- (…) Muitos dos (cometas) que vieram a seguir, foram associados a guerras e catástrofes e até, à ideia da destruição total da Terra.
Em 1531, Luísa de Sabóia, mãe de Francisco I, já na cama da morte, dizia fitando o cometa que estava no céu e que via através da janela: "Eis aí um aviso que não parece mandado a pessoas de baixa condição. Deus no-lo manda para nos advertir. Preparemo-nos para morrer."
William Shakespeare (1564–1616), na mesma linha de pensamento escreveu: "Quando os mendigos morrem não há cometas à vista: os próprios céus anunciam a morte dos príncipes."
Esta ideia de que os avisos do céu eram dirigidos às personagens mais importantes, vinha de longe. Pensa-se hoje que a astrologia datará de há mais de 15 milénios, na Mesopotâmia. Mas os primeiros astrólogos de que há registo, no Ocidente, são de há cerca de 4. 000 anos, quando foi estabelecido o Zodíaco. Estas práticas de adivinhação, provindas dos caldeus, espalharam-se pela Grécia, Babilónia e Roma. Os astrólogos ocuparam-se, nos seus inícios, de prever a sorte de monarcas e países. (…),