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quinta-feira, 26 de julho de 2018

A Staples facilita-nos a vida para irmos de férias descansados

Confesso aqui, perante tanta gente (pode ser que sejam apenas uns dez, vá), que sou um autêntico caos na preparação do regresso às aulas. Não só não ponho os meus filhos de quarentena, umas 48 horas antes, com música zen, nada de televisão, nada de horários tardios e coisas que permitam um tremendo excitex, como a maior a maior parte das vezes saltamos do ritmo frenético das férias (onde é que já se viu ir de férias para descansar? Não conheço de todo esse conceito), para o ritmo monocromático, certinho e sem falhas (deves!), de um voltar às rotinas, sem os preparar para a transição. Sim, podem chicotear-me à vontade. Quem diz a verdade não merece castigo. Deixo-os sorver até à última gota o sabor a mar e a areia que ainda trazem nos pés, nas mochilas e no coração, podendo encontrar-se ainda alguma nos cadernos pautados, que se pautaram pelos dias azuis de praia, sol, banhos de mar e que devem ter, eles sim, aproveitado para fazer gazeta, ou hibernar, num movimento contrário ao de muitos animais.
Para piorar ainda mais as coisas, como se fosse preciso, sempre trabalhei até ir de férias, ficando o tempo restante guardado para fazer mil coisas mais. Mentira, ficando guardado para me imaginar já com os pés dentro de água, com a ponta do nariz pelada, os mergulhos com eles de mãos dadas – sim, não sabem que antever a coisa pode ser tão bom como a coisa em si?
É um facto que desde o divórcio, os pais dos meus filhos tentaram organizar-se melhor entre si, porque é tão mais fácil resvalar para uma desorganização justificada, quando há uma guarda partilhada.
Estava eu neste chove não molha, exactamente como o tempo, sem me decidir se este ano é que era, quando recebi um e-mail da Staples. Sinal dos deuses ou da divina providência. O mail era claro e o pressing nada subtil. A compra de livros escolares é feita na Staples e ponto. É encomendar já, até 19 de Agosto (atenção Sofia, não procrastinar!), sem preocupações ou ralações e ainda com 6% de desconto imediato e portes grátis. Tudo sem sair de casa (online, meus senhores, online. Esta devia ser a palavra do século XXI).
Podendo eu não estar convencida, mas estava, que a mim convencem-me rápido, continuava dizendo que há um serviço, Colibri, que forra imediatamente os livros quando chegam, se for activado. E se não for, demora no dia apenas 20 minutos no total. Eu já experimentei na Staples, no Verão passado, e é mesmo bom, embora no meu caso tenha sido mais ou menos 20 dias depois de as aulas terem começado cof, cof, cof.
Parece que este serviço foi agora melhorado ou reformulado, como queiram, e está melhor do que nunca. Rapidíssima aplicação, permite reutilização porque não estraga os livros, pode ser aplicável em qualquer tamanho, não deixa bolhas (oh sim Meu Deus, SIM) e ainda pode ter elementos decorativos, para quem queira (vou esconder esta parte da Concha e do Vicente). Ele seriam só bolas e ela unicórnios e fadas. Eu que já tive uma queda pelos unicórnios, a humanidade voltou a ressuscitá-los quando eu já não os podia ver, de tão enjoada que estava. Sim, era bem capaz de abater qualquer bicho alado que me aparecesse pela frente e com um grande corno na testa. É que não há pachorra, para tanto brilho, tanto glitter, tanta fantasia, tanto enjoo. Percebem porque é que as modas são recicladas? Para não nos podermos fartar delas desta forma. Quando nos esquecemos que já não podíamos com o denim, com as calças skinny ou super extra size, aparecem novamente, uns cinco anos depois. Talvez sete seja a conta certa. Entramos todos numa espécie de amnésia selectiva e passamos novamente a adorar o que já tínhamos adorado e passado a odiar. Nietzshe explica isto como ninguém. Então por amor de Nietzshe, está na hora de mandar os unicórnios para a unicorlândia, que fica para lá de Júpiter e de todas as luas e do sol posto.

Então depois deste e-mail, que foi um chamamento dos deuses, uma espécie de contrição feita ali na igreja do bairro – Não deixarás para depois o que podes fazer já! Se formos espertos percebemos que isto até tem razão de ser. Faz sentido, não é?

Obrigada senhores da Staples por me tornarem uma pessoa melhor, uma anti procrastinadora, uma mãe cheia de garra, de competências e resiliências (e também cool, com ar novo e giro e…)


Agora vou só ali fazer uma sesta e depois trato de tudo, ok?? Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz


segunda-feira, 11 de junho de 2018

Leiria, a Leonor, as boas descobertas e eu



Se pudesse este título era ainda maior. Nele continha todo o entusiasmo com que vivi este dia, todas as conquistas, as vitórias, os sorrisos, a felicidade. Essa não sei se, por muito que tente, ficará tão visível como a que está gravada cá dentro, até porque há coisas difíceis de explicar.

Vou começar pelo mais importante, se bem que isto de medir as coisas segundo uma escala de importância tem muito que se lhe diga.

Mas sim, vou começar pela Leonor, ou melhor, a Nô, a minha querida Nô, que é uma mulher furacão, que leva tudo à frente, que é uma delícia, tal como o seu sushi. Lá chegaremos... Quero saborear agora cada pedacinho desta estória.

A Leonor é minha amiga há duas mãos cheias de anos, ou quase. Também mais ano menos ano já não faz grande diferença. A minha Leonor é uma amiga que nasceu destas novas tecnologias e tem resistido a todas as intempéries, sempre com um smile, uma mensagem amiga, um elogio no momento certo. Não há cá abraços e beijos, ou melhor, tem havido ao longo de todo este tempo mil abraços e beijos, mas todos virtuais.

A Leonor chegou até mim, até à minha página pessoal através de uma amiga, ou de uma amiga de uma amiga, ou de uma amiga de uma amiga de uma amiga...ufa. No tempo em que o facebook era vivido de outra forma. A minha página pessoal não estava abandonada, era o sítio onde dizia as parvoíces que agora já digo no 4D. Onde eramos uma tribo.

Eu e a Leonor nunca nos encontrámos. Porque tínhamos vidas muito ocupadas, muito diferentes, eu cheia de filhos e ela sem nenhum, vivíamos em cidades diferentes, e não aconteceu. Entretanto no meio do enredo a minha amiga decidiu ir viver para o Brasil e perdi-lhe um bocadinho o rasto. Talvez tenha sido na altura em que também não andava bem, em que estava mais em baixo, em que me separei do pai dos meus filhos.

E eis que quando voltei ao facebook a reencontrei a viver no Brasil, casada, com um filho lindão e com um sorriso de orelha a orelha - se eu vivesse no Brasil também estaria sempre de bem com a vida. Maldito tempo que não ajuda nada!

Entretanto o casal e sócio abriu um restaurante de sushi em Pipa e eu estive, juro mesmo que estive, vai não vai para ir lá. Por vezes acontece não estarmos com as pessoas quando estão mais perto, mas depois cruzamos mares infinitos para as encontrar.

Entretanto nas voltas que a vida dá, a Leonor resolveu regressar. Uma das principais razões foi por ter o seu filho tão longe da avó. Voltou e deu continuidade ao seu restaurante, agora ainda mais sofisticado.

Um dia a falarmos, combinámos que eu haveria de ir conhecer o restaurante de Sushi da Leonor. E logo eu que adoro sushi, tanto que quase deve ser pecado.

Na altura disse à Leonor que adorava ir e fazer uma review do restaurante. E assim ficámos. Sem datas marcadas. Combinámos apenas "quando o bom tempo chegar...". E os dias foram passando, as semanas, os meses. E nada de marcarmos. Só a vontade de um dia fazer acontecer.

E eis que um dia, há muito pouco tempo, estava eu na Figueira, onde ia fazer uma terapia de casal, com um sol magnífico e disse a mim mesma "é já". Telefonei à Leonor e marquei para o dia seguinte.

E no dia seguinte estava a chover a bom chover e eu pensei "e agora o que é que eu faço?". Não queria desmarcar. Queria conhecer a Nô em carne e osso e ouvir de perto as gargalhadas características que só tinha ouvido pelo telemóvel - sim, ainda usamos essa coisa.

Há muitas coisas que não sabem sobre mim. Não sabem que não sou fã de conduzir, muito menos de noite, sozinha ou se estiver a chover. Das três a que faço mais é a do meio. As outras duas fujo a sete pés, se puder. Ainda mais se vou para algum lugar desconhecido. Outra coisa que não sabem sobre mim é que o meu filho Afonso percebe muito mais das novas tecnologias do que eu. Nem sei se é incapacidade se é inércia e pouca vontade de aprender. Dito isto, posso dizer-vos que era a primeira vez que ligava sozinha o gps. O problema não era a auto-estrada. O problema era depois. Mas cheguei ao sítio, perdi-me e voltei a encontrar-me, não entrei em taquicardia e até me ri. Estava tão orgulhosa que até telefonei à mãe a contar. Mãe é sempre mãe e é talvez uma das primeiras pessoas a quem recorremos para chorar no ombro ou para contar os nossos feitos.

Estava de astral lá bem em cima, não queria saber da chuva para nada, e abraçar a Leonor era o bálsamo, a recompensa há tanto esperada. Fez-me tão bem à alma que nem vos digo e conhecer o Sushiama foi, sem dúvida, uma experiência nota 10. Estava talvez em apuros se não tivesse gostado. Como resolveria a situação? Eu que só falo do que gosto estaria em maus lençóis. Mas a verdade é que adorei. O espaço, a localização, a decoração, a simpatia de todos e, claro, o sushi e a sangria. E as sobremesas!! Aconselho vivamente porque foi do melhor sushi que já comi na vida e olhem que já comi no Olivier. Mais do que aprovado. E agora só espero pôr-me a jeito para outro convite e para um almoço ou um jantar fora de horas, porque foram realmente horas que estivemos a conversar. Só acabou porque ela gentilmente me despachou "Sofia, tenho de ir comprar peixe"!!


E assim me despedi da Leonor, mas não de Leiria. O sushi, a sangria e a alma lavada pediam um passeio solitário, mas cheio de vontade. E a verdade é que não foram precisos mais do que alguns passos para entrar numa loja e me apaixonar. Que peças tão giras, que presentes tão cool e fora do comum. Eu que gosto de oferecer coisas diferentes senti-me um peixinho dentro de água - sim, difícil esquecer aquele sushi e parar de falar em peixe fresquinho que se desfazia na boca.


E pronto, conheci a Linhas de Pau, trouxe algumas coisas para mim e dois presentinhos - que estão embrulhados, para os mais novos oferecerem às professoras. Isto de dar presentes às professoras para mim deixou de ser uma ciência muito complicada. Não stresso ou fico envergonhada se não dou. Dou quando posso, quando quero e, principalmente, quando encontro o presente certo. E desta vez encontrei. Já houve anos que não encontrei e não dei nada. Para mim as coisas só funcionam se forem simples e se forem realmente de coração.


Aqui vos deixo as fotos. E o mais importante são aqueles sorrisos felizes.

Sem dúvida que são estes momentos que dão significado aos dias menos bons, aos dias rotineiros, aos dias em que até está sol, mas que cá dentro anda um temporal desgraçado.

Choveu pelo país, mas naquele dia fez um grande sol cá dentro.















Sushiama - Largo da Padeira de Aljubarrota, 18 Leiria


Linhas de Pau - Rua Comandante João Belo, 11 Leiria

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Sugestões Dia da Mãe e um passatempo Tefal



O dia da mãe está quase, quase à porta e eu sei que provavelmente vão estranhar, mas desta vez não venho apresentar-vos livros, perfumes, jóias. Claro que continuo a gostar de tudo isso, mas não sei se é da idade, cada vez me interesso mais por objectos utilitários, ou seja, parece que voltei aos oldays onde as mulheres recebiam panelas e ferros de engomar em dias especiais.
I really don't care. Uma peça de lingerie é óptimo, mas eu preciso muito mais de outras coisas neste momento.
Em última análise, acho que o que fica sempre bem é receber um miminho dos filhos e comprarmos o que precisamos para nós mesmas!

Aqui ficam algumas das minhas sugestões. Acreditem que tudo isto fazia tanta falta cá em casa!!


Instat Straight Brush. Escola Alisadora para todos os dias

Modelador Multisyle 3 em 1

Wet&Dry Premium Care Skin Respect.

So Curls. Modelador Automático. De ondas naturais a caracóis perfeitos.








Copo de viagem




Garrafa Refrigeradora Flow Slim








E a querida Tefal juntou-se ao 4D para oferecer uma Flow Slim, a garrafa refrigeradora, super cool, com design inovador e capacidade para 1L. Desenhada para ser antigota, mantendo as bebidas frescas por  horas.









Passatempo:


Para poderem ganhar uma destas garrafas todas estilosas têm de

- Fazer like e seguir o 4D, no facebook
- Fazer like e seguir a página Tefal, no facebook - https://www.facebook.com/tefalportugal/

O passatempo vai decorrer na página 4D.
Por baixo da imagem, como comentário, vão escrever Ser mãe... e terminar a frase com toda a vossa sapiência, inteligência, seriedade, sarcasmo e bom humor.
Podem concorrer as vezes que quiserem.
A melhor frase leva a garrafa para casa.
O passatempo termina no dia 30 de Abril.

Espero que se divirtam.


quinta-feira, 13 de abril de 2017

Porto, que te quero tanto



















Eu sou de um tempo esquisito. Ou então não, éramos só nós que éramos estranhos.

Na minha escola as duas turmas cortaram-se à viagem de finalistas de 12º ano. Qual Lloret de Mar, qual quê? Os pais não deixavam e os filhos obedeciam. E até os filhos não tinham muita vontade de fazer disparates atrás de disparates.

Um grupo de irreverentes, mais precisamente 6, resolveu que não ia saltar este marco tão importante. Nós que não temos quase nenhuns rituais de passagem, este era tão significativo ao ponto de não o podermos perder.

Não fomos para Espanha. 6 gatos pingados... Fomos para o Porto e o meu amor por esta cidade nasceu nessa altura e nunca mais esmoreceu.

Fui lá muitas vezes depois, mas não sei se voltei a admirar a beleza daquela cidade como naqueles dias de finalista - não vou dizer que não bebi, mas havia muito mais a fazer do que isso. A liberdade não era beber até entrar em coma e fazer desacatos nos hotéis. Liberdade era sentirmo-nos livres, especiais, tendo acabado um ciclo e não sabendo muito bem o que o futuro nos reservava. Naquela altura sentíamos que tudo era possível e isso incluía acordar cedo, andar imenso a pé, ver tudo e ainda aproveitar a vida nocturna. Não incluía queimar colchões ou deitar coisas pela janela do quarto ou sermos expulsos. Eu que vestia de preto, cheguei a pensar se teria uma alma betinha ou apenas tinha sido bem educada pelos pais que me tinham calhado na rifa. Acredito que o facto de sermos poucos ajudou a que uns não puxassem os outros para caminhos mais desviantes.




Mas como eu estava a dizer, a paixão pelo Porto ficou. Um lugar que se instalou cá dentro, bem perto do coração e que ficou para sempre. Muitas vezes voltei ao Porto. Para concertos, conferências, workshops, tardes de compras...mas nunca mais foi como daquela primeira vez.




Até agora. Muitos anos se passaram. Novamente houve um mote para a viagem, o concerto dos Motorama no Hard Club, mas prometi a mim mesma que desta vez era diferente. Ia de fim de semana, e ia olhar para tudo com olhos de turista - aqueles olhos que nos fazem admirar seja o que for que encontremos lá fora, mas que não liguemos nenhuma ao que é nosso, tão nosso.




As dicas da Bri e as dicas das minhas seguidoras do 4D foram cruciais. Agradeço-vos imenso por isso.




As dicas eram:




- Visitar a loja Almada 13 e comer uma pavlova na Miss Pavlova. Beber um chá no Majestic

- Andar pela baixa do Porto e pela Zona Ribeirinha

 - Rua das Flores

- Mercado do Bom Sucesso e Hotel da Música

- Casa da Música

- Livraria Lello (pagámos 4 euros de entrada, que pode reverter na compra de um livro)

- Serralves

- Torre dos clérigos

- The Yaeteman

- Arco das Verdades

- Igreja do Carmo

- Sé

- Estação de São Bento








Para comer:




Francesinhas no Santiago

Cachorros do Gazela

Prego no Pão no Venham mais Cinco

Bifanas do Conga

Sandes de pernil da Casa Guedes

Buraquinho




Para adoçar a boca - Leitaria da Quinta do Paço.




Sei que em relação às francesinhas as sugestões foram imensas. Peço-vos que as deixem novamente no post, mas aqui no blog, porque aqui ficam para sempre guardadas e é fácil fácil acedermos novamente a elas. Quem diz em relação a francesinhas diz em relação ao que quiserem.

Quero mais lugares para descobrir, para ter uma boa desculpa para voltar ao Porto. Breve, breve.






quarta-feira, 22 de março de 2017

Anda Luzia – Uma semana de risos e descobertas



Quando há um divórcio uma pessoa não devia passar a ser divorciada. Palavra pesada, feia, que traz consigo, ainda, um estigma e um peso difícil de carregar.
Quando há um divórcio uma pessoa devia passar a ser (novamente) solteira. Porque, de facto, é assim que está, que se quer sentir, já que não pode ser viúva de pessoa viva.

Bom…onde é que eu queria mesmo chegar? Ahhh, à semana do Dia dos Namorados. Será que se pode dizer assim? Semana do dia? Aproveitámos o mote e como não podíamos ir ali até Sevilha e voltar no dia 14 de fevereiro, fomos passar uns dias no sul de Espanha, com a desculpa de ser a altura ideal, para celebrarmos o amor que nos une – já disse que tinha um namorado, só resolvi não falar muito sobre ele. Mas falando então da altura escolhida, não podia ter corrido melhor: nem muito frio, nem muito calor, graças a São Pedro, e com o São Valentim a dar uma mãozinha.


Não tenho escrito no blog. Falta de tempo, de paciência, de vontade. Quando tenho uma oportunidade as palavras não fluem e quando dançam na minha cabeça, num fox trot apressado, não consigo passa-las para o papel, ou para o computador, nem sequer para um gravador, vejam bem.

Mas este post tinha de sair. Dedico-os a todos, mas a duas pessoas em particular.

À Ana, minha parceira da Pharmanord e à minha irmã Rita.

Ambas me disseram que seguiram as dicas da minha viagem a Ávila, Segóvia e Toledo e que adoraram. Caramba, como isso me deixou feliz! E já que segunda foi o Dia Internacional da Felicidade, altura excelente para pensar no que é que nos faz feliz, foi para mim o timming ideal para resolver pôr em prática aquilo que sinto. Realmente comunicar, passar mensagens, dar dicas que vão servir para alguém ser mais feliz, deixa-me feliz. Mesmo muito feliz.

Uma das partes mais importantes das minhas viagens, quase tanto como a viagem em si, é a preparação, o planeamento, a procura por sugestões que me ajudem a construir um roteiro ao meu gosto, com os fins que procuro.

Desta vez não houve tempo para isso. A viagem foi marcada muito em cima da hora e tive, por um lado, de abdicar dessa parte que adoro, mas por outro fui obrigada a aprender a viver sem muitos planos, o que é extremamente difícil para mim. Não sou a organização em pessoa, bem longe disso, mas sou um bocadinho control freak – dizem que é do signo. Isto de se ser virgem é uma grande chatice!


De qualquer forma aconselho sempre a planearem o roteiro. No meu caso ter-me-ia poupado algumas horas de viagem. Na altura e sob pressão, acabámos por não decidir bem o trajeto e andámos ali para a frente e para trás, o que era escusado.
Então vou-vos deixar o percurso que hoje teria feito, bastava ter começado a road trip por um lado em vez de ter começado pelo outro.


Em relação aos sítios, não deixaria nenhum de fora. Amei. Tivemos pouca sorte com o Torcal, porque estava nevoeiro cerradíssimo. Mas o que não vi imaginei e também foi uma lição gerir essa frustração – sim, porque fui eu que queria mesmo ver “pedras” e insisti ao máximo e depois naquele dia as condições climatéricas deitaram-me a língua de fora. Mas eu decidi ser feliz e aproveitar ao máximo, mesmo assim.


Queria ainda explicar o título. Foi uma brincadeira, como é fácil de perceber com Andaluzia e Anda Luzia, com um bom sotaque alentejano – eu posso, eu tenho direito a brincar, porque sou alentejana com imenso orgulho! 
Quando começava a panicar por causa das distâncias, da dificuldade de dar com algum sítio ou do anoitecer a chegar, para aliviar a tensão dizia “Anda Luzia, anda lá! Magana da Luzia que não há meio de ela chegar!”





Sítios que não podem perder:



Uns dias em Sevilha. Andar pelas ruas, tapear muiiiiiito e fazer compras. Não tenho culpa de ter apanhado ainda os saldos. Não deu para resistir.

Sevilha é linda, é plana, faz-se tão bem a pé e nas ruelas labirínticas descobrem-se coisas boas. A casa esquina.



Sítios para comer bem:

Bodega dos de Mayo

Papanatas

Coloneales

Casa Ruperto – os turistas não chegam lá sozinhos. As melhores codornizes que já comi. Comidas em pé, no meio de uma rua sem trânsito, lado a lado com pessoas de todas as idades, famílias tradicionais e os hipsters e os motards mais cools do pedaço.

Tapear sushi na rua – La Hermandad del Sushi

Saída noturna para ouvir rock – FunClub - a.m.e.i



Para ficar: O Hostel do nosso querido amigo Bruno, Sevilla Dream. Um espectáculo de pessoa. Depois de um MBA nos States, decidiu largar tudo e recomeçar a vida em Sevilha. Já lá está há 3 anos e pretende ficar. E é um anfitrião de primeira. 





Córdoba, passeio de um dia. Não vimos tudo, pois que não. Mas vimos o principal e deu para ficar com uma ideia da zona histórica e dos principais monumentos. Gostei imenso. Até tem um templo romano ao género do nosso de Évora.

Descobrir cores, os vasinhos típicos pendurados nas paredes e séculos de história para onde quer que se olhe é bom demais.

E nunca me irei esquecer que foi lá que comprei o meu skate. Já que ia oferecer um ao meu filho Vicente, achei que ainda estava em boa altura de aprender uma coisa nova. Tenho para mim que devíamos aprender uma coisa nova todos os dias. Como seria quase impossível, ao menos todas as semanas ou todos os meses. Devia estar na Bucket List de todos nós.



Pontos que vale a pena visitar: 

- A mesquita-catedral de Córdoba

- A Juderia ou Bairro Judeu

- Os pátios de Córdoba

- Puerta del Puente

- Ponte Romana

- Torre de la Malmuerta

- Mercado Victoria

- Templo Romano

- Casa de las Cabezas – Patios de Leyenda





Ronda (no interior de Málaga), a cidade a que chamam The dreamed city. Uma cidade mágica, que vive literalmente à beira do precipício (fica situada num pico rochoso a mais de 800 metros de altitude), sendo a melhor forma de a conhecer andando a pé pelas ruas cheias de reminiscências arábes, fenícias, romanas… As fotos falam por si. Imperdível.

“Procurei por todas as partes a cidade sonhada, e por fim encontrei-a em Ronda”

Poeta Rainer María Rilke



E ainda descobri uma tapa chamada semáforo, que é lombo fumado, com molho de salsa e no meio um ovo de codorniz. Acho que é a primeira vez que gosto de semáforos!

Se pensam manter a linha em Espanha, esqueçam! Mais vale perder peso antes de ir!



Setenil de las Bodegas, lugar especial, encantatório. Para mim, o fenómeno. Imperdível! Quando pensamos que já imaginámos tudo, aparece-nos Setenil, uma aldeia branca, cujas casas estão embutidas nas rochas.



Olvera – não conseguimos fazer toda a rota dos Pueblos Blancos ou Aldeias Brancas, mas ainda passámos por algumas, escolhendo parar em Setenil, Olvera, Antequera e Arcos de la Frontera. 

El Torcal de Antequera – o tal sítio das pedras 😊

El Torcal é das mais importantes reservas naturais da Andaluzia e tem um perfil único. Situada a poucos quilómetros de Antequera, na província de Málaga, esta reserva natural está cheia de formações rochosas fascinantes. Algumas delas são das mais antigas na Europa, o que oferece à paisagem uma atmosfera quase surreal e alienígena.



Antequera, a cidade branca e os Dolmens (Dolmen de Viera e Dolmen de Menga). Para grande espanto meu, este espaço, bastante bem preservado, é de entrada gratuita. 

À saída de Antequera podem visitar-se três dolmens de 5000 anos de idade: O Dolmen Menga (o maior da Europa) e o Dolmen Viera. O Dolmen El Romeral está a poucos km de distância (este já não vi). Estas três câmaras funerárias pré-históricas representam algumas das maiores e mais completas estruturas megalíticas da Europa.

Em 2016, os dólmens, juntamente com duas montanhas intimamente ligadas ao complexo dolmen, foram declarados Património Mundial da UNESCO. 



Arcos de la Frontera. Fiquei apaixonada. Completamente rendida. Não deixem de visitar a Taberna de San Pedro e a Taberna Jovenes Flamencos pelo tinto de verano e pelas fotografias lindas para mais tarde recordar. Sei que me falta conhecer imensos sítios, mas este é, sem dúvida, um dos vilarejos mais bonitos de Espanha. Arcos impressiona ao primeiro olhar. Está localizado no topo de uma montanha, numa posição privilegiada sobre a região que a envolve. Muitas das suas casas ficam na beira de um abismo. Mais um. É de ficar de queixo caído.



Utrera – Confesso que conheci pouco ou quase nada. Meti na cabeça que havia de tirar uma foto ao pé de um dos touros típicos, que só tinha visto por montes e vales. Ficava tão pertinho de Sevilha que não quis perder a oportunidade. Gostei das fotos e o nome da terra foi motivo de gozo a viagem toda, porque cada vez que a queríamos pronunciar saíamo-nos sempre uma Uretra! Valeu por mais uns belos momentos de puro riso.



Road trip para quem quer uma semana como a nossa:



Sevilha – Córdoba – Antequera e Torcal – Ronda – Setenil – Olvera – Arcos de la Frontera – Utrera – Sevilha.





O que ficou para depois:


Granada

Málaga

Gibraltar

Mijas

Cavernas de Nerja

Marbella

Caminito del rey (El Chorro)

Cádis

Puerto de Santa Maria

Jerez

Vejer de la Frontera

Medina Sidonia

Sanlúcar de Barrameda

Frigiliana





























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