Nova versão do livro O MENINO E O MAESTRO, de Ana Maria Machado, com o ilustrador Vinicius Sabbato, FTD editora.
É a história de um guri que ama música, toca tamborim na bateria mirim da escola de samba, e tinha muito talento. Mas ficava dividido entre estudar música e ajudar a mãe, vendendo balas na rua.
Até aparecer um maestro que, além de reger a roda de choro no morro, toca clarinete no Teatro Municipal e mostra como a arte pode transformar a vida das pessoas.
O livro traz uma série de QR codes para ampliar a experiência de leitura.
Para comprar: https://ftd.com.br/detalhes/?id=7943
lembrando que os leitores do Kids tem desconto usando o cupom: KIDSINDOORS20
A MENTIRA DA VERDADE de Joaquim de Almeida, da SM literatura.
O livro é lindo, o papel é gostoso de tocar.
É a adaptação para linguagem de grafic novel de uma narrativa africana sobre a criação do mundo. As ilustrações dão ênfase nos opostos e na relatividade das coisas. Muita cor e seres que parecem fantásticos, a história traz a lenda em que Olofi, uma das três divindades supremas do panteão iorubá, decidiu criar o mundo a partir dos contrários: A Terra e o Mar; a Ordem e o Caos; o Silêncio e o Batuque; o Medo e a Coragem. Por último, criou a Verdade e a Mentira. Para a primeira, deu como atributos a força e a beleza; já para a segunda, fraqueza e feiura. Para compensar a desvantagem, Olofi a presenteou com uma afiada arma branca. Tudo vai bem até que a Inveja entra em cena para incutir na Mentira a mais profunda cobiça. A partir daí, ela deflagrará guerra à Verdade, dando início a uma terrível peleja entre as duas, cujos ecos ouvem-se até hoje. Muito atual, a história pode servir para explicar muitas coisas que ainda acontecem hoje em dia, principalmente na política, mas até em uma disputa de um campeonato de futebol.
Para comprar:
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MINHA DANÇA TEM HISTÓRIA de Bell Hooks e ilustrações de Chris Raschka, da Boitatá.
De que coisas um guri pode gostar? O que é ser um guri que faz arte: que rima, que dança, que descobre poeticamente quem ele deseja ser?
Na batida do break, Bell Hooks traz uma história que capta a energia do que é ser um menino dentro da cultura do hip-hop. Mostrando de forma sensível todas as contradições que permeiam a vida dos pequenos em busca da própria masculinidade, a autora amplia o leque de possibilidades para o que significa ser um menino. O texto é curto, mas significativo. As ilustrações são cortadas, como rimas, como poesia, onde o leitor completa a cena. As linhas são guias por onde o olho deve passear e brincar, funciona como uma pauta musical, ou como um novelo que precisa ser desenrolado.
Pra comprar:
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ZUMBI DOS PALMARES de Renato Lima e ilustrações de Graça Lima. Recebemos da editora Paulus.
É um livro informativo com narrativa. Clara conhece Tomé, que conta que é filho de uma brasileira de origem japonesa e de um negro. A guria quer saber o motivo de alguns colegas o chamarem de Zumbi, se nem negro ele é. Ele fala que ganhou-o de seu mestre de capoeira. A guria fica intrigada e ele começa a contar a história de Zumbi, da escravatura no Brasil, dos quilombolas, das lutas contra os afrodescendentes, das perseguições religiosas, dos acordos com a Coroa Portuguesa e como Zumbi se tornou herói. No final do livro tem A EPOPEIA DE ZUMBI por Ney Lopes - um samba do disco NEGRO MESMO, do mesmo autor.
Que livro liiindo que ganhamos da
@distribuidora_casadelivros !!! Geeente! LIN DO!
A guria estava quietinha no seu canto quando recebeu uma chuva de fitinhas do senhor do Bom Fim.
Que coisa misteriosa! Que coisa mágica! Uma forte rajada de vento levantou as fitas, e assim como chegaram, se foram! A guria correu atrás e conseguiu pegar uma azul claro! Deu duas voltas no pulso e três nós (cada nó com um pedido!), como manda a tradição.
E ali começou uma amizade, amarradas pelo mesmo querer, cúmplices com alegria e muita força do axé.
E o tempo foi passando e ela começou a não querer mais que a fitinha fosse embora. Criaram laços.
Mas o tempo vem, né, gente?! O tempo passa, o tempo dá e o tempo tira. E o tempo nos dá sabedoria para apreciar os momentos que ficamos juntos.
A guria vai inventar um novo jeito de não esquecer daquilo que é tão preciso pra ela.
Fica a dica! Livro sensível da Janaína de Figueiredo, com ilustrações liiindas da Paulica Santos, da Aletria editora.
KAXINJENGELE E O PODER - UMA FÁBULA ANGOLANA de José Luandino Vieira, da Pallas Editora.
Recebemos da
Distribuidora Arco-Íris, aqui de Brasília.
Uma fábula angolana.
Kaxinjengele queria o poder. Queria já, agora, não podia esperar!
Quem não sabe esperar, não pode governar...
O poder... Possibilidade de governar um mundo em um determinado espaço e tempo. Onde temos que "plantar", "esperar", "colher"... Tudo leva tempo.
Kaxinjengele era imediatista. Não sabia esperar. Quem não sabe esperar não tem paciência, não tem resiliência, não tem tolerância. É imaturo, então não é capaz de governar. Simples assim!
As ilustrações são linhas e cores... traços ligueiros que nos remetem a fazer as coisas rapidamente, sem planejamento, sem pensar, como rabiscos inconsequentes... Claro que foram feitos conscientemente pelo ilustrador/autor, para reforçar as ideias do texto.
ADUMBI de Mel Adún e ilustrações de Reane Lisboa. Editora Literatura Negra Ogums Toquinhos. Recebemos este exemplar da ilustradora.
A avó de Adumbi pediu pra ele buscar umas folhas de goiabeira, na floresta, pois ela exagerou ontem na comida. Lá se foi o guri com sua conquém. O dia estava lindo, o sol alto o céu azul, foi brincar... Até se dar conta que já era tarde e ele não sabia mais voltar pra casa! Tentou achar o caminho de casa, mas acabou adormecendo, exausto, perto de um rio... Será que Adumbi vai encontrar o caminho de casa? E a bronca que vai levar da avó, será muito grande? Só lendo pra descobrir!
A LUA CHEIA DE VENTO da jornalista e escritora Mel Adún e ilustrações da artista plástica Reane Lisboa. Editora Literatura Negra Ogums Toquinhos. Recebemos este exemplar também da ilustradora.
É a história de Gotinha que vivia numa lagoa e passava o dia brincando com os seres marinhos. E é também a história de Ventania, um guri super ligeiro que vivia na terra. Os dois seres acabam se conhecendo e se apaixonando, mas logo o Conselho Invisível que comandava as criaturas do seco e do molhado, desaprovou o namoro. E os dois se separaram... Até que um dia Gotinha sentiu um vento muito forte que a levou para o céu e lá ela se transformou na lua! De tempos em tempos podemos ver os dois brincando, mas pra saber quando, é preciso ler o livro!
ESCONDE-ESCONDE de Rámon Aguirre e Yolanda Nuño, da V&R editoras.
O guri brinca de esconde-esconde com os animais da savana africana. Enquanto ele conta, os animais se escondem. O leão, a girafa, a ema, o camaleão, o hipopótamo entre outros, entram na brincadeira, mas não sabem se esconder muito bem (como as kids pequenas): alguns escondem só a cabeça, outros esquecem que estavam brincando, outros não conseguem se esconder a tempo! No final temos que ajudar o gurizinho a achar o camaleão que ele não conseguiu encontrar de jeito nenhum!
As ilustrações são fofíssimas!
O FILHO DO VENTO de Rogério Andrade Barbosa e ilustrações lindas da Graça Lima. Editora DCL.
Uma mãe e seus dois filhos em uma cabana no deserto africano. Um grande vendaval do lado de fora e uma contação de história do lado de dentro.
A mãe conta a história do filho do vento. E diz que o nome dele é um segredo que deve ser guardado e respeitado. Mas um belo dia um menino chamado Nakati conhece o filho do vento e ai começa a aventura.
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MEU AVÔ AFRICANO de Carmen Lucia Campos e ilustrações de Laurent Cardon. Editora Panda Books.
Recebemos da
Distribuidora Arco-Íris, aqui de Brasília.
O guri Vítor Iori descobre que a vinda dos africanos para o Brasil foi bem diferente da dos imigrantes europeus. Ele aprende com seu avô Zinho a história de seus antepassados, como era a vida no período da escravidão, a origem de seu próprio nome e descobre a importância de preservar as raízes de seu povo. Com a ajuda de sua tia e de seu avô, Vítor apresentará na escola um trabalho que será uma verdadeira aula sobre a riqueza da cultura africana.
ABC AFRO- BRASILEIRO de Carolina Cunha. Da SM editora.
Durante muito tempo a cultura afro-brasileira foi perseguida, malvista e até incompreendida. Batuques, candomblé e até mesmo a capoeira foram proibidos. Custou para que a herança africana em nossa cultura fosse percebida como algo importante, profundo e próprio. Mas agora é possível resgatar um pouco da expressividade e da simbologia de suas tradições, histórias e músicas.
Combinando texto e imagem de forma lúdica e didática, ABC afro-brasileiro proporciona uma visão global e conhecimento introdutório sobre a influência dos bantos, congos, angola, minas, nagôs e muitos outros grupos étnicos na formação da identidade brasileira, e suas marcas deixadas na música, na dança, nas religiões, nos costumes, na arquitetura, nas festas, na culinária, na arte, no comércio e na língua.O leitor é aqui convidado a mergulhar no universo desses elementos para apreciar um mosaico significativo de aspectos característicos e elucidativos da cultura africana no Brasil.
Neste abecedário, cada letra traz um verbete que, juntos, compõem um retrato da herança africana na cultura brasileira, resgatando valores, comportamentos, tradições e as mais diversas manifestações culturais em âmbitos diversos.
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ÁFRICA ETERNA de Rui de Oliveira. FTD.
África eterna apresenta um panorama do continente africano: as regiões; as florestas e a fauna; os aspectos humanos, econômicos e culturais; o idioma português na África e o legado da África no Brasil.
O livro mostra bem didaticamente a África nos seus mais diferentes e múltiplos aspectos. Geograficamente, historicamente e culturalmente. Bem informativo, bem bonito.
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O DIA EM QUE ANANSE ESPALHOU A SABEDORIA PELO MUNDO de Eraldo Miranda, editora Elementar.
Um homem foi recolhendo saberes pelo mundo e cada vez se achando mais sábio. Queria guardar tudo que coletou numa cabaça, em cima de uma árvore, porém não conseguia subir. Se achava tão inteligente que não dava bola pro filho, mas este lhe ensina uma preciosa lição.
EU SOU MAIS EU! de Sylvia Orthrof e belíssimas ilustrações de Renato Alarcão. Editora Rovelle.
A autora é conhecida por livros mais cômicos, mas sempre com um fundo de crítica social. Este não é engraçado, mas mostra a dura realidade das mulheres negras que vivem nas ruas. Vidinha luta pra sobreviver nas ruas do Rio de Janeiro, e viaja até a lua para aprender coisas com São Jorge e recebe cafuné de Ogum. Um livro que mistura sonho, religião e realidade.
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A VOZ DA VIDA de Régine Raymoond-García com ilustrações de Vanina Starkoff.
Você já parou pra pensar que as vezes a vida não te ouve porque você não fala alto o suficiente?
Quantas vezes a gente gostaria de dizer algo mas fica calado?
Quantas vezes falamos baixinho e as pessoas simplesmente ignoram, mas na verdade, elas não chegaram a ouvir?
Como proceder?
O livro fala de uma guria que sabia das coisas e não conseguia se fazer ouvir.
Da Editora Rovelle.
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A NETA DE ANITA de Anderson de Oliveira e belíssima ilustrações de Alexandre Rampazo. Mazza edições.
O autor nos conta uma história da raça negra, como se pintasse diferentes telas... Como se escrevesse vários scripts, onde duas personagens femininas falam de presente e passado, num amplo espectro ancestral, neta, vó e bisavó, cheio de simbologia e ternura. O movimento para o enriquecimento cultural dado com a chegada da escritora cega, que enriquece e transforma, sem destruir a beleza da mitologia negra. A parte que mais achamos bonita é a lenda de como os Homens conseguiram a pele de cor preta.
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OBAX. Ilustrações e texto de André Neves. Editora: Brinque-Book.
Já falamos dele
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O AMIGO DO REI de Ruth Rocha, ilustrações Eva Furnari, editora Ática.
Ioiô e Matias nasceram ao mesmo tempo. Só que um na senzala outro na casa grande. Ioiô era senhor de Matias, embora os dois fossem da mesma idade. Matias sempre dizia ao amigo (pois eram grandes amigos) que um dia ia ser rei. Ioiô ria e duvidava, mas Matias sabia. Um dia os dois aprontaram e os dois apanharam. E o senhorzinho não gostou nada, nada disso e resolveu fugir com o amigo. E pelo caminho são encontrados... O que será que vai acontecer?
"No Brasil, no tempo da escravidão, brancos e negros não podiam ser amigos, não. Mas, para as crianças, quem manda é o coração."
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6. BRUNA E A GALINHA D'ANGOLA de Gercilga de Almeida, ilustrações Valéria Saraiva, editora Pallas.
É a história de uma menina solitária, a avó conta histórias da sua terra natal, África, para alegrar Bruna. Conta a história da Galinha d´Angola e presenteia a neta com uma galinha de verdade, a partir disso, Bruna faz várias descobertas. As ilustrações com papel recortado são muito delicadas e fofas!!
BERIMBAU MANDOU TE CHAMAR de Bia Hetzel (organização) e ilustrações de Mariana Massarani. Editora Manati. Recebemos da Distribuidora Casa de Livros.
Já falamos dele
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OMBELA - A ORIGEM DAS CHUVAS de ONDJAKI com ilustrações liiiindas de Rachel Caiano. Editora Mini Pallas.
Já falamos dele
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LILA E O SEGREDO DA CHUVA de David Conway e Jude Daly da Biruta editora.
A história se passa no Quênia, África. Lila vivia numa aldeia e era época de uma grande seca. O sol castigava a terra e ninguém conseguia fazer nada de dia, pois o calor era escaldante. Um dia o avô de Lila contou pra ela que, pra fazer chover, alguém precisava ir no topo da montanha mais alta e contar a coisa mais triste que sabia pro céu. Ele comovido choraria. Lila decide partir e tentar falar com o céu. Uma história bem bonita.
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O MENINO QUE COMIA LAGARTOS, de Merce Lopez, SM edições
Apaixonada pelo livro que a Cecília trouxe da escola. Claro que corri pra comprar um exemplar pra mim.
É a história de um guri, Tikorô, que vivia pelas ruas e caçava lagartos pra comer, porém um dia encontrou um lagarto gigante albino que chorava. Ele tinha perdido todas as cores e estava muito triste. O guri ficou com pena e resolveu ajudá-lo. Levou-o pra falar com um sacerdote, para pedir ajuda e este explicou que as cores do animal e a alegria foram embora, como as lembranças, assim como aconteceu com o povo africano.
Tikorô resolve ajudá-lo a recuperar sua cor e começa uma caminhada em busca dos símbolos, da cultura, da tradição, das máscaras, da música, da dança... A medida que vão lembrando, o lagarto vai recebendo da mãos dos sábios (de diversas tribos e regiões) a cor da terra, a cor da vida e morte, a cor da música. E como recompensa, o lagarto dá ao guri o dom de saber que não importa o que acontecer, ele sempre vai sorrir no final. Sempre vai ficar bem. Uma história liiinda que exalta a cultura africana. O texto é maravilhoso, com várias palavras em um dos dialetos de lá, e as ilustrações são um espetáculo a parte. Lindas, lindas, lindas! Super recomendo. Fica a dica!
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ZUM ZUM ZUMBIIIIIIII de Sonia Rosa, ilustrações de Simone Matias
Ganhamos um exemplar no sorteio do IG @bamboleio_literatura e outro exemplar recebemos da Editora Pallas.
"Hoje tem bolo, suco de laranja e brincadeira de pião lá em casa. Mas por que hoje é um dia tão importante? Ora, porque hoje é dia 20 de novembro, dia da Consciência Negra, dia de Zumbi dos Palmares. Você sabe quem foi esse herói que lutou contra a escravidão no Brasil? Sente-se para comer um bolo comigo que eu conto tintim por tintim sobre a vida do Zum Zum Zum biiii..."
BATIDAS DE OKÀN de Rosane Castro, ilustrações Monika Papescu, editora Libretos.
O livro é uma homenagem aos detentores da história do mundo, aqueles que passam, junto ao som da batida do tambor, os segredos da humanidade. E ninguém melhor que um avô, e seu neto, para representá-los. O livro é parte de um projeto lindo que a autora desenvolve de divulgação das histórias africanas e valorização do trabalho dos Griôs/Griots (contadores e cantadores de histórias).
"Ijó é um menino curioso que gosta de ouvir histórias, de tocar tambor e de dançar. Um dia, Ijó perguntou ao seu querido avô como ele havia conseguido guardar aquela montanha de histórias na sua cabeça? Se você gosta de ler, vai ficar encantado com os segredos e a magia das histórias de Okàn."
OGUM- O REI DE MUITAS FACES de Lidia Chaib e Elizabeth Rodrigues. Editora: Cia das Letras.
Os orixás são deuses que inventam brincadeiras, brigam, se apaixonam, choram, contam histórias, fazem molecagens (como todos nós) e até recebem castigos. Quem são essas divindades? Como surgiram? Como vieram parar no Brasil? O livro descreve as suas principais características, mostrando esse lado especial da nossa cultura que é a herança dos povos africanos.
DUULA A MULHER CANIBAL - UM CONTO AFRICANO de Rogério Andrade Barbosa e ilustrações de Graça Lima. Editora DCL.
Duula foi uma mulher jovem e bonita, mas a fome e a miséria de seu povo numa das secas mais terríveis que assolou a região onde ela e seus pais viviam, foram as responsáveis por sua transformação em um monstro terrível . Assim surge a lendária mulher canibal, temida por todos que passam por aquela região árida e selvagem.
VOVÓ NANÃ VAI A ESCOLA de Dagoberto José Fonseca, editora FTD.
Aisha e Yetundê são primas e moram juntas na casa da avó. Vovó Nanã nasceu na Nigéria, África, e conta muitas histórias interessantes sobre as origens africanas. Este ano ela vai ser muito importante para a Semana Cultural da escola de suas netas.
Por meio da tradição da oralidade na cultura dos povos africanos, Nanã reconstrói as origens da África e do Brasil.
OS ORIXÁS SOB O CÉU DO BRASIL, escrito por Marion Villas Boas e ilustrado lindamente por SANDRO LOPES. Editora Biruta.
Já falamos dele
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CARTAS A POVOS DISTANTES de Fábio Monteiro e André Neves, das Paulinas.
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TABULEIRO DA BAIANA de Elma. Editora Paulinas.
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NINA ÁFRICA: Contos De Uma África Menina Para Ninar Gente De Todas As Idades de Arlene Holanda, Clayson Gomes e Lenice Gomes, com ilustrações de Maurício Veneza. Editora Elementar.
Quando o Céu e a Terra estavam próximos um do outro, quando a África era uma imensa floresta onde homens e animais viviam em harmonia – nasceu a brisa, caiu a primeira chuva e surgiram as primeiras histórias recheadas de seres inanimados. Embora o título remeta a histórias de lendas antigas, os textos tem muito mais a ver com a África de hoje.
A lenda que a Ceci mais gostou foi A ORIGEM DA CHUVA.
KALIMBA. Escrito pela autora angolana Maria Celestina Fernandes e ilustrado pela brasileira Brunna Mancuso. Editora Kapulana .
Já falamos dele
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DE REPENTE NAS PROFUNDEZAS DO BOSQUE de Amós Oz, da Cia das Letras.
Livro que lemos, Cathe e eu, quando participávamos de um grupo de leitura, há uns 8 anos atrás e adoramos. Meu livro (Gisele) está cheio de asteriscos, marcações e observações. Nunca tinha lido nada dele antes, e amei.
Uma fábula sobre uma aldeia em que não existe animal de nenhum tipo... Nem inseto, nem mamíferos, nem aves, nem peixes, nem animais selvagens... Nenhum! Todos eles desapareceram há muitos anos, levados por Nehi, o demônio que todas as noites desce para assombrar os habitantes e mora dentro de uma montanha do bosque proibido. Fala de bullying, preconceito contra aqueles que fogem do padrão estabelecidos pela sociedade e contra os que tem imaginação e do medo de ser considerado diferente. Na história há uma professora que ainda acredita no encantamento, na volta do sonho e dos animais e também há duas crianças curiosas que também não desistem de encontrar a verdade e os animais sumidos. Uma fábula para todas as idades. Um tema super atual.
IFÁ, O ADVINHO editora Companhia das Letrinhas.
O livro desmistifica a figura de Ifá, o adivinho. São várias histórias das peripécias deste orixá.
Em tempos antigos, na África negra, um adivinho chamado Ifá jogava seus búzios mágicos e desvendava o destino das pessoas que o consultavam. Ele era muiiito requisitado. Muita gente querendo um conselho, uma direção, saber do futuro, de amores e de dinheiro também. Mas uma coisa que ele mais gostava era auxiliá-las a se defender da Morte.
E a Dona Morte não gostava nada, nada disso e um dia resolveu acabar com Ifá! E lendo você pode ver como ele conseguiu escapar!
Ifá acreditava que tudo na vida tinha solução. Sempre que lhe traziam um problema, ele se lembrava de alguma história antiga que ensinava como essa dificuldade fora resolvida - histórias vividas por personagens míticos como Xangô, o Trovão, Iansã, a Destemida, Iemanjá, o Mar, e Ogum.
Um livro que fala de um pedaço do universo cultural africano que se tornou parte constitutiva da diversidade cultural brasileira.
GRANDE ASSIM de Mhlobo Jadezweni e ilustrações de Hannah Morris. Editora Peirópolis.
O que mais Tshepo queria era crescer. Ele quer crescer muito, mais muito mesmo... Para ser tão alto como uma árvore muito alta e grande! Então, faz um buraco na terra, coloca um adubo (fedorento) e entra e com a mangueira, se molha todo. Pronto! Está plantado. Agora vai crescer mais rápido. E de repente se transforma mesmo em árvore! Vem as formigas e o picam, vem as crianças e querem quebrar uns galhos para brincarem, vem a tempestade e ele é jogado pra lá e pra cá! Nossa como é difícil a vida de quem é grande. E lá vai a mãe do guri! Ele sente saudades. Mas como virar um pequeno Tshepo novamente?
O livro é bilíngue: português e IsiXhosa, uma línguas faladas na África do Sul. E o mais legal é que no site da Peirópolis, você pode ouvir a história em IsiXhosa!
UM MENINO CHAMADO NEGRINHO de Hellenice Ferrera e Luis Silva. Escrita Fina.
Recebemos da Distribuidora Horizonte do Saber.
A lenda do Negrinho do Pastoreiro recontada em palavras delicadas e ilustrações bonitas. O livro intercala páginas de texto (pouco) com páginas só de imagens. Bem bonito.
SEREIAZINHA UMA HISTÓRIA BORDADA de Andréa Pernambuco Toledo e Marcela Fernandes de Carvalho. Editora Escrita Fina.
Recebemos da Distribuidora Horizonte do Saber.
O livro conta a história de quatro primos (três meninas e um menino) que moram na casa de praia da avó. Eles dormem com a lua e acordam com o sol e quando a maré fica cheia, a água bate na porta da casa. Todas as tardes a avó senta na areia e começa a bordar e contar histórias. Quando as crianças pedem alguma específica, a história é contada e bordada ao mesmo tempo.
E um dia ao bordar e contar sobre a sereia, esta ganha vida. Empolgadas, as crianças pedem linha e agulha e também começam a interagir com a história que vai ganhando cada vez mais vida. Entre risadas, bordados e histórias a sereiazinha é mais uma na brincadeira. Agora "...são cinco crianças unidas pelo sentimento comum da alegria, irmanadas pela diversão e pelas risadas."
POEMAS PARA LER COM PALMAS de Edmilson de Almeida Pereira, ilustrações Mauricio Negro, Mazza Edições.
"Em Poemas para ler com palmas o autor estende um fio poético a partir de cinco mitopoéticas de matrizes afrodescendentes: a Capoeira, o Congado, o Jongo, os Orixás e os Vissungos. O resultado é um livro-canto, em movimento, que convida o leitor-ouvinte a participar dessas cinco matrizes culturais afrodescendentes. Os poemas do presente livro dialogam com as ilustrações de Maurício Negro."
O DIÁRIO DE PILAR NA ÁFRICA de Flávia Lins e Silva, com ilustrações de Joana Penna. Editora Pequena Zahar.
Já falamos dele
AQUI.
AIMÓ: UMA VIAGEM PELO MUNDO DOS ORIXÁS, de Reginaldo Prandi, ilustrações de Rimon Guimarães. Editora Seguinte.
Não reparem no meu livro. Por duas vezes marido e crianças derramaram água nele. =(
A guria acorda num lugar totalmente desconhecido onde você não conhece ninguém e ninguém demonstra saber quem você é. Nem você mesma sabe quem é.
É o que acontece com uma menina nascida na África e levada para o Brasil para ser escrava, e que de repente acorda em um lugar estranho. Uma mulher passa e diz que ela é "Aimó omobinrin" palavras que numa língua de um povo africano quer dizer "menina esquecida".
A guria escuta e pensa que seu nome é Aimó, então.
Ela estava completamente sozinha... Com saudade dos trajes, tambores, mulheres dançando, colares de conta...
Aimó está no Orum -mundo espiritual - a morada dos deuses e espíritos dos mortos.
Os mortos renascem na mesma família, mas para renascer não podiam ser esquecidos na Terra.
A família precisa se lembrar dos mortos, os feitos notáveis devem ser constantemente relembrados, seus nomes invocados com orgulho, as lembranças mantidas vivas.
Mas ninguém se lembrava de Aimó, que morreu ainda criança.
Ela chora de tristeza, ficará presa no Orum pra sempre.
Mas os orixás se compadecem e como cada pessoa descende de um orixá, eles vão se reunir para achar uma mãe para Aimó.
Na verdade, ela vai conhecer , assim como o leitor, as diversas divindades e escolherá qual quer como mãe, para depois voltar para Aiê (Terra).
Ficamos conhecendo, junto com Aimó, os orixás, suas histórias, seus temperamentos e gostos. Um livro lindo. No final ainda tem um glossário de Orixás e de palavras que o texto cita, de como funciona os oráculos de Ifá, como os búzios.
Amei o livro.
TEM OBA-OBA NO BAOBÁ
HISTÓRIAS COM PERFUME DE ÁFRICA
De Claudia Lins, ilustrações Maurício Negro, editora Paulinas.
No livro a tartaruga Nina Zina conta histórias da África à sombra do Baobá que nasceu no quilombo do Brasil. Três histórias emocionantes "A flor mágica do Baobá", "Como as histórias do céu vieram parar na terra" e "Tem oba-oba no Baobá" que dá nome ao livro. Narrativas envolventes e muito bem contadas que nos levam a viajar com os personagens pessoas, bichos e árvores. Ilustrações lindas do Maurício Negro.
O NATAL DE NKEM
Do autor nigeriano Sunny, ilustrações de Maurício Veneza, editora Paulinas.
Sunny nos conta como o Natal chegou a alguns países da África, uma história cristã, com uma abordagem bem diferente da convencional.
"Nkem, o príncipe que foi coroado rei ainda menino. Nkem era muito apegado ao seu avô, rei de Bororo, que jazia moribundo por conta da doença que lhe acometia. O clima no palácio já não era o mesmo. Só se ouvia o vozerio e as canções dos curandeiros, não mais as histórias contadas pelo rei. Nkem já sabia que se o avô faltasse, ele precisaria assumir as tarefas reais, honrar a tradição e defender o povo. Nessa ocasião, chega à corte Amén, um visitante, amigo de seu avô. E Nkem se lembrou de que esse homem certa vez trouxera uma caixa com um presente de Natal para o rei. Curioso, o menino-rei quis saber o que era Natal e Amén, a partir dessa pergunta, começou a contar-lhe sobre Jesus Cristo."
O FUXICO DE JANAÍNA de Janaína de Figueiredo e Tata Kajalacy. Ilustrações de Paulica Santos, da Aletria. Recebemos o exemplar da Distribuidora Casa de Livros.
A história é uma recriação feita a partir dos relatos orais do "povo de santo" da nação Angola, narrados por Tata Kajalacy.
Janaína é filha de duas divindades: Kaitumba - dona das águas salgadas e Matamba - a senhora dos ventos. Com isso ela é metade água e metade tempestade.
Um dia Janaína se apaixonou por um pescador diferente. Ele tinha um olhar que parecia permanentemente em busca de algo.
"Kaitimba (o pescador) ficou enfeitiçado pelos encantos de Janaína. Já não sabia se era o peixe ou aquele perfume de mar, a brisa acalentadora ou as suas pequenas ondulações que o maravilhavam." Porém, certo do amor e proteção de Janaína, orgulhoso, desobedeceu as leis do mar e agora vai ter que pagar um preço alto.
História bem envolvente. As ilustrações muitas vezes lembram a técnica do batique.
AMINATA A MENINA TAGARELA de Maté, da editora Escarlate.
Já falamos dele
AQUI.
Tem adolescente por aí merecendo ler aquele livro maravilhoso: ESTE é o livro. Por aqui, conquistou até quem está com 9 anos, e também quem já passou dos 40 anos (Kkk euzinha, Márcia!).
O AMULETO DA CHUVA da autora e ilustradora Maté, publicado pela Editora Escarlate (UM selo da Brinque-Book).
Maté é de origem polonesa, nasceu na França, veio para o Brasil em 1980. Tem se dedicado a escrever livros para as crianças, sempre apaixonada por culturas nativas: indígenas e africanas. Nesta história, a autora apresenta a região do Saara completamente diferente das condições climáticas encontradas atualmente.
Tudo acontece no centro norte da África no período subpluvial neolítico ao norte de Tamanrasset, Argélia (aproximadamente 8000 a 4000 a.C.) local que existia uma savana repleta de bufalos gigantes, elefantes, rinocerontes.
Arinê e Madih são personagens mulheres mãe e filha adotiva. A história se desenrola ambas vivendo num terra linda e muito fértil, até que de repente tudo muda e uma sai em busca da nuvem que traria a chuva, que seria o amuleto. Com uma história envolvente enriquecida por elementos da geografia, meio ambiente e enorme pluralidade cultural, estou certa que este livro vai encantar você também. Vale a pena conferir!
CONTOS DO DIA QUE VEM VINDO de Léonora Miano. Da editora Pallas.
Depois da guerra que devastou Mboasu,um país africano imaginário, os pais não conseguem mais cuidar de seus filhos. Estes são expulsos de casa, acusados de serem a causa de todos os males.
E ao ser expulsa de casa, conhecemos uma dessas crianças: uma menina chamada Musango. Ela sai é enxotada de casa pela mãe e por uma "feiticeira" que a acusa de ser a desgraça da mãe, após a morte do pai. Ela está pelada, sozinha nas ruas e só tem 9 anos. Dias depois, morrendo de fome, como tantas outras crianças pelo caminho, é acolhida numa casa que recolhe gurias de rua, mas pouco tempo depois é raptada e levada para uma casa que pega meninas para "fazerem a Europa" ou seja agencia meninas que serão prostitutas num outro país.
Mas Musango é atormentada pelos próprios pensamentos que tentam, a todo custo, entender a atitude da sua própria mãe. Ela precisa entender para poder viver sua própria vida. Na sua cabeça, ela precisa reencontrar a mãe para, assim, compreender a sua própria história. Então, planeja sua fuga para buscar o paradeiro da mãe.
Ao acompanharmos por 3 anos a busca de Musango, vemos a angústia e o crescimento de uma criança perdida no meio de um país atormentado pela violência, pela prostituição e pela superstição e brigas religiosas. Percebemos olhar com que a guria tem da África, do seu povo e da vida, que ama e odeia ao mesmo tempo. Ela foi obrigado a crescer rapidamente, mas que, apesar disso, segue cheia de esperanças no futuro.
Léonora Miano nasceu em Camarões e se naturalizou francesa. Nunca tinha visto nada dela. É um escrita bem reflexiva e apaixonada. Adorei e mexeu muito comigo.
Temos alguns livros em inglês e espanhol também:
LA SORPRESA DE NANDI de Eileen Browne. Editora Ekaré. Excelente para kids pequenas. Engloba frutas, números, animais dentro de uma história sobre amizade.
A guria vai levar de presente pra amiga uma cesta com frutas. Ela acha que a amiga ter a uma bela surpresa.
No caminho, entre os povoados, os animais vão roubando as frutas, uma a uma. A guria desconfia que alguma coisa está acontecendo... Quem será que ficará surpresa no final?
Meu exemplar é em espanhol, mas a história original é em inglês: Handa's Surprise.
THE PEOPLE COULD FLY - AMERICAN BLACK FOLKTAILES contados por Virginia Hamilton e ilustrações de Leo e Diane Dillon. Editora Alfred A. Knopf.
São várias histórias do folclore americano, criados por escravos trazidos a força da África.
São histórias que foram contadas por um povo oprimido para expressar seus medos e esperanças como forma de manter vivas as lembranças da vida antes da escravidão. Em muitas delas há músicas e palavras em alguma língua ou dialeto africano. Embora as palavras tenham permanecido o significado delas foi esquecido. Servem apenas como sons melodiosos de uma época que já se foi.
As ilustrações em preto e branco são bonitas e fortes.
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