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Ao contrário do primeiro turno e como era esperado, não tinha fila e o cara que ia votar antes de mim descobriu que já tinham votado por ele. Solução? Ele votou (e assinou) pela pessoa que, supostamente, por distração sua e/ou dos mesários, votou no seu lugar... Os mesários, numa tranquila, numa relax, numa boa, deram o comprovante (do outro) e disseram que não tinha problema. É, e se ele precisar comprovar que votou e levar o documento do outro? Vale? #aiaisónobrasilmesmo
Quando deu 17h liguei na Globo e vi que a boca de urna deu 50% a 50%, o que apontava pra mais um crescimento de última hora de Zé, já que no sábado a pesquisa tinha dado 52% a 48% pro Mago. Fiquei preocupado. Comecei a acompanhar a apuração ali perto, na lanchonete da minha irmã, e pouco tempo depois fui pro comitê de Ricardo, na Epitácio, onde já tinha um bocado de gente e cada vez chegava mais.
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Bem cedo, por volta das 18h, já estava claro que o Girassol não perderia mais. Ainda fiquei por ali acompanhando curiosidades sobre a apuração no telão e esperando o futuro governador aparecer. Só lá pelas 21h30, quando Dilma já discursava no Fantástico, anunciaram no carro de som que ele só iria falar no Busto. Peguei uma carona e segui a carreata improvisada até lá.
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Muita, muita gente. Algumas pessoas, inclusive, dando a impressão de que estariam ali ganhasse quem ganhasse. As primeiras decepções com "o novo estado de coisas" foram simultâneas à euforia. Carro jogando dezenas de panfletos da campanha laranja no chão, sem dó, carros com "autoridades" passando pelo meio da multidão, onde os de pessoas "normais" não poderiam passar.
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Os privilégios começaram cedo. O locutor do trio onde os vencedores discursariam, demonstrava irritação com a quantidade de pessoas que estavam em cima do veículo e as que, no chão, "impediam" a aproximação das "autoridades": "Chamamos aqui a polícia militar porque as pessoas não entendem...". "Pedimos mais uma vez que só fiquem os deputados em cima do palanque, para o nosso governador, o vie-governador e Cássio falarem, e a TV poder filmar!"
Tudo bem que tinha muito babão e gente querendo aparecer ali em cima, gente que, aliás, também dava impressão de que esatria ali ganhasse quem ganhasse, mas acho uma falta de respeito com a militância, nessa hora, só pros cinegrafistas captarem imagens melhores. Mais uma prova de que cada vez mais a política se faz pela TV. O idiota do locutor ficava a todo momento tentando adestrar a plateia: "baixem as bandeiras, façam o 'V' da vitória"... Se empolgar tudo bem, mas virar macaca de auditório já é demais.
Quanto às pessoas que queriam cumprimentar e abraçar Ricardo no chão, eu não vejo nada mais natural, apesar de não ser a minha. Ficaram horas ali esperando, inclusive porque antes ele deu entrevista coletiva, e de repente alguém decide chamar a polícia pra eles abrirem caminho?
Porém a cena mais, digamos, marcante, foi ouvir Ricardo chamando Efraim de "um gigante"...
Mas eu fiquei feliz, sim, e ainda estou. Até porque não acordei de ressaca. De nenhum tipo.
Um comentário:
gigante?! porra! essa foi foda. rapaz, tomara que eu esteja muito enganado sobre a condução política de RC na PB. Não que o véi seria melhor, mas essa aliança com o PSDB me dá pulgas atrás da orelha.
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