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sábado, julho 09, 2022

Solidariedade internacional nas Nações Unidas

 AbrilAbril

Resolução de Cuba 

sobre «solidariedade internacional» 

aprovada pelo «resto do mundo»

O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou, esta quinta-feira, a resolução 

«Direitos Humanos e Solidariedade Internacional». 

Os países da chamada «comunidade internacional» votaram contra.

Quadro da votação da resolução «Direitos Humanos e a Solidariedade Internacional», apresentada por Cuba 
Quadro da votação da resolução «Direitos Humanos e a Solidariedade Internacional», apresentada por Cuba Créditos/ Prensa Latina

Na resolução apresentada pela Ilha no decorrer da 50.ª sessão do organismo das Nações Unidas, com sede na cidade suíça de Genebra, afirma-se, por exemplo, que «a solidariedade internacional deve ser um princípio fundamental que sustenta o direito internacional contemporâneo».

O documento proposto por Cuba, intitulado «Direitos Humanos e a Solidariedade Internacional», também reconhece que «a solidariedade internacional é uma ferramenta poderosa para fazer frente às causas estruturais da pobreza, desigualdade e outros desafios mundiais».

Entre 47 delegações, 31 votaram a favor da resolução, uma absteve-se e 15 opuseram-se a ela.

Votaram contra Alemanha, Coreia do Sul, EUA, Finlândia, França, Ilhas Marshall, Japão, Lituânia, Luxemburgo, Montenegro, Países Baixos, Polónia, Reino Unido, República Checa, Ucrânia – os países do eixo NATO-EU, parceiros e as alinhadas Ilhas Marshall.

O México absteve-se. Votaram a favor Argentina, Arménia, Benim, Bolívia, Brasil, Camarões, Catar, Cazaquistão, China, Costa do Marfim, Cuba, Emirados Árabes Unidos, Eritreia, Gabão, Gâmbia, Honduras, Índia, Indonésia, Líbia, Malawi, Malásia, Mauritânia, Namíbia, Nepal, Paquistão, Paraguai, Senegal, Somália, Sudão, Uzbequistão e Venezuela.

O ministro cubano dos Negócios Estrangeiros destacou a aprovação na sua conta de Twitter.

Antes, de forma mais enfática, representantes cubanos nas Nações Unidas denunciaram a manipulação política das liberdades de religião e crenças, às quais alguns governos recorrem para condenar e punir a terceiros.

«Não reconhecemos a nenhum país o direito de se proclamar polícia ou garante da liberdade religiosa no mundo, nem de emitir certificados ou listas unilaterais», afirmaram os representantes do país caribenho, numa declaração citada pela Prensa Latina.

sexta-feira, março 04, 2022

Refrescar as memórias

Depois do golpe de Estado
                              de 2014
e do 2 de Maio em Odessa




 

segunda-feira, setembro 10, 2018

De regresso...


De regresso às rotinas quotidianas depois desta que se tornou a rotina anual de 3 dias de Festa, sonho e luta. com vivências que dão sempre para viver (e contar) o ano inteiro entre as Festas. Inesgotáveis. Em cada Festa há sempre algo para descobrir e sempre muito que fica por viver. Este ano foi o ano descoberta do desporto em Festa a compensar o tanto que ficou por viver ou reviver. 

Assim se constrói a vida transformada. Com gente de todas as idades e sentires.
Este ano, cumpri uma tarefa num momento de solidariedade. Que me emocionou pelo que lembrei e convivi. No espaço do Setúbal. Momento de solidariedade que abri, dizendo:


ÁFRICA É DOS SEUS POVOS

Caros companheiros,
É com alguma emoção que, em nome do PCP, vos reitero formalmente e neste momento de solidariedade, as boas vindas a esta Festa, na sua 42ª realização e que, por ser o que é e como é, é também a vossa Festa.

42 Festas, desde 1976!
Um tempo que, na nossa contemporânea idade, começa a ter dimensões históricas.
Este ano de 2018 assinalando 2 séculos. Do nascimento de Marx. E também os 100 anos de Mandela!
Como o ano passado, em 2017, se assinalou um século. Da revolução soviética.
Tal como estamos a aproximar-nos de meio século de tanto da História que muitos de nós ajudaram a escrever. E que tão mal escrita está por alguns escribas…

Um tempo na escala da história dos humanos que somos. Mas também, decerto, um tempo histórico à escala da Humanidade.
Na viragem da década de 60 para a de década 70 do século XX vivia-se a consciência da necessidade de uma Nova Ordem Económica Internacional pós-colonial, embora com forte reacção imperialista.

Se se vierem a colocar marcos ou balizas no recente processo histórico, eles bem podem vir a pôr-se nos anos de 1974 e 1975. Em resultado das nossas lutas, das lutas dos nossos povos.
Das lutas do povo português a resistir e a libertar-se do fascismo, das lutas dos vossos povos a resistirem e a libertarem-se do colonialismo e a encetarem caminhos cheios de escolhos e armadilhas, caminhos que se queriam de independência e soberania.

Há algumas datas de imprescindível referência para Portugal e para os novos países em África.

(Repito: à nossa escala humana e à escala temporal da Humanidade. Em 1974/75)

Com o PAIGC a antecipar-se na Guiné-Bissau ao nosso (de todos nós!) 25 de Abril de 1974 com o seu 24 de Setembro de 1973, cumprindo o inapagágel legado do tão nosso, tão de nós todos, Amílcar Cabral, assassinado nesse ano;
em Moçambique, a luta da FRELIMO e a data de 25 de Junho de 1975, depois de vencida a reacção mas, em 86, sem se ter sido capaz de impedir a estranha queda de avião que matou Samora e acompanhantes;
em Cabo Verde, ainda o PAIGC em 5 de Julho de 1975, e depois o PAICV;
uma semana depois, a 12 de Julho, S. Tomé e Príncipe  do seu MLSTP;
por último, e já com dificuldades acrescidas pela sua relevância económica e estratégica, o MPLA e Angola, no acto tristemente unilateral de 11 de Novembro de 1975.

No entanto, já antes, a 12 de Dezembro de 1974, a Assembleia Geral das Nações Unidas, por 120 votos a favor, 6 votos contra e 10 abstenções, aprovara uma Carta dos Direitos e Deveres Económicos dos Estados. Onde, nessa assembleia-geral, se afirmou ser (cito):

“… um instrumento efectivo para o estabelecimento de um novo sistema de relações económicas internacionais baseadas na equidade, na igualdade soberana e na interdependência dos interesses dos países desenvolvidos e dos países em desenvolvimento…”

Na votação dessa Carta não participaram, ainda, os vossos novos Estados em vias de criação, mas o papel dos partidos e movimentos pela independência dos seus povos está nela reflectido.

Foi há quase meio século – foi ontem!

Aqui, neste extremo da Europa, nesta porta para os caminhos do Sul, este Partido lutava, com outras forças, por um continente nas mãos dos povos, em segurança e cooperação, e também foi, este Partido, o único sempre solidário com os povos de África a lutarem pelo futuro nas suas mãos.

Passaram décadas
Em que muito se viveu. Com muitos passos atrás.
Em que aos avanços civilizacionais se seguiram provocadores e inevitados recuos.
Nas sempre novas condições concretas, a retoma dos caminhos de ontem está na ordem dos dias de hoje e na necessidade dos povos. E nas suas lutas!

Em Festa, em encontros e reencontros que ela proporciona, reafirma-se a solidariedade como intrínseca aos povos que queremos representar.
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Depois de intervenções das delegações presentes, todas a contribuir indelevelmente para um ambiente amigo e fraterno, solidário!, ainda me coube encerrar. o que fiz num brevíssimo apontamento que, apesar disso, ainda deu para lembrar dois episódios: a fuga de Portugal de Agostinho Neto e Vasco Cabral em 1963, e o encontro  das delegações dos nossos povos enquanto a guerra colonial prosseguia, no Congresso Mundial das Forças de Paz de 1973, em Moscovo. 


quinta-feira, setembro 22, 2011

Outra informação - a surda mas bem presente campanha anti-comunista

(hoje é 5ª feira)






«Solidariedade com Paleckis

O PCP, através da sua Secção Internacional, dirigiu uma carta à Frente Popular Socialista da Lituânia, em que expressa a «indignação» dos comunistas portugueses perante «o processo judicial de cariz fascizante movido contra o camarada Algirdas Paleckis, Presidente da Frente Popular Socialista da Lituânia, e solidariedade ao camarada Paleckis, à Direcção da FPSL e a todos os seus militantes e simpatizantes».

A missiva manifesta ainda «preocupação» com «a degradação patente das garantias e liberdades democráticas na Lituânia, tendência em que se insere o desenvolvimento de obscuras campanhas de revisionismo histórico e de perseguição criminal de forças políticas e sociais que não abdicam do exercício da liberdade de pensamento e acção política e da luta por alternativas democráticas e de progresso social, num quadro de intensa ofensiva de classe e grave crise sistémica enfrentada pelo capitalismo».

Recorde-se que Paleckis está a ser julgado por «negação dos crimes cometidos pelo regime soviético» (Avante!, 22.06.11), depois de ter posto em causa a versão oficial dos acontecimentos de Janeiro de 1991 no país.

Recentemente, na Festa do Avante!, um representante da Frente Popular Socialista da Lituânia, Vytautas Liuktius, participou num momento solidariedade dedicado à denúncia da campanha anticomunista em curso na Europa.»