2004/09/02

 
Numa altura em que o Governo liderado por Pedro Santana Lopes
se esforça para "arranjar" 2.000.000.000 de euros, tanto quanto falta
para cumprir a fasquia dos 2,9 por cento de défice orçamental indicado
a Bruxelas, continuamos a assistir ao aumento de gastos desnecessários,
como seja na deslocalização de secretarias ministeriais, em reuniões do
conselho de ministros fora da capital, na aquisição de novos modelos
de carros para o elenco governativo, em "manobras de guerra naval" que
nada têm a ver com a defesa do país, and so on. Quando terminarem as
actuais manobras de guerra ao mar largo, seria bom que o ministro das
tropas e do Mar informasse a Nação quanto foi gasto nos exercícios com
a nossa Armada, e se estes encargos estavam previstos no Orçamento...

O Estado gasta demais, é verdade. Pior ainda, gasta sem retorno.
Todos aplaudimos a Medalha de Prata ganha pelo ex-nigeriano em Atenas.
E ainda lhe pedimos mais, uma de ouro, tendo ele lutado por isso. Mas
não se aguentou nas canetas, a correr ao lado de duas "máquinas" negras,
com o selo "made in USA". O voluntarioso Obikwelu, não estava preparado
para competir com aqueles predadores de pista. Eles são treinados, têm
todas as condições para viverem anos a fio a cuidar da competição. Eles
são "fortalecidos" para ganhar, criam musculatura para resistir e vencer.
Coitado do Obikwelu... a ganhar 20 contos, a trabalhar nas obras, a
contar os tostões, como podia ele estar preparado para ir mais longe?
Sim, o Estado gasta demais, em coisas sem glória, e não cuida de dar
condições a todos os atletas que desejam competir no desporto...

A China conseguiu o segundo lugar em medalhas nos JO de Atenas.
Para ir mais longe e ultrapassar os outros, já está a formar novos
atletas para os Jogos Olímpicos de 2012... Daqui a oito anos!


Segundo revelou o presidente do COP, o Estado português terá gasto
com os seus atletas, durante os quatro anos que antecederam os Jogos de
Atenas, cerca de 13,5 milhões de euros... o equivalente aos gastos com
as acessibilidades de um dos 10 estádios construidos para o Euro 2004.
Apenas um décimo dos gastos com os acessos aos dez estádios... Parece
anedota, mas esta é a realidade da bagunça em que se encontra a gestão
da "coisa pública" nacional -- com políticos pobres e esbanjadores.
As "manobras navais" decididas pelo ministro das tropas e do Mar, com
vista a "enfrentar" o bote "Bornediep", é mais uma demonstração da
irresponsabilidade na gestão dos dinheiros do Estado, cometida por um
político menor, que não cumpre as mínimas exigências para ser ministro.





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