Não quero-quero ter de dona a poesia
tampouco quero-quero dominá-la.
Não quero-quero a escravidão da língua.
Não quero-quero carregar bandeira.
Não quero-quero ser poeta.
Não quero-quero da sina
fazer profissão.
Não quero-
quero.
Só quero-quero ser livre!
Só quero-quero ser solto!
como o doce quero-quero da manhã
que esta manhã não veio...
* Desenho de galho, John Ruskin.
[Ruskin´s Drawings, Asmolean Museum Oxford, 1997, p. 39]