Deu na IstoÉ desta semana: “Nas comédias românticas, quando o cosmos entra em ação, não é necessário esforço, apenas a sorte de estar no lugar certo, na hora certa. Basta não discutir com os deuses e deixar que os olhares e a sintonia de pensamentos fluam. Essas produções atraem milhões de espectadores ao cinema, que saem das salas de projeção enlevados, certos de que é possível viver histórias de amor como a que acabaram de assistir. Pesquisadores escoceses comprovaram que tais devaneios só prejudicam os relacionamentos do outro lado da tela.
“[Essas] produções são mais populares entre as mulheres. Para elas, reforçam crenças do relacionamento predestinado – a tal outra metade da laranja – e a ideia de que o amor prescinde de conversa, pois um apaixonado pode ler o pensamento do outro. (...) Já os homens pensam ter encontrado a cara-metade quando a química sexual é intensa.
O estudo também mostra que 90% dos entrevistados recorrem ao cinema e 94% à televisão para aprender a lidar com relações amorosas na vida real. É certo que o reforço dos estereótipos dos ideais românticos é alavancado pela força da indústria cinematográfica. (...)”
Tanto homens quanto mulheres imaginam a relação ideal com base em pressupostos inadequados. A tom meloso e a promessa do “felizes para sempre” distorce a verdadeira relação que deve haver entre os casais. O romantismo é fundamental, sem dúvida, mas haverá problemas ao longo da vida de casados, e esses problemas devem ser resolvidos com maturidade, diálogo, compreensão e amor. Não um amor baseado apenas em sentimentos, mas um amor comprometido, fruto também da razão e da decisão diária de se amar a pessoa escolhida. Esse é o amor princípio. Um amor sereno, nem sempre arrebatador como o das produções hollywoodianas, mas eterno, posto que não é chama. E que deve ser alimentado diariamente. Como? Com ambos indo à fonte do verdadeiro amor: Deus (1 João 4:8).