. De tudo. Eternamente insatisfeita por não poder trer de tudo. Casa cheia, ainda por aumentar e cá estou com dor de cotovelo, porque alguns não podem vir porque...fizeram outras escolhas.
Mas balancei bem este ano. Tanto no sentido de ter constantemente avaliado minhas atitudes, em busca de aprimoramento, quanto no sentido de ir p'rá lá e p'ra cá, sem permanecer centrada. Mas tambem, desde quando eu seria capaz de "centrar-me"? Porque não gosto mesmo, adoro este ir e vir. pensando bem, melhor sem o balanço, mas essa metáfora é boa. Vamos rápido e alto, com a sensação de liberdade e de repente a estrutura, o balanço, faz voltar tudo, passar pelo começo, ir ao outro extremo e novamente a ilusão de seguir em vôo. Presa aos cabos que contituem meus medos, inseguranças, condicionamentos.
Ano vitorios, onde extrai de mim mais uma vitoria sobre mim mesma. Muitas, na verdade, mesmo com os retrocessos, vou cada vez mais alto, mais longe. Qualquer dia...
na verdade estou tão... que nem vontade de procurar nas minhas fotos uma para pôr aqui...Mas é que a maior vitoria do ano me cheira a derrota. Consegui ! UM ano desde o dia 24, com minha mãe. Que faz o contraponto para não deixar que nada fique muito bom, mas tambem tenho conseguido impedir que ela estrague completamente as coisas, qualquer coisa. "Luta renhida" comigo mesma, pois ela semeia discordia e tudo de ruim nem sente, ela não sente nada, nunca.
Mas hoje, quando mais uma vez fui puxar conversa, confraternizar, pergunto "a até que este ano não foi ruim, né? Ao que ela respondeu -" é, das coisas que eu aprendi, eu tive 4 filhos porque não pude evitar, hoje eu não teria nenhum" Bem, manos, agora estamos juntos hehehe até tu, maestro; antes toda a vida ela só lamentava não ter tido dinheiro para ME "tirar".
Não estou mais sòzinha no pacote hshshshshs. (tal como hiena)
MOSTRANDO
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
"FELIZ NATAL "
Eu hoje estou com uns pensamentos estranhos, não sei se é esta necessidade imperiosa de, anualmente, submeter-me a regras das quais discordo ideológicamente e existencialmente. Há anos venho dialogando com outros e comigo, ás vezes diálogo contencioso, outras até harmonioso, mas esta contradição acaba por prejudicar alguns aspectos do meu existir.
De festa de encontros e solidariedade, transformou-se no maior momento do capitalismo, acentuando exclusões, promovendo violência de todos os tipos. Quem quer que seja homenageado nesta data deve-se sentir muito triste, sempre, ano após ano, com alguns lampejos de alegrias, sim.
As divisões nas famílias acentuam-se - vamos almoçar com os sogros ? com os pai ? ( E com amigos nem pensar). Então inventa-se uma ceia de véspera ( e aí, coitado do peru) para minimizar. Daí as familias enfrentam muitas vezes grandes distancias para atender a todas as solicitações emocionais e sociais deste feriado/comemoração. Risco de acidentes aumentado e efetivado. Choro porque Xis não veio... Brigas e caras feias porque Ypsilone veio! Ressentimento porque Zê foi embora mais cedo. Chantagens emocionais de todos os tipos. Por isso que as emergências hospitalares enchem nesta comemoração. Quantas histórias ouvi. Ah! E o alcool ! E a culpa ! E o presente comprado quando já se está de *+§+**&%, que não agrada mesmo, Ou que ganha acha isso. E aquele parente que ,ano após ano, não consegue descobrir que presente agrada. NÃO ! Tentei educar meus filhos minimizando a importancia desta festa. Até por que frequentemente por necessidades $$$$$ eu precisava trabalhar nestes dias. Quando não coincidia com o dia obrigatório, aproveitava para ganhar um extra, com o qual pagava as mensalidades de escola atrasadas ...programado.
Divaguei, como introdução aos meus pensamentos estranhos. O que me ocorria quando comecei a escrever aqui não tinha nada a ver com isso, quase, apenas que eu estava pensando (com um amigo no FB) sobre datas de nascimento dos meus filhos, outra comemoração, esta óbvia, quando me ocorreu que alguns deles deveriam ter comemorada comigo tambem a outra data, aquela em que chegaram, prèviamente nascidos e alguns já um pouco crescidos. Aí, siga a linha do pensamento, ocorreu-me que não marquei estas datas, ´porque foram períodos de transição, uma gravidez diferente. Então, como fazer ? Escolher uma data arbitraria? Criar uma comemoração. Aí o pensamento chegou no Natal. Quem disse que foi em 25 de dezembro que O Cara nasceu? Por que não crio a minha festa da Harmonia e Solidariedade e deixo todos livres nesta data natalina? Mas eu falo isso sempre para todos eles, mas o poder invisível dos costumes sociais é mais forte e faz com que alguns filhos vão pegar quase 200km de estrada no 24, volta no 25 para almoço em outra casa...Isso não é festa, é? Parece competição. Uau! O Rallye do Natal
Bem, eu adoro estrada, mas pelo que conheço, os que farão isto não gostam tanto assim.
Pensando bem...
! quem não tem foto do peru bota a galinha d'angola !
.
De festa de encontros e solidariedade, transformou-se no maior momento do capitalismo, acentuando exclusões, promovendo violência de todos os tipos. Quem quer que seja homenageado nesta data deve-se sentir muito triste, sempre, ano após ano, com alguns lampejos de alegrias, sim.
As divisões nas famílias acentuam-se - vamos almoçar com os sogros ? com os pai ? ( E com amigos nem pensar). Então inventa-se uma ceia de véspera ( e aí, coitado do peru) para minimizar. Daí as familias enfrentam muitas vezes grandes distancias para atender a todas as solicitações emocionais e sociais deste feriado/comemoração. Risco de acidentes aumentado e efetivado. Choro porque Xis não veio... Brigas e caras feias porque Ypsilone veio! Ressentimento porque Zê foi embora mais cedo. Chantagens emocionais de todos os tipos. Por isso que as emergências hospitalares enchem nesta comemoração. Quantas histórias ouvi. Ah! E o alcool ! E a culpa ! E o presente comprado quando já se está de *+§+**&%, que não agrada mesmo, Ou que ganha acha isso. E aquele parente que ,ano após ano, não consegue descobrir que presente agrada. NÃO ! Tentei educar meus filhos minimizando a importancia desta festa. Até por que frequentemente por necessidades $$$$$ eu precisava trabalhar nestes dias. Quando não coincidia com o dia obrigatório, aproveitava para ganhar um extra, com o qual pagava as mensalidades de escola atrasadas ...programado.
Divaguei, como introdução aos meus pensamentos estranhos. O que me ocorria quando comecei a escrever aqui não tinha nada a ver com isso, quase, apenas que eu estava pensando (com um amigo no FB) sobre datas de nascimento dos meus filhos, outra comemoração, esta óbvia, quando me ocorreu que alguns deles deveriam ter comemorada comigo tambem a outra data, aquela em que chegaram, prèviamente nascidos e alguns já um pouco crescidos. Aí, siga a linha do pensamento, ocorreu-me que não marquei estas datas, ´porque foram períodos de transição, uma gravidez diferente. Então, como fazer ? Escolher uma data arbitraria? Criar uma comemoração. Aí o pensamento chegou no Natal. Quem disse que foi em 25 de dezembro que O Cara nasceu? Por que não crio a minha festa da Harmonia e Solidariedade e deixo todos livres nesta data natalina? Mas eu falo isso sempre para todos eles, mas o poder invisível dos costumes sociais é mais forte e faz com que alguns filhos vão pegar quase 200km de estrada no 24, volta no 25 para almoço em outra casa...Isso não é festa, é? Parece competição. Uau! O Rallye do Natal
Bem, eu adoro estrada, mas pelo que conheço, os que farão isto não gostam tanto assim.
Pensando bem...
! quem não tem foto do peru bota a galinha d'angola !
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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Quinze dias se passaram...
...e eu estive totalmente afastada daqui. Um mes eu já vinha pouco, raramente, ràpidamente dar uma espiada no que andam fazendo os amigos, algumas vezes até "comentei", ou "compartilhei", a moda do FB mas estive muito tempo nas rodovias e estradas. Fazendo o de sempre, com as modificações que surgem aqui ou ali, lá ou acolá. Pode ser a escolha dos percursos intermediários, a cada vez conheço dois ou tres outros lugares - cidades, distritos, paisagens - diferentes, e ainda há por conhecer ou pode ser por mudança de atitudes - interiores ou exteriores. Passei a dar carona em certos trechos. Acreditar que são ou estudantes, ou moradores de áreas rurais indo e vindo para a Cidade, conforme tenho encontrado. Risco ?
Mas qual o risco das imensas pegadas ecológicas que deixo a cada movimento extenso em meu carro vazio, para todos do planeta ? Quantas árvores tenho que plantar/cuidar, para compensação dos rios de diesel que uso para encontrar meus filhos e netos, para cumprir parte das minhas funções no planeta ? Existem cálculos, eu que não tive coragem de consultar...Onde encontraria terra e tempo para tanta árvore? E tempo é dinheiro, custa dinheiro.Terra então !
Estive no Sul de Minas - Vale do Matutu, Aiuruoca - uma vez
Estive na Zona da Mata - Coimbra, Viçosa, Muriaé, Ervália - mais de uma vez, na serra do Brigadeiro.
Estive na Região Serrana do Estado do Rio - Santa Maria Madalena, São Sebastião do Alto, Visconde de Imbé, Trajano de Moraes, Teresópolis, Petrópolis, mais de uma vez em um mes.
Fui à praia, em Cabo Frio e Buzios muitas vezes no mes , muitas praias.
Estive mais de uma vez no vale por onde passa o Rio Paraiba do Sul - em Itaocara , Campos, Tres Rios, Paraiba do Sul e estive em Vales de tantos outros rios e afluentes que tenho pesquisado e que pesquisar: Muriaé, Itaperuna, Italva, Cardoso Moreira, Itaocara, Santo Antonio de Pádua, Miracema, Lages do Muriaé, Conceição de Macabu, Triunfo.
Macaé tem serra, tem área rural grande e tem praias, e em Casimiro de Abreu tambem. Da serra ao mar. A cidade e a roça. Na verdade pouca roça, muito pasto. O bife vosso de cada dia. E restam ainda muitas a visitar, muitas pontes a atravessar...
Por isso as vezes não apareço por aqui, mas muitas vezes estou por aí mesmo, nas outras partes do sítio, dizendo do que vi, do que gostei, do que aprendi..
( a foto : não é das melhores, mas é para dizer que ainda fui à Sana, a passeio, levando minha filha quase caçula e o namorado e quase a força - minha mãe, que depois ficou contente por ter ido - não saiu do carro e eu menos solidária do que temerosa/responsável, não fui à nenhuma cachoeira, limitando-me a passear no entorno do parque de estacionamento enquanto aguardava a volta dos jovens )
PS: Este texto foi da semana passada, quarta feira, mas esqueci de clicar o "publicar' e ficou no rascunho. Mas a máquina que uso está tãããão lenta, que levanto, cuido de coisas, volto, clico, saio de novo, aí acontecem coisas assim.
Mas qual o risco das imensas pegadas ecológicas que deixo a cada movimento extenso em meu carro vazio, para todos do planeta ? Quantas árvores tenho que plantar/cuidar, para compensação dos rios de diesel que uso para encontrar meus filhos e netos, para cumprir parte das minhas funções no planeta ? Existem cálculos, eu que não tive coragem de consultar...Onde encontraria terra e tempo para tanta árvore? E tempo é dinheiro, custa dinheiro.Terra então !
Estive no Sul de Minas - Vale do Matutu, Aiuruoca - uma vez
Estive na Zona da Mata - Coimbra, Viçosa, Muriaé, Ervália - mais de uma vez, na serra do Brigadeiro.
Estive na Região Serrana do Estado do Rio - Santa Maria Madalena, São Sebastião do Alto, Visconde de Imbé, Trajano de Moraes, Teresópolis, Petrópolis, mais de uma vez em um mes.
Fui à praia, em Cabo Frio e Buzios muitas vezes no mes , muitas praias.
Estive mais de uma vez no vale por onde passa o Rio Paraiba do Sul - em Itaocara , Campos, Tres Rios, Paraiba do Sul e estive em Vales de tantos outros rios e afluentes que tenho pesquisado e que pesquisar: Muriaé, Itaperuna, Italva, Cardoso Moreira, Itaocara, Santo Antonio de Pádua, Miracema, Lages do Muriaé, Conceição de Macabu, Triunfo.
Macaé tem serra, tem área rural grande e tem praias, e em Casimiro de Abreu tambem. Da serra ao mar. A cidade e a roça. Na verdade pouca roça, muito pasto. O bife vosso de cada dia. E restam ainda muitas a visitar, muitas pontes a atravessar...
Por isso as vezes não apareço por aqui, mas muitas vezes estou por aí mesmo, nas outras partes do sítio, dizendo do que vi, do que gostei, do que aprendi..
( a foto : não é das melhores, mas é para dizer que ainda fui à Sana, a passeio, levando minha filha quase caçula e o namorado e quase a força - minha mãe, que depois ficou contente por ter ido - não saiu do carro e eu menos solidária do que temerosa/responsável, não fui à nenhuma cachoeira, limitando-me a passear no entorno do parque de estacionamento enquanto aguardava a volta dos jovens )
PS: Este texto foi da semana passada, quarta feira, mas esqueci de clicar o "publicar' e ficou no rascunho. Mas a máquina que uso está tãããão lenta, que levanto, cuido de coisas, volto, clico, saio de novo, aí acontecem coisas assim.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Olha o que descobri : um livro chamado " Em ouro cru"
Uau! É ouro puro !
"GUERREIROS
Somos guerreiros
Vindos de outras eras
Mas nem por dentro
De todos os tempos
Vencemos
As nossas guerras."
São Banza
"Em Ouro Crú" que abre com o poema acima publicado.
"GUERREIROS
Somos guerreiros
Vindos de outras eras
Mas nem por dentro
De todos os tempos
Vencemos
As nossas guerras."
São Banza
"Em Ouro Crú" que abre com o poema acima publicado.
sábado, 18 de dezembro de 2010
Falta de tempo é desculpa para falta do que dizer ?
A vida continua a mesma. As lutas, suavizadas, também. Idem pelas bandeiras que carrego; embora tente insistentemente guardá-las, volta e meia um vento de opinião burra dominante me põe a campo combatendo gigantes em moinhos que tentam me fazer acreditar serem imaginários. Mas não sei se a experiência de vida acumulada aponta para a inutilidade de tais lutas - o pensamento maduro do qual sempre tive medo - meu treinado raciocínio cogitativo pesa, avalia e diz : recolha-se, é inutil, a estupidez impera.Imaginária é a perspectiva de mudança real de uma espécie que ainda não se situou no mundo e é a maior predadora, para produção de coisas (in)úteis para o dia-a-dia que seguramente não fizeram pessoas mais felizes ou tranquilas ou...
Os monstros não são imaginários, o que não existe é a perspectiva de vitoria nessas lutas.
É hora de mudar.
(foto : eu fui à praia hoje, estava assim. Eu, deitada longe da água, repetinamente tive todas as minhas coisas molhadas junto comigo, lambidas por uma onda muito mais atrevida que as outras )
.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
DOIS :
Só não assino em baixo porque até gosto de musica sertaneja. Não toda, mas...
A outra, recebi em mensagem há anos atras e nunca consegui encontrar para postar quando acontecem coisas que merecem certa reflexão e de repente, lá está, na TRILHA, do Tuco Egg, trilha esta que recomendo aos que ainda não conhecem.Percorram, vale super a pena. Aliás, lá hoje que encontrei amigos que me lembraram do Chico Cesar.
Aproveitem.
.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
nem assim, nem assado, muito pelo contrario...
Desabafando hoje no FB, resolvi escrever mais, inserir frases e aí o espaço mais pertinente passou a ser aqui.
Novamente de "plantão" na casa de um filho aguardando a entrega de um produto que ele comprou e FICARAM DE ENTREGAR NA SEGUNDA FEIRA. Na próxima encarnação quero nascer em um lugar onde se respeitem prazos combinados, onde os horários marcados sejam de verdade. Fico de "S... CHEIO" de coisas assim. Ou então deverei ser... advogada e processar toda essa falta de respeito.
Pensam o que?
Sabem: impunidade. Não é só traficante e bandido que prejudicam os " cidadãos"
Essas "entregas" que habitualmente não são entregues na data combinada causam IMENSOS prejuizos à população. Pelo menos para mim, por diversas vezes. Casas Bahia é mestre nisso. Mas não o caso. Aqui é da Americana virtual.
Coisa boa, enquanto espero, tenho um lugar de terra aqui para cuidar, pastar, já que me sinto um ASNO submetendo-me a arrogância do sistema capitalista, sociedade de exploração, consumismo desenfreado, sem outras opções para mercado. Mas não para viver.
Porque é para um filho, se fosse meu, dia seguinte eu teria cancelado. Mas mesmo ele, ontem, ao chegar do treppalium disse que hoje ligará para o cancelamento. Não quero rir, pois isso não é motivo para rir: da desgraça alheia. Alguém já tentou cancelar uma compra com essas firmas imensas? Sabe o trabalho que dá? É para desistir.E esperar. E ser prejudicado conforme as forças do sistema determinam.
O terreno ao lado da casa estava com o mato da minha altura - o que para mim é muito alto, cobrindo as mudas de fruteiras plantadas ao longo do ano. Com minhas ferramentas que me acompanham no quartomóvel, comecei a urbanizar o espaço, fazer canteiros, caminhos, criar um Jardim-sem-Flores, pois o dono da casa - meu filho - pasmem, odeia flores. Diz que só têm valor quando intermediarias de frutos comestíveis. Portanto divirto-me a criar um espaço conceitual (hshshs) com entulhos das obras, sobras de areia, pedra, barro, fruteiras altas, frutas rasteiras, formando caminhos, recantos, que em breve, brotado, publicarei por aqui.
Calma, respira, relaxa. Se não se pode fazer nada, fazer o que?
A flor lilás, ele vai ter que aceitar. é nativa, um cipózinho que cresce envolvendo tudo. assim como outras flores que vejo pela região, em terrenos baldios.
O terreno, assim após o terceiro dia, quando todo o mato alto foi retirado e o baixo esta sendo catalogado, pesquisado e organizado. Em reservas, no jardim e em fotos.
Novamente de "plantão" na casa de um filho aguardando a entrega de um produto que ele comprou e FICARAM DE ENTREGAR NA SEGUNDA FEIRA. Na próxima encarnação quero nascer em um lugar onde se respeitem prazos combinados, onde os horários marcados sejam de verdade. Fico de "S... CHEIO" de coisas assim. Ou então deverei ser... advogada e processar toda essa falta de respeito.
Pensam o que?
Sabem: impunidade. Não é só traficante e bandido que prejudicam os " cidadãos"
Essas "entregas" que habitualmente não são entregues na data combinada causam IMENSOS prejuizos à população. Pelo menos para mim, por diversas vezes. Casas Bahia é mestre nisso. Mas não o caso. Aqui é da Americana virtual.
Coisa boa, enquanto espero, tenho um lugar de terra aqui para cuidar, pastar, já que me sinto um ASNO submetendo-me a arrogância do sistema capitalista, sociedade de exploração, consumismo desenfreado, sem outras opções para mercado. Mas não para viver.
Porque é para um filho, se fosse meu, dia seguinte eu teria cancelado. Mas mesmo ele, ontem, ao chegar do treppalium disse que hoje ligará para o cancelamento. Não quero rir, pois isso não é motivo para rir: da desgraça alheia. Alguém já tentou cancelar uma compra com essas firmas imensas? Sabe o trabalho que dá? É para desistir.E esperar. E ser prejudicado conforme as forças do sistema determinam.
O terreno ao lado da casa estava com o mato da minha altura - o que para mim é muito alto, cobrindo as mudas de fruteiras plantadas ao longo do ano. Com minhas ferramentas que me acompanham no quartomóvel, comecei a urbanizar o espaço, fazer canteiros, caminhos, criar um Jardim-sem-Flores, pois o dono da casa - meu filho - pasmem, odeia flores. Diz que só têm valor quando intermediarias de frutos comestíveis. Portanto divirto-me a criar um espaço conceitual (hshshs) com entulhos das obras, sobras de areia, pedra, barro, fruteiras altas, frutas rasteiras, formando caminhos, recantos, que em breve, brotado, publicarei por aqui.
Calma, respira, relaxa. Se não se pode fazer nada, fazer o que?
A flor lilás, ele vai ter que aceitar. é nativa, um cipózinho que cresce envolvendo tudo. assim como outras flores que vejo pela região, em terrenos baldios.
O terreno, assim após o terceiro dia, quando todo o mato alto foi retirado e o baixo esta sendo catalogado, pesquisado e organizado. Em reservas, no jardim e em fotos.
sábado, 27 de novembro de 2010
PAZ
" PAZ , é óbvio, mas não posso deixar de refletir sobre coisas que tenho lido nesta rede, onde as propostas são mais de vingança do que de justiça, vejo mais pedidos de extermínio de uma pequena parcela da humanidade, do que de inclusão daquela outra parcela de desesperados. PAZ está implicada no AMOR Incondicional. Jamais será obtida, verdadeiramente, pela violência."
Tinha dito a mim mesma que não iria abordar este tema. Como voces, amigas(os) sabem, não costumo falar de acontecimentos que estão exaustivamente ocupando nossos espaços mentais. Até porque, e principalmente, minhas opiniões divergem bastante das da maioria ou das das maiorias, e isto acaba criando um estado mental de animosidade, que sempre é desconfortável. Daí que as pessoas amigas que sabem de mim, é porque descobriram andando por aí, o que penso, e montaram a imagem que reconhecem .
Mas acontece que me deixei seduzir pela tagarelice dessas redes e cada vez me envolvo mais em divergências.
Um pouco antes de escrever este comentario ao post de uma amigaderedequeconheçopouconareal que pedia que compartilhássemos um banner sobre paz para o Rio,eu havia deixado escrito algo que tem me acompanhado insistentemente estes dias de guerra aqui ; a lembrança do ataque frustrado a bomba ao Riocentro em 1981.
Estou em Cabo Frio, onde alguns carros foram queimados nas ruas. O Rio de Janeiro, onde moram filhos faz parte do quintal da minha casa, lugar onde tenho que passar regularmente. Embora aposentada do trabalho, por tempo de serviço e idade mínima, não me animei a continuar a trabalhar, por extremo esgotamento que atingiu uma indistinção de um quadro de doença. Mas temos que cuidar. Das cidades e lógicamente das pessoas que ali vivem. E os moradores do Rio não são apenas as elites que agora tremem de medo em suas fortificações.
Os que se dizem bons, aprisionados, defendendo-se d... fiquei sem a palavra : povo? pobres? populacho?Isso era uma espécie de piada há 20 anos atrás. Uma advertência, que fazia rir. Ah! Não! Dos traficantes.
E pede-se Paz, mas não se quer compartilhar direitos, ou comida. Ou Amor. Pede-se Paz, enquanto os dentes rangem sedentos pelo sangue do "bandido". Do "elemento". Pedem para excluir-se definitivamente da sociedade aquelas pessoas que sobrevivem do comércio dos produtos que essa mesma elite usa para animar suas festas. "Ah! Mas lá nas comunidades tem muitos trabalhadores disponíveis. vamos eliminar estes que trazem perigo."
É ! Eu não sou normal, mesmo. Mas por que o ataque ao Riocentro não me sai do pensamento?
Tinha dito a mim mesma que não iria abordar este tema. Como voces, amigas(os) sabem, não costumo falar de acontecimentos que estão exaustivamente ocupando nossos espaços mentais. Até porque, e principalmente, minhas opiniões divergem bastante das da maioria ou das das maiorias, e isto acaba criando um estado mental de animosidade, que sempre é desconfortável. Daí que as pessoas amigas que sabem de mim, é porque descobriram andando por aí, o que penso, e montaram a imagem que reconhecem .
Mas acontece que me deixei seduzir pela tagarelice dessas redes e cada vez me envolvo mais em divergências.
Um pouco antes de escrever este comentario ao post de uma amigaderedequeconheçopouconareal que pedia que compartilhássemos um banner sobre paz para o Rio,eu havia deixado escrito algo que tem me acompanhado insistentemente estes dias de guerra aqui ; a lembrança do ataque frustrado a bomba ao Riocentro em 1981.
Estou em Cabo Frio, onde alguns carros foram queimados nas ruas. O Rio de Janeiro, onde moram filhos faz parte do quintal da minha casa, lugar onde tenho que passar regularmente. Embora aposentada do trabalho, por tempo de serviço e idade mínima, não me animei a continuar a trabalhar, por extremo esgotamento que atingiu uma indistinção de um quadro de doença. Mas temos que cuidar. Das cidades e lógicamente das pessoas que ali vivem. E os moradores do Rio não são apenas as elites que agora tremem de medo em suas fortificações.
Os que se dizem bons, aprisionados, defendendo-se d... fiquei sem a palavra : povo? pobres? populacho?Isso era uma espécie de piada há 20 anos atrás. Uma advertência, que fazia rir. Ah! Não! Dos traficantes.
E pede-se Paz, mas não se quer compartilhar direitos, ou comida. Ou Amor. Pede-se Paz, enquanto os dentes rangem sedentos pelo sangue do "bandido". Do "elemento". Pedem para excluir-se definitivamente da sociedade aquelas pessoas que sobrevivem do comércio dos produtos que essa mesma elite usa para animar suas festas. "Ah! Mas lá nas comunidades tem muitos trabalhadores disponíveis. vamos eliminar estes que trazem perigo."
É ! Eu não sou normal, mesmo. Mas por que o ataque ao Riocentro não me sai do pensamento?
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Parcialmente requentada
Vendo agora no jornalglobal regional uma reportagem sobre a cheia do rio Muriaé em Cardoso Moreira, município do noroeste do estado, a quantidade de casas definitivamente interditadas pela cheia do rio, (anuais) a quantidade de pessoas desalojadas e vivendo em aluguel social, em lugares que tenho passado frequentemente e que tem me induzido à reflexões e que no início do ano inspirou-me um texto que não escrevera, porque ainda não havia parado para fazer a foto ideal, mas que agora escrevo aqui. No momento, com fotos que fiz em algum dia desses do local a que me refiro, sem sequer parar o carro, talvez no mesmo dia do texto, ou uma semana antes ou depois, que está longe de ser a foto que eu quero, que dê uma ideia real do que digo.
A VÁRZEA E O RIO
Era uma vez um lindo e forte Rio, que descia vigoroso e tranquilo pelas vertentes suaves das montanhas. Com as chuvas, anualmente, crescia mais e mais em volume com as águas recebidas, que haviam sido despejadas sobre as serras e o Rio, orgulhoso, esparramava-se em suas margens, em suas várzeas. E isso diluia a violência do volume que o Rio adquiria, e fazia das várzeas, Vargem Alegre, Vargem Alta, Várzea de São-qualquer-tantos que existem por ali., todas, sem exceção, várzeas alegres com a fecundidade das terras renovada pelo Rio. Mas o Homem, essa praga que precisa sempre mais, cada vez mais, que cresce e multiplica-se irresponsàvelmente a mando de sei lá... viu tudo que aquela Terra fecundada da Várzea produzia e se apossou dela. E construiu moradias e fez plantações, ou pastos e tudo crescia muito, produzia muito e enriquecia o homem, que ainda sabia conviver com as cheias do Rio. Mas a riqueza vai deixando o Homem cada vez mais confuso. Ele perde a noção. Não mais vê grande, vê apenas o dinheiro de hoje e amanhã, então, pensando em ganhar mais, vender mais, constrói estradas para escoar a produção. Que acompanham o Rio, paralelas, evitando grandes meandros, mas que constitui-se em uma muralha entre o Rio e sua amada Várzea. Tres, quatro metros de altura. Dois em alguns lugares, mas sempre lá, elevada, a muralha. A Estrada. E o Rio fortalecido pelas águas que caem nas Serras, não mais pode descansar em sua Várzea. Desce veloz, feroz, pelo leito em que está confinado, enfurecido pela paixão frustrada e segue, invadindo e tentando destruir a Cidade dos Homens, daqueles que o afastaram de sua amada, que lá está, enfraquecida pela perda de seu querido, e passa , não mais fecunda , adoecida, a precisar dos remédios dos homens para continuar produzindo a riqueza que eles continuam a perseguir sem perceber que deixaram passar, perderam.
.
Considerações ou devaneios?
As coisas que queria escrever me levaram a buscar nos meus arquivos esta foto e ao trazer e ficar olhando a foto, outras coisas me vem à mente. (passado historia futuro mudanças conservadorismo inovação tecnologia)
Como outras pessoas deste mundo daqui, noto um esvaziamento do que chamávamos blogosfera. Porque sairam ? Será apenas culpa do Facebook? Ou porque a maioria de nós que aqui viemos já dissemos, frenèticamente em curto tempo-em-anos o que tinhamos a dizer?
Como outras pessoas daqui fico questionando os motivos dos fluxos, das passagens, dos movimentos. Já sei quem virou amigo, sei quem me recebe e não gosta de mim, quem está só na social e quem está só no própio umbigo.Mas não sei por que cada um que partiu o fez; gostaria de poder saber.
Como outras pessoas daqui, não tenho mais muito a dizer, porque o movimento criativo das pessoas comuns esgota-se muito rápidamente ou está direcionado para as funções ditas "produtivas". Porque aqui já despejei todo meu lixo e todos os meus tesouros, só fico na expectativa do que mais posso aprender interagindo com tanta gente e principalmente, vendo como são legais as gentes que persistiram. Criando.
Mas eu continuo, mesmo sem méritos, mesmo sem nada de novo a dizer, repetindo-me tal como refeição requentada, porque não tenho nenhuma angustia nova e no entanto tambem não tenho nenhuma resposta para as perguntas velhas.Mas insisto, busco novos caminhos, nas estradas reais, convencionais e nas minhas andanças em geral.
Uma imagem mudou um pouco o rumo das coisas, me fez perder algum detalhe, me trouxe algum outro, quem sabe em que dia retorne, por outra imagem, em outra viagem, o que perdi agora.
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Como outras pessoas deste mundo daqui, noto um esvaziamento do que chamávamos blogosfera. Porque sairam ? Será apenas culpa do Facebook? Ou porque a maioria de nós que aqui viemos já dissemos, frenèticamente em curto tempo-em-anos o que tinhamos a dizer?
Como outras pessoas daqui fico questionando os motivos dos fluxos, das passagens, dos movimentos. Já sei quem virou amigo, sei quem me recebe e não gosta de mim, quem está só na social e quem está só no própio umbigo.Mas não sei por que cada um que partiu o fez; gostaria de poder saber.
Como outras pessoas daqui, não tenho mais muito a dizer, porque o movimento criativo das pessoas comuns esgota-se muito rápidamente ou está direcionado para as funções ditas "produtivas". Porque aqui já despejei todo meu lixo e todos os meus tesouros, só fico na expectativa do que mais posso aprender interagindo com tanta gente e principalmente, vendo como são legais as gentes que persistiram. Criando.
Mas eu continuo, mesmo sem méritos, mesmo sem nada de novo a dizer, repetindo-me tal como refeição requentada, porque não tenho nenhuma angustia nova e no entanto tambem não tenho nenhuma resposta para as perguntas velhas.Mas insisto, busco novos caminhos, nas estradas reais, convencionais e nas minhas andanças em geral.
Uma imagem mudou um pouco o rumo das coisas, me fez perder algum detalhe, me trouxe algum outro, quem sabe em que dia retorne, por outra imagem, em outra viagem, o que perdi agora.
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segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Mais coisas que vi e não gostei
Ainda num dia desses, um moço da terra, queria meu celular para denunciar o que disse ser pesca de sardinha durante o defeso. Não emprestei. Tive mêdo.
Logo depois, em Minas fiquei vendo alguem proteger nossos tomates das pragas. Héin? Proteção?
Há anos evito tomates apesar de adorar seus molhos ou saladas. É tão raro conseguir orgânico. Não farei outros comentarios. Todo mundo já sabe e mesmo assim...
Logo depois, em Minas fiquei vendo alguem proteger nossos tomates das pragas. Héin? Proteção?
Há anos evito tomates apesar de adorar seus molhos ou saladas. É tão raro conseguir orgânico. Não farei outros comentarios. Todo mundo já sabe e mesmo assim...
" Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia."
(José Saramago)
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sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Indagações
Algo tem me provocado a atenção nestas andanças... Ou diria viagens...Tanto ao longo das rodovias como nas pequenas estradas de terra por onde tenho passado, e especialmente observado nas zonas rurais e periferias das pequenas (e nem tanto) cidades do norte-noroeste fluminense como do nordeste de Minas, ...
... uma grande quantidade de casas arruinadas ou arruinando-se, abandonadas. Algumas, apenas choupanas, outras, uma boa parte do que vejo, casas compatíveis com nossa classe média. Recuperadas seriam muito melhores do que as que estou habituada a ver nas periferias. Muitas em meio a pastos ou plantações. Deixou-se de plantar? O campo mecanizado não demanda mais colonos-empregados, nem aceita meeiros? "Remédios" jogados aos campos mantem os pastos "limpos" e de resto, o fogo ocasional (ou sazonal) "cuida"? O que, qual ironia do sistema faz com que num país com imenso déficit de moradias encontre-se tantas casas vazias. Não vou falar de reforma agrária, dos sem-teto, nada, apenas da minha tristeza de ver isso, a desigualdade, a pobreza das casas que estão sem gente, e "morremdo" e as gentes sem casas, ou morrendo por causa de onde estão suas casas.
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... uma grande quantidade de casas arruinadas ou arruinando-se, abandonadas. Algumas, apenas choupanas, outras, uma boa parte do que vejo, casas compatíveis com nossa classe média. Recuperadas seriam muito melhores do que as que estou habituada a ver nas periferias. Muitas em meio a pastos ou plantações. Deixou-se de plantar? O campo mecanizado não demanda mais colonos-empregados, nem aceita meeiros? "Remédios" jogados aos campos mantem os pastos "limpos" e de resto, o fogo ocasional (ou sazonal) "cuida"? O que, qual ironia do sistema faz com que num país com imenso déficit de moradias encontre-se tantas casas vazias. Não vou falar de reforma agrária, dos sem-teto, nada, apenas da minha tristeza de ver isso, a desigualdade, a pobreza das casas que estão sem gente, e "morremdo" e as gentes sem casas, ou morrendo por causa de onde estão suas casas.
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sábado, 23 de outubro de 2010
Ando meio atrasada... Aderi à "CAMPANHA do PAULO BRABO" 10 dias para o fim do mundo
Do saite dele " A Bacia das Almas"
"10 dias para o fim do mundo
Posted: 19 Oct 2010 07:01 PM PDT
Faltam 10 dias para a eleição de 31 de outubro, ocasião em que ficará decidido se será o fascismo brasileiro ou o nosso comunismo que contribuirá para o agendado fim do mundo em 2012.Vista o seu candidato nA Bacia das Almas. Aqui no Monastério de São Brabo acreditamos que a anarquia é a única forma de governo, e que a liberdade de expressão termina onde começa a liberdade de pensamento. Em conformidade com essa convicção e com a admoestação profética do Ivan (“vocês anarquistas precisam se organizar”) o Monastério está lançando a campanha de conscientização Vista o seu candidato nA Bacia das Almas – 10 dias para o fim do mundo.
(para vestir o Serra agora mesmo, clique aqui. Para vestir a Dilma, clique aqui)
O que você pode fazer para participar?
1. Divulgue a campanha no seu sáite ou blog (o código para os banners está logo abaixo), por email, powerpoint ou qualquer outro meio ainda mais irritante. Como esta é uma guerra justa, vale até mesmo o uso de meios de divulgação moralmente dúbios como o twitter.
2. Imprima, recorte e monte o seu candidato ideológico. Vale canonizar e demonizar sem medo, visto que pastores, periódicos e blogueiros supostamente isentos fazem a mesma coisa (para vestir o Serra agora mesmo, clique aqui. Para vestir a Dilma, clique aqui).
3. Atormente seus amigos com a sua interpretação do candidato deles. Demonstre além de qualquer dúvida que nada é mais tendencioso do que uma opinião!
4. Tire uma foto de sua dupla ideológica de candidatos numa situação engraçada, criativa, impertinente ou ultrajante e mande para o Paulo Brabo no e-mail baciadasalmas@gmail.com até a meia-noite do dia 31. Todos os participantes (e não-participantes!) ganharão, sem sorteio, um país dividido. E algumas das fotos posso resolver mostrar aqui.
5. Divirta-se com seus candidatos sem nutrir a ilusão de estar fazendo qualquer diferença, precisamente como vai ser quando você votar no dia das eleições!
* * *
Para divulgar a campanha você pode apontar para a página principal da Bacia:
http://www.baciadasalmas.com
Ou para a página da campanha:
http://www.baciadasalmas.com/2010/10-dias-para-o-fim-do-mundo
Ou diretamente para as páginas dos candidatos:
http://www.baciadasalmas.com/2010/vista-o-candidato-jose-serra
http://www.baciadasalmas.com/2010/vista-o-candidato-dilma-roussef
Segue ainda o código html dos banners para você recortar e colar na barra lateral do seu blogue ou onde quiser no seu sáite:
O BANNER DA CAMPANHA:
PARA O BANNER “VISTA O SERRA”: BANNER “VISTA A DILMA "
"10 dias para o fim do mundo
Posted: 19 Oct 2010 07:01 PM PDT
Faltam 10 dias para a eleição de 31 de outubro, ocasião em que ficará decidido se será o fascismo brasileiro ou o nosso comunismo que contribuirá para o agendado fim do mundo em 2012.Vista o seu candidato nA Bacia das Almas. Aqui no Monastério de São Brabo acreditamos que a anarquia é a única forma de governo, e que a liberdade de expressão termina onde começa a liberdade de pensamento. Em conformidade com essa convicção e com a admoestação profética do Ivan (“vocês anarquistas precisam se organizar”) o Monastério está lançando a campanha de conscientização Vista o seu candidato nA Bacia das Almas – 10 dias para o fim do mundo.
(para vestir o Serra agora mesmo, clique aqui. Para vestir a Dilma, clique aqui)
O que você pode fazer para participar?
1. Divulgue a campanha no seu sáite ou blog (o código para os banners está logo abaixo), por email, powerpoint ou qualquer outro meio ainda mais irritante. Como esta é uma guerra justa, vale até mesmo o uso de meios de divulgação moralmente dúbios como o twitter.
2. Imprima, recorte e monte o seu candidato ideológico. Vale canonizar e demonizar sem medo, visto que pastores, periódicos e blogueiros supostamente isentos fazem a mesma coisa (para vestir o Serra agora mesmo, clique aqui. Para vestir a Dilma, clique aqui).
3. Atormente seus amigos com a sua interpretação do candidato deles. Demonstre além de qualquer dúvida que nada é mais tendencioso do que uma opinião!
4. Tire uma foto de sua dupla ideológica de candidatos numa situação engraçada, criativa, impertinente ou ultrajante e mande para o Paulo Brabo no e-mail baciadasalmas@gmail.com até a meia-noite do dia 31. Todos os participantes (e não-participantes!) ganharão, sem sorteio, um país dividido. E algumas das fotos posso resolver mostrar aqui.
5. Divirta-se com seus candidatos sem nutrir a ilusão de estar fazendo qualquer diferença, precisamente como vai ser quando você votar no dia das eleições!
* * *
Para divulgar a campanha você pode apontar para a página principal da Bacia:
http://www.baciadasalmas.com
Ou para a página da campanha:
http://www.baciadasalmas.com/2010/10-dias-para-o-fim-do-mundo
Ou diretamente para as páginas dos candidatos:
http://www.baciadasalmas.com/2010/vista-o-candidato-jose-serra
http://www.baciadasalmas.com/2010/vista-o-candidato-dilma-roussef
Segue ainda o código html dos banners para você recortar e colar na barra lateral do seu blogue ou onde quiser no seu sáite:
O BANNER DA CAMPANHA:
PARA O BANNER “VISTA O SERRA”: BANNER “VISTA A DILMA "
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
PARABENS...
pelo dia de hoje!
HÉEIIMM????
Há o que comemorar?
A enorme distancia entre os avanços tecnológicos e o acesso aos serviços básicos faz com que o profissional médico do sistema publico se torna equizofrenico, lidando com a diferença entre o que sabe e saberia fazer e aquilo que pode fazer , o que o sistema lhe permite ou oferece.
O usuário - note que não falo mais paciente, pois não são passivos em nada há tempos, queixa-se de que o profissional não salva vidas condenadas, como se médico fôsse algum tipo de divindade, com poderes sobrenaturais e não apenas um ser humano que domina uma técnica, de conhecimentos vastíssimos e aplicabilidade limitada, onde o próprio usuário perdeu a noção do cuidar de si, usa e abusa do que lhe é prejudicial e espera ou deseja que apesar de todo o sal, das comidas inadequadas, da falta de regras e disciplinas para a saúde,exposições a riscos, do uso irregular e/ou errado da medicação prescrita, porque a "vizinha falou que o remédio era forte, então diminui a dose do antibiótico", ao chegar a um " serviço de saúde" esta se restabeleça num passe mágico do doutor, com um RX - epa, chapa não contenta mais, agora exigem tomografias ou ressonância magnética, como se o nome pomposo, ou o elevado custo do exame fose fazer o milagre de curar - e algumas vezes faz; quantas vezes imediatamente após a realização do exame o otário - oops - o usuário relata terem desaparecido os sintomas. Queixam-se de que o médico "nem põe a mão" mas não aceitam um diagnóstico baseado em evidências clínicas.
Aliás, quem soube daquela vez que Jesus, o próprio, apiedado de toda aquela gente nas filas do SUS resolveu voltar à Terra para dar uma ajudinha. Vestiu-se de branco e foi atender naquela urgência, no Rio de Janeiro, onde o que menos se vê são urgências médicas, mas procura enorme para resolução urgente dos seus auto-mau-tratos. Bem o dr Jesus chegou, procurou uma mesinha e chamou o primeiro: Cego, surdo, mudo e paralítico. Então, como costumava fazer na Palestina, mandou que os ouvidos se abrissem, que os olhos voltassem a ver, que a língua se soltasse e o paciente voltou a ouvir, ver e falar. Por último, deu a ordem - "levanta e anda". e o usuário saiu da sala andando, curado de todos os seus males ( inclusive as causas físicas). A turma que aguardava sua vez, perguntou " Que tal esse doutor hippie barbudo, é bom?" Ao que o usuário responde " Que nada, uma MERDA igual aos outros: nem me pediu nenhuma chapa, nem me botou a mão"
FELIZ DIA DOS MÉDICOS !
Eu, a algum tempo perdi o amor pela profissão, então, sentindo-me violentada, parei. Mas dedico a voces, rosas: bela aparencia, um perfume delicioso e todos os espinhos que carregam
HÉEIIMM????
Há o que comemorar?
A enorme distancia entre os avanços tecnológicos e o acesso aos serviços básicos faz com que o profissional médico do sistema publico se torna equizofrenico, lidando com a diferença entre o que sabe e saberia fazer e aquilo que pode fazer , o que o sistema lhe permite ou oferece.
O usuário - note que não falo mais paciente, pois não são passivos em nada há tempos, queixa-se de que o profissional não salva vidas condenadas, como se médico fôsse algum tipo de divindade, com poderes sobrenaturais e não apenas um ser humano que domina uma técnica, de conhecimentos vastíssimos e aplicabilidade limitada, onde o próprio usuário perdeu a noção do cuidar de si, usa e abusa do que lhe é prejudicial e espera ou deseja que apesar de todo o sal, das comidas inadequadas, da falta de regras e disciplinas para a saúde,exposições a riscos, do uso irregular e/ou errado da medicação prescrita, porque a "vizinha falou que o remédio era forte, então diminui a dose do antibiótico", ao chegar a um " serviço de saúde" esta se restabeleça num passe mágico do doutor, com um RX - epa, chapa não contenta mais, agora exigem tomografias ou ressonância magnética, como se o nome pomposo, ou o elevado custo do exame fose fazer o milagre de curar - e algumas vezes faz; quantas vezes imediatamente após a realização do exame o otário - oops - o usuário relata terem desaparecido os sintomas. Queixam-se de que o médico "nem põe a mão" mas não aceitam um diagnóstico baseado em evidências clínicas.
Aliás, quem soube daquela vez que Jesus, o próprio, apiedado de toda aquela gente nas filas do SUS resolveu voltar à Terra para dar uma ajudinha. Vestiu-se de branco e foi atender naquela urgência, no Rio de Janeiro, onde o que menos se vê são urgências médicas, mas procura enorme para resolução urgente dos seus auto-mau-tratos. Bem o dr Jesus chegou, procurou uma mesinha e chamou o primeiro: Cego, surdo, mudo e paralítico. Então, como costumava fazer na Palestina, mandou que os ouvidos se abrissem, que os olhos voltassem a ver, que a língua se soltasse e o paciente voltou a ouvir, ver e falar. Por último, deu a ordem - "levanta e anda". e o usuário saiu da sala andando, curado de todos os seus males ( inclusive as causas físicas). A turma que aguardava sua vez, perguntou " Que tal esse doutor hippie barbudo, é bom?" Ao que o usuário responde " Que nada, uma MERDA igual aos outros: nem me pediu nenhuma chapa, nem me botou a mão"
FELIZ DIA DOS MÉDICOS !
Eu, a algum tempo perdi o amor pela profissão, então, sentindo-me violentada, parei. Mas dedico a voces, rosas: bela aparencia, um perfume delicioso e todos os espinhos que carregam
sábado, 16 de outubro de 2010
Ah! Eu estava com saudades de mim. Desta daqui, dessa liberdade/prisão que é a vida vivida por aqui.
Estive, como sempre, correndo muito, fazendo as mesmas coisas de sempre, talvez em doses um pouco maiores. Mas tambem andei fazendo coisas diferentes, como a escolha dos caminhos a seguir, contemplando circuitos diferentes a cada vez, ou como receber visitas-hóspedes por mais de dez dias, eu, que em real, sou mais fechada, ou recolhida do que se possa imaginar e com pràticamente nenhuma habilidade social. E ainda durante os dias em que eu tinha uma amiga aqui, e até hoje, agora, a conexão com a internet havia desaparecido. A máquina dava o diagnóstico que estava tudo excelente, mas nenhuma página abria. Por mais de 24hs estive sem energia elétrica nesta semana, pane em diversos pontos da cidade, decorrentes dos fortes ventos. Delícia de ventos, no entanto. O rumor das folhas das árvores me faz bem. E depois, de longe, fico sabendo que ficara (ficaram) sem gás de cozinha. Não estou acostumada aos processos de compra do botijão aqui. Cozinhamos muito mais, diàriamente, contra o semanalmente dos tempos da "cidade velha" onde a vida induzia aos comida-prontas. Os netos estiveram alguns dias aqui, brincamos muito na praia, fizemos uma delícia de viagem, ida e volta, com muita conversa absolutamente incrível. Estou providenciando para que a próxima seja gravada, já que os compromissos acadêmicos de seus pais logo logo levarão a isso. Visitas regulares aos filhos do Rio, almoços, estudos com a caçula, que está com dificuldades em alguma matéria. E estou moralmente obrigada a atuar como titular em comissão de saúde, puxa! Ser suplente era tão bom, acesso liberado e podia ir quando era possível. Como não pensei nisso! A titular poderia um dia sair para assumir cargo no governo!E agora preciso aguardar que nomeiem outro, para que eu possa recolher-me ao conforto; enquanto isso tome de reunião extraordinária, que é adiada na hora em que deveria ser realizada, para a próxima semana.... a 180 km de onde vim morar e esqueci-me de me renunciar à suplência. Lado bom: dormir mais frequentemente entre as paisagens mais lindas que conheço, ter algumas horas para ajudar a Terra a parir flores e frutos, cuidando do meu maior e mais bonito jardim, e voltar por um lindo caminho, mais longo, para dar carona a uma amiga e sua CPU, visitar outra que precisa mostrar seus projetos sendo executados.
Tudo igual. Sempre aquela sensação de vitória frente ao dia-a-dia tão difícil para mim. Cada pequeno problema solucionado representa uma superação de uma imensa dificuldade - e cada vez maior - de me relacionar com pessoas. Hoje em dia essas coisas tem nome. Nome de síndrome-de-alguem-que-estudou-casos-assim... E propostas de tratamento. Se já tentei? Eventualmente. Mas a essência do meu ser-assim é que gosto de ser assim, não gostaria de mudanças. Algumas concessões, ao outro, essas faço algumas vezes, o que para mim serão muitas vezes, sempre muito esforço. Aprendo, no entanto, coisas novas. Não quero me drogar para ser diferente do que sou, ou ser igual a todo mundo. Nem florais ou homeopatia. Apenas algum chá, uma ou outra erva, plantas da natureza. Ou sòmente o uso da razão.
Estive, como sempre, correndo muito, fazendo as mesmas coisas de sempre, talvez em doses um pouco maiores. Mas tambem andei fazendo coisas diferentes, como a escolha dos caminhos a seguir, contemplando circuitos diferentes a cada vez, ou como receber visitas-hóspedes por mais de dez dias, eu, que em real, sou mais fechada, ou recolhida do que se possa imaginar e com pràticamente nenhuma habilidade social. E ainda durante os dias em que eu tinha uma amiga aqui, e até hoje, agora, a conexão com a internet havia desaparecido. A máquina dava o diagnóstico que estava tudo excelente, mas nenhuma página abria. Por mais de 24hs estive sem energia elétrica nesta semana, pane em diversos pontos da cidade, decorrentes dos fortes ventos. Delícia de ventos, no entanto. O rumor das folhas das árvores me faz bem. E depois, de longe, fico sabendo que ficara (ficaram) sem gás de cozinha. Não estou acostumada aos processos de compra do botijão aqui. Cozinhamos muito mais, diàriamente, contra o semanalmente dos tempos da "cidade velha" onde a vida induzia aos comida-prontas. Os netos estiveram alguns dias aqui, brincamos muito na praia, fizemos uma delícia de viagem, ida e volta, com muita conversa absolutamente incrível. Estou providenciando para que a próxima seja gravada, já que os compromissos acadêmicos de seus pais logo logo levarão a isso. Visitas regulares aos filhos do Rio, almoços, estudos com a caçula, que está com dificuldades em alguma matéria. E estou moralmente obrigada a atuar como titular em comissão de saúde, puxa! Ser suplente era tão bom, acesso liberado e podia ir quando era possível. Como não pensei nisso! A titular poderia um dia sair para assumir cargo no governo!E agora preciso aguardar que nomeiem outro, para que eu possa recolher-me ao conforto; enquanto isso tome de reunião extraordinária, que é adiada na hora em que deveria ser realizada, para a próxima semana.... a 180 km de onde vim morar e esqueci-me de me renunciar à suplência. Lado bom: dormir mais frequentemente entre as paisagens mais lindas que conheço, ter algumas horas para ajudar a Terra a parir flores e frutos, cuidando do meu maior e mais bonito jardim, e voltar por um lindo caminho, mais longo, para dar carona a uma amiga e sua CPU, visitar outra que precisa mostrar seus projetos sendo executados.
Tudo igual. Sempre aquela sensação de vitória frente ao dia-a-dia tão difícil para mim. Cada pequeno problema solucionado representa uma superação de uma imensa dificuldade - e cada vez maior - de me relacionar com pessoas. Hoje em dia essas coisas tem nome. Nome de síndrome-de-alguem-que-estudou-casos-assim... E propostas de tratamento. Se já tentei? Eventualmente. Mas a essência do meu ser-assim é que gosto de ser assim, não gostaria de mudanças. Algumas concessões, ao outro, essas faço algumas vezes, o que para mim serão muitas vezes, sempre muito esforço. Aprendo, no entanto, coisas novas. Não quero me drogar para ser diferente do que sou, ou ser igual a todo mundo. Nem florais ou homeopatia. Apenas algum chá, uma ou outra erva, plantas da natureza. Ou sòmente o uso da razão.
domingo, 26 de setembro de 2010
silêncio
Muitas coisas que gostaria de conversar com voces perco pelo caminho, as idéias voam rápidas, saem pela janela do carro, são roubadas pelo vento. Ou será que o vento é que é autor das idéias e ao passar por mim apenas as capturo temporàriamente?
Outras questões aparecem com a água do banho, perpassam minha mente e dissolvem-se, descem pelo ralo, sem que eu consiga refletir verdadeiramente. Como digo sempre, precisaria ruminar...
Dessas, algumas voltam em alguns momentos, misturam-se a outras surgidas em outros momentos e viram palavras no papel. Ou aqui, neste "meio".
Estou agora em trânsito como sempre, num pouso temporário, buscando idéias perdidas ( recusando-me a tirar o acento das idéias) tentando reconectar-me com algum momento daqueles momentos que sei que foram especiais e que sei que estão aí, em algum canto de minha memória.
Outras questões aparecem com a água do banho, perpassam minha mente e dissolvem-se, descem pelo ralo, sem que eu consiga refletir verdadeiramente. Como digo sempre, precisaria ruminar...
Dessas, algumas voltam em alguns momentos, misturam-se a outras surgidas em outros momentos e viram palavras no papel. Ou aqui, neste "meio".
Estou agora em trânsito como sempre, num pouso temporário, buscando idéias perdidas ( recusando-me a tirar o acento das idéias) tentando reconectar-me com algum momento daqueles momentos que sei que foram especiais e que sei que estão aí, em algum canto de minha memória.
Nem tempo para baixar minhas fotos ando tendo. Mas entre tantas coisas estou revitalizando um jardim, que já mostra suas primeiras flores. Modestamente, ainda, mas que dadas as circunstancias: local,clima, tempo para cuidados, pode ser que se torne melhor do que o possível.
Por onde ando, nesta privilegiada região sudeste o que tenho visto são paisagens queimadas entre as extensas e ressequidas pastagens que ocupam onde a vista alcança. Raramente, à velocidade com que me desloco, estou sem o cinza até onde posso ver. Alguma vezes em alguns dias o ar era espêsso, amarelo, alaranjado como a terra, com forte cheiro de fumaça de mata queimada. Em outros dias ou lugares o azul do céu acentuava a desolação da terra. Em outros ainda, colunas de fumaça subindo da terra enegrecida encontravam um céu cinzento, carregado de chuvas que não caiam nunca. E passaram-se os dias, as semanas. Tudo igualmente pior a cada dia.
Esta semana assisti ao corte de duas árvores, uma, um "jacaré" por ter um cupinzeiro entre suas raízes, o que a deixava instável e perigosa dada a proximidade com as casas, a outra, felizmente apenas uma poda, uma enorme canela com parte de seus galhos apodrecidos ameaçando desabar sobre um telhado, conforme o vento e as tempestades que são comuns a partir desta época do ano. Trata-se de preparar a casa para as chuvas. Isto é cuidado, ética legítima. Sei que em ambos os casos será feita uma compensação ambiental, mesmo no caso da poda. Eu trouxe para casa um pedacinho de dez centímetros da casca da canela, que delícia, perfumando minha sala. E ao mesmo tempo um alerta: quais são os limites? As árvores em questão cresceram antes da chegada daquelas pessoas. Que construiram seus abrigos próximo ao frescor da mata e agora sentem-se ameaçados, no local escolhido, e afastam um pouco a mata e seus riscos. Mas não é sempre assim, na história da humanidade?
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Por onde ando, nesta privilegiada região sudeste o que tenho visto são paisagens queimadas entre as extensas e ressequidas pastagens que ocupam onde a vista alcança. Raramente, à velocidade com que me desloco, estou sem o cinza até onde posso ver. Alguma vezes em alguns dias o ar era espêsso, amarelo, alaranjado como a terra, com forte cheiro de fumaça de mata queimada. Em outros dias ou lugares o azul do céu acentuava a desolação da terra. Em outros ainda, colunas de fumaça subindo da terra enegrecida encontravam um céu cinzento, carregado de chuvas que não caiam nunca. E passaram-se os dias, as semanas. Tudo igualmente pior a cada dia.
Esta semana assisti ao corte de duas árvores, uma, um "jacaré" por ter um cupinzeiro entre suas raízes, o que a deixava instável e perigosa dada a proximidade com as casas, a outra, felizmente apenas uma poda, uma enorme canela com parte de seus galhos apodrecidos ameaçando desabar sobre um telhado, conforme o vento e as tempestades que são comuns a partir desta época do ano. Trata-se de preparar a casa para as chuvas. Isto é cuidado, ética legítima. Sei que em ambos os casos será feita uma compensação ambiental, mesmo no caso da poda. Eu trouxe para casa um pedacinho de dez centímetros da casca da canela, que delícia, perfumando minha sala. E ao mesmo tempo um alerta: quais são os limites? As árvores em questão cresceram antes da chegada daquelas pessoas. Que construiram seus abrigos próximo ao frescor da mata e agora sentem-se ameaçados, no local escolhido, e afastam um pouco a mata e seus riscos. Mas não é sempre assim, na história da humanidade?
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sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Desajuste
Penso que a alta velocidade em que meu corpo tem vivido uma boa parte do meu tempo recente está afetando algumas áreas de mim. A cada vez volto mais alterada, como se não fizesse de fato parte desta densidade nem desses níveis emocionais. Sinto a emoção mas é mais como se a emoção fosse " existida" por mim. E com tudo o mais tem sido assim: os sentidos, os cinco sensoriais mas tambem a compreensão de tudo que ocorre. Ao mesmo tempo sujeito, objeto e observador.
Cada vez fica mais difícil manter um foco. Tudo desliza ràpidamente, como deslizam rápido as paisagens da minha janela. Está mudando minha percepção em um ritmo fàcilmente observável. Não estou tendo lapsos, nada assim, pelo menos não mais do que eventualmente tenho: um nome, um lugar, esquecimentos que há muito tempo um filho disse ser hd cheio. Não se trata disso, apenas de outro modo de ver, compreender, conceber.
Sigo observando, pesquisando e até relatando. ( hshshs)
Cada vez fica mais difícil manter um foco. Tudo desliza ràpidamente, como deslizam rápido as paisagens da minha janela. Está mudando minha percepção em um ritmo fàcilmente observável. Não estou tendo lapsos, nada assim, pelo menos não mais do que eventualmente tenho: um nome, um lugar, esquecimentos que há muito tempo um filho disse ser hd cheio. Não se trata disso, apenas de outro modo de ver, compreender, conceber.
Sigo observando, pesquisando e até relatando. ( hshshs)
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
"Muita força p'ra pouco dinheiro"
Algumas coisas aconteceram depois que voltei para casa esta semana. Passei 24 hs nem sei onde. Saber, eu sei.
Vejamos como começou:
Eu tinha chegado em casa e cada vez mais sinto-me em casa aqui. Poucas vezes em minha vida eu tive "casa", sempre me senti de passagem, em casas coletivas de família grande, onde os multiplos interesses prevaleceram em detrimento aos meus. Aqui ainda não é diferente, são várias mulheres de várias fases da vida, convivendo, mas, por alguma razão é o mais próximo que posso referir deste sentimento do "estar em casa" que já experimentei.
Embora seja uma área bem urbana é uma cidade turística, grande parte das casas é desocupada a maior parte do ano. Acordo com uma infinidade de passarinhos cantando, nas janelas, nos telhados, banqueteando-se em mamõeiros, mangueiras, romãzeiras, daqui, do meu pátio calçado, de onde surgem os troncos por buracos na ardósia e dos meus vizinhos.
Cheguei a noite, fiquei contemplando com prazer minha existencia, cumpri funções básicas, dormi, comi, mas quando percebi, passaram-se 24 hs de vida em contemplação.
Ou, eu estava tão cansada pelas tres semanas de bastante tensão pelos problemas do carro que...mas isso é mentira, porque aproveitei tanto meus tempos de espera de peças e contratempos que foi como férias.
O título deste texto é o nome de uma música no blog do Duarte, duartenovale - amigo daqui de muito tempo - do tempo relativo daqui - e que fui visitar com calma hoje.
Nessas duas semanas que passei "fora" aproveitei para criar dois outros blogs, específicos, gosto de andar pelas outras partes da casa.
Convido-os para :
patios cozinhas e quintais
Quando passei na Amazonia, minha atenção foi intensamente despertada pela organização das cozinhas. Desejei ainda lá fazer um ensaio fotográfico sobre as cozinhas que vi, mas não foi possível, meu tempo estava dedicado a outras funções, mas o projeto está de pé, contatos feitos, ainda será concretizado. Enquanto isso, vou observando algumas que visito, por aqui mesmo, no Sudeste.
Vejamos como começou:
Eu tinha chegado em casa e cada vez mais sinto-me em casa aqui. Poucas vezes em minha vida eu tive "casa", sempre me senti de passagem, em casas coletivas de família grande, onde os multiplos interesses prevaleceram em detrimento aos meus. Aqui ainda não é diferente, são várias mulheres de várias fases da vida, convivendo, mas, por alguma razão é o mais próximo que posso referir deste sentimento do "estar em casa" que já experimentei.
Embora seja uma área bem urbana é uma cidade turística, grande parte das casas é desocupada a maior parte do ano. Acordo com uma infinidade de passarinhos cantando, nas janelas, nos telhados, banqueteando-se em mamõeiros, mangueiras, romãzeiras, daqui, do meu pátio calçado, de onde surgem os troncos por buracos na ardósia e dos meus vizinhos.
Cheguei a noite, fiquei contemplando com prazer minha existencia, cumpri funções básicas, dormi, comi, mas quando percebi, passaram-se 24 hs de vida em contemplação.
Ou, eu estava tão cansada pelas tres semanas de bastante tensão pelos problemas do carro que...mas isso é mentira, porque aproveitei tanto meus tempos de espera de peças e contratempos que foi como férias.
O título deste texto é o nome de uma música no blog do Duarte, duartenovale - amigo daqui de muito tempo - do tempo relativo daqui - e que fui visitar com calma hoje.
Nessas duas semanas que passei "fora" aproveitei para criar dois outros blogs, específicos, gosto de andar pelas outras partes da casa.
Convido-os para :
patios cozinhas e quintais
Quando passei na Amazonia, minha atenção foi intensamente despertada pela organização das cozinhas. Desejei ainda lá fazer um ensaio fotográfico sobre as cozinhas que vi, mas não foi possível, meu tempo estava dedicado a outras funções, mas o projeto está de pé, contatos feitos, ainda será concretizado. Enquanto isso, vou observando algumas que visito, por aqui mesmo, no Sudeste.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
terça-feira, 31 de agosto de 2010
BOM DIA, BOA SEMANA!!!!
Estou no Rio, mais uma vez a espera de peças para o carro. Mais uma vez? Porque não contei aqui as (des)aventuras das semanas passadas. O carro sofreu um ataque de mau-olhado. Só pode ser. Ou falhas humanas, o que pode ser mais real, mas mesmo assim, numa perspectiva integrativa, as duas opões podem ser verdadeiras. Começa quando eu deixo outra pessoa, da minha mais absoluta confiança dirigir (porque eu confio nela, mas ela parece não confiar em outras pessoas dirigindo, o que aliás é bastante comum em motoristas, principalmente do sexo masculino), mas o bom motorista - e é, não há ironia aqui, ao dar uma ré num estacionamento de uma parada na estrada, precisávamos trocar fralda do Bebê, só para ao colidir com uma árvore e ...lesões na porta traseira do carmário. Apesar da minha culpa de ter sugerido que parasse de ré, ao invés de parar como habituado, ele, arrasado, se propõe a pagar o restauro, o que sou obrigada a aceitar, já que... todo mundo sabe, eu nem podia ter carro, tão pouco$$$$$$$ recebo por mes. Mas o orçamento que apresentam lá, na cidade que moram(os) é absurdamente alto e decido fazer outros orçamentos na minha antiga cidade, onde os prestadores de serviços já são conhecidos, sabem a minha história e não apenas criam uma imagem a partir da apresentação atual. Um 4x4 importado, grandão. (Ironia! mudei-me para, entre outras coisas fugir de minha história) Custo da restauração: seis vezes menor do que o orçamento inicial, mas... só uma semana depois, o que me faz viajar, não posso ficar parada, tenho compromissos em diversas cidades, e como sempre, vou e...em um buraco quebro a barra estabilizadora da suspensão trazeira, venho ao Rio, encomendo a peça, tres dias depois me será encaminhada ao endereço que eu dou, vou para Petrópolis, e acende no painel a luz de indicaão da necessidade de substituição da correia dentada...deixo o carro lanternando enquanto espero a "barra", hospedada na casa de uma grande amiga, onde ficaria tres noites apenas...Tres noites em um mesmo lugar, para Urtigão, um ser em movimento, é demais. O bom é que a conversa é ótima, rimos muito, a casa é deliciosa, mas acabo ficando dois dias a mais,cinco ao todo, e a peça não chega. Eu que precisava consertar a suspensão para procurar a correia, os dias passando, pego o carro lanternado e com dois outros problemas, sigo quase 200 km para atender "minha mãe", na verdade dar uma folga para a filha que ficou com ela, voltando ao Rio, menos de 48hs depois, mais duzentinhos, com o carro "biquebrado", para a caça à peça desaparecida e adquirir as outras - sob encomenda, tres dias e correio...NÃÃOO!!! A outra, a barra, deve estar no correio, foi devolvida pelo porteiro do predio de minha filha e que estava avisado por mim, tres vezes que aquilo chegaria ao apartamento dela, em meu nome, segundo informações na concessionária que postou a peça. tenho que ir a Petropolis buscá-la. Enquanto isso, tres dias aqui, esperando a próxima- não caio no conto do correio, vou retirar no balcão.
Fico aqui, morrendo de saudades dos netos que não vejo desde a semana do "acidente", dos filhos e filhas espalhados por aí, mas vou jantar com dois dos filhos. Tudo tem o lado bom afinal. Só não entendo a razão do lado mau.
Fico aqui, morrendo de saudades dos netos que não vejo desde a semana do "acidente", dos filhos e filhas espalhados por aí, mas vou jantar com dois dos filhos. Tudo tem o lado bom afinal. Só não entendo a razão do lado mau.
domingo, 29 de agosto de 2010
Para o ser da mata ou algum bicho....
Todos aqueles que desejam conduzir um povo, e piores, aqueles que o fazem usando o poder existente em alguma religião. A todos esses, tenho evitado há décadas.
Evito políticos, pastores, padres, gurus. Passo longe, com mêdo. Sempre fui assim.
São como fariseus, que aquele revolucionário quis contestar, lá, pelos anos zero, pois dele fizeram marcador de tempo. Estabilizador de datas. Mas o que era, apenas um revolucionário a mais numa época e lugar cheio de revolucionários. Mas que apresentava um modelo um tanto incomum. Contestador de regras morais vigentes, de padrões de comportamento social, apresentando um novo paradigma. Não apenas mostra onde há erro, mas como escolher outro rumo. Mas seu discurso é ambíguo. Não fala dos bens daqui, a ênfase é a Casa do Pai. Mas desfruta dos bens daqui. De finos óleos, bons vinhos, até andou produzindo algum para uma festa amigos, na sua juventude, talvez um pequeno deslize; a comida deve ser boa, contam dele que diveras vezes participou de banquetes com amigos, tendo até oferecido algum. É natural. Essa é a natureza, harmonia, equilíbrio. Dizem que pela demonstração de fraqueza na terra demonstrou a Riqueza do Transcendental. Num mundo regido pelo amor ao dinheiro, à beleza física, à força muscular, o valor em combate, ser crucificado é ser derrotado. E ele é então derrotado e de novo a ambiguidade do seu ser é evidente, pois assim ele vence, coerente em sua proposta, mas deixa na terra muitos que sentem que ainda não sufocaram mais uma rebelião, confrontam-se com aqueles que buscavam entender a palavra daquele que chama Mestre, talvez o Messias, mas ja estão confusos. Finalmente os vencedores, e mais uma vez, como já haviam feito na Grecia, apoderam-se dos ídolos e deuses que encontram e traçam um novo modelo de civilização democrática(?) que sustente seu modelo de política. Sua forma de poder imperial. "Ano Zero de uma nova cultura criadas por nós, bem, marca aí, óó...manêro!"
"E agora, vamo votá!!!!"
Evito políticos, pastores, padres, gurus. Passo longe, com mêdo. Sempre fui assim.
São como fariseus, que aquele revolucionário quis contestar, lá, pelos anos zero, pois dele fizeram marcador de tempo. Estabilizador de datas. Mas o que era, apenas um revolucionário a mais numa época e lugar cheio de revolucionários. Mas que apresentava um modelo um tanto incomum. Contestador de regras morais vigentes, de padrões de comportamento social, apresentando um novo paradigma. Não apenas mostra onde há erro, mas como escolher outro rumo. Mas seu discurso é ambíguo. Não fala dos bens daqui, a ênfase é a Casa do Pai. Mas desfruta dos bens daqui. De finos óleos, bons vinhos, até andou produzindo algum para uma festa amigos, na sua juventude, talvez um pequeno deslize; a comida deve ser boa, contam dele que diveras vezes participou de banquetes com amigos, tendo até oferecido algum. É natural. Essa é a natureza, harmonia, equilíbrio. Dizem que pela demonstração de fraqueza na terra demonstrou a Riqueza do Transcendental. Num mundo regido pelo amor ao dinheiro, à beleza física, à força muscular, o valor em combate, ser crucificado é ser derrotado. E ele é então derrotado e de novo a ambiguidade do seu ser é evidente, pois assim ele vence, coerente em sua proposta, mas deixa na terra muitos que sentem que ainda não sufocaram mais uma rebelião, confrontam-se com aqueles que buscavam entender a palavra daquele que chama Mestre, talvez o Messias, mas ja estão confusos. Finalmente os vencedores, e mais uma vez, como já haviam feito na Grecia, apoderam-se dos ídolos e deuses que encontram e traçam um novo modelo de civilização democrática(?) que sustente seu modelo de política. Sua forma de poder imperial. "Ano Zero de uma nova cultura criadas por nós, bem, marca aí, óó...manêro!"
"E agora, vamo votá!!!!"
domingo, 22 de agosto de 2010
Ainda sobre a destruição que promovemos
Leiam, reflitam... Embora eu saiba que meus amigos, que me lêem, estão cansados de refletir sobre isso, por isso que nos aproximamos, nos tornamos amigos.
Ainda a Pegada Ecológica, Overshoot , Relatório Meadows e Sustentabilidade: conhecer Enrique Leff
legenda: Como carneiros, pastamos entre o lixo...
Por essas e por outras que não consigo decidir em quem votar : O Serra e seu "neoliberalismo" excludente? A Dilma e o PAC, modelo de desenvolvimento insustentável, obsoleto, que vai acelerar a destruição ( Deveria chamar-se PAD ). Nenhuma proposta realmente nova. Tenho que escolher o "menos pior"? Ou votar no que não vai ganhar, para aliviar a consciência? Como se minha consciência fosse intestino...
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Ainda a Pegada Ecológica, Overshoot , Relatório Meadows e Sustentabilidade: conhecer Enrique Leff
legenda: Como carneiros, pastamos entre o lixo...
Por essas e por outras que não consigo decidir em quem votar : O Serra e seu "neoliberalismo" excludente? A Dilma e o PAC, modelo de desenvolvimento insustentável, obsoleto, que vai acelerar a destruição ( Deveria chamar-se PAD ). Nenhuma proposta realmente nova. Tenho que escolher o "menos pior"? Ou votar no que não vai ganhar, para aliviar a consciência? Como se minha consciência fosse intestino...
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Do lixo
Quem andou lendo aqui, talvez se lembre do texto das "Crônicas Amazônicas", quando falei da experiência da comunidade de cabocos ribeirinhos que visitei, sobre o lixo, que selecionavam , reciclavam quando possível e guardavam o restante pois tinham a consciência de que não adiantava mandar de volta para a "cidade" porque lá iria parar em um lixão e "dane-se". Então buscam formas de promover uma reciclagem efetiva, enquanto isso, aguardam, guardam.
Hoje, lendo aqui e ali, encontro este texto
trecho:
"Separar os lixos em casa, mesmo demonstrando a preocupação individual, não passa de um placebo para a consciência de cada um. Mais valia que quem o faz seguisse o camião do lixo e percebesse várias coisas a jusante da sua atitude: a mesma separação nem sempre é, depois, respeitada; a indústria transformadora apenas aproveita a separação como se fosse um recurso técnico gratuito e continua a poluir por ausência de métodos ecológicos de produção; etc, etc, etc..."
na íntegra: AQUI
Hoje, lendo aqui e ali, encontro este texto
trecho:
"Separar os lixos em casa, mesmo demonstrando a preocupação individual, não passa de um placebo para a consciência de cada um. Mais valia que quem o faz seguisse o camião do lixo e percebesse várias coisas a jusante da sua atitude: a mesma separação nem sempre é, depois, respeitada; a indústria transformadora apenas aproveita a separação como se fosse um recurso técnico gratuito e continua a poluir por ausência de métodos ecológicos de produção; etc, etc, etc..."
na íntegra: AQUI
sábado, 21 de agosto de 2010
Dona Sra Urtigão diz:
sabe aquele monte de fotinhas que aparece aí em cima? Algumas são de amigos, que vem me visitar, conversam comigo, outras nem faço ideia clara de quem sejam, porque se apareceram foi para espiar pelas frestas das portas ou janelas, mesmo eu tendo ido dar uma passadinha nas casas deles. Então, decidi, se em tres meses - olha que estou gentil, não derem o ar de sua graça, vou sumir com eles daí. Não me importo se vierem para criticar, questionar até gosto, aliás, até gosto de polêmicas, não suporto adulação, mas quero que digam ao menos um " oi, eu sigo e li", mas ficar achando que minha casa é vitrine de outdoor, igual essas plaquinhas que fazem propaganda de político que andam por aí, isso é chato. Então, amigos, amigos, negócios à parte. Não me envaidece nem um pouco colecionar figurinhas. O que me envaidece é ter amigos, mesmo aquelas pessoas com quem temos diferenças, pois estes amigos tambem nos ajudam a pensar, a crescer. E pode chegar em qualquer parte do sítio, mas tem que dar as caras.
ps: a foto aqui é minha mesmo, eu que fiz e sou o modelo.
Não sou eu a autora desta foto
Mas bem que gostaria de poder algum dia estar perto de Sua Santidade o Dalai Lama.
É a segunda vez deste que comecei a escrever aqui que uso foto que não de minha autoria, mas não sei se o acaso ou por qual motivo pensei que minhas fotos de minhas andanças e/ou natureza não seriam compatíveis com o que vim aqui hoje lamentar.Talvez até inconvenientes.
É que na mesma rede onde acompanho as andanças do Dalai Lama, acompanho também alguns sites de informações sobre questões ambientais e hoje vi ali, já divulgado em outros blogs uma notícia interessante. Ou, trágica. É que hoje é um dia importante para a história ecológica da humanidade deste ano: é o dia em que a Terra entra em falência. Explico: mais ou menos como meu orçamento: o dinheiro, meu recurso para promover o sustento da minha família, acaba antes do final do mês, aí eu uso cartão de crédito, cheque especial, ou seja, recursos do mês seguinte e de repente: pimba, falência. Nosso planeta está nas mesmas condições. Segundo cálculos feitos, a capacidade de produção de recursos para a manutenção da população do mundo, com os índices de CO2 emitidos a serem recaptados pela vegetação, para um ano no planeta, esgotaram-se em nove meses. Hoje começa-se a entrar no vermelho. E nem sei se consideraram neste "orçamento" imprevistos, como as recentes catástrofes no Paquistão, queimadas extensas de parques, etc. ( Cachorro que adoece e levo ao veterinário, carro que quebra inesperadamente, no meu caso) A minha sorte é que sou socorrida por recursos dos filhos, sempre e as vezes até de meus irmãos. Quem irá socorrer a Mãe Terra, se a maioria de seus filhos só lhe dão dor de cabeça e seus irmãos Planetas em Órbita do Sol, estão "incomunicáveis"?
VER COMO OS CÁLCULOS SÂO FEITOS, A PARTIR, POR EXEMPLO, DAQUI
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
NÓS SOMOS A CATÁSTROFE
As monções da India e da China estão bem mais severas, inundação catastrófica no Paquistão, megaincêndios no Parque Nacional do Peneda-Geres em Portugal, a Amazonia ha muito tempo não queimava tanto, a fumaça e fuligem afetaram sèriamente até as grandes capitais, muito frio, alem do habitual em muitos lugares, calor quebrando records em outros ( ex: Russia, Moscou quente com records de temperatura e Sibéria mais gelada do que nunca), a Africa atravessando secas maiores do que o habitual, com previsões climáticas catastróficas para os próximos 10 anos, com falta dágua quase absoluta ( Gente, 10 anos é amanhã). Não vou me dar ao trabalho de postar os links das notícias, está aí, para todo mundo ver. O que as pessoas não vêem ou não querem ver, por comodismo, egoísmo, sei lá, é a necessidade imediata de que TODOS tomemos atitudes para minimizar o que vem por aí. Porque impedir já não dá, mas que pelo menos façamos coisas para desacelerar o que for possivel deste processo. Pelos nossos filhos, pelos nossos netos, já que como espécie, só desenvolvemos consciência individual, não nos percebemos como parte de um todo planetário. Então, repito, pelo bem de nossos filhos, mudanças, já. Não haverá parte segura no mundo.
domingo, 15 de agosto de 2010
"Serra Velha"
Como depois da mudança ainda não desencaixotei meus livros, ficaram prontos para a proxima mudança que sei será relativamente breve, não tenho como consultar para fazer este texto como gostaria, e então o rascunho está rolando, rolando, até que decidi soltar assim mesmo, com informações da minha memória desde que pesquisei este assunto há muuuuito tempo,me parece que até melhores do que as que encontrei no tal google. Caso tenha incorrido em algum erro, peço já desculpas, e solicito que corrijam e caso eu mesma descubra algo, ou em qual caixa estão meus livros sobre a história de Petrópolis, corrigirei eu mesma.
O motivo desta postagem foi a polêmica sobre a estrada de ferro, lembram, né?
Com interêsse em buscar caminhos para a interiorização, para as regiões de lavras de ouro, pedras preciosas, especialmente nas cidades hoje conhecidas como Ouro Preto, Diamantina, e considerando que o caminho qe passava por São Paulo se tornava bastante perigoso devido a assaltos - já naquele tempo- tanto por colonos quanto por índios, aos escravos (e seus donos) e insumos que iam para o interior e ao ouro que era trazido para ser levado para Portugal/Espanha/Inglaterra/Holanda precisavam percorrer caminhos mais seguros. Então parte das entradas e expedições regulares saiu do eixo Porto de Paraty , Serra da Mantiqueira para o Porto do Rio de Janeiro e subida da Serra da Estrela passando por Itaguai e por onde hoje é a localidade de Paty do Alferes, ( Reserva do Tinguá) Mas as condições deste percurso, extremamente perigosa, escorregadia, e que causava grandes e sérios acidentes, principalmente nas chuvas fortes do verão, quando comboios inteiros de mulas despencavam morro abaixo, levaram a busca de outros acessos por outras vertentes da Serra da Estrela, construindo-se então essa nova estrada para comboio de burros e escravos, sobre trilhas conhecidas dos indios da região. Com o tempo, o Imperador, D. Pedro I encantou-se com a região do Alto da Serra, e tentou comprar a Fazenda do Padre Correa, na localidade hoje conhecida como Correas, o que não conseguiu, adquirindo então, para seu uso, a fazenda do Córrego Seco, vizinha àquela, pràticamente improdutiva, devido as condiçoes geogáficas e do solo, lugares muito íngremes e com grande quantidade de rochas. Mais tarde seu filho, Pedro II ordenou ao Major Julio F Koeller que construisse na mesma região uma estrada para acesso à Serra pelas carruagens,com trajeto reestruturado que em alguns lugares cortava a antiga trilha; foi construido um palácio de veraneio ( Hoje Museu Imperial de Petrópolis) e as casas para a côrte, num projeto urbanístico do mesmo Koeller e a região foi colonizada, ainda num empreendimento projetado pelo dito major, por alemães, "importados" após uma série de eventos que ficaria longo demais discorrer aqui ( eles iam para a Austrália, houve um motim, foi-lhes oferecidos ficar blábláblá) o percurso da corte se fazia da Praça XV de barco pela Baia de Guanabara até a embocadura do Rio Inhomirim, dali seguia ainda em barcos pelo rio até o pé da serra (Hoje Vila Inhomirim, quando passavam para os côches e subiam a Serra. Haviam fazendas no caminho, onde pernoitavam ( Uma delas a Fazenda da Mandioca, que é referida como pouso e hospedagem de Langsdorf). Cansado dessa longa viagem, ( que era feita todo ano para fugir da malária no verão do Rio de Janeiro, além do calor)o Imperador que gostava das novidades, determinou a construção de uma estrada de ferro desde o Porto na Baia de Guanabara, localidade de Mauá (hoje) e que em muito menos tempo chegava até Petrópolis. Devido as condições do terreno, foi construido um sistema de cremalheiras, para que o trem não descarrilhasse, e bem, eu poderia ainda encher de detalhes esta história, bucar as datas, mas o importante aí está. Foi a primeira estrada de ferro do Brasil, e construida pelo Barão de Mauá, acho que tambem engenheiro, como Koeller, a esta época já tràgicamente falecido.
Vista do Alto da Serra, com a baixada fluminense e a Baia de Guanabara ao fundo, com a Ilha do Governador. Por esta paisagem maravilhosa que passava a Estrada do Imperador. Seria realmente magnífico, do ponto de vista turístico, a reconstrução de parte desta estrada, pelo menos a parte da Serra, já que até o Porto de mauá, bem isso poderia até ser proposto, posteriormente.
Trechos da estrada dos côches, antigamente calçada em "pés de moleque", tipo de calçamento que hoje ainda encontramos nas cidades historicas de Paraty, Ouro preto, etc, patrimonios da humanidade. Hoje tem seus vinte e poucos quilômetros calçados com paralelepípedos, mas continua ainda bastante bonita.
Na maior parte dela ainda encontramos muretas de contenção do tempo do Império
Se sou a favor da restauração, com finalidade turística e econômica? Lógico que sim. Mas considero a necessidade de um planejamento concreto inter e multidisciplinar que inclua a população que mora na região, e não atingir-se um bebefício de alguns com exclusão dos desfavorecidos. Capacitação, financiamento, medidas responsáveis. Aí dou todo meu apoio ( Como se isso fizesse diferença hshshs)
O motivo desta postagem foi a polêmica sobre a estrada de ferro, lembram, né?
Com interêsse em buscar caminhos para a interiorização, para as regiões de lavras de ouro, pedras preciosas, especialmente nas cidades hoje conhecidas como Ouro Preto, Diamantina, e considerando que o caminho qe passava por São Paulo se tornava bastante perigoso devido a assaltos - já naquele tempo- tanto por colonos quanto por índios, aos escravos (e seus donos) e insumos que iam para o interior e ao ouro que era trazido para ser levado para Portugal/Espanha/Inglaterra/Holanda precisavam percorrer caminhos mais seguros. Então parte das entradas e expedições regulares saiu do eixo Porto de Paraty , Serra da Mantiqueira para o Porto do Rio de Janeiro e subida da Serra da Estrela passando por Itaguai e por onde hoje é a localidade de Paty do Alferes, ( Reserva do Tinguá) Mas as condições deste percurso, extremamente perigosa, escorregadia, e que causava grandes e sérios acidentes, principalmente nas chuvas fortes do verão, quando comboios inteiros de mulas despencavam morro abaixo, levaram a busca de outros acessos por outras vertentes da Serra da Estrela, construindo-se então essa nova estrada para comboio de burros e escravos, sobre trilhas conhecidas dos indios da região. Com o tempo, o Imperador, D. Pedro I encantou-se com a região do Alto da Serra, e tentou comprar a Fazenda do Padre Correa, na localidade hoje conhecida como Correas, o que não conseguiu, adquirindo então, para seu uso, a fazenda do Córrego Seco, vizinha àquela, pràticamente improdutiva, devido as condiçoes geogáficas e do solo, lugares muito íngremes e com grande quantidade de rochas. Mais tarde seu filho, Pedro II ordenou ao Major Julio F Koeller que construisse na mesma região uma estrada para acesso à Serra pelas carruagens,com trajeto reestruturado que em alguns lugares cortava a antiga trilha; foi construido um palácio de veraneio ( Hoje Museu Imperial de Petrópolis) e as casas para a côrte, num projeto urbanístico do mesmo Koeller e a região foi colonizada, ainda num empreendimento projetado pelo dito major, por alemães, "importados" após uma série de eventos que ficaria longo demais discorrer aqui ( eles iam para a Austrália, houve um motim, foi-lhes oferecidos ficar blábláblá) o percurso da corte se fazia da Praça XV de barco pela Baia de Guanabara até a embocadura do Rio Inhomirim, dali seguia ainda em barcos pelo rio até o pé da serra (Hoje Vila Inhomirim, quando passavam para os côches e subiam a Serra. Haviam fazendas no caminho, onde pernoitavam ( Uma delas a Fazenda da Mandioca, que é referida como pouso e hospedagem de Langsdorf). Cansado dessa longa viagem, ( que era feita todo ano para fugir da malária no verão do Rio de Janeiro, além do calor)o Imperador que gostava das novidades, determinou a construção de uma estrada de ferro desde o Porto na Baia de Guanabara, localidade de Mauá (hoje) e que em muito menos tempo chegava até Petrópolis. Devido as condições do terreno, foi construido um sistema de cremalheiras, para que o trem não descarrilhasse, e bem, eu poderia ainda encher de detalhes esta história, bucar as datas, mas o importante aí está. Foi a primeira estrada de ferro do Brasil, e construida pelo Barão de Mauá, acho que tambem engenheiro, como Koeller, a esta época já tràgicamente falecido.
Vista do Alto da Serra, com a baixada fluminense e a Baia de Guanabara ao fundo, com a Ilha do Governador. Por esta paisagem maravilhosa que passava a Estrada do Imperador. Seria realmente magnífico, do ponto de vista turístico, a reconstrução de parte desta estrada, pelo menos a parte da Serra, já que até o Porto de mauá, bem isso poderia até ser proposto, posteriormente.
Trechos da estrada dos côches, antigamente calçada em "pés de moleque", tipo de calçamento que hoje ainda encontramos nas cidades historicas de Paraty, Ouro preto, etc, patrimonios da humanidade. Hoje tem seus vinte e poucos quilômetros calçados com paralelepípedos, mas continua ainda bastante bonita.
Na maior parte dela ainda encontramos muretas de contenção do tempo do Império
Se sou a favor da restauração, com finalidade turística e econômica? Lógico que sim. Mas considero a necessidade de um planejamento concreto inter e multidisciplinar que inclua a população que mora na região, e não atingir-se um bebefício de alguns com exclusão dos desfavorecidos. Capacitação, financiamento, medidas responsáveis. Aí dou todo meu apoio ( Como se isso fizesse diferença hshshs)
sábado, 14 de agosto de 2010
*** ANDANÇAS ***
Intensamente vermelhas por todo o noroeste do Estado do Rio e maravilhosamente amarelas em Minas Gerais. Mas eu, com meu mantra, depressa, depressa, olhava e raramente fotografava.
( as amarelas, que se espalham por toda região que visitei esta semana, sei que são Ipês, mas as vermelhas, não descobri o que são)
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( as amarelas, que se espalham por toda região que visitei esta semana, sei que são Ipês, mas as vermelhas, não descobri o que são)
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sábado, 7 de agosto de 2010
" QUEM RISCOU A PEDRA RISCADA? "
Ontem , por conta de compromisso profissional, necessitei deslocar-me até Nova Friburgo cidade serrana no Estado do Rio de Janeiro. Vantagem que fui com despesas pagas, ou parte delas. Fiz por minhas custas um percurso bem maior, ja que decidi levar uma das filhas que iria até Petrópolis - o preço de sua passagem de ônibus é idêntico ao valor que eu gastaria em combustível e pedágio pelo trecho a mais. Além disso poderíamos ir conversando e eu adoro mesmo estradas. Acabamos vendo um monte de arco iris, penso que passamos sob um deles! Passei então por Petrópolis, tangenciando a cidade sem poder visitar nenhum dos amigos de quem sinto saudades e nem meus netos que estão lá essa semana. Seguindo para Nova Friburgo, tangenciei Terezópolis onde tambem tenho amigos que não pude visitar. Sigo pela Tere-Fri ( estrada lindíssima em belezas naturais e "antrópicas", como plantações de hortaliças, flores, pomares, entre as belíssimas e imensas rochas, montanhas, e chego ao destino. Cumpro meu compromisso, esquivo-me da complementação - parte social, não sou mesmo boa nisso, nem um pouco adepta de "baladas", durmo no hotel pré-pago e volto pela estrada Serra Mar que liga, lógico, a serra à baixada litorânea, em Casimiro de Abreu e logo chego a Rio das Ostras. Apenas 80km entre uma e outra, num deslumbramento de paisagens, que eu já conhecia de certa vez que havia subido, mas como sempre me disseram, descer é especialmente mais bonito. No caminho passei direto por Lumiar ( quem ainda não ouviu falar) parei um pouco adiante para ràpidamente fotografar, onde eu vi em uma placa indicativa a frase que escolhi para título aqui, da Pedra Riscada e onde compartilhei por breves instantes da "globalização da natureza", ou do delicioso perfume de eucalipto enquanto ouvia o pio da araponga ao som de fundo da correnteza do rio. Mais adiante e já preocupada, parei no Encontro dos Rios, outro lugar que já conhecia mas que me encanta sempre, o canto das corredeiras, as luzes das águas, tudo muito, muito, lindo. Mas não posso me deter, sigo adiante, desço, corro ou, faço o carmário ou quarto-móvel correr. Olho o mar, estou atrasada. Por que? Atrasada para que? Aquela que invadiu minha vida, me pôs cabresto após a aposentadoria, a mesma que na minha juventude me impediu até de ter amigos estava em casa sòzinha desde as 7:00hs, já que a minha filha que ficou um dia com ela sairia hoje muito cedo. Por que não poderia ficar mais? Não quer, e dou toda razão a ela(s). Porque a sra bruxa malvada teve a "gentileza" de tentar humilhar e ofender as duas esta semana, dizendo que elas nem eram netas dela e tinham obrigação de fazer TUDO que ela queria na hora que ela queria porque filha adotada é para ser empregada, porque foram enjeitadas.
Por causa dela, da bruxa, eu perdi tudo que poderia ter feito. Tá bom, vou me consolar pensando no que pude ver e ouvir. Mas será que não poderia ter tido bem mais?
Aí fui trocar fralda fedida de quem pode se levantar para ir ao banheiro e não vai porque, como diz, não quer porque tem preguiça e filho tem a obrigação...
Respostas:
Olá, amigos
Minha resposta a voces no texto do "comentário no facebook" foi ficando tão grande que resolvi converter em outra postagem.
Quem não viu/ leu minha discussão lá, ( aliás o Rubinho não me aceitou como amiga lá sniff ( hehehe) só entendeu parte do meu desabafo, então tento resumir aqui: trata-se de um projeto já várias vezes proposto mas nunca concretizado de restaurar a antiga estrada de ferro que subia a serra de Petropolis, parece-me que històricamente a primeira do Brasil e que passa por lugares incrìvelmente bonitos e serra esta que tem tambem uma antiga estrada do tempo do Império quando servia para os côches que levavam a corte imperial para o veraneio em Petrópolis, àquela época calçada em pés de moleque e hoje em paralelepípedos e que funciona como ligaçao de distritos dos municipios de Magé e Duque de caxias com Petrópolis. Muita gente mora num desses lugares e trabalha no outro, ou tem parentes, e certamente a reativação da estrada de ferro pode sim trazer beneficios, além do turismo e o próprio turismo corretamente ordenado idem. O que ocorreu foi que quando perguntei ao autor do projeto e ao candidato ao governo que apoia esta idéia como pretendiam viabilizar a questão, a resposta do autor do projeto( da assessoria do candidato nem se dignaram responder) foi no mínimo indecente, dizendo que as familias que estão no caminho seriam removidas e cadastradas e que ele não tinha nenhuma responsabilidade quanto a isto, e que se consultasse o plano diretor do municipio para ver o que poderia ser feito posteriormente por eles. Ou, removam, coloquem em um cadastro e f... ( Parece uma resposta que ouvi ha anos atras quando em um congerssso médico de reumatologia discutia-se a prevenção da osteoporose feminina por reposição hormonal e alguem perguntou ao ilustre palestrante sobre o aumento do risco de cancer, por exemplo o de mama e a figura respondeu; " esses casos são encaminhados depois para a ginecologia" )
Acontece isto, Rubinho, a proposta é "remover e cadastrar para que sejam realocadas..." em um municipio que é todo APA, que tem deficit assumido pela secretaria de habitação ha 5 anos atras de 10 000 moradias, pouquíssimaa tendo sido construida,o que não atendeu nem aos desabrigados da última catástrofe, que dispunha à época deste levantamento de 60 000 crianças e jovens nas escolas publicas, ou seja mesmo considerando os que migram, a taxa de mortalidade e os que permanecem nas casas dos pais, teria este déficit aumentado significativamente nos anos seguintes, que tem a maior parte da população carente em áreas de risco de deslizamento ou enchentes e agora querem transformar em área turistica e que deveria ser, ou foi turística tambem um dia, mas que permitiram ocupação há décadas, áreas com relativa segurança, digo relativa porque lá tambem ocasionalmente ocorrem desmoronamentos de encostas, porem com menos frequencia que em outros locais e que tem a população bastante organizada atualmente no sentido da preservação ambiental. Mas o projeto não prevê discussões nem nenhum projeto social de inclusão. Prevê, sim expulsão dos moradores para abrir espaço a privatização da área para projetos turísticos.Pois é, né Bia não só o Museu, como outros pontos turísticos mal cuidados ou inacessíveis. Veja o Parque Cremerie, bastante abandonado, o trono de Fátima, o turista que chega lá no alto não tem como estacionar o carro para apreciar a bela paisagem, "vista", da cidade e nem tem transporte turistico adequado para chegar ao local sem carro, o lago de Nogueira, completamente assoreado, o Horto Municipal, ou parque ecológico, não sei que nome deram, há anos sem ser funcional, parece que foi inaugurado já mais de uma vez e nunca teve as portas abertas. E Magé, vai ter como tornar Vila Inhomirim mìnimamente "turistável? O passageiro turista, como está, talvez nem vá ter coragem de sair do trem... Não é como comparar com Ouro Preto-Mariana ou S. João del Rey-Tiradentes que eu irônicamente escrevi lá e fui interpretada erroneamente. Não há planejamento de verbas ou financiamentos para realocar ou facilitar que os comerciantes locais se adequem, serão apenas removidos. Vale o dinheiro, o Homem que se dane.
Minha resposta a voces no texto do "comentário no facebook" foi ficando tão grande que resolvi converter em outra postagem.
Quem não viu/ leu minha discussão lá, ( aliás o Rubinho não me aceitou como amiga lá sniff ( hehehe) só entendeu parte do meu desabafo, então tento resumir aqui: trata-se de um projeto já várias vezes proposto mas nunca concretizado de restaurar a antiga estrada de ferro que subia a serra de Petropolis, parece-me que històricamente a primeira do Brasil e que passa por lugares incrìvelmente bonitos e serra esta que tem tambem uma antiga estrada do tempo do Império quando servia para os côches que levavam a corte imperial para o veraneio em Petrópolis, àquela época calçada em pés de moleque e hoje em paralelepípedos e que funciona como ligaçao de distritos dos municipios de Magé e Duque de caxias com Petrópolis. Muita gente mora num desses lugares e trabalha no outro, ou tem parentes, e certamente a reativação da estrada de ferro pode sim trazer beneficios, além do turismo e o próprio turismo corretamente ordenado idem. O que ocorreu foi que quando perguntei ao autor do projeto e ao candidato ao governo que apoia esta idéia como pretendiam viabilizar a questão, a resposta do autor do projeto( da assessoria do candidato nem se dignaram responder) foi no mínimo indecente, dizendo que as familias que estão no caminho seriam removidas e cadastradas e que ele não tinha nenhuma responsabilidade quanto a isto, e que se consultasse o plano diretor do municipio para ver o que poderia ser feito posteriormente por eles. Ou, removam, coloquem em um cadastro e f... ( Parece uma resposta que ouvi ha anos atras quando em um congerssso médico de reumatologia discutia-se a prevenção da osteoporose feminina por reposição hormonal e alguem perguntou ao ilustre palestrante sobre o aumento do risco de cancer, por exemplo o de mama e a figura respondeu; " esses casos são encaminhados depois para a ginecologia" )
Acontece isto, Rubinho, a proposta é "remover e cadastrar para que sejam realocadas..." em um municipio que é todo APA, que tem deficit assumido pela secretaria de habitação ha 5 anos atras de 10 000 moradias, pouquíssimaa tendo sido construida,o que não atendeu nem aos desabrigados da última catástrofe, que dispunha à época deste levantamento de 60 000 crianças e jovens nas escolas publicas, ou seja mesmo considerando os que migram, a taxa de mortalidade e os que permanecem nas casas dos pais, teria este déficit aumentado significativamente nos anos seguintes, que tem a maior parte da população carente em áreas de risco de deslizamento ou enchentes e agora querem transformar em área turistica e que deveria ser, ou foi turística tambem um dia, mas que permitiram ocupação há décadas, áreas com relativa segurança, digo relativa porque lá tambem ocasionalmente ocorrem desmoronamentos de encostas, porem com menos frequencia que em outros locais e que tem a população bastante organizada atualmente no sentido da preservação ambiental. Mas o projeto não prevê discussões nem nenhum projeto social de inclusão. Prevê, sim expulsão dos moradores para abrir espaço a privatização da área para projetos turísticos.Pois é, né Bia não só o Museu, como outros pontos turísticos mal cuidados ou inacessíveis. Veja o Parque Cremerie, bastante abandonado, o trono de Fátima, o turista que chega lá no alto não tem como estacionar o carro para apreciar a bela paisagem, "vista", da cidade e nem tem transporte turistico adequado para chegar ao local sem carro, o lago de Nogueira, completamente assoreado, o Horto Municipal, ou parque ecológico, não sei que nome deram, há anos sem ser funcional, parece que foi inaugurado já mais de uma vez e nunca teve as portas abertas. E Magé, vai ter como tornar Vila Inhomirim mìnimamente "turistável? O passageiro turista, como está, talvez nem vá ter coragem de sair do trem... Não é como comparar com Ouro Preto-Mariana ou S. João del Rey-Tiradentes que eu irônicamente escrevi lá e fui interpretada erroneamente. Não há planejamento de verbas ou financiamentos para realocar ou facilitar que os comerciantes locais se adequem, serão apenas removidos. Vale o dinheiro, o Homem que se dane.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Cabo Frio
Hoje na região, chegou um Lobo Marinho. Por vários dias tem chegado aqui pinguins, alguns vivos outros mortos. Baleias já foram duas, mortas, isto em cerca de quinze dias. O Lobo Marinho está vivo e em boas condições segundo os biólogos que optaram por deixá-lo descansar nas areia da praia onde chegou, considerando que sua remoção a um zoo seria por demais estressante e poderia acarretar danos à saude do animal que se encontrava apenas exausto. Disseram que assim que descansar irá iniciar a longa jornada de cerca de 4500km até a Antartida. Será que vai voltar? Será que consegue? Por que será que veio tão longe?
É a terceira ressaca este ano esta que que se iniciou hoje e deve estender-se até amanhã. A primeira em abril, fora de época conforme amplamente discutido na ocasião, arrasou com a orla na famosa e turística Praia do Forte que ficou sem a grande extensão de areias branquíssimas que a caracterizava. Algum tempo depois a areia foi "descoberta" em fotos de satélite preenchendo parte do Canal de Itajuru, que liga a Lagoa de Araruama ao mar. Curioso, isso, presenciar o mundo em transformação. Ou, seria, caso os interesses humanos não fossem intervir e drenar a areia de volta ao local de onde foi retirada pela furia do mar. Caso fique onde está, irá a médio e longo prazo, alem do assoreamento do canal, prejudicar gravemente o equilibrio da lagoa. Ou seja, com os anos, ou quem sabe séculos, a lagoa secaria. Talvez restasse um grande salar. De onde a areia vem sendo retirada pela força do mar, o litoral recuaria, toda a região seria profundamente transformado, num tempo geológico relativamente curto. Mas os interesses humanos e suas tecnologias vão tratar de restaurar o que existia. Já estão em andamento obras para conter o avanço do mar, já estão tomando providencias para recolocar as areias onde estiveram, retirando-a do canal, para facilitar a navegação assim como permitir a renovação das águas da lagoa e manter sua piscosidade.
Mas estou encantada com tudo isso. Menos pelas ações do homem, mas por poder apreciar as forças da natureza em ação. Aqui, ao vivo, vejo a Terra VIVA.
.( foto: praia do Peró, Cabo Frio, esta semana)
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