Ah, pois é, eu cá também tenho direito a opinar sobre a TLEBS, ah, pois tenho.
Portanto, e tal e tal, contável, nome, próprio, comum, mais ou menos animado, mais ou menos humano (mais pra menos do que mais pra mais). Ora, cá está: TLEBS obedece à mesma classificação taxonómica, ou lá o que caralho vem a ser isso, que a mais trivial e retinta merda.
Pois que ambas as cousas são contáveis (olha ali um monte de merda, olha outro, são portanto dois, e olha o tlebs, dá três no total), são nomes (foda-se, pisei a puta da merda, olha, vai-te foder, tu e o tlebs), são comuns (não há nada mais comum do que cagadelas, por exemplo nos passeios, e a própria tlebs também é comum em tudo quanto é blog, veja-se por exemplo aqui esta merda), são mais ou menos coisas animadas (quer-se dizer, a merda é bastante mais animada do que a tlebs, que é um cagalhão, grande, putrefacto, dá pouco jeito para atirar), são mais ou menos humanos (bem, a tlebs é completamente desumana, mas foi feita por cagões, portanto vale).
Batlebs, tlebsmente, como quem chama por mim. Será chuva, será gente? Gente não é certamente, e a chuva não bate assim. Fui ver. A merda da tlebs caía do azul cinzento do céu. Que quem já é pecador sofra tormentos, enfim! Mas as crianças, Senhor, porque lhes dais tanta dor?!... Porque padecem assim?!... E uma infinita tristeza, uma funda turbação entra em mim, fica em mim presa. Cai merda na Natureza e cai também na Educação.
(Ó Augusto Gil, pá, desculpa lá isso, hem? Sem ofensa, camarada. É por uma boa causa, uma causa de merda, muito apropriadamente.) (Ó Pacheco, pazinho, isto é a ver se a Google rebenta, hã, mas não digas a ninguém; vai ser um fartote de rir, o pessoal chega lá e escreve "tlebs" e aparece logo o significante e o significado: merda, merda, merda. É a isto que se chama "keyword weight", topas?)
Legenda TLEBS: Trapalhada Linguística para os Ensinos Básico e Secundário (até a sigla/acrónimo contém um erro de Português, mas não faz mal; é Portugal) Augusto Gil: diz que é o autor de uma versalhada muito conhecida, aqui ligeiramente g(l)ozada Pacheco: o próprio, o único, o verdadeiro artista que tudo vê, com aquele fantástico olho que tem na testa, a mais os outros três, o ciclope da blogosfeira, etc.
Over My Shoulder Looking back over my shoulder I can see that look in your eye I never dreamed it could be over I never wanted to say goodbye
Looking back over my shoulder With an aching deep in my heart I wish that we were starting over Oh instead of drifting so far apart
Everybody told me you were leaving Funny I should be the last to know Baby please tell me that I'm dreaming I just never want to let you go
Looking back over my shoulder I can see that look in your eye Turning my heart over and over I never wanted to say goodbye
I don't mind everybody laughing But it's enough to make a grown man cry Cos I can feel you slipping through my fingers I don't even know the reason why
Every day it's a losing battle Just to smile and hold my head up high Could it be that we belong together Baby won't you give me one more try One more try
Looking back over my shoulder I can see that look in your eye I never dreamed it could be over I never wanted to say goodbye
Looking back over my shoulder Oh with an aching feeling inside Cutting me up, deeper and deeper Fills me with a sadness that I can't hide
Looking back over my shoulder I can see that look in your eye I never dreamed no no it could be over I never wanted to say goodbye
Looking back over my shoulder I can see that look in your eye
"Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida". (Pv 4.23)
O que é sentir "um baque no coração"? O que significa exactamente a expressão idiomática "caiu-me o coração aos pés"? Porque será que as verbalizações da ideia de "amor" incluem sistematicamente o órgão "coração" e não aquele onde se presume residir a actividade cerebral e, portanto, onde se centrarão também as emoções? Porque se diz "amo-te de todo o coração" e a ninguém ocorre proferir algo como "amo-te com toda a força do meu cérebro"? Como podemos nós ter o coração cheio de amor, (ou, pela inversa, transbordando ódio), se ali apenas circula sangue e não sobra espaço para alojar mais nada?
Quando algum ente querido se despede desta vida, deixando-nos a sós com a saudade, porque sentimos aquele aperto doloroso no peito e não na cabeça? Porque guardamos alguém "no coração", se é na mente que se alojam as memórias? Porque serão as emoções fortes, todas as emoções fortes, avassaladoras, coisas "do coração"?
E se, afinal, todas aquelas expressões idiomáticas que se referem especificamente ao "músculo" cardíaco estiverem rigorosamente certas, não sendo apenas figuras de estilo mas factos absolutamente verídicos? E se, afinal, "conquistar o coração da pessoa amada" for isso mesmo e não uma simples figura de estilo?
Imensas perguntas que poderão ter resposta se estiver correcta a teoria - pelos vistos, científica e medicamente comprovada - que postula a existência de um sistema nervoso autónomo no nosso órgão vital; células neuronais e uma verdadeira estrutura neurológica estão desde há muito identificadas no coração, bem como a forma como este sistema se articula e interage com os outros sistemas nervosos, central e periférico, e ainda com a central de processamento da informação que é o cérebro.
Foi este o tema de um documentário que passou há dias num dos canais por cabo (Odisseia?), algures a meio da madrugada. Foram citados diversos exemplos de pessoas cujos transplantes cardíacos implicaram súbita e radical mudança de personalidade, sempre demonstrando a estranha tendência que os receptores manifestam de desenvolver espontaneamente comportamentos, gostos e mesmo atitudes da pessoa de quem receberam o seu coração substituto; um jovem, sofrendo de fibrose cística, depois do transplante começou a praticar diversos desportos, até paraquedismo e parapente, coisa que a doença nunca lhe tinha permitido fazer e pela qual nunca manifestara o menor interesse; verificou-se depois que o seu dador tinha sido um adepto incondicional de desportos, incluindo os mais radicais. Outros transplantados, bem como os familiares destes e os dos dadores, referiram não apenas uma estranhamente sistemática alteração de personalidade no receptor como a igualmente estranha coincidência entre essa mudança e a forma como agia e pensava antes o dador.
Testes laboratoriais garantem que o coração reage antes do cérebro a qualquer estímulo, e em especial àqueles (visuais, auditivos, olfactivos) que estão relacionados com o sentimento e a emoção; observando fotografias com imagens de extrema violência, o electrocardiograma (ECG) de todos os voluntários demonstrava actividade antecedente em relação à do electroencefalograma (EEG). De facto, como explicar as cicatrizes, em qualquer zona ou tecido cardíaco, detectadas em autópsias de pessoas mortas por acidente, sendo que não tinham nem nunca tiveram qualquer deficiência cardíaca?
Quando alguém sofre uma fatalidade, um acidente mortal, e sendo o seu coração seleccionado para transplante, não é apenas um mecanismo de bombagem de sangue que será introduzido no peito do receptor; incrustado nos tecidos cardíacos, vai também um sistema - completo e muito complexo - com uma memória específica, absolutamente pessoal e única; o coração do dador guardou as experiências e as sensações pelas quais este passou, ao longo da sua vida, e será da interacção do órgão estranho com os sistemas do receptor que resultará uma transformação, mais ou menos intensa, na personalidade ou no temperamento do transplantado; após um certo período de aprendizagem mútua o "novo" coração e o "velho" cérebro chegarão a uma espécie de acordo, em resultado do qual emergirá uma pessoa nova, com características próprias de ambos, dador e receptor.
Isto são, obviamente, considerações de um leigo na matéria. No entanto, esta ideia, a simples admissão de uma réstia de sustentabilidade na teoria, é de tal forma espantosa que mais vale - ao menos - fazer umas perguntas do que simplesmente ficar-se calado e arrumar o assunto no arquivo morto. Seria necessário, para comprovar a teoria, estudar as alterações de comportamento de alguém que sobrevivesse com um coração exclusivamente mecânico, ou electromecânico; diminuiriam, alterar-se-iam ou cessariam completamente algumas ou todas as suas emoções fundamentais? Mudariam ou desapareceriam os seus gostos e as suas aversões? Deixaria de se emocionar com a visão de um recém-nascido ou de se enfurecer com uma injustiça evidente? Se fosse possível transplantar para uma terceira pessoa um coração já antes transplantado, de qual das anteriores herdaria aquela algumas características? Ou receberia "informação emocional" de ambas?
Será verdade que as chamadas reacções "a quente", por impulso irracional, têm afinal uma origem perfeitamente localizada? Será que "perder a cabeça" é mesmo "deixar falar a voz do coração"? Ter "o coração ao pé da boca" é então dizer mesmo e só a verdade? Poder-se-á amar ou odiar com um coração de plástico, electronicamente topo-de-gama, mas ainda assim apenas artificial? Existirá afinal vida para além da morte cerebral, quando o estado vegetativo permite que legalmente se "desligue a máquina"? É o coração que tem razões que a razão não entende, ou somos nós que não entendemos as razões do coração?
Enfim, perguntas e mais perguntas. É aquilo que geralmente acontece quando se encontra a resposta para alguma coisa...
I wonder if anyone saw this programme on Channel 4 last night. It reported a controversial theory that the heart may play a role in forming emotions, personalities and memories, based on the experiences of some heart transplant patients. This radical possibility clearly challenges the conventional textbook account of the heart as just a pump, and embraces the metaphorical vision of the heart which has featured in literature and the arts for centuries. The first person to report this was a heart transplant recipient in Boston twenty years ago who reported a sudden penchant for beer, green peppers and KFC nuggets, later found to be firm favourites of her young male donor. Strict confidentiality regulations meant that she could not have had access to this information, nor the name of her donor which she correctly gleaned from a dream. http://medhum.blogspot.com/2006/06/mindshock-transplanting-memories.html
A fascinating synthesis of ancient wisdom, modern medicine, scientific research, and personal experiences that proves that the human heart, not the brain, holds the secrets that link body, mind, and spirit. You know that the heart loves and feels, but did you know that the heart also thinks, remembers, communicates with other hearts, helps regulate immunity, and contains stored information that continually pulses through your body? In The Heart's Code, Dr. Paul Pearsall explains the theory and science behind energy cardiology, the emerging field that is uncovering one of the most significant medical, social, and spiritual discoveries of our time: The heart is more than just a pump; it conducts the cellular symphony that is the very essence of our being. Heart's Code, Paul P. Pearsall (Amazon)
Esta série dos anos 80 foi rebaptizada, em Português, como "A Balada de Hill Street". Claro que "Os Azuis de Hill Street" não ficaria bem, onde já se viu, a bófia a ficar azul de medo, ora essa; também "As Fardas de Hill Street" poderia vir a ter conotações amaricadas, fétiches por uniformes e assim. De maneira que lá ficou a "balada" e agora até parece que soa bem.
Aqui não houve tradução manhosa do título, mas o que não se arranja é a versão original do genérico da série que passou na RTP na década de 60. Mas uma outra (excelente) série, "Law and Order", utilizou a mesma composição de Lalo Schifrin. Pronto, foi isto que se arranjou.
Esta sim, é a versão originalíssima do genérico de uma série super-foleira mas que toda a gente via, sem perder um episódio. Durante anos e anos, as pessoas tiveram de levar com o maior canastrão da História (Martin Landau) e com as montagens, encenações e efeitos especiais mais pindéricos de que há memória. Mas enfim, além de portento de mediocridade e monumento à palermice, é um verdadeiro documento.
Alguns daqueles jovens "irreverentes" já morreram, outros foram de cana e saíram, mas a maioria deve estar hoje cheia de problemas na visícula e com achaques vários, próprios da terceira idade. Além disso, agora sem as urgências hormonais e os ímpetos da juventude, provavelmente estarão distribuindo chapada e taponas em seus jovens, irreverentes netinhos. Curiosamente, nenhum deles ficou famoso.
O mais divertido deste genérico original é o ruído característico dos discos de vinil. Ah, e a letra; a letra é fabulosa. Reminiscências de um passado em que existia um mundo de paz, no qual toda gente era muito boazinha e os maus eram sempre derrotados; isso e o facto extraordinário que sucedia naqueles idos pré-históricos em que se podia fumar em qualquer lado e ainda se podia conversar com uma criança; e tudo sem ter de espreitar por cima do ombro.
Os episódios de "Os Vingadores" não valiam grande coisa, quando comparados com esta extraordinária apresentação. Todos aqueles truques eram levados muito a sério, não apenas pelos actores mas também pelos telespectadores, e notava-se perfeitamente o incrível esforço de imaginação que terá sido necessário para os enjorcar, depois ensaiar e finalmente representar. Aquela do espeto que sai de dentro do chapéu-de-chuva é impagável. Mrs. Emma Peel então, ui ui.
Isto é um cromo repetido, mas vale sempre a pena rever uma coisa assim. Naquelas tardes de Domingo, antes da "Tarde de Cinema" e da TV Rural, o "Bonanza" era a coisa mais animada que se podia imaginar. O mito do "cowboy" justiceiro em todo o seu esplendor, com cenários de cartão onde nunca soprava o vento; ali, naquelas planícies artificiais até ao absurdo, nem os cavalos tinham um cabelo fora do sítio. Eram, de resto, estes os melhores actores em cena.
A jeiteira que este caramelo faria hoje, prestando seus serviços de agente secreto ao Bush, lá pelo Iraque e assim. Ele e a sua não menos esperta colega, a agente 99 (Naitinaine), essa boazona a quem nunca foi dado o devido valor; nunca a deixaram salientar-se como merecia, desvendar um caso ou, no mínimo, mostrar as coxas, que diabo. Mas é claro, já se sabe: é o velho truque da bola de ténis que se mete num buraco de golfe que, afinal, era um gravador...
Quando eu partir, toca esta música no teu gira-discos. Tocas, por favor? Prometes? Diz que sim, vá, Afinal o que te custa fazer isso em memória de mim? Esquece o perigo, o passado, esquece os riscos. Respeita o meu último desejo, agora que estou lá Onde as coisas já não são nada, nem sequer assim-assim
Este é o meu enterro, a minha última vontade. Nada mais há a dizer nem a fazer, acabou-se. Nunca mais verás a minha face viva, Sorridente, ou triste, ou inexpressiva. Levou-me esta caveira, mulher, com a sua foice, Gadanhou-me o corpo de qualquer saudade E aqui vou eu, dócil e conformado, muito pálido, Procurando em vão por onde pára a minha alma, O que será feito dela, pergunto-me, a desalmada? Quase branco e sem aqueles vinte e um gramas, Despedido sem vivas, sem ovações, sem palmas, Sinto-me assim leve, elegante, quase esquálido, Em paz com todo o mundo, numa grande calma, Livre para sempre de ti, ó rima rica, minha amada.
Quando eu morrer, põe esta música a tocar, por favor. Será esta a tua missão, o teu compromisso. Por mais que te custe, esquece a dor, Esquece, por favor: faz-me isso. Tu, que foste minha, és doce e és mátria Deixa-me morrer em paz com a minha pátria.
Que me abrasa quando menos espero Que te incendiava quando eras pequena Que me consome quando muito te quero Que te iluminava quando dormias serena.
Esse fogo real e perene, em chamas quase azuis Essas brasas eternas, esse vulcão em ebulição Que destrói tudo aquilo que houve, nós os dois Para sempre ruínas, raiva, desespero, maldição.
Quem me dera outra vez esse fogo Ver-te sair de mansinho, até logo, E a tua sombra em chamas na parede Queimando-me a língua com a tua sede.
Gosto de te ver ardendo Gosto de te ver sofrendo Ao menos de impaciência Ao menos de paixão Ao menos com violência Ao menos com coração.
Partindo de uma ideia original de Luis Carmelo (blogue miniscente) e tendo eu sugerido ao mesmo as entrevistas a bloggers, resolvi trazer ao Kontrastes - sem nunca esquecer a originalidade de Luis Carmelo - uma edição chamada "conversas de café".Agradeço a cooperação através da resposta às perguntas.
1. Sabendo que a blogosfera é uma janela para a vida cibernética, como vê o fenómeno «blogue»? 2. Quando acede à blogosfera que tipo de blogues procura? 3. O que o levou a criar um blogue? 4. Que balanço faz da sua estadia na blogosfera e da blogosfera actual? 5. Acha que os blogues podem substituir a imprensa online? 6. Em que medida os blogues influenciam ou influenciaram a sua vida e/ou actividade profissional? 7. O que faz um bom blogue?
Por favor indicar nome, idade, profissão e blogue. Será informado(a) da publicação da conversa. cumprimentos, JFD www.kontraste.wordpress.com
E enviam uma coisa destas para mim? E logo eu, membro fundador dos A.A. (Anónimos Assumidos)!? Thank's but no, thank's. E, para mais, eu é que sou o Prusidente do movimento B.O.I. (Blogs Olimpicamente Ignorados). Nope. E afinal ele é logo nome, idade, profissão e blogue? E bem, respectivamente, chamo-me Dodo (Doudo, em Português arcaico), tenho 1.728.437 anos, exerço a actividade de ave pernalta extinta, meio tola, grã(de) bico, e o mê "belogue" é este aqui mesmo, endereço http://001.blogspot.com, não tem nada que enganar.
E era só para dizer que não respondo a um inquérito deste género desde os meus tempos de Liceu. E que naquela altura só respondia porque me interessavam as mamas das gajas que os faziam, e coitadinhas. E que aquilo era tudo perguntas inteligentes, como "o que achas do significado da vida" ou "o que farias se tivesses um filho homossexual" ou ainda "consideras o haxixe prejudicial à saúde", e tal, e tal, e assim. E não eram assim tão parvas, as perguntas. E eu respondia, repito, apenas e só derivado às mamas. E para dizer que duvido que esse tal Carmelo tenha mamas e, mesmo que as tenha, é um gajo, ora foda-se, e o gajo Kontrastante deve ser outro gajo, e ora foda-se outra vez. E que, se porventura não tiraram o meu endereço de e-mail ao acaso, por criteriosa escolha "random", fariam o favor de o deixar muito sossegadinho onde ele estava, e que era na santa paz da ignorância, no paraíso da extinção, nas franjas, enfim, da mais repimpada inutilidade .
Pronto. Uma chatice a menos. Nestas coisas do sexo, há que ter algum cuidado com a forma como se expõem os assuntos. É de toda a conveniência, para começar, evitar a utilização profícua ou exagerada de palavrões em geral e de calão em particular. Portanto, e como o assunto desta consulta é aquilo que vulgarmente se designa por "camisa-de-Vénus", utilizaremos doravante o termo técnico atinente, isto é, "preservativo", não vá a expressão portuguesmente consagrada ferir alguma natureza mais delicada; evitaremos também os termos correlacionados mais hipoteticamente chocantes, como "caralho", ou "cona", ou "foder", por exemplo; imbuídos da melhor boa-vontade e do espírito mais epistemológico possível, aplicaremos os equivalentes menos rudes ou atrevidos, como, respectivamente, "pichota", "pachacha" e "pinocada". Enfim, é sem compromisso, mas iremos tentar cumprir com o prometido.
Intróitada a problemática, passemos por conseguinte à propriamente dita.
O preservativo é um dispositivo anticoncepcional que existe, ao contrário daquilo que muita gente julga, desde há cerca de 3.000 anos. No entanto, foi apenas a partir do surgimento da "pílula" - no início dos anos 60 do século XX - que este artefacto perdeu importância enquanto contraceptivo, ganhando uma relevância acrescida, paradoxalmente (e progressivamente), como método preventivo de doenças sexualmente transmissíveis (DST). Poderemos mesmo afiançar que se trata, hoje por hoje, exceptuando, como é evidente, a falácia da abstinência, do meio mais eficaz para evitar a transmissão de infecções por via sexual. Por estranho que pareça, este verdadeiro salva-vidas sexual continua a merecer a atenção das grandes empresas farmacêuticas, a reboque e com o apoio dos governos nacionais e das instituições internacionais, não enquanto bem essencial mas como fonte de (chorudos) rendimentos, de lucros verdadeiramente obscenos; quando seria de esperar, nomeadamente após o aparecimento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA), em 1983, que tal ferramenta se tornasse em verdadeiro bem essencial e, portanto, tendesse a tornar-se cada vez mais barato, o que aconteceu foi precisamente o contrário: os preservativos são não apenas caros como os métodos utilizados para a sua distribuição continuam absolutamente anacrónicos e praticamente imutáveis desde que saíram os primeiros pacotinhos das linhas de produção; as farmacêuticas dedicadas ao ramo, até porque os métodos de fabrico evoluíram entretanto e se tornaram muito mais eficazes, não demonstram quaisquer intenções, bem pelo contrário, de fazer descer os preços, ao menos de acordo com as mais elementares leis de mercado, da oferta e da procura; por outro lado, vão surgindo novos produtores, mas nem assim os preços baixam. Enfim, está mais do que visto, o negócio é apetecível e, como se verifica, ninguém está particularmente interessado na questão de saúde pública envolvida. Morrem pessoas aos milhões como consequência directa da não utilização do preservativo na relação sexual, todos os dias são infectados muitos milhares de seres humanos, mas tal "detalhe" parece não despertar a atenção de quem poderia e evidentemente deveria pôr cobro à situação. Entretanto, gastam-se fortunas em "estudos estatísticos" absolutamente estéreis, apenas para concluir aquilo que toda a gente já sabe: que a distribuição gratuita de preservativos poderia salvar milhões de vidas. Muitas mais, de qualquer forma, do que aquelas que teoricamente são resgatadas à fome, à sede ou à miséria absoluta, através de donativos ou de remessas maciças de alimentos. Seria muito mais eficaz enviar para as zonas mais deprimidas do mundo, em vez de sacos de farinha ou de leite-em-pó, simples pacotes com embalagens de preservativos; não apenas se estancaria a pandemia de SIDA - que alastra rapidamente por vastas áreas de África e da Ásia - como se reduziria drasticamente o número de nascimentos, minimizando assim, num prazo relativamente curto, a multiplicação das necessidades alimentares de uma população em crescimento exponencial. Como escreveu e demonstra Jean-Christophe Rufin, em As Causas Perdidas, o envio sistemático de milhões de toneladas de alimentos para as zonas de fome apenas adia o problema, a curto prazo, acabando por multiplicá-lo por três (ou por dez), na prática, no espaço de apenas uma geração (quinze anos).
Nas sociedades ocidentais, ditas evoluídas, ou industrializadas, o problema coloca-se de forma radicalmente diferente, se bem que existam também nestas enormes bolsas de subdesenvolvimento e carência generalizada, às quais os mesmos princípios seriam igualmente aplicáveis. Porém, e por regra, o preservativo constitui, nos países da Europa e do Novo Mundo, uma realidade bem diferente daquilo que diz respeito aos "restantes" dois terços de seres humanos. No nosso quotidiano comum, urbano e mais ou menos privilegiado, não apenas o sexo cumpre uma função diferente como são diferentes os meios e os métodos anticoncepcionais, bem como as medidas de prevenção das DST. E como é radicalmente diferente a forma como encaramos uma e outra das coisas. Para nós, o preservativo é, antes de mais, uma maçada, um mal - necessário, mas ainda assim um mal, algo que tem de ser porque tem de ser. E daí, nem sempre. Ou não continuasse a aumentar também, desastrosa e desastradamente, mesmo nos países mais evoluídos do mundo, o flagelo das doenças sexualmente transmissíveis, e nomeadamente a infecção por HIV. O burguês médio tem uma relação conflituosa com o preservativo, quando tem uma... relação, e isso afere-se perfeitamente pelos números, pela desgraça que por aí vai. Fosse ao menos aquilo mais barato e, principalmente, mais fácil de usar, e outro galo cantaria com toda a certeza.
Ora, surgiu muito recentemente, nos mais prestigiados órgãos de comunicação social, a notícia de uma invenção que se arrisca, sem qualquer exagero, a revolucionar o mundo moderno tal como o conhecemos: foi finalmente criado o preservativo instantâneo. Eis, em suma, o espantoso facto. Segundo assevera o inventor do novo embrulho peniano, Willem van Rensburg de sua graça, e embora ainda não tenhamos tido a oportunidade de experimentar pessoalmente coisa tão bem esgalhada, parece que aquilo se coloca em três segundos no máximo, três. A ser verdade, e a julgar pela demonstração em vídeo parece que é, estamos perante o artefacto mais espantoso alguma vez criado pelo génio humano.
Finalmente, poderemos nós outros estar em vias de deslargar a merda do preservativo convencional, essa pepineira desgraçada, responsável pela maior parte das faltas de tesão em que se atascam amiúde hordas imensas de gajos chateados, nas sociedades ocidentais. Convenhamos, se é que em algum espírito menos avisado ainda poderá restar alguma dúvida, que os Durex, ou Harmony, ou Control, ou quaisquer outras marcas mais manhosas, são a maior chatice que existe, insuportavelmente incómodos, chatos e trapalhões, verdadeiros convites ao desastre, ratoeiras inadmissíveis para a mais trivial pinocada; o preservativo convencional é uma sacanice institucionalizada, e ainda por cima altamente promovida, como se fosse alguma coisa de jeito.
Pois não temos nós sido sistematicamente bombardeados com publicidade gabando os extraordinários méritos de tão grandessíssima cagada? Não nos pintam repetidamente, em quadros edílicos e cheios de gajas podres de boas, que a camisinha é facílima de colocar? Mas não, não é, nem pouco mais ou menos. É mesmo muitíssimo complicado enfiar aquela merda na gaita: primeiro, e para começar, as putas das embalagens parecem pacotinhos de açúcar, mas são blindadas, a gente quer rasgar e não rasgam, por vezes nem à dentada; está um gajo no melhor dos acontecimentos, a verga túrgida perfurando a atmosfera envolvente, prenhe de sangue e fremente de entusiasmo, e eis senão quando lá vem a chavala com a treta do costume (ah, olha, põe a camisinha, pões), foda-se, há que ir buscar, andar à procura em gavetas e em bolsos secretos, mas onde caralho é que eu pus aquela merda, e depois quando finalmente se encontra a puta da camisa ainda é preciso lutar bravamente com o invólucro, o caralho do invólucro de uma ganda puta que os há-de parir, que esta merda não abre nem por nada, chega-me daí essa tesoura, foda-se, não lhe dês c'os dentes, mulher, que rasgas isso, foda-se, passou-me a tesão, foda-se, foda-se, foda-se. Quantas vezes não sucederam já situações do género ao mais comum dos mortais? E não esquecer que, após a tremenda luta para tirar aquela porcaria da embalagem, segue-se outra tarefa tão ou ainda mais chata, enfiar aquela merda como deve ser na já desoladíssima pichota: de novo uma carga de foda-se entre dentes, que ou desenrola mal, ou desenrola ao contrário, ou pura e simplesmente não desenrola; e ele são caralhadas de toda a ordem e feitio até que, finalmente, ora prontos, está feito, vamos a isto, mas onde é que a gente ia mesmo, ah, sim, pois, tu estavas assim, e eu aqui, ó; mas, ai, entretanto a tusa foi-se, ausentou-se para parte incerta, e isso ainda não é o pior, à moça sucedeu entretanto outro tanto, as mulheres são assim mesmo, interrompeu, fodeu, estaca zero, é preciso começar tudo de novo, mas desta vez à pressão, haja ainda ou já não haja vontade.
Enfim, e por isso uma profissional leva tão caro a pinocada sem, preservativo é mesmo a maior chatice que existe. Claro que a publicidade, e mesmo a institucional, paga pelos nossos impostos, tenta impingir uma imagem completamente contrária, aquilo é só facilidades e gente sorridente. Reiteremos: não é nada, é complicadíssimo, e é só gente pior do que fodida às voltas com aquela merda. Não é lá muito prático, para evitar as maçadas inerentes, a gente sair de casa já com o preservativo devidamente colocado - até porque "devidamente" implica pénis erecto, e não é fácil manter uma erecção, priapismo excluído, enquanto se conduz, se anda ou se toma um cafezinho, por exemplo.
Não esquecer ainda uma parte nada elegante do assunto, o descarte, isto é, quando está cumprida a função e se torna necessário a gente ver-se livre dos despojos: há gajos que retiram aquela porcaria (antes não era, agora já é) com um simples esticão, atiram o látex para o chão, e pronto; algumas mulheres, com o carinho tipicamente feminino e que tão bem lhes fica, fazem bastante mais, dão um nó na base, não vá o líquido escorrer e sujar a alcatifa, embrulham em papel higiénico e depositam por fim o embrulhito no caixote do lixo, ou despejam-no na sanita. Que é chato, pois com certeza, mas parece que o elemento feminino se sente muito mais à vontade com este tipo de operações, honra lhes seja.
Mas enfim, não tem nada que enganar e não há volta a dar-lhe: a camisinha é a coisinha mais empata-fodas que alguma vez foi inventada, muito mais e com efeitos mais devastadores e descolhoantes do que as sogras ou as vizinhas metediças. Claro que, não cabendo aqui - pelo menos por agora - referir trapalhadas homéricas do género dos cones vaginais, essa miserável traição que faz barulho (nhoc nhoc nhoc) e que arde como tudo, pois o uso de preservativo é uma imposição dos tempos modernos, não há nada a fazer, caralhosmafodam, mais vale gramar com aquilo do que pinocar por aí à maluca, a torto e a direito, sem qualquer espécie de protecção. Fodias-te, como soe dizer-se; as modas já não compactuam com semelhantes descontracções e inconsciências, há que dar com ele, e dar com força, mas sempre, sempre, sempre com o carapuço enfiado, reforcemos, pois que se não deve esquecer. Bem sabemos que não é a mesma coisa, há quem diga ser o mesmo que chupar um rebuçado sem o desembrulhar primeiro, mas não é de chupanços que se está aqui falando, entendamo-nos. Foder é, hoje em dia, uma das actividades mais perigosas para a saúde que existem, ele há de tudo, e já havia dantes, da insinuante sífilis ao vulgaríssimo esquentamento, uma festa de germes, vírus e bactérias alojados em quaisquer entrefolhos e quenturas venéreas, mas acrescido o naipe recentemente com as doenças mais canalhas e malignas que é possível imaginar, das hepatites às malditas retrovirais. Ora, isso é que é fodido a valer, essa coisa da SIDA; lá com as outras, vamos indo, ao menos a gente não vai desta para melhor, por exemplo o treponema pallidum (sífilis) não passa de uma brincadeira quando comparado com o HIV, esse "bichinho" que ataca em todas as frentes e liquida um ser humano em três tempos. Não brinquemos pois com assuntos sérios. Mais vale o sacrifício de embrulhar a gaita em plástico fininho do que depois nos embrulharem a nós em plástico bastante mais grosso. Todos os aborrecimentos ligados ao preservativo não são nada quando comparados com a pena de morte exarada, a segregação social e o isolamento total, a deserção e o abandono de família, amigos e conhecidos, e, por fim, a degradação inexorável de todos os sistemas vitais, a decomposição física ainda em vida, Karposi, pneumonia, hemorragias generalizadas, o Inferno cá na Terra e tempo para o ver detalhadamente.
Daí se poder dizer, sem qualquer risco de exagero ou entusiasmo desmedido, que estes preservativos "Pronto" representam - no mínimo - tremendo alívio para tão angustiante perspectiva ou probabilidade: finalmente, em resumo, já se pode foder à vontade sem receio de qualquer infecção, mais ou menos malévola, mais fodida ou menos fodida; e não só isso como, ou principalmente, deixa assim de haver pretexto para não usar a camisinha; o tempo que levava a colocar aquela coisa reduziu-se a um mínimo ridículo que, aleluia, deixará de interferir com a manutenção da tusa; por outro lado, e ainda em termos estritamente técnicos, torna-se agora possível foder à grande e à francesa, em qualquer lugar e a torto e a direito. Acabaram-se os pretextos, as negas, as desculpas manhosas. Haja Deus.
É de louvar, portanto, e de que maneira, a extrema importância e a sagacidade da invenção desse tal Willem van Rensburg. O fulano devia ganhar já, sem qualquer concorrência no horizonte, o prémio Nobel da medicina, por mérito absoluto, e o da paz, como brinde. Poderemos agora, por fim e com toda a segurança, quase não interromper a bela fodinha por razões de saúde e higiénicas; agora sim, poderemos dizer, sem qualquer margem para erro ou exagero, péraí, filha, dá-me só um segundinho; não é um mas, vá lá, são apenas três segundinhos. Faltarão porventura as variantes, a fim de conferir mais divertimento e espírito lúdico à coisa, Prontos às cores e com sabores, morango, kiwi, framboesa, tutti-frutti, Prontos com feitios, saliências e protuberâncias. Basta consultar o catálogo.
É este o futuro, e o futuro já chegou: Prontos. Digam lá se não estão contentes. Ó maravilha. Ó invenção de mestre. Ó pois é. Hem? Que dizes? Vamos a isso então, óspois? Então, Prontos, vamos lá.
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Não se esqueçam de "assistir o" vídeo, gandas burros, a ver se aprendem a colocar os prendedores como deve ser...
Existem dois tipos de arrumadores de automóveis: os muito fodidos e os completamente fodidos. É possível distinguir um tipo de um tipo de outro tipo do outro tipo pelo facto de nos primeiros ainda se notar alguns vestígios ou reminiscências do último banho ou da última vez em que fizeram a barba; tirando isso, é dificílimo notar alguma outra diferença, se bem que o arrumador muito fodido apresente, se repararmos com muita atenção, um discurso um bocadinho menos caótico do que o seu colega completamente fodido: este pronuncia "estroce", com aférese (queda) do "d" inicial, ao contrário daquele, que articula a palavra correctamente, isto é, "destroce".
Em todócaso, como diz Marques Mendes, arrumador é arrumador ou, para utilizar a designação politicamente correcta mais comum, arrumador é "técnico de parqueamento automóvel", consistindo as suas funções em agitar freneticamente um jornal enrolado enquanto vão dizendo "destroce, destroce, destroce"; teoricamente, ambas as coisas, jornal enrolado e a indicação para "destrocer", destinar-se-iam a facilitar a manobra de estacionamento de qualquer um dos seus "clientes"; porém, como é sabido, não apenas estes sabem perfeitamente - regra geral - como estacionar um automóvel, como ficam, ainda por cima e também por regra, eles próprios fodidíssimos quando têm de gramar com uma daquelas melgas. É que os moços, ressalve-se-lhes a boa vontade, fazem toda a questão de indicar um lugar - mesmo que todo o parque de estacionamento esteja livre, assim pela fresca - e de ajudar por força o desgraçado automobilista a parquear. O qual, já se sabe, não terá sorte nenhuma se por acaso pretender prescindir dos serviços, era o prescindes, quando não arrisca-se a ficar com uma pintura nova na viatura ou, quem sabe, depende da hora, de ser dia ou noite, e de a ressaca estar quase a bater ou ainda nem por isso, a precisar de quatro pneus novos ou com uma porta carecendo de bate-chapa.
Dantes, nos bons tempos do fasssismo, havia uma outra categoria de arrumadores, aqueles senhores e aquelas senhoras que nos levavam ao nosso lugar exacto, num cinema. Mas agora os tempos são outros, à uma porque já praticamente não existem cinemas, em rigor, e às duas porque há cada vez mais automóveis; ora, por consequência, uma coisa levou à outra, assim como há cada vez mais lugares vagos nos minúsculos estúdios que restam, pela inversa há cada vez menos lugares vazios para arrumar a porcaria do carro; e foi isso - essa relação diametralmente oposta - que levou à extinção uma simpática espécie de arrumadores e à criação desta que existe agora, a dos piolhosos arrumadores Estroce.
Quer queiramos, quer não, e ai de quem se atreva a não querer, conforme antes exposto, lá teremos de gramar a fita do costume: "beinha, beinha, beinha, pode bir, agora estroce, estroce, estroce, prontes, tá bom, ó amigo, e uma moedinha, vá lá, são dois euritos, ai acha caro, atão um eurito, e já agora um cigarrito".
Para evitar que o jovem risque a pintura do bólide ou, quem sabe, lhe fure os pneus ou ainda descarregue um pontapé na porta, a gente, "vá lá, tome lá, até logo", esportula a moeda, larga um cigarrinho ou mesmo dois, e vai à vida rezando a todos os santos para que nada suceda ao popó.
De vez em quando, mormente em época de eleições, alguns profissionais do paleio surgem com umas ideias inovadoras, como "regulamentar a actividade", criar o "cartão" de arrumador, talvez fornecer uns bonés com chapa de matrícula, conferir, em suma, alguma dignidade à "profissão", que arrumador também é filho de Deus e, no mínimo, cidadão de pleno direito. Coisas para as quais o dito arrumador se está altamente cagando, aquilo é só um entretém até à dose seguinte, mas esse desinteresse não bule com um único neurónio disponível na vontade política férrea do autarca ou do governante mais afoito a estes assuntos da "solidariedade"; a nenhum ocorre sequer pôr em causa a "necessidade" de tão patentemente marginal "profissão", fingindo todos, à imagem e semelhança do cidadão comum, que o problema não existe, que aquilo é tudo gente de bem, que são jovens e menos jovens "perseguidos" e "marginalizados", aos quais há que dar todo o "apoio" possível.
Pois sim. A chantagem existe, pública, recorrente e sistematicamente, e o facto é que aqueles "perseguidos" perseguem, eles mesmos, insultam, ameaçam e chegam por vezes à agressão física e à destruição de bens; a intimidação, nomeadamente com pessoas de mais idade ou com mulheres, em especial se acompanhadas de crianças, é prática corrente; trata-se de uma forma de terrorismo postural, de situação, tacitamente imposto pelos "estroces" e sistematicamente aceite pelas vítimas de circunstância. Aqueles actuam sempre em total impunidade, é claro, com a conivência dos passantes, que não pretendem meter-se em sarilhos, e com a passividade das autoridades policiais, que de autoridade têm apenas a designação técnica. Presume-se, através de um estranho mecanismo de reflexão colectiva, que sempre é melhor os "estroces" fazerem aquilo, ganhando uns trocos para alimentar o vício, do que andarem por aí a assaltar pessoas.
A questão é que não estamos a falar de "trocos", já que dose alguma de droga nenhuma custa "trocos". O problema é que, apesar do benemérito beneplácito em relação àquela "actividade", não consta que o número de assaltos, a pessoas e a estabelecimentos, tenha diminuído desde que surgiu o Estroce; pelo contrário, como rezam as estatísticas.
Não podem ou, melhor, não devem as pessoas de bem advogar a liquidação pura e simples de tais energúmenos, através de métodos mais ou menos violentos como a forca medieval ou o limpíssimo e higiénico tiro na nuca; isso está realmente fora de cogitação. Seria, porém, minimamente exigível que - ao menos - aqueles que tanto se preocupam com as chamadas doenças da civilização, eles próprios extremamente civilizados, se dignassem alvitrar algumas soluções: o que fazer com o Estroce? Eis algo a pedir reflexão avalizada, já que o diagnóstico da situação está feito per se. O que será que impede as nossas mentes brilhantes, os fazedores de opinião da nossa praça - e esta coisa dos blogs está cheia disso - a nunca se referirem ao Estroce? O que será que lhes tolhe o discernimento, se o caso é tão evidente? Porque será que nunca, mas absolutamente nunca, tocam em tão melindroso tema?
Será medo do politicamente correcto? Terão assim tanto amor às respectivas carrocerias, além do que têm à própria pele?
E tal e tal çççç´´aáéíóú rinhónhó 1234567890''«!"#$%&/()=?»QWERTYUIOP*ÀSDFGHJKLǪZXCVBNM;: qwertyuiop+ásdfghjklçºzxcvbnm,.-<<>> E tau e tau. Uindo. Parece que esta merda funcemina, carauo.
Este Blogger.com, oh o caralho que os foda, eh a maior merda que existe. Eh uma merda ou, como se diz em linguagem politicamente correcta, eh uma merda, uma merda, uma merda. Acho que me vou pirar daqui pra fora; que os pariu. Escrever nesta coisa eh como bater uma punheta num autocarro apinhado de gente: naum se pode, prontes. Eh como o menino Jesus, lah dizia o Pai Natal do Herman, ou estah deitado ou estah estendido, ou estah estendido ou estah deitado; quer-se dezer, ou naum funciona ou funciona mal, das duas uma. Preview, nehpia. WYSIWYG, ou isso, nestum. A gente faz "enter" e fica definitivamente dependurada, isto naum tuge nem muge. Caralhosmafodam. Desapareceram os acentos, fica prahqui uma chinesice do caralho, e jah gozas, isto eh quando se pode escrever, mesmo sem a merdice dos diacrihticos, oh o cacete. Mas ninguehm os manda foder por uma vez, naum? Ok. Mando eu.
Oh Blogger.com, pah: vai-te foder.
Ahhhh. Jah me sinto melhorzinho.
A porra toda eh que mesmo assim naum dah para escrever coisa nenhuma. Este Blogger.com, oh o caralho que os foda...
Em relação ao post "email umbiguista" de há um ano. Nem sei se continua a escrever no 001, mas se não quer ser lido, escreva mal, escreva pior, tente mesmo não dizer nada de jeito e por favor não refira outros blogues. Principalmente se os outros blogues forem bons quando assim o diz e maus quando deles goza. De qualquer outra maneira um gajo dá-lhe o beneficio da dúvida e continua a papar com a sua conversazinha da treta. Sem mais assunto, toma lá a proverbial pancadinha no ombro, que os sacanas são mesmo para as ocasiões. E fica bem que não deixo a coisa por menos.
Hem? Que porra é esta? Huguinho? Zezinho? Luisinho? Anyone? Quac! Quac!!!
It's not What you thought When you first began it You got What you want Now you can hardly stand it though, By now you know It's not going to stop It's not going to stop It's not going to stop 'Til you wise up
You're sure There's a cure And you have finally found it You think One drink Will shrink you 'til you're underground And living down But it's not going to stop It's not going to stop It's not going to stop 'Til you wise up
Prepare a list of what you need Before you sign away the deed 'Cause it's not going to stop It's not going to stop It's not going to stop 'Til you wise up No, it's not going to stop 'Til you wise up No, it's not going to stop So just...give up
and I am not frightened of dying, any time will do, i Dont mind. why should I be frightened of dying? Theres no reason for it, youve gotta go sometime. i never said I was frightened of dying.
Angie, angie, when will those clouds all disappear? Angie, angie, where will it lead us from here? With no loving in our souls and no money in our coats You cant say were satisfied But angie, angie, you cant say we never tried Angie, youre beautiful, but aint it time we said good-bye? Angie, I still love you, remember all those nights we cried? All the dreams we held so close seemed to all go up in smoke Let me whisper in your ear: Angie, angie, where will it lead us from here? Oh, angie, dont you weep, all your kisses still taste sweet I hate that sadness in your eyes But angie, angie, aint it time we said good-bye? With no loving in our souls and no money in our coats You cant say were satisfied But angie, I still love you, baby Evrywhere I look I see your eyes There aint a woman that comes close to you Come on baby, dry your eyes But angie, angie, aint it good to be alive? Angie, angie, they cant say we never tried
Dreamer, you know you are a dreamer Well can you put your hands in your head, oh no! I said dreamer, you're nothing but a dreamer Well can you put your hands in your head, oh no! I said "Far out, - What a day, a year, a laugh it is!" You know, - Well you know you had it comin' to you, Now there's not a lot I can do
Dreamer, you stupid little dreamer; So now you put your head in your hands, oh no! I said "Far out, - What a day, a year, a laugh it is!" You know, - Well you know you had it comin' to you, Now there's not a lot I can do.
Well work it out someday
If I could see something You can see anything you want boy If I could be someone- You can be anyone, celebrate boy. If I could do something- Well you can do something, If I could do anything- Well can you do something out of this world?
Take a dream on a Sunday Take a life, take a holiday Take a lie, take a dreamer dream, dream, dream, dream, dream along...
Dreamer, you know you are a dreamer Well can you put your hands in your head, oh no! I said dreamer, you're nothing but a dreamer Well can you put your hands in your head, oh no! OH NO!