Houve um tempo
em que era preciso morrer
— e nós morríamos,
de câncer ou de tiro,
de agá-i-vê ou aéroplano...
A gente adorava morrer
— e morríamos aos montes
em guerras tão bonitas,
genocídios adoráveis,
suicídios exemplares...
E nossos jardins
eram imensos cemitérios...
E nossas casas
eram repletas de fantasmas...
A. F.