O JACARÉ BILÉ de ALESSANDRA ROSCOE e ÍTALO CAJUEIRO. Editora: Biruta. ISBN: 9788578480769
O título imediatamente chamou nossa atenção. Mas afinal, o que é BILÉ? Resolvemos ler a história sem olhar no dicionário, para ver se conseguíamos entender a palavra pelo contexto. Entendemos. E no final a autora mesmo explica o que é.
O livro conta a história de um Jacaré que vivia o dia todo sonolento e ninguém conseguia entender o por quê?!
Um animal muito curioso resolveu investigar e ficar de olho nesse jacaré bilé!
A noite o jacaré acordava e ficava
perseguindo a lua!
Na verdade o Jacaré tentava comê-la! Ele acreditava que a lua era uma grande TAPIOCA! E mesmo que o coelho tentasse convencê-lo do contrário, não adiantava, ele continuava tentando pegá-la!
Então o coelho tem uma ideia!
Mas não vou contar aqui, pra não estragar o final!
O livro é todo em letra cursiva. Adoramos! Quando meu filho estava no primeiro ano, ele apaixonou-se pela letra cursiva e ficou muito feliz de vê-la aqui, pois é muito raro livros com esse tipo de letra!
E foi muito legal conhecer termos e coisas que não estão presente no nosso universo gaúcho, como as palavras BILÉ, TAPIOCA e PERRENGUE, por exemplo.
Ceci imediatamente queria fazer um jacaré bilé.
E acabamos fazendo um jacaré e uma jacaré (pra ele ter uma companheira).
Com E.V.A fizemos os olhos, costas, rabo e nariz do animal. Infelizmente não tínhamos, em casa, E.V.A verde, então usamos o branco, colamos com cola-quente e pintamos tudo depois.
Com tinta acrílica. Para pintar a parte de dentro da boca, use um outro prendedor para apertar o rabo dele! E com canetinha permanente faça os detalhes dos olhos e dentes.
Agora o Cássio quis saber o que era uma tapioca.
Fomos pro Google, e lá descobrimos várias informações como: A TAPIOCA, DESDE 2006, É CONSIDERADA PATRIMÔNIO IMATERIAL E CULTURA DA CIDADE DE OLINDA! Legal, né.
Então filho, curioso, quis provar!
-"Mãe, faz pra mim!"
Bah! Logo eu que não sei fazer quase nada! E pra completar meu filho precisava entregar e apresentar um trabalho sobre alimentação, mostrando um prato típico (do RS) e ele queria fazer TAPIOCA, por que era um prato típico de onde ele morava: BRASIL.
Então... Fui pesquisar, né!?!
E o legal é que você não precisa preparar toda farinha (de mandioca que é a base da tapioca), basta ter POLVILHO DOCE! Colocar a quantidade de polvilho doce (que você quer) numa vasilha e misturar com água. Deixar decantar por, mais ou menos, 12 horas.
Devagarinho, tirar a água e restará a goma.
Fica uma massa meia molhada, meia quebradiça.
Colocar tudo num pano de prato e espremer para sair o máximo de água possível.
Fica uma bola de massa.
Esquentar um frigideira com manteiga e ralar aquela bola de massa em cima. Fazer uma camada fina, mas contínua.
Ela vai unir-se, parece mágica. Virar de lado, para o outro também ficar bem unido. Fica uma panqueca bem delicada.
Colocar o recheio de sua preferência. Nós usamos dulce de leche (uruguaio).
Depois dobrar e cozinhar um pouco mais cada lado. Servir ainda quentinho.
Tapioca de dulce de leche! Delícia! 1:30 da manhã (por que a Ceci acordou todo mundo, em função das dores e coceira da catapora) todo mundo comendo tapioca!
Fizemos um monte e ele levou para a escola, também!
Será que a autora imaginou que aguçaria tanto a curiosidade das crianças com essa história? Olha onde ela nos levou!
Definitivamente um livro para estimular os sentidos...
Por que tem mais!
Há um CD que acompanha o livro, onde a autora compôs 2 músicas, com letra: Um Baião e um Repente.
Há 4 faixas, duas com letra e música e 2 só instrumental, para a criança cantar!
E você? Ficou curioso? Então leia e escute!
#ficaadica