ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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18.12.09
22:31
(JPP)
Se tomássemos à letra o que nos dizem sobre a bondade da causa, a sensatez do Estado dinamarquês que deu guarida à Nações Unidas, a disponibilidade nórdica de “contribuir” para todas as boas causas, seria difícil entender o que move esses grupos que tem dinheiro para se deslocar para todos os sítios que pretendem “aquecer” com pancadaria. Mas eles sabem muito bem o que os move: pouco querem saber da saúde do planeta, mas muito querem saber do mundo das empresas, do capitalismo “explorador”, dos “tubarões” da finança e dos governos vendidos ao capital petrolífero e poluidor. Ou seja, o que os move é mais uma versão do velho anticapitalismo que sempre moveu uma parte de jovens radicais na Europa e nos EUA, a que se somam aqueles a que Marx chamava o “lumpenproletariado” e que habitam as cidades entre os vários rendimentos mínimos e o desemprego, e que tem uma cultura de violência que tanto dá para o Porto – Benfica, como para as cenas de destruição que se vêem em Copenhaga, nas reuniões do G7 ou 8 ou 10. Não é ambiente que lhes interessa, é partir uma vidraça de algum estabelecimento do “big business” que é fonte de todos os males, o corruptor da terra. Pode a cimeira chegar aos melhores resultados que eles continuam imperturbáveis, com o silêncio incomodado dos que fazem de conta que isto não acontece e só vêem à frente o bonacheirão politicamente correcto Al Gore. (url)
© José Pacheco Pereira
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