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terça-feira, 5 de janeiro de 2016
Espaço do Conhecimento UFMG oferece em janeiro ampla programação de férias
#FÉRIASNOMUSEU
Espaço do
Conhecimento UFMG oferece em janeiro ampla programação para públicos diversos
No mês de
janeiro o Espaço do Conhecimento UFMG oferecerá ao público uma programação
especial para o período de férias. As atividades são gratuitas e, em 2016, as
oficinas acessíveis em LIBRAS, parte do Projeto “Quinta com Libras”,
são destaque na programação. O objetivo das atividades é aproximar
pessoas que estudam ou são fluentes na Língua Brasileira de Sinais (Libras),
transformando o museu em um local de trocas e de encontros, mais acessível a
todos. Para além dessas oficinas, atividades desenvolvidas pelos núcleos de
astronomia e de ações educativas do museu também serão oferecidas, preenchendo
o museu com música, desenhos, teatro, jogos, ciência e história.
Confira a
programação completa abaixo:
Oficina
“Fases da Lua”
3 a 31 de
janeiro aos domingos, terças e quintas-feiras, às 13h
Duração:
30 minutos
Classificação
indicativa: a partir de 8 anos de idade
Número de
vagas: 20 vagas para cada turma
Elaborada
pelo professor Francisco Prado Borja, a oficina visa ensinar os participantes a
prever a visibilidade da Lua em qualquer dia e hora, descobrir quando a Lua
nasce e se põe, entender suas fases e o porquê da ocorrência de eclipses
lunares. Ofertada pela primeira vez no Espaço do Conhecimento UFMG, a oficina
será ministrada pela equipe de astronomia do museu e utilizará de modelos
construídos em papel, a luz do Sol e o próprio corpo dos participantes para a
compreensão dos fenômenos. Para participar da oficina, os interessados devem
retirar senha na recepção do museu, a partir de 1h antes do início da
atividade.
Oficina
“Sistema Solar em Escala”
3 a 31 de
janeiro aos sábados, quartas e sextas-feiras, às 13h.
Duração:
40 minutos
Classificação
indicativa: a partir de 8 anos de idade
Número de
vagas: : 20 vagas para cada turma
É
possível representar o diâmetro dos planetas e suas respectivas distâncias em
relação ao Sol em uma mesma escala. Durante um passeio pelo 5º andar do
Espaço do Conhecimento, vamos conversar sobre as características do
Sistema Solar de forma lúdica e interativa. A construção e a visualização
dessa representação possibilitam um aprendizado diferenciado, pois
trabalha com a noção de espaço, destacando a influência de distâncias e
tamanhos nas características do Sistema Solar. Para participar da oficina,
os interessados devem retirar senha na recepção do museu, a partir de 1h antes
do início da atividade.
Oficina
“Dinosauria”
05, 06 e
07 de janeiro, às 14h
Estimativa
de duração: 2 horas
Classificação
indicativa: crianças de 6 a 13 anos
Número de
vagas: 20 pessoas
Esta
oficina tem por interesse mostrar às crianças de forma lúdica curiosidades
sobre os dinossauros, levando até elas uma série de recentes achados históricos
sobre este grupo de animais e desmistificando ideias colocadas pela mídia em
geral. Para participar da oficina, os interessados devem retirar senha na
recepção do museu, a partir de 1h antes do início da atividade.
Teatro
com Libras (Parte do Projeto “Quinta com Libras”)
07 de
janeiro, às 19h
Duração:
2 horas
Classificação
indicativa: Livre
Número de
vagas: 15 pessoas
Nome do
ministrante: Dinalva Andrade
Oficina
de expressão facial e corporal que visa promover momentos
de descontração, utilizando jogos teatrais para o desenvolvimento da
expressividade. As inscrições e obtenção de informações podem ser realizadas
pelo e-mail quintacomlibras@gmail.com, porém, havendo
vagas, não há impedimento à entrada de público interessado sem inscrição
prévia.
Jogos
Africanos
07, 08 e
09 de janeiro, às 15h
Duração:
2 horas
Classificação
indicativa: Livre. Indicado especialmente para o público infantil
Número de
vagas: 15 a 20 pessoas
Nesta
atividade serão apresentados jogos diversos de origem africana. A oficina visa
promover a cultura africana em sua diversidade, levando em consideração sua
grande influência na cultura brasileira. Para participar da oficina, os
interessados devem retirar senha na recepção do museu, a partir de 1h antes do
início da atividade.
Oficina
“Black Soul Music”
14, 15 e
16 de janeiro, às 15h
Estimativa
de duração: 1 hora
Classificação
indicativa: Livre
Número de
vagas: Livre
A
intenção dessa atividade será integrar a pluralidade cultural do Brasil e,
especificamente, de Belo Horizonte, com o movimento do Quarteirão do Soul,
sediado na Praça 7 e no Viaduto Santa Tereza, nos finais de semana. Esperamos
despertar no público o “comichão” para o começo da dança – algo livre, inerente
ao nosso ser, seguindo apenas nossos instintos e a vontade de nosso corpo, após
escutar a musicalidade presente nesse ritmo de Black Soul Music.
Astronomia
com Libras (Parte do Projeto “Quinta com Libras”)
14 de
janeiro, às 18h30
Duração:
1 hora
Classificação
indicativa: Livre
Número de
vagas: 15 pessoas
Nome do
ministrante: Rafaela Castilho
A
proposta da oficina é explorar a origem mitológica por trás da nomenclatura
astronômica dos planetas que compõem nosso sistema solar, compreender um pouco
sobre a linha de pensamento a respeito da composição e surgimento do universo e
explorar a escala do nosso sistema solar através de uma dinâmica de grupo. As
inscrições e obtenção de informações podem ser realizadas pelo e-mail quintacomlibras@gmail.com, porém, havendo vagas, não há
impedimento à entrada de público interessado sem inscrição prévia.
Oficina
“(Re)desenhando o Espaço do Conhecimento”.
17 a 31
de janeiro, das 10h às 17h
Classificação
indicativa: Livre
A
proposta da oficina é dar a oportunidade para que os visitantes registrem, em
grandes papéis presos ao chão, algo que marcou a experiência da visita ao
Espaço do Conhecimento UFMG por meio de recados, desenhos, poesias. De forma
lúdica, busca brincar com as possibilidades que o Espaço oferece e registrar
também outras ideias sobre o que as pessoas gostariam ou imaginam encontrar em
um espaço de divulgação científico-cultural.
Músicas
nas Cosmogonias
20, 22 e
23 de janeiro, após a sessão das 15h do Planetário
Duração:
1hora
Classificação
indicativa: Livre
Número de
vagas: Livre
A atividade
tem como objetivo apresentar aos visitantes o que o cancioneiro brasileiro
produziu em termos musicais e que se relacionem com as cosmogonias. Apresentar
canções que tenham em seus ritmos e construção relação com a produção cultural
de cada povo ou ainda canções que valorizem ou contem sobre estes povos.
Oficina
“Desenho Cego” (Parte do Projeto “Quinta com Libras”)
21 de
janeiro, às 19h
Duração:
1 hora
Classificação
indicativa: Livre
Número de
vagas: 15
Nome do
ministrante: Jenifer Costa
A
proposta da oficina é provocar as capacidades perceptivas e sensoriais dos
participantes. Por meio de estímulos táteis, os participantes serão
direcionados a representar em desenho as
sensações
e formas identificadas. As inscrições e obtenção de informações podem ser
realizadas pelo e-mail quintacomlibras@gmail.com,
porém, havendo vagas, não há impedimento à entrada de público interessado sem
inscrição prévia.
Oficina
“Desenhos de Monstros”
26 a 31
de janeiro, às 11h e 15 horas
Duração:
1 hora
Classificação
indicativa: Livre
Número de
vagas: 10 pessoas, por oficina
Um
mediador descreve um animal real para o público a partir de uma foto que só ele
(mediador) vê. O animal é descrito aos poucos e o público vai desenhando.
Ao fim, compara-se os desenhos, discute-se a imprecisão e abertura criativa da
zoologia (recheada de monstros) da
época das
Grandes Navegações e visitantes terão acesso também uma discussão sobre a
sessão Mercatu Mundi, que explora as viagens marítimas do sec. XVI. Para
participar da oficina, os interessados devem retirar senha na recepção do
museu, a partir de 1h antes do início da atividade.
Música
com Libras (Parte do Projeto “Quinta com Libras”)
28 de
janeiro, às 19h.
Duração:
1hora e meia
Classificação
indicativa: Livre
Número de
vagas: 15
Nome do
ministrante: Laura Gonzaga
A oficina
pretende trabalhar a experimentação e o improviso musical usando estímulos
visuais como sinais e cores. Em um primeiro momento, há a exploração dos
instrumentos. No segundo momento, há o uso da linguagem do Soundpainting,
em que a regente faz uso de sinais para conduzir a improvisação sonora em
grupo. As inscrições e obtenção de informações podem ser realizadas pelo e-mail
quintacomlibras@gmail.com, porém, havendo
vagas, não há impedimento à entrada de público interessado sem inscrição
prévia.
O Espaço
do Conhecimento UFMG estimula a construção de um olhar crítico acerca da
produção de saberes através da utilização de recursos museais. Sua programação
diversificada inclui exposições, cursos, oficinas e debates.
Integrante do Circuito Liberdade, o Espaço do Conhecimento é fruto da parceria
entre a UFMG e o Governo de Minas. O Espaço conta com o apoio da Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG, da Rede de Museus e
Espaços de Ciências e Cultura da UFMG e da DAC – Diretoria de Ação Cultural da
UFMG.
Serviço
#FERIASNOMUSEU
2016
Data:
03 a 31 de janeiro
Local:
Espaço do Conhecimento UFMG – Praça da Liberdade, 700, Funcionários.
Mais
informações: www.espacodoconhecimento.org.br/
(31) 3409-8350
Fonte: Tamira
Marinho - Espaço do Conhecimento UFMG
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Museu Nacional está aberto ao público para visitação
Antonio Carlos Moreira
Comunicado / Museu Nacional (MN)
Atenção!
Circulam
nas redes sociais informações de que o Museu Nacional-UFRJ está fechado. Não é
verdade. São informações de acontecimentos ocorridos no início de 2015. O
Museu Nacional está aberto ao público visitante de terça a domingo, das 10h às
17h, e às segundas, das 12h às 17h. Os ingressos custam R$ 6,00 (inteira)
e R$ 3,00 (meia). Excepcionalmente, por ocasião das festas de fim de ano,
o Museu Nacional não abrirá ao público nos dias 24, 25, 31 de dezembro e 1° de
janeiro de 2016.
O
site do Museu Nacional encontra-se temporariamente fora do ar devido a
problemas com o servidor da UFRJ que o hospeda. Não há previsão para a
normalização do serviço. O Museu não tem uma página oficial no Facebook.
Possui apenas uma conta no Twitter: https://twitter.com/MuseuNacional.
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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
Um dia a mais para pensar...
Um dia a mais para
pensar...
Por Alessandra Leles
Rocha
Virada a página do calendário, 2016 já se faz. Um dia a mais
para reflexões e mudanças, já que o ano é bissexto. Mas, na verdade, no fundo
coração, minhas expectativas em relação à ‘metamorfoses’ são que essas se deem
muito além da perspectiva temporal. Quero mesmo é que gestos e palavras entrem
em profunda concordância, numa simbiose perfeita para que os resultados sejam
de fato transformadores.
Ninguém gosta de uma cena em que a voz do artista destoa da
ação. Mas, na vida real isso teima em acontecer com frequência e só bem
recentemente, tenho percebido certo desconforto coletivo diante disso. Pois é,
cansam os discursos vazios cujas ações são totalmente antagônicas, promessas
jamais pensadas em serem cumpridas. Ou quando as palavras produzidas não têm a
não ser o propósito de reforçar pensamentos ruins e antiproducentes no grande
inconsciente social.
Sim, quase a totalidade das nossas mazelas advém desse
processo. Por descuido da consciência (ou não) durante a nossa comunicação é
que plantamos as germinativas sementes da discórdia, da intolerância, do
preconceito, da segregação, da massificação,... e tudo mais que possa culminar
na perda da estabilidade e da harmonia nas relações sociais. Nesse sentido, os
trezentos e sessenta e quatro dias que temos a contar a partir de hoje, podem
sim ser o começo de um amplo e irrestrito mergulho no oceano de nossos
pensamentos.
Como ponto de partida, que tal rompermos por exemplo com os
estereótipos relacionados ao gênero e começarmos a olhar as pessoas como
pessoas, como seres humanos apenas. O desvalorizar de um não significa
necessariamente a valorização do outro; ao passo que, ao nos preocuparmos com
as condições de dignidade e respeito humanas trazemos para a mesa de discussões
a realidade de bilhões de indivíduos desafortunados pela fome, a miséria, as
epidemias, as guerras, o abandono,...
Enquanto categorizamos pessoas a partir de determinados grupos dentro da
sociedade, enfraquecemos o poder de conquista dos direitos humanos a todas
elas, porque no fundo as suas necessidades são as mesmas, são humanas.
A nossa não aceitação ao óbvio, infelizmente, produz falas
perigosas. Estamos sempre tentando mascarar ou esconder o nosso desconforto
diante de determinadas situações sociais, através de discursos de extrema
superficialidade e sem nenhum objetivo concreto de ruptura com esses paradigmas;
assim, eles vão se repetindo e se cristalizando geração após geração. Meninas de rosa, meninos de azul. Brinquedos
de menina, brinquedos de menino. Esportes de menina, esportes de menino. Escola
de ‘boas maneiras’ para meninas, e os meninos? Desigualdade salarial entre
homens e mulheres. Enfim...
O silêncio da sociedade diante dessas ‘pequenas’
considerações é grave; pois, conduz a trivialidade, a uma normatização anormal.
Deixar que o mundo resolva por si só aquilo que é responsabilidade coletiva é
uma inércia infame. É assim que ajudamos
a construir as fronteiras da desigualdade e referendamos a ideia de que ‘uns
são mais importantes do que outros’, ou são ‘superiores aos outros’; como se a
vida humana pudesse ser ranqueada ou classificada. E aplacamos a consciência,
colocando a igualdade humana no papel através de leis, onde elas permanecem
também em uma mudez eloquente.
Então, não posso deixar de questionar se realmente a raça
humana almeja por profundas transformações, como brada em verso e prosa por aí.
Será que quer mesmo um mundo de coexistência pacifica a partir de uma belíssima
evolução ética e moral?! Estamos sempre em busca de leis, de códigos, de
doutrinas para regular as relações humanas, como se elas fossem o antídoto
perfeito para os nossos constantes desajustes e problemas, já que somos
incapazes de resolver por conta própria.
Ora, mas o que palavras escritas podem fazer sozinhas se não
resolvermos primeiro esse torpor letargicamente cômodo, que banha a humanidade?
A lei pela lei será sempre insuficiente para nos oferecer um modelo idealizado
de perfeição social. É dentro de cada individuo que precisa surgir um processo
de flexibilização da alma capaz de trazer à tona a grandeza existente no
equilíbrio entre a sua razão e a sua sensibilidade. Por isso, a necessidade
urgente de que as palavras mecanicamente libertas pelos lábios se traduzam perfeitamente
nas ações que desejam exprimir. Que teoria e prática sejam os lados de uma
mesma moeda nas mãos do ser humano.
As palavras têm poder; mas, apenas quando se refletem
simetricamente nas ações produzidas. E nada como um novo ano para potencializar
esse processo de exacerbação da verdade, ou como dizem por aí, de ‘sair de cima
do muro’. Se quisermos sacodir a poeira e trilhar um caminho realmente diferente:
chega de desculpas esfarrapadas, de promessas absurdas, de mascarar a
realidade. Pense ao abrir a boca. Reflita. Analise os prós e contras.
Manifeste-se com consciência e não, por conveniência. Pois, como disse o
filósofo alemão Friedrich Nietzsche, “Só
se pode alcançar um grande êxito quando nos mantemos fiéis a nós mesmos”.
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terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Sustentabilidade & Consumo: Os dilemas da energia elétrica!
Xi!
Quero só ver desatar esse nó!
Por
Alessandra Leles Rocha
Xi!
Quero só ver desatar esse nó! Falam tão mal do passado, tratam-no como velharia
sem sentido, apontam-no agruras de todos os tipos, pintam-no um quadro de total
ausência de progresso e desenvolvimento. Pois é! Mas para quem pensa que ele
ouve esses comentários sem contestar, engana-se! Nada de palavrões, murmúrios
ou muxoxos; afinal, o passado é bem educado e acredita que exemplos práticos
são mais eficazes do que centenas de milhões de palavras.
Desde
que ficou de pé, a raça humana não faz outra coisa senão criar moda. Descobriu o
fogo, aprendeu a caçar, desenvolveu vestimenta a partir da pele de animais,
começou a plantar,... tudo dentro de um processo lento e gradual pautado no equilíbrio
entre a necessidade real e a maquinação engenhosa do seu cérebro privilegiado. Foi,
foi, foi... até que um dia ele se esqueceu do equilíbrio e deixou a ousadia
extrapolar todos os limites; então, cá estamos nós na era da informação, da
tecnologia, do virtualismo e, sobretudo, do consumismo.
Sim!
O progresso e o desenvolvimento da humanidade nos entorpeceram os sentidos. Não
é de se estranhar se esse tal comportamento consumista lembra bastante os
efeitos das drogas. Nada mais nos satisfaz o querer por muito tempo; precisamos
de mais, mais e mais para ver se um fiapinho de felicidade nos causa arrepio. Com
ares de pré-história muita gente considera esquentar a comida no fogão um
atraso descomunal, quando basta colocar no micro-ondas para ficar tudo
quentinho em fração de segundos. Em dias quentes de verão em que água do
chuveiro sai naturalmente em temperatura aquecida, por causa da eletricidade ao
alcance das mãos, ninguém mais se lembra de desligar o chuveiro e resgatar os “tempos
da vovó”. O velho e bom hábito de escrever cartas e cartões, por exemplo, está
à beira da extinção por causa da praticidade do mundo dos computadores... É uma
dependência tão absurda que transformamos o cotidiano numa via crucis de fios, tomadas, interruptores, telas “touch screen”,
cabos e toda a parafernália eletroeletrônica disponível.
Apenas nos esquecemos de um mísero detalhe: a
grandiosidade de todo esse progresso e desenvolvimento tecnológico, o qual
tanto nos traz comodismo e certa agilidade no mundo contemporâneo, surgiu
intimamente dependente dos recursos naturais. É! Minerais que compõem a cadeia
de elementos constituintes do sistema eletroeletrônico, o plástico oriundo do petróleo
e que hoje representa um dos principais materiais utilizados na indústria, a
água e o carvão mineral dos quais se obtêm a energia elétrica para uso
individual e coletivo. Bem, mas em se tratando da Natureza, todo cuidado deveria
ser dispensado; afinal, já se sabe, ou pelo menos deveríamos saber, as reservas
são finitas!
A vida
não para, a população continua a crescer, o tempo corre e o progresso para não
ficar para trás seguiu o fluxo; mas, aqui no Brasil, só nos demos conta da
crise energética lá pelos anos 2000. Foi um chororô só, quando anunciaram que
seria preciso racionar energia! Mas, para não ter que pagar pelo excedente,
todo mundo seguiu a cartilha do racionamento direitinho! Lâmpadas incandescentes
substituídas por fluorescentes, banho contado no relógio, adeus as “chapinhas”
e secadores de cabelo, nada de micro-ondas, freezers desligados, ar
condicionado só em situações extremas, eletrodomésticos antigos e altos
consumidores de energia substituídos por novos com tecnologia sustentável,... enfim,
uma longa lista de boas mudanças de hábito.
Mas,
como a alegria da Natureza dura pouco, logo após o “susto” do racionamento
começaram a ressurgir as notícias da construção de novas hidrelétricas e termoelétricas
(que ajudam, mas são de altíssimo custo o qual é repassado nas tarifas aos consumidores),
fazendo transparecer que o risco de racionamento havia desaparecido como em um passe
de mágica: apagões nunca mais! Voltamos a gastar como antes, ou até pior, e nos
esquecemos de olhar para o Meio Ambiente!
Não
precisa ser expert em ambientalismo para ver a mudança climática que vem se desenvolvendo
ao longo dos anos caracterizada por catástrofes inimagináveis. No caso das
águas o desequilíbrio é total, graças ao derretimento das calotas polares, ao
aquecimento das aguas oceânicas e a alteração dos regimes pluviométricos em
todo o planeta. Já se fala abertamente sobre uma eventual escassez hídrica no
mundo; então, sem água não há como produzir energia elétrica.
Por
incrível que pareça a decisão sobre o futuro energético do planeta não está
apenas nas mãos governamentais, ela está principalmente em nossas mãos, nos
nossos hábitos. O governo brasileiro, por exemplo, pode até favorecer a criação
de novas fontes de energia elétrica a partir da energia solar e eólica, tão
abundantes em nosso território tropical; mas, se não nos conscientizarmos
individualmente sobre o modo que estamos conduzindo nosso consumo, nada
adiantará, pois estaremos retirando “água da canoa com dedal”!
No final
de dois mil e doze a população recebeu a noticia da redução no valor da tarifa
de energia elétrica a partir do ano seguinte 1.
Agora, já em dois mil e treze, recebemos a notícia de que os reservatórios de
água que abastecem as usinas estão muito abaixo dos limites necessários e que a
utilização das termoelétricas têm sido inevitável 2.
Para fugir da crise econômica mundial, o Brasil precisa movimentar a engrenagem
produção e consumo; só que, para tal, depende do equilíbrio na disponibilização
da oferta de sua reserva de energia elétrica. Como se configura o quadro atual,
talvez só haja êxito se a população for conclamada a fazer sua parte e reduzir
o consumo, ou melhor, aprender a consumir apenas o que for estritamente
necessário. Entretanto, dessa vez não seria apenas uma medida em curto prazo,
mas já se pensado na sustentabilidade do país e da população em médio e longo
prazo, porque ou usamos a luz da razão ou ficaremos no escuro graças às trevas
da ignorância!
domingo, 6 de janeiro de 2013
Crônica da Semana!!!
Na corda bamba
Por Alessandra Leles
Rocha
Uma notícia aqui, outra ali. Fatos ocorridos
à luz de nossos olhos. Então, de repente, torna-se impossível não parar para
refletir e até se tomar por um sentimento de desânimo e tristeza 1. Apesar de todo ano ser uma caixinha de
surpresas, um sobe e desce de emoções e acontecimentos, há certas coisas que
não se alteram do ponto de vista prático da vida; compras no supermercado,
arrumações na casa, rotina de trabalho,... e o pagamento mensal das despesas
fixas (água, luz, telefone, plano de saúde etc.etc.etc.) e dos impostos.
Não sou especialista em economia e
finanças; mas, sou boa observadora do que acontece ao meu redor e, talvez, por
isso tantas questões me intrigam e ficam sem uma resposta satisfatória. Ano a
ano divulgam os órgãos governamentais os índices de inflação do país. Há quem
diga que ela está sob controle... 4 Mas, basta
uma breve corrida ao mercado para descobrir o “milagre da multiplicação dos
preços” de uma semana para outra ou solicitar a visita de um prestador de
serviços 5! Então, por que será que a carestia
aponta uma elevação bem superior aos dados divulgados?!
Fala-se muito sobre esforços em
combater a miséria no país; mas, basta sair dela para perceber o peso da carga
tributaria a incidir sobre o cotidiano do cidadão. Cada degrau que se tenta
subir na pirâmide social a mordida do fisco fica mais dolorosa, especialmente
no que diz respeito ao recolhimento do imposto de renda na fonte 6. Para começar, desde quando salário significa
renda?! Ora, salário é a paga recebida pelo exercício de uma função que visa
exclusivamente à manutenção das necessidades básicas do trabalhador (alimentação,
moradia, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social),
não um valor a ser acumulado ao longo do tempo para consolidação de riqueza.
Renda, ao meu modo de entender, significa aquilo que representa acúmulo de bem por
si só ou por constante valorização ao longo do tempo, como por exemplo:
aplicações financeiras, ações na bolsa de valores, imóveis para aluguel. Mas,
aqui na terra Brasilis, não há choro
e nem vela, mensalmente o desconto do IR está descrito no contracheque e no ano
seguinte, o contribuinte ainda é obrigado a fazer uma “declaração de ajuste”
para ver se não é possível tirar dele um bocadinho mais. Por essas e por outras,
já faz algum tempo que a estratificação social do país vem achatando, ou
melhor, fundindo e extinguindo algumas classes 7;
com a menor capacidade de contribuição do IR ocorre inevitavelmente uma sobrecarga
aos poucos que podem fazê-la 8.
Nessa corrida de gato e rato para se
manter nos trilhos, a população só faz exaurir as próprias forças, lutar contra
as marés. Não vemos o poder de compra ampliar com segurança, mas vemos a
capacidade de endividamento entornar; afinal, sobra mês e falta salário para
dar conta do recado. É! Um “recado” que deveria estar sendo oferecido, de forma
satisfatória, pelo próprio Estado; pois, não está escrito na Constituição
Federal de 1988 que “são direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância,
a assistência aos desamparados”, então?! Pagamos dobrado, triplicado, pelo
mesmo serviço porque pagamos através dos impostos e de forma direta e
individual; por isso, a conta sempre fecha no vermelho.
Até quando equilibraremos a nossa sobrevivência
e a do Estado é difícil precisar! A pressão da conjuntura social e econômica do
país, bem como do mundo, nos comprime cada vez mais. Já passou da hora de rever
as práticas, de sanear as contas, de estancar os desperdícios e de gerir os
recursos de maneira responsável para que não havemos de assistir por aqui a
explosão de uma “bolha econômica”, como aconteceu nos Estados Unidos e diversos
países da Europa 9.
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
Crônica da semana!!!
E
quem disse que não há de ser um bom ano?!
Por
Alessandra Leles Rocha
E quem
disse que não há de ser um bom ano?! É só reparar que chegamos a dois mil e
treze sem sinais de chuva, emoldurados por um céu enluarado e muitos, muitos
fogos de artifício explodindo em pontinhos coloridos as esperanças. Se for possível
enumerar outros bons sinais, os noticiários nos foram “amigos” e trouxeram
nesse primeiro dia mensagens bem mais alegres do que tristes!
Sim,
ainda estamos nas primeiras vinte e quatro horas; o mundo não mudou de lugar, a
vida segue sua rotina, a ressaca nos deixa um pouco mais preguiçosos; mas... mas,
a atmosfera parece de fato bem diferente! O novo ano transpira esperança e
trabalho!
Ao costumeiro
ditado popular “em que o ano no Brasil só começa após o Carnaval”, a exceção
tomou lugar à regra! Pelo país afora as cidades deram, hoje, posse a suas novas
lideranças no Executivo e no Legislativo 1.
Hora de arregaçar as mangas e trabalhar para tornar concretas as propostas que
inspiraram a confiança da população!
O
salário mínimo, ainda é mínimo, mas chega reajustado de R$622,00 para R$678,00 2. É! Não deixa de trazer esperança de
que um dia chegue realmente a satisfazer os quesitos da sua proposição ideal,
ou seja, suprir as necessidades básicas (alimentação, moradia, educação, saúde,
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social) do trabalhador e
sua família, conforme estabelece a Constituição de 1988 3.
Nas
universidades federais as férias costumeiras cederão lugar à continuação de
mais um semestre letivo na próxima semana, em razão da desgastante greve do
funcionalismo público federal 4. Sai o
descanso, entra o estudo; especialmente para aqueles que estavam tão perto de
concluir a graduação ainda no ano velho!
Nos
canteiros de obras não falta o que fazer! Estádios, aeroportos, hotéis, moradias,
escolas, hospitais ... é vida que segue rumo aos grandes acontecimentos dessa década
no país 5. A grande engrenagem a movimentar a
sociedade e a economia, quando une os diversos segmentos em prol de manter
ativo o desenvolvimento e afastar os riscos das intempéries econômicas que
continuam a soprar...
E
tanta esperança só faz sentido porque várias de suas sementes (pare para fazer
uma retrospectiva para identificá-las! 6)
germinaram no ano que passou! Então, não havia como chegarmos diferentes nesse
novo ciclo! Do micro ao macro houve uma revolução nos pensamentos, nos
sentimentos, nos paradigmas, nas ações! É claro que ela não veio sozinha;
esperança pede trabalho! Teremos que agir, atuar, nos movimentar em favor das
nossas esperanças; mas, isso é genial! Nada daquela rotina maçante, daquele
esperar vazio no horizonte. Será um ano de comemoração, de celebração do que a
subjetividade de um sentimento múltiplo, como é a esperança, é capaz de
materializar na transformação positiva da sociedade, a partir de cada um de
seus elementos. Ainda que sejamos “tocados” de modo diferente pelas conjunturas
da vida, a síntese será em favor da coletividade, da sobrevivência, do bem
comum. Bem vindos a dois mil e treze!
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