Estamos vivendo um período em que procuramos suprir nossas carências no mundo virtual.
Damos incondicionalmente do nosso tempo e oferecemos muito de nós. Nós nos abrimos, enviamos flores virtuais, abraços virtuais, palavras de consolo, infinitos bons dias e boas noites. Trazemos sonhos e oferecemos nossa amizade sem nos questionar.
Sabemos pouco uns dos outros, mas isso não tem importância.
Quando a porta do mundo virtual se abre, entramos e não nos preocupamos em saber se existe uma porta de saída.
Enquanto isso, ao nosso lado, na nossa vizinhança, na nossa cidade e, mesmo, dentro da família, as pessoas vão sendo deixadas.
Nós nos esquecemos do bom dia diário, do sorriso luminoso que pode iluminar o dia de alguém, de um olhar sincero do “pode contar comigo” que escrevemos tantas vezes a quem não conhecemos. Mas quando Deus permitiu que a internet fosse criada, foi para que mais portas se abrissem e não que outras fossem fechadas.
Penso que Ele queria que nos abríssemos para o mundo, mas que jamais nos fechássemos em nossa casa.
Então, por que não trocar de vez em quando algum tempo diante do computador por uma boa xícara de café com alguém que conhecemos? No lugar de um e-mail de bom dia, que vai ficar guardado numa caixinha virtual, um caloroso bom dia por telefone que vai ficar guardado no coração.
Uma boa gargalhada a dois, três ou mais pode ser ainda mais saudável que um ato solitário diante de uma tela. Experimente, de vez em quando, voltar ao mundo real. Ser uma bênção virtual é enriquecedor e nos traz grandes satisfações. Mas se, além disso, podemos ser uma bênção real e uma real bênção, nossa missão de ser anjos na terra vai estar sendo maravilhosamente cumprida.
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