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Idlis de Semolina e Cenoura

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O dia amanheceu nublado e frio. Divagando na cozinha ao preparar o café-da-manhã, lembrei de uma recente cerimônia de naturalização em São Francisco. Na ocasião, 1.400 imigrantes, provenientes de 105 países distintos, adquiriram cidadania americana. Sentada no auditório como convidada, observando todos os mínimos detalhes, achei curioso quando um dos diretores se dirigiu à platéia em 10 idiomas diferentes. Depois, parte da solenidade foi traduzida em pelos menos três dos idiomas mais representados. E ao final, o saguão se transformou numa verdadeira Torre de Babel. Só foi difícil encontrar alguém falando inglês.

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A rapidez com que a população da América vem mudando e se diversificando me impressiona. Às vezes, é uma maravilha conviver com tantas culturas ao meu redor e poder aprender tanto sobre todas. Por outro lado, em determinados momentos, sinto falta do meu povo, da gente que entende meus trejeitos e sabe me decifrar, principalmente quando falo baianês.

Essa é uma variação dos idlis de arroz. Já mostrei a forma onde são preparados aqui.

Idlis de Semolina e Cenoura


2 xícaras (chá) de semolina
1 xícara (chá) de iogurte natural ou kefir
1 colher (chá) de sementes de mostarda preta
1/4 colher (chá) de asafoetida (
mais, se preferir)
Pimenta vermelha seca
Folhas de curry (
opcional)
Pimenta malagueta picada a gosto
1 colher (chá) de gengibre ralado
1 colher (chá) de cominho em pó
1/2 colher (chá) de bicarbonato de sódio
Cenouras em tirinhas
Coentro fresco
Castanhas de caju
Sal a gosto
Água o suficiente

Aqueça um pouco de óleo e coloque as sementes de mostarda. Assim que pipocarem, adicione a pimenta vermelha seca e as folhas de curry. Reduza o fogo e junte a assafétida e o gengibre. Mexa bem e acrescente sal e a semolina. Mexa constantemente até que a semolina esteja bem aquecida e sequinha. Cuidado para não queimar. Coloque as castanhas de caju, o cominho em pó. Retire do fogo e deixe esfriar.

Misture a semolina fria ao iogurte e acrescente água suficiente para formar uma massa mole, mas não muito rala. A semolina tende a absorver bastante água. Comece com 1 xícara e vá acrescentando mais aos poucos, até formar uma massa que escorre da colher. Tampe e reserve. Em uma panela grande, ferva um pouco de água. Unte generosamente as forminhas ou vasilhames a ser usados. Coloque algumas folhas de coentro, castanhas e tirinhas de cenoura no fundo. Reserve.

Verifique se a massa necessita de mais água (se estiver muito pastosa, por exemplo) e ajuste. Adicione o bicarbonato de sódio, mexa bem e encha as forminhas preparadas. Cozinhe no vapor tampados por 10 minutes. Retire-os do fogo e deixe que descansem por alguns minutos antes de desenformá-los.
Adaptado de: Ruchii

Curry de Manga e Iogurte

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O curry veio só para acompanhar o arroz que roubou a cena no post anterior.

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Algumas variedades de arroz vermelho são cultivadas no sul da Índia e Sri Lanka. Esse rosado, conhecido como Rose Matta ou mais vulgarmente como "arroz de Kerala", é parboilizado. Muitos indianos afirmam que não é polido. Segundo explicam, só a casca é removida, mas o grão conserva parte da película e cor original. Já outros consideram o processo de descasca como uma forma de polimento. Eu deixo o veredito para quem entende do assunto.

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Como todo arroz parboilizado, o Rose Matta requer maior quantidade de água, demora mais para cozinhar e rende muito. Os grãos ficam bem inchadinhos depois de prontos. A textura e sabor rústicos podem inicialmente parecer um pouco estranhos àqueles acostumados ao arroz branco.

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Atualmente, não é fácil encontrá-lo por aqui. Para proteger o mercado interno, o governo indiano embargou a exportação das variedades de arroz não-Basmati.

Curry de Manga e Iogurte

Parte 1
2 mangas maduras picadas
1/4 colher (chá) de açafrão-da-terra (cúrcuma)
1/2 xícara (chá) de água
Pimenta malagueta a gosto
Sal a gosto

Parte 2
1/2 xícara (chá) de coco ralado
1/2 colher (chá) de cominho em pó
Folhas de curry

1 xícara (chá) de iogurte natural (usei o grego desnatado)

Parte 3
Óleo de sua preferência
1/2 colher (chá) de sementes de mostarda preta
1/2 colher (chá) de sementes de feno grego
Pimenta vermelha seca a gosto
Folhas de curry

Leve os ingredientes da parte 1 ao fogo até o líquido evaporar quase todo. Bata os itens da parte 2 no liquidificador ou processador até formar um creme macio. Adicione o creme à manga cozida e deixe cozinhar mais 5 minutos. Retire do fogo e deixe amornar.

Misture sal ao iogurte, mexa bem para deixá-lo cremoso e adicione à a mistura de manga.

Parte 3: Aqueça um pouquinho de óleo e acrescente as semente de mostarda. Depois que pipocarem, junte as sementes de fenogrego, as folhas de curry e a pimenta seca em pedaços. Desligue o fogo e ponha por cima do curry. Sirva com arroz.
Fonte: Spices & Flavours

Kala Chana

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O grão-de-bico escuro tem um gosto e textura diferentes da variedade clara. Ele é mais durinho e faz lembrar amendoim seco cozido. Embora seja apreciado em toda a Índia, parece ser mais consumido no sul do país.

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Esse curry está entre os favoritos no estado de Kerala e é servido principalmente no café-da-manhã. Eu adoro.

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Curry de Kala Chana

1 xícara (chá) de grão-de-bico escuro, cozido
1 colher (chá) de sementes de mostarda preta
1 cebola média picada
1 ou 2 pimentas malaguetas picadas
1 colher (chá) de gengibre ralado
2 dentes de alho, picados e amassados
2 colheres (chá) de sementes de coentro moídas
1/2 colher (chá) de açafrão-da -terra (cúrcuma)
1 tomate, sem pele e sem sementes, picado
1/2 xícara de coco ralado (fresco ou desidratado)
Folhas de curry
Sal a gosto
Óleo de sua preferência

Aqueça uma colher (chá) de óleo e coloque o coco ralado e algumas folhas de curry. Mexa até dourar. Triture em um moedor ou soque num pilão e reserve. Bata um punhadinho do grão-de-bico no liquidificador com um pouquinho de água e reserve.

Na mesma panela, aqueça um pouco mais de óleo. Acrescente as sementes de mostarda preta. Depois que pipocarem, junte folhas de curry, a malagueta, a cebola picada e deixe dourar. Adicione o alho e mexa bem. Coloque o gengibre ralado e depois o tomate. Deixe o líquido do tomate evaporar completamente. Ponha o açafrão-da-terra, o coentro em pó e o coco tostado reservado. Mexa bem. Por último coloque o grão-de-bico inteiro e o triturado. Deixe levantar fervura e cozinhe por mais uns 10 min, até o caldo engrossar.

Curry de Tomates e Iogurte

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A expressão "comida de pobre" no post de Ana me fez pensar nessa velha tendência de rotular comida. Às vezes, a simples menção de determinados alimentos já desperta um ar discriminatório no rosto das pessoas. Mas afinal, o que determina a classe social da comida?

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Entre os vários grupos étnicos daqui, há aqueles que não consomem isso ou aquilo baseados em princípios religiosos, ideológicos, culturais e pessoais. No entanto, eu não percebo preconceito "social" em relação aos alimentos. Até o americano típico está cada vez mais aventureiro, incorporando idéias e hábitos diferentes para desfrutar dos benefícios de uma dieta variada e rica. Eu acredito que o valor da comida está no teor nutritivo e não no "status social" que lhe atribuem.

Curry de Tomate e Iogurte

1 colher (chá ) de sementes de mostarda preta
1 cebola média picada
2 dentes de alho, picados e amassados (
mais ou menos, como preferir)
1 colher (chá) de gengibre ralado
1 colher (chá) de açafrão-da-terra (cúrcuma)
1/2 colher (chá) de pimenta vermelha em pó
1/2 colher (chá) de cominho em pó
1 colher (chá) de açúcar (opcional)
5 tomates maduros, sem sementes, em pedaços grandes
1 pimenta malagueta
Folhas de curry (opcional)
Óleo de sua preferência
1 xícara de iogurte natural (
usei o desnatado)
Sal a gosto

Aqueça o óleo e coloque as sementes de mostarda. Assim que começarem a pipocar, adicione as folhas de curry, se tiver, e a cebola picada. Deixe dourar e coloque o alho. Quando estiver bem fritinho, coloque o gengibre. Mexa bem. Reduza o fogo e ponha o açafrão-da-terra, a pimenta vermelha e o cominho. Mexa continuamente e acrescente os tomates. Com cuidado para não amassá-los, misture bem. Coloque 1/2 xícara (chá) de água quente, o açúcar (se usar), tampe e deixe ferver por uns 10 min. Ajuste o sal e retire do fogo. Deixe esfriar e depois, aos poucos, adicione o iogurte para não talhar. Antes de servir aqueça ligeiramente sem deixar ferver. Ajuste o sal novamente e sirva acompanhado de arroz branco.
Adaptação da receita de Nigel Slater

Pulihora de Manga

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Eu tinha planejado passar as festas juninas em casa com meus pais. Pela primeira vez escolhi viajar nessa época. Em fevereiro, já não havia passagens convenientes nem para agosto. Segundo a agência, as férias escolares aumentam a demanda e os vôos ficam lotados. Meu São João na roça foi literalmente "para o brejo".

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O agridoce da fruta e o sabor exótico da assafétida formam a dupla dinâmica no pulihora. Dada parece gostar mais quando uso as mangas de vez, mas para mim, quanto mais verde e azeda estiverem, melhor. Eu substitui os amendoins pelas castanhas-de-caju pois uma alergia repentina está me obrigando a ficar longe deles.


Pulihora de Manga

4 xícaras (chá) de arroz cozido soltinho (
usei basmati)
1 manga verde grande
Suco de limão a gosto
1 cebola média picada
1/2 colher (chá) de sementes de mostarda preta
1/2 colher (chá) de sementes de cominho
Amendoim torrado a gosto
Pimenta malagueta picada a gosto
1/4 colher (chá) de assafétida
1/4 colher (chá) de açafrão-da-terra
Folhas de curry
Castanhas-de-caju torradas
Sal

Descasque a manga e faça um purê com a polpa no processador. Misture um pouco de suco de limão e sal. Reserve. Aqueça um pouco de óleo, coloque os grãos de mostarda e cominho. Quando pipocarem, acrescente as folhas de curry e em seguida, a cebola. Deixe dourar bem. Adicione a pimenta, a assafétida e o açafrão-da-terra. Mexa bem por alguns segundos. Reduza o fogo ao mínimo. Ponha a polpa de manga reservada. Mexa. Adicione o arroz quente e as castanhas. Misture bem. Cuidado para não machucar os grãos de arroz. Deixe descansar um pouco antes de servir para que o arroz absorva o sabor dos condimentos.
Fonte: Delicacies

Cogumelos ao Estilo Indo-chinês

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Essa é a adaptação vegetariana do frango com pimenta original. A fusão da comida chinesa com especiarias e condimentos é muito apreciada pelos indianos. Eu chamo de comida chinesa apimentada.

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Sempre acho interessante como as diversas cozinhas internacionais tendem a incorporar certos elementos e até ajustar-se ao paladar local. Comida chinesa tem sabor diferente em Salvador, aqui e na Índia. O mesmo acontece com a comida
mexicana aqui.

Cogumelos ao Estilo Indo-chinês


Cogumelos variados (usei 350 g)
Alho picado a gosto
1 colher (chá) de gengibre ralado
Pimentões vermelhos, cortados em pedaços grandes
1 cebola, cortada em pedaços grandes
1/4 colher (chá) de canela em pó (mais, se preferir)
Pimenta malagueta a gosto (opcional)
Sal a gosto
2 colheres (sopa) molho de soja (shoyu) ou tamari
1/4 colher (sopa) de amido de milho
1 colher (sopa) de azeite de oliva

Coloque os cogumelos em água fervente por 2 a 3 min. Escorra e deixe de molho no shoyo por uns 15 minutos.
Amasse o alho, o gengibre e pimenta malagueta até formar uma pasta. Aqueça o óleo em uma frigideira, salteie primeiro a cebola e reserve. Depois coloque o pimentão por alguns segundos. Eles devem ficar ainda crocantes, por isso não deixe que murchem. Retire-os da panela e reserve. Adicione a pasta. Mexa e deixe em fogo baixo por uns 2 minutos.

Acrescente os cogumelos escorridos, duas colheres de chá de água e sal. Cubra e deixe que cozinhem por 4 ou 5 min. Dilua o amido de milho em um pouquinho de água e acrescente à mistura. Cozinhe destampado até que a maior parte do líquido evapore.
Adaptado de:Sunkiran

Abobrinha com Hortelã ao Forno

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O calor escaldante da última semana foi amenizado por uma frente fria e voltamos ao aquecedor. Essa receita é bem simples, leve e fresquinha. Como sugerido, sirvo com iogurte, ou kefir, aromatizado com alho.

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Tendo nascido e me criado em Salvador, eu inegavelmente falo baianês. Na terrinha, nos referimos ao óleo de oliva como "azeite doce", para diferenciar do azeite de dendê. O hortelã comum é hortelã miúdo, pois existe o graúdo também.

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E, ao contrário do que se pensa, nem todos na Bahia colocam coentro em tudo. Minha mãe (a rainha dos provérbios) costuma dizer que "tudo demais são sobras". A comida ficaria muito enfadonha se tudo tivesse o mesmo sabor sempre.

Amanhã é feriado, só voltarei na quarta.


Abobrinha com Hortelã ao Forno

3 abobrinhas médias, cortadas em rodelas
Cebolinha verde picadinha, a gosto
2 colheres (sopa) de hortelã miúdo picadinho, ou a gosto
1/2 colher (chá) de pimenta vermelha
em flocos (não usei)
Páprika doce ou picante a gosto (minha adição)
Sal a gosto
1/2 colher (chá) de pimenta-do-reino moída, ou a gosto
1/4 xícara (chá) de azeite de oliva (usei um pouco mais do extra virgem)

Preaqueça o forno 200 º C. Forre uma assadeira grande com papel alumínio (não é necessário, mas eu acho que simplifica a limpeza no final). Misture todos os ingredientes numa tigela e depois, espalhe na assadeira. Leve ao forno por 20-30 minutos. Sirva quente.

Batatinhas com Romã

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As sementes de romã secas, anardanas em pársi, são azedinhas como tamarindo e servem para quebrar a monotonia das batatas. Esse é definitivamente um prato só para aqueles que apreciam tais sabores.

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Agora com a chegada do verão, vou tentar reproduzir as criações lindas, maravilhosas e fresquinhas de Marizé.

Batatinhas com Romã

750g de batatinhas baby, cortadas ao meio, cozidas e escorridas
1 pimenta vermelha seca (
mais se preferir)
¼ colher (chá) de açafrão-da-terra
½ colher (sopa) de sementes de coentro
1 colher (chá) de sementes de cominho
1 colher (sopa) de sementes de romã secas (
mais se preferir)
Sal a gosto

Aqueça a pimenta vermelha e as sementes numa frigideira, quando ficarem aromáticas, retire do fogo e triture junto com as sementes de romã. Reserve.

Aqueça um pouco de óleo ou ghee numa panela, adicione o açafrão-da-terra, a mistura triturada e sal. Mexa bem rápido e acrescente as batatas. Misture com cuidado, envolvendo todas as batatinhas. Sirva quente.
fontes: Celtnet Recipes e Life@30

Kitchari

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A combinação de arroz e dal é idolatrada por muitos indianos. Há quem afirme ser o alimento preferido dos iogues e se não me engano, de acordo com os princípios da medicina aiuvédica, além de equilibrar as energias do corpo, tem propriedades digestivas e curativas.

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A complexidade da mistura e o nome variam dependendo da região, no entanto, a versão simples sem condimentos, às vezes com verduras, é um dos primeiros alimentos sólidos dados às criançinhas de uma forma geral.

Kitchari

1 xícara (chá) de lentilhas amarelas
1 xícara (chá) de arroz Basmati ou outro
1/2 colher (chá) de açafrão-da-terra (cúrcuma)
1/2 colher (chá) de garam masala
Ghee (usei azeite de oliva e menos)
1 colher (chá) de sementes de cominho
1/2 colher (chá) de pimenta vermelha em pó
1/8 colher (chá) de assafétida
Grãos de pimenta-do-reino
1 colher chá de sementes de mostarda
Folhas de curry
Sal

Coloque as lentilhas de molho na véspera. No outro dia, cozinhe com o açafrão-da-terra até ficarem bem macias. Não ponha sal durante o cozimento. Só depois. Enquanto isso, aqueça o óleo, ou ghee, acrescente as sementes de mostarda. Depois que pipocarem, adicione o cominho e a pimenta-do-reino. Em seguida, junte as folhas curry, a assafétida, a pimenta vermelha em pó e o garam masala. Mexa bem e adicione às lentilhas. Acrescente também o arroz, sal e água quente o suficiente. Tampe e deixe até o arroz ficar no ponto desejado. Alguns preferem o arroz mais ligado, outros mais solto. Há quem deixe secar e outros gostam dele cremoso ou até mais líquido como sopa.
Adaptação: Lord Krishna's Cuisine

Curry de Ervilhas com Panir

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Visitar blogs de comida é como ir ao mercado com fome. Foi só Risonha falar nas ervilhas que produziu na horta e comecei a pensar em outras formas de utilizar a colheita.

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Esse curry é originário do norte da Índia, mas creio que essa receita foi adaptada pelo pessoal do sul. Ele se torna melhor ainda no dia seguinte. O sabor das especiarias fica mais pronunciado e é absorvido pelo panir.

Curry de Ervilhas com Panir

2 xícaras (chá) de ervilhas frescas ou congeladas (
mais se preferir)
Panir em cubos, dourados a gosto
2 colheres (sopa) de creme de leite (
usei iogurte)
1 cebola ralada ou batida no processador
1 tomate médio (mais se preferir)
1 colher (sopa) de castanha de caju torrada
1 colher (chá) de garam masala
1/4 colher (chá) de cardamomo em pó
1/2 colher (chá) de cominho em pó
1/2 colher (chá) de gengibre ralado
1 dente de alho, picados e amassados
Folhas de curry ou 1 de louro (opcionais)
1 colher (chá) de pimenta vermelha em pó ou a gosto
1/2 colher (chá) de acafrão-da-terra (cúrcuma) em pó
2 colher (chá) de sementes de coentro em pó
1 colher (chá) de açúcar
Sal


Passe o tomate e as castanhas de caju no processador e reserve. Aqueça um pouco de óleo, coloque as folhas de curry (ou louro) o alho. Em seguida, junte a cebola. Deixe até começar a dourar. Acrescente o gengibre ralado, as especiarias e mexa bem. Adicione a mistura de tomate reservada e sal. Cozinhe até o líquido evaporar completamente. Mexa de vem em quando. Ponha 1/2 xícara de água e o açúcar. Quando engrossar novamente, adicione as ervilhas e cozinhe até amaciarem. Desligue o fogo. Ajuste o sal ou açúcar, se preferir mais docinho. Deixe esfriar um pouco e acrescente o o creme de leite ou iogurte. Se ou iogurte for adicionado ao curry muito quente, pode talhar. Mexa bem e sirva.

Kichadi

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Já estávamos terminando o jantar, quando de repente, tudo começou a balançar. Logo percebemos que se tratava de um terremoto, fenômeno comum nessa parte da Califórnia. Felizmente, apesar da magnitude 5.6, o epicentro foi distante daqui. Nessas horas, sinto muitas saudades da minha terra... Mas, assim é a vida e cá estamos.

Kichadi é um dos nossos curries favoritos. Rodelas de quiabo fritas, imersas em um molho de iogurte condimentado, acompanhadas de arroz basmati. Simples e delicioso. Eu cresci comendo essa verdura e lá em casa, adoramos. Apesar da viscosidade, acho que é muito saborosa. Quando quero evitar a fritura, coloco as rodelas em uma assadeira, borifo com o spray de óleo e levo ao forno até dourar. A textura não fica exatamente igual, mas satisfaz. Para variar o sabor, às vezes, adiciono assafétida, elimino o coco e/ou acrescento gengibre ralado. Quem não tem muita tolerância à pimenta pode deixar sem.

Kichadi
2 xícara (chá) de quiabos cortados em rodelas
1 xícara (chá) de coco fresco ralado
1/2 colher (sopa) de sementes de mostarda preta
1 colher (chá) de sementes de pimenta vermelha seca
2 pimentas malaguetas em rodelinhas
2 xícaras (chá) de iogurte natural
1 colher (sopa) de óleo
Sal a gosto

1 colher (chá )de sementes de mostarda inteiras
1 pimenta vermelha
Folhas de curry

Coloque as sementes de mostarda e de pimenta em uma frigideira vazia e leve ao fogo para aquecerem. A seguir, moa as sementes até virarem pó. Aqueça um pouco de óleo e frite as rodelinhas de quiabo. Quando corarem, coloque em papel absorvente e deixe descobertas.

No processador, misture o coco, o iogurte e a pimenta malagueta. Em uma panelinha, fogo baixo, aqueça 1/2 colher (sopa) de óleo e coloque a colher de (chá) de sementes de mostarda. Quando pipocarem, adicione as folhas de curry, a pimenta seca e a mistura de sementes em pó. Mexa bem. Acrescente a mistura de iogurte e sal. Após 2 ou 3 min, desligue o fogo. Não é para ferver. Deixe descansar um tempinho para tomar gosto. Antes de servir, acrescente as rodelinhas de quiabo.

Arroz Indiano com Iogurte

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O que mais admiro na culinária indiana é a inventividade e riqueza de sabores, aromas e texturas. Sempre fico imaginando como é que descobriram o uso para determinadas especiarias e como surgiu o casamento perfeito de condimentos nos mais diversos pratos. Coisas que nunca tinha imaginado juntas aparecem harmoniosamente em criações incríveis.

Desde que descobri esse arroz com iogurte, nunca mais senti saudades de risoto com creme de leite. Já experimentei diferentes versões, cada uma melhor que a outra. Dependendo da região de origem, o preparo difere. Pode ser simples ou com castanhas, lentilhas torradas ou coco ralado, servido com coentro picado, pimenta verde ou vermelha seca, sementes de romã e outras frutas. A receita hoje é de uma amiga indiana. Gosto da adição de assafétida, um condimento mal cheiroso e esquisito, de sabor exótico e diferente. Tem cheiro de chulé, por isso mantenho as latinhas bem fechadas. A assafétida dá um toque todo especial, mas pode ser excluída, caso não esteja disponível.

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Arroz com Iogurte

3 xícaras (chá) de arroz cozido
Óleo de sua preferência
1 colher (chá) de sementes de mostarda preta
Folhas de curry (opcional)
1/4 colher (chá) de assafétida
1/2 colher (chá) de gengibre ralado
2 pimentas malaguetas picadas
1 1/2 xícaras (chá) de iogurte natural
Castanhas de cajú torradas
Sal a gosto
Sementes de romã

Aqueça o óleo e coloque as sementes de mostarda. Quando começarem a pipocar, acrescente as folhas de curry, o gengibre, a pimenta malagueta e a assafétida. Mexa rapidamente. Em seguida, acrescente o arroz, o sal, misture e retire do fogo. Deixe esfriar um pouco para acrescentar o iogurte e ajustar o sal, se necessário. Sirva com as castanhas e sementes de romã.

Picadinho de Repolho Indiano

Mais uma receitinha de minha sogra. Há duas versões, a outra leva coco fresco ralado, que não tem boa reputação aqui em termos de saúde, por isso só faço de vem em quando. Essa é a mais simples, parece com o refogadinho de espinafre que mencionei anteriormente. Na verdade, as possibilidades de variação e combinação de verduras são ilimitadas. Eu, por exemplo, gosto de acrescentar ervilhas, meu marido detesta, mas como diz meu pai, "gosto não se discute, pois cada cabeça é um mundo".



Picadinho de Repolho Indiano


1 1/2 xícara (chá) de repolho picadinho ou em tirinhas finas(como preferir)
1/2 xícara (chá) de ervilhas frescas ou congeladas aferventadas (opcional)
1 cebola grande picadinha 1/2 colher (chá) de gengibre ralado
Pimenta malagueta picadinha ou pimenta vermelha a gosto (conforme a tolerância)
1/4 colher (chá) de açafrão-da-terra (cúrcuma) em pó
1/4 colher (chá) de sementes de mostarda preta
1/2 colher (chá) de cominho em pó ou as sementes torradas
Folhas de curry (opcional)
Sal a gosto
Óleo de sua preferência

Aqueça um pouquinho de óleo e adicione as sementes de mostarda. Quando começarem a pipocar, junte as folhas de curry (se estiver usando) e depois, a cebola picada, mexendo até dourar bem. Adicione a pimenta malagueta e o gengibre ralado. A seguir, acrescente, o açafrão-da-terra, o cominho (se estiver usando pimenta vermelha em pó coloque agora), misturando sempre em fogo baixo por uns 30 segundos. Aumente o fogo e adicione o repolho e o sal. Mexa constantemente para não juntar líquido. Adicione as ervilhas e cozinhe até que o repolho esteja no ponto desejado (alguns preferem mais "al dente", outros gostam dele mais molinho).

Comida da Alma

Meu marido é uma dessas pessoas que comem pra viver e que não têm o mínimo fascínio por comida. Adepto da meditação, que alimenta a alma, ele prefere refeições vegetarianas e mais leves. Vez por outra, então, preparo receitas simples do cardápio de minha sogra, como refogadinho de espinafre e lentilhas amarelas ao estilo indiano. Me encanta ver o sorriso façeiro e o ar de contentamento com que sempre me pergunta: "Receita de Mommy?"

“Comida da alma é aquela que consola, que escorre garganta abaixo, quase sem precisar ser mastigada... Dá segurança, enche o estômago, conforta a alma, lembra a infância e o costume...”

Nina Horta

Refogadinho de Espinafre Indiano (Thoran)

1 colher (sopa) de óleo

1 cebola picadinha

1 colher (sopa) de sementes de mostarda preta

1/2 colher (chá) de gengibre fresco ralado

1 pimentinha picadinha ou pimenta vermelha em pó

1/2 colher (chá) de açafrão-da-terra em pó

Espinafre fresco ou congelado picadinho

Sal a gosto

Aqueça o óleo em uma panela e coloque as semente de mostarda. quando pipocarem, acrescente a cebola e deixe dourar. Agregue os condimentos, sal a gosto e mexa por uns segundos. Junte o espinafre, misture e cozinhe em fogo baixo, tampado até que murche.