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segunda-feira, julho 21, 2008

Afiada


Vento gélido,
cortava minhas dores,
em finas fatias.


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Em tempo: Mais um episódio da saga dos mais famosos irmãos siameses da humanidade. Leiam AQUI.

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domingo, maio 18, 2008

Amanhecer

Era alvorada. Cuidadoso, abriu a porta. Silencioso, observou cada objeto da sala. Conformado, tomou do revólver. Desapaixonado, descarregou a arma no maldito galo.

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sexta-feira, maio 09, 2008

Ante


Tateio meus quereres.
E, na janela, paisagens desfiam,
meus destinos, mutantes.

Forçada a distância,
na torre de vidro,
me faço arguto vigilante.

Ensaio, a passo, os passos,
arreio minhas quimeras,
torno a dança cortante.

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segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Amargor


Amargo travo,
do sentir deglutido,
resseca a língua áspera,
afiada faca, amarrada.

O pesado fardo,
da farda mimética,
em ombros lanhados carrego,
mimetizados sentires.

Sou dor, pavor, desespero,
dono de vazio coração,
que me cala, me trava a língua,
amargo.

Descubra-me.

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terça-feira, fevereiro 12, 2008

Apóstolo


Meu andar bamboleante
de bêbado errante
cruza a fronteira
entre o divino e o profano.

Abençôo igual,
democrático,
beatas e putas,
o padre e o cafetão.

O círculo se fecha,
coroa de espinhos,
mesa posta, cálice, o pão
traio-me por minguados
trocados.


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Participe do concurso literário de peças de ficção "Faça você mesmo o código de ética do PT". Maiores informações AQUI.

Divulgando: O excelente Marcos Pontes, do blog Esculacho e Simpatia, informa que ainda tem os últimos exemplares de seu livro para venda. Maiores informações no email pontes.mr@gmail.com.

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sábado, janeiro 12, 2008

Auto-crítica

Recolher-me-ei à minha insignificante significância. Os pensamentos, antes insanos, serão desconexos. Os retratos cortados, no turbilhonado mosaico, irão para o devido lixo da história. A estória das letras rumará para outro abismo. A longa teia, tecida de inúmeros fios, será desfeita. O peso morto das idéias retirado, cirurgicamente. Fim. Finito. Aqui jaz.

Na entremeada névoa está a verdade.

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sexta-feira, dezembro 07, 2007

Armação


Armei
as letras, do meu alfabeto,
à elas uni os cacos,
de minhas lembranças,
dos copos da má-fama,
emborcados.

Icei, em múltiplas velas,
as imagens das musas,
as mulheres,
que não amei.

Naveguei,
o grosseiro barco,
no rumo mal-traçado
da carcomida bússola.

Sob o peso,
da maldita saudade,
suspendi, do cais,
para o meio
do mar.


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Não esqueçam, dia 11 de dezembro, blogagem coletiva "Internet e poesia, isso combina?".

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Faltam 25 dias...

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segunda-feira, novembro 19, 2007

Agônico


Cruel é o tempo,
que faz do destino
seu enviado.

Terrível algoz
de pesado açoite
me marca, mascarado.

Trago as cicatrizes, indeléveis,
e trajo, humilhado, os andrajos
que seu senhor me deu.

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quinta-feira, maio 31, 2007

A cor escrita


sintético em assimetria
aos merecidos venero
discordo de idolatrias
me rendo às tentações
mundanas
minhas letras em chamas
marcam meus passos
versos recobrem-me
qual mortalha
meada desatinada
o fio do caminho
fraseio em disparada

do tempo não tenho pulso
grosso e curto
em que me situo.


Prestigem o Pseudo-Poemas e o Cantábile. Em ambos estão os textos proibidos pela bíblia e que não posso publicar aqui.

Divulgando: O Lino Resende está convocando para uma blogagem coletiva no dia 05/06. Maiores informações aqui.

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domingo, maio 06, 2007

Amantes


olhares se cruzam
ansiosos, desejosos
corações marcam
ritmos
em lento compasso
desencontros, desvarios
encontro esperado
lábios procuram
sedentos, ávidos
felizes, eternos
sejam
os amantes


Prestigiem Pseudo-poemas e Cantábile.

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domingo, abril 22, 2007

Apelo


paixão desatinada
sã loucura
desvairada
engana, torce, retorce
esperança vã
de futuro mútuo
imploro-te
sã loucura
façam as almas
negarem-se olhares
impeça-os
de viverem
um engano

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quinta-feira, março 29, 2007

Agonia


Vagueio
Trilhas, caminhos
Tortuosos
Ventos, tempestades
Varrem esperanças
Dor, ódio
Assomam, castigam
Lanço insultos
Cólera
Seixos ferem
Penetrantes ferimentos
Maltratam
Sangro rubro
Vermelho
Sangue

(Desconheço a autoria da imagem)

O Cor da Letra está concorrendo ao próximo blog da quinzena. Colaborem votando no banner ao lado. A Saramar também está lá com o seu "Abrindo Janelas".

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domingo, janeiro 14, 2007

Anjos amantes


Voem deuses e anjos
Sobrevoem os amantes
Que em terra espreitam
As frestas do céu
Loucos amantes
Desejos inconstantes
Como os ventos
Naveguem na brisa
Alcancem
O paraíso

(imagem: O último raio de sol de Olga Gouveia)

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(A)temporal


Vazios olhos
Nuvens carregadas
Raios ofuscam
Tão bela imagem
De teu corpo
Tempestade interminável
De desejos.

(desconheço, como sempre, a autoria da imagem...)

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segunda-feira, janeiro 08, 2007

Ato insensato


Ato consumado, irrefletido
Entrega intranqüila
Queima-nos
Congela-nos
Ambigüidade sem sentido
Simples, profundo
Sentimento
Tal gosto agridoce
Entranha os poros
Invade a alma
Preenche-nos de um vazio
Pleno de paixão
Pobre coração





(imagem autoria de Olbinski, gentilmente cedida pela Daniele)

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quinta-feira, novembro 23, 2006

Ávido


Ansiedade
Me domina
Subjuga
Ânsia
De querer
De estar
Sem brumas, espelhos
Distância
Não encurta, aproxima

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sexta-feira, novembro 10, 2006

Andarilho


Vaga soturno
Sem rumo
Sem estada
Sonâmbulo
Pede, coleta
Despede-se
Sem causa, sem ritmo
Em círculos
Sobrevive

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segunda-feira, novembro 06, 2006

A cor da letra


Letra
Cor
Escritos
Benditos
Branco manto
Fúnebre encanto
Dourado ouro
Escravidão
Verde Mar
Tempestuoso
Prata brilho
Frio acalanto
Vermelho rubro
Lábios intensos
Azul céu
Libertação
Negro
Vida revivida
Benditos
Escritos
Cor
Letra

(imagem "Colored Alphabet" de Jasper Johns)

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domingo, novembro 05, 2006

Amor inseguro

Este amor inseguro
Inconstante
Intangível
Como as areias do tempo
Imutáveis
Inconstantes
Saudade que marca
Machuca
Destrói
Este amor inseguro

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Asfixia

Voz que fala
Que sussurra
Que uiva

Ventos que carregam
Que limpam
Que uivam

Sopro de ar
Asfixia
Sufoca
Ilude

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