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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

133º aniversário do Jardim Botânico: sem festa mas com muitos amigos

No ano em que o Jardim celebra 133 anos, não podemos, infelizmente, festejar alegremente o seu aniversário. Porque o Jardim nunca esteve tão degradado como o vemos hoje. E porque a sua salvaguarda nunca esteve tão ameaçada como está actualmente pelo Plano de Pormenor do Parque Mayer. Se dúvidas havia, bastou o sofrimento que todos passámos ao vermos, incrédulos, o incêndio do passado dia 5 de Outubro que destruiu parcialmente um canteiro do Arboreto.

Já todos sabem que o Jardim Botânico de Lisboa está doente. Porque não tem um corpo de jardineiros profissionais. Porque não tem estufas de exibição ou de investigação. Porque não tem cafetaria, restaurante ou sequer loja. Porque não tem água suficiente. Porque não é sustentável. O Jardim está quase abandonado, demasiado perto de deixar de ser Botânico. O Jardim está em agonia. E nós, Liga dos Amigos do Jardim Botânico, sofremos com o sofrimento do nosso Jardim.

Mas o Jardim Botânico nunca esteve rodeado de tantos amigos como em 2011. Tem 14 organizações não governamentais portuguesas unidas para defender a sua missão e o seu futuro. O seu destino foi levado a debate na Assembleia da República por vontade de mais de 5 mil cidadãos. E o Jardim Botânico de Lisboa recebeu a atenção da comunidade internacional ao ser seleccionado pela World Monuments Fund para o WATCH de 2012. O Jardim voltou a estar no centro da reflexão sobre o futuro que queremos para a nossa cidade!

Saberão os nossos governantes estar à altura das regras da boa governação e ouvir os cidadãos do país e do mundo?

Feliz Aniversário Jardim Botânico de Lisboa.

Foto: Araucaria columnaris no Arboreto, um dos monumentos vivos do Jardim Botânico

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Partículas de fogo junto ao Jardim Botânico originaram "princípios de incêndio" em várias árvores

Partículas de fogo junto ao Jardim Botânico originaram "princípios de incêndio" em várias árvores

As partículas do incêndio registado num prédio devoluto da Rua da Alegria, em Lisboa, "originaram princípios de incêndio em diversas árvores existentes no Jardim Botânico", segundo um relatório do Regime dos Sapadores Bombeiros a que a Lusa teve acesso.

"Devido a partículas incandescentes que se projetaram para o exterior, estas originaram princípios de incêndio em diversas árvores existentes no Jardim Botânico, sendo os mesmos extintos com o emprego de uma agulheta", lê-se no relatório.

Em causa está o fogo num edifício "devoluto/degradado" no número 76 da Rua da Alegria a 05 de Outubro último. Segundo o documento dos bombeiros, as chamas iniciaram-se no interior e tiveram "origem indeterminada".

Contactada pela Lusa, a Liga dos Amigos do Jardim Botânico informou, face a estas conclusões, ter solicitado mais informações à Câmara Municipal de Lisboa, por considerar que não estão respondidas todas as questões.

A Liga e a Plataforma Em Defesa do Jardim Botânico têm referido que as chamas entraram na zona do arboreto do jardim, "destruindo e danificando espécimes de grande porte".

À Lusa, a presidente da Liga dos Amigos do Jardim Botânico, Manuela Correia, referiu ter sido enviada uma carta ao vereador com o pelouro da Proteção Civil, Manuel Brito.

Na missiva, ainda sem resposta, a Liga questionou "quem faz a inventariação e quem paga os estragos provocados pelo incêndio no Jardim Botânico".

A inalação de fumo no interior do prédio levou uma mulher ao hospital de S. José, enquanto durante os trabalhos de rescaldo um bombeiro sofreu queimaduras nas pernas. O bombeiro ficou internado para observações. in Destak / Lusa 07 11 2011


Foto: incêndio destruiu espécimes da colecção viva do Jardim Botânico

terça-feira, 18 de outubro de 2011

«Houve sinais de fogo no Jardim Botânico»

Houve sinais de fogo no Jardim Botânico
Durante horas o perigo foi aquilo que os jornalistas mais gostam que o perigo seja: iminente. Um incêndio que deflagrou num edifício devoluto em risco de ruína, na Rua da Alegria, na última quarta-feira, ameaçou a mancha vegetal do Jardim Botânico. A causa do incêndio ainda não é conhecida. O que se sabe é que os bombeiros sapadores fizeram os possíveis para que o jardim fosse protegido das chamas mas não conseguiram evitar que uma palmeira ardesse por completo. Coincidentemente, no mesmo dia em que correu risco de incêndio, o Jardim Botânico entrou para a lista de 2012 do Observatório criado pelo Fundo Mundial de Monumentos, instituição privada norte-americana, sem fins lucrativos, que tem como objectivo preservar lugares da herança cultural em todo o mundo.

In Time Out Lisboa, 18 outubro de 2011, pág. 9.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Jardim Botânico de Lisboa EM CHAMAS!

Mais imagens do desasatroso e vergonhoso incêndio no Jardim Botânico ocorido ontem à tarde no feriado de 5 de Outubro! A nossa famosa Araucaria columnaris envolta em fumo e chamas! E uma das palmeiras mais altas do jardim morta, consumida pelas chamas! Ao limite de degradação, desleixo, abandono e desprezo a que chegou o nosso Jardim Botânico! Em que outro país da Europa - ou do Mundo - seria possível acontecer um incêndio num Jardim Botânico?! LISBOETAS DEFENDAM O VOSSO JARDIM BOTÂNICO!

Incêndio em imóvel em ruína em Lisboa ameaçou Jardim Botânico

Causas do incêndio são ainda desconhecidas, mas no interior do edifício devoluto encontrava-se uma mulher sem-abrigo, estrangeira, que foi hospitalizada devido a inalação de fumo.

Um incêndio que deflagrou hoje ao início da tarde, num edifício devoluto que aparenta risco de ruína, na Rua da Alegria, em Lisboa, chegou a ameaçar a mancha vegetal do Jardim Botânico, mas a rápida acção dos bombeiros protegeu esta jóia verde da cidade, que apenas sofreu chamuscadelas. Uma cidadã estrangeira, sem-abrigo, encontrava-se no interior do imóvel e apenas sofreu intoxicação por fumo, tendo sido conduzida ao Hospital de São José. Não foi ainda possível aos bombeiros determinar a origem do incêndio, comunicado ao Regimento de Sapadores Bombeiros às 12h22 e dominado às 13h30, altura em que se iniciou a fase de rescaldo, disse ao PÚBLICO o comandante daquela força profissional, Joaquim Leitão. A segurança dos habitantes dos imóveis vizinhos e a protecção da mancha vegetal do Jardim Botânico constituíram as imediatas preocupações dos bombeiros que atacaram as chamas, prioritariamente, naqueles pontos. “Eles chegaram rapidamente, o que foi decisivo”, comentou o vereador que tutela a Protecção Civil, Manuel Brito, destacando a sensibilidade daquela zona da freguesia de São José, de ruas muito estreitas, com habitações antigas e a proximidade do Jardim Botânico, que tem acesso lateral para um beco da Rua da Alegria. Sem que tenha chegado a ser necessário proceder à retirada dos habitantes vizinhos, mas avisados pelos serviços da Protecção Civil municipal para estarem preparados para uma saída rápida, caso fosse necessário, apenas a mulher, de idade imprecisa, que se encontrava no interior do imóvel sinistrado, foi transportada de ambulância para o hospital, onde foi assistida, sem correr risco de vida. O encaminhamento para futuro alojamento da mulher será encontrado entre os serviços sociais naquela unidade e a Protecção Civil municipal. Apesar da prontidão dos Sapadores Bombeiros, que contaram com a colaboração dos voluntários de Lisboa e da Ajuda, o comandante Joaquim Leitão admitiu que o cordão de água projectado para o Jardim Botânico não foi o suficiente para o deixar completamente a salvo, pois algumas projecções de chamas atingiram duas palmeiras próximas. O interior do imóvel, bastante combustível, principalmente pelas madeiras ali acumuladas, ficou totalmente destruído. Um dos 41 bombeiros que ali prestaram serviço, apoiados por oito viaturas, também foi assistido no hospital, com queimaduras de primeiro grau num pé. in Público 5 Out 2011 http://www.publico.pt/

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Jardim Botânico de Lisboa EM CHAMAS!

Hoje, dia 5 de Outubro, enquanto o país, Lisboa, celebravam os 101 anos da República, o Jardim Botânico ardia. O fogo começou num prédio devoluto junto ao Portão da Praça da Alegria e rápidamente as chamas passaram o muro, devoraram algumas árvores e plameiras do Arboreto. A situação não piorou graças à intervenção irrepreensível dos bombeiros. Bem hajam. O Jardim agradece. Quem paga os prejuízos no Jardim Botânico? O proprietário do imóvel abandonado onde se iniciou o fogo (Eastbanc)? Portugal não parecem merecer o Jardim Botânico de Lisboa. Este incêndio é a prova que construções não respeitando os 50m de protecção deste Monumento Nacional podem revelar-se fatídicas. Mais uma vez fica provado que a Liga dos Amigos do Jardim Botânico não pode dormir descansada. O Sr. Presidente António Costa pode? O Sr. Vereador Manuela Salgado pode? E contrariamente àquilo que foi referido pelo Sr. Vereador da Protecção Civil, Manuel Brito, o Jardim Botânico não ficou protegido e não está protegido. O Jardim agradece que venham visitá-lo e avaliar os graves danos. O Jardim Botânico, esteve, está, e, se o Plano de Pprmenor do PM fôr aprovado, vai continuar a estar ameaçado. Pela salvaguarda do nosso Património os portugueses, não podem nem devem dormir descansados. VAMOS DEFENDER O NOSSO PATRIMÓNIO CULTURAL!

sábado, 26 de dezembro de 2009

«Por uma cidade que se respeite»

Uma cidade que se respeite não permite que um proprietário tenha o seu prédio degradado, a cair, abandonado, com falta de pintura, destelhado, entaipado, em risco de incêndio ou derrocada. Não permite. Ponto.

Uma câmara municipal digna desse nome multa, castiga, reprime o desleixo e negligência de quem for dono de um prédio nessas condições. Se não tiver instrumentos legais robustos para o fazer, exige-os ao Governo da República. Se não o conseguir, tem que se fazer porta-voz da indignação dos munícipes.

O Governo do país tem a obrigação de impedir que os centros das nossas cidades estejam sujos, ocos e cariados. Tem o dever de tornar muitíssimo dispendioso este mau hábito de quem não cuida da sua propriedade urbana. Tem o interesse - num país antigo, peculiar e turístico como o nosso - de garantir que os nossos centros históricos estejam impecáveis.

Não existe o direito de ter um prédio a cair. Tal como não existe o direito de guiar um carro sem travões ou poluente. Não interessa se o compraram ou herdaram. O carro tem de passar na inspecção periódica. O mesmo deveria valer para o prédio: tem de estar em boas condições, ou o proprietário terá de pagar pelo dano e risco que provoca a outrem. Um prédio decadente faz reverberar o desleixo. Baixa o valor da sua rua ou do seu bairro, incluindo o daqueles prédios cujos proprietários, mais conscienciosos, trataram de cuidar e manter em boas condições. Um prédio a cair representa um risco de segurança para quem ali passa, para o solitário inquilino que às vezes lá resta, para os vizinhos.

A propriedade de um prédio não é coisa que venha sem obrigações. Esse é um equívoco que engendra outros equívocos de todas as partes envolvidas, sem excepção: a ideia de que os exemplos de prédios integralmente ocupados com rendas baixas (cada vez menos) podem servir de desculpa para situações de incúria em prédios praticamente vazios; a ideia de que o Estado pode ser o primeiro proprietário negligente; a ideia de que às autoridades públicas cabe, sempre, pagar toda a factura do rearranjo dos prédios. O Rossio de Lisboa foi recuperado com dinheiros públicos há uma década. Hoje tem prédios com telhados cobertos de folha de alumínio. Lamento, mas isto não é cidade que se respeite.

O presente de Natal para toda a gente que gosta da cidade, da cultura e de música aí está: ardeu o prédio onde ficava o Hot Clube de Lisboa, um dos mais antigos clubes de jazz da Europa. Perguntava um leitor do PÚBLICO ao saber da notícia: será que vale a pena fazer TGV e novos aeroportos para mostrar uma cidade vazia? Sob o impacto do momento, o exagero é desculpável, porque toca na ferida. As pessoas não vão apanhar o TGV para Madrid para ficar a olhar para a estação ferroviária. Vão para ver o Museu do Prado.

Aquilo que Portugal e Lisboa esquecem - com o novo-riquismo desculpável de quem se encontra em algumas rotas da moda - é isto: ninguém volta ao hotel de charme para olhar de novo para o mesmo prédio esburacado em frente.

Andámos anos a discutir um ridículo projecto para o Parque Mayer e deixámos o Hot Clube ao abandono. O salão do Conservatório está em ruína. O Pavilhão Carlos Lopes também. Não temos um lugar no centro da cidade para receber exposições internacionais que atraiam centenas de milhares de visitantes. Achamos natural que o candidato evidente para essa função - a Praça do Comércio - sirva para a burocracia do Estado. Ou então, que se faça lá um hotel de charme. Temos, não o nego, muito charme no abandono. Rui Tavares in Público, 23-12-2009

FOTO: Igreja de São Vicente de Fora (MN) fechada ao público no início deste ano devido ao mau estado de conservação.

sábado, 4 de julho de 2009

Proteger a nossa Floresta dos incêndios

Este ano, mesmo antes do início da Primavera, já houve fogos florestais no nosso país. Apesar das medidas de prevenção, cada vez mais do conhecimento público, lamentavelmente parte da cobertura florestal desaparece todos os anos. Reflorestar é uma forma de recuperar o património vegetal perdido. Mas o balanço, após um incêndio e novas plantações, é muito deficitiário em biomassa e biodiversidade. Porque não ardem apenas árvores, ardem também outras plantas, insectos e animais. Parte do Carbono contido na massa ardida é reemitido para a atmosfera, e o habitat de numerosas espécies desaparece. Um incêndio é particularmente destrutivo quando ocorre na Primavera pois a floresta é local de reprodução. Se observar actividades suspeitas e comportamentos de risco numa zona florestal, reporte imediatamente às autoridades.

FOTO: bosque nas margens do Rio Sousa no distrito do Porto.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O Nosso Bairro: Avenida da Liberdade, 29-41

in DN, 3 de Dezembro de 2008

A Câmara de Lisboa aprovou hoje a operação de loteamento e o projecto de arquitectura do edifício devoluto que ardeu há quatro meses na Avenida da Liberdade e que será um hotel. O presidente da Câmara, António Costa (PS), anunciou a aprovação das propostas que vão permitir ao promotor iniciar a obra, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do executivo municipal.

Há quatro meses um incêndio destruiu por completo o edifício nº29/41 da Avenida da Liberdade e afectou também outros prédios, entre os quais o nº 21. O vereador do Urbanismo, Manuel Salgado (PS), explicou na altura que o proprietário do prédio efectuou em 2005 um pedido de emparcelamento e em 2006 um projecto que a autarquia não pode licenciar devido à falta de um documento a entregar pelo promotor. As áreas apresentadas no projecto não coincidiam com as do registo predial, num processo que corre na 9ª Conservatória Predial de Lisboa.

O projecto é um hotel de quatro estrelas que terá de preservar a fachada de acordo com um parecer do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, IGESPAR.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

O INCÊNDIO NA AVENIDA DA LIBERDADE, 23

Um incêndio deflagrou durante a noite de 6 para 7 de Julho, pouco depois das 23 horas, no segundo andar do prédio número 23 da Avenida da Liberdade. As chamas atingiram ainda a cobertura do prédio vizinho, o número 21. O imóvel encontrava-se devoluto e abandonado pelo seu proprietário há vários anos. Combateram o incêndio cerca de 100 bombeiros, que circunscreveram o sinistro cerca das 6 horas da madrugada.

O belíssimo prédio dos finais do século XIX ficou destruído. Resta apenas a fachada, outrora cenário elegante para acolher a vida mas agora reduzida a cenário dantesco.

A Liga dos Amigos do Jardim Botânico viveu com angústia o incêndio e lamenta mais esta perda patrimonial para a nossa cidade. Lisboa está mais pobre.