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sexta-feira, 13 de julho de 2018

Google Forms: Passo-a-passo para Criar Formulários Online


sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Com distritão e financiamento misto, Reforma Política reúne o pior dos mundos

No distritão, quem tem mais recursos e quem tem mais popularidade, tem mais chances de ser eleito, o que certamente enfraquece a representação de minorias

Matheus Pichonelli, theintercept.com


Se ouvissem especialistas no tema, a reforma política em gestação hoje na Câmara teria um de seus pilares reprovados praticamente por unanimidade. Em nota divulgada na última terça (18), com cerca de 280 assinaturas, a Associação Brasileira de Ciência Política manifestou posição contrária à adoção do modelo de sistema eleitoral denominado “distritão”.

“A introdução do distritão nas eleições para a Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores representará um verdadeiro retrocesso institucional. (…)Além disso, diferentemente do atual modelo, milhões de votos serão jogados fora, visto que somente serão válidos os votos dos eleitos”, diz a nota.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

CRONOLOGIA DE SLOGANS COXINHAS



De certa forma o “Minha Bandeira não será Vermelha” tem um certo charme se considerarmos que o anticomunismo costuma ser daltônico, mas a sequência cronológica da chamada dos conservadores revela uma enorme falta de prática política além de enorme mal gosto acompanhado de erros contumazes. Senão, vejamos:

Primeiro o brado era “Não Vai ter Copa”, numa antipatriótica manifestação de boicote a um evento internacional e à imagem do Brasil. Mas, teve Copa e, excluindo-se nossa tristeza futebolística contra a Alemanha, o evento foi um sucesso.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Nós e os britânicos

A principal diferença entre o sistema eleitoral brasileiro e o britânico é que o eleitor britânico pelo menos é consultado a respeito de como prefere votar

Antonio Lassance

Nem tudo está oquei no UK

O Brasil é uma República Federativa. O Reino Unido é uma monarquia parlamentar unitária. O Brasil usa o sistema proporcional e de coligações para eleger parlamentares. Os britânicos não fazem ideia do que isso seja. Seu sistema é majoritário e de eleição por distritos (650 ao todo).

A principal vantagem do sistema eleitoral britânico é o fato de ser simples. O eleitor saber exatamente que seu voto vale naquele distrito e que o eleito será quem for o mais votado individualmente.

O processo eleitoral, porém, é arcaico. Os eleitores votam em cédulas de papel, depositam o voto em uma urna que não é eletrônica e a apuração é feita no braço por pessoas que conferem voto a voto.

De vez em quando, as filas para votar são tão demoradas que, quando se encerra o horário, as pessoas que estavam do meio para o final veem as portas das seções eleitorais serem fechadas antes de chegar a sua vez. Depois de horas no frio e na chuva, voltam para casa sem terem conseguido votar.

Outro problema: quando termina a eleição, nem sempre se sabe quem governará o Reino Unido. Um partido precisa ter maioria suficiente para escolher o primeiro-ministro e formar um governo, ou deverá recorrer a uma coligação com um partido que cuspiu cobras e lagartos contra esse que agora lhe convida para montar um gabinete.

Yes, nós também temos distorções

No Brasil, não apenas os partidos, mas os especialistas se contradizem sobre os remédios a serem adotados para melhorar a qualidade da representação.

Diante de tantas incertezas e desavenças, o debate tende ao exagero. Algumas mudanças são defendidas como capazes de operar milagres, enquanto outras são vistas como o fim do mundo.

Debater apenas as regras eleitorais de votação (como se vota e como se define quem são os eleitos) é apenas tratar da ponta desse iceberg que é a política, sem descuidar da importância da ponta de qualquer iceberg.

As eleições britânicas mostraram uma clara distorção. Os conservadores formaram uma folgada maioria no Parlamento, mesmo não tendo maioria dos votos populares. Assim foi porque a regra dos britânicos é dada pela maioria dos distritos.

Não adianta criticá-los por isso com um raciocínio de sistema proporcional. No passado, antes do sistema de dois turnos, elegíamos prefeitos em um único turno mesmo que eles não tivessem a metade mais um dos votos. E é ainda assim para todas as cidades com menos de 200 mil habitantes.

São exemplos de supostas distorções, mas não existe sistema eleitoral sem risco de distorção. O Brasil tem uma regra da representação congressual, dada pelo fato de que somos um país federalista, que alguns podem considerar uma distorção. É e não é.

Estados pequenos e o Distrito Federal têm, no mínimo, oito deputados e, no Senado, qualquer um tem três senadores igualmente, independentemente da quantidade de eleitores de cada uma dessas unidades da Federação (UFs).

Há quem alerte: "o sistema distrital joga votos fora". Calma, gente. Se é assim, nós também fazemos isso. Nossa Constituição diz, em seu artigo 45, § 1º, que nenhuma unidade da Federação terá menos de oito ou mais de setenta Deputados.

Quando limitamos o mínimo e o máximo de deputados que uma UF pode ter na Câmara, distorcemos a representação e jogamos fora o voto de um monte de gente.

Isso se chama federalismo e democracia. Chama-se federalismo porque respeita o princípio de que unidades menores devem ter um mínimo, e as gigantes, um máximo, justamente para evitar uma distorção que torne os pequenos irrelevantes, e os grandes, dominadores.

Isso também se chama democracia, que não é só governo da maioria, mas respeito às minorias. A ideia de que o voto de cada pessoa é igual não funciona nem aqui, nem em democracia alguma. Sempre haverá algum tipo de distorção - o importante é que se saiba de que tipo. Cada sistema escolhe a distorção que considera mais positiva e menos prejudicial.

Lendas urbanas

Em 2002, o médico Enéas Carneiro, de um partido chamado Prona, de voz rascante e discurso raivoso, recebeu 1,55 milhão de votos. Nosso sistema deu ao fenômeno Enéas o prêmio de levar consigo mais cinco correligionários raquíticos de voto e, portanto, nada representativos.

Os menos votados do PRONA tiveram, um deles, menos de 400 votos, e outro, apenas míseros 275 votos. Ainda bem que o estado de São Paulo só pode ter 70 deputados, ou o estrago seria pior. Enéas levaria mais gente sem voto em sua cauda meteórica.

O sistema majoritário (distrital) personaliza a eleição? E o proporcional, não? O que o "exemplo" Enéas nos mostra? A força de um partido? Convenhamos.

O voto distrital aumenta o peso do poder econômico nas eleições? Mais do que o nosso sistema proporcional? Comparem os gastos de campanha no Reino Unido e no Brasil.

Sejamos realistas e busquemos argumentos mais robustos. O poder econômico não se importa se o sistema é proporcional ou majoritário. O poder econômico e seus candidatos arrumam um jeito e riem dessas filigranas.

O voto distrital vai tornar o eleito mais próximo do cidadão? Não necessariamente. A depender de outros aspectos, é improvável. Não é o tipo de sistema eleitoral que torna o eleito mais próximo do cidadão. Prefeitos de alguns municípios pequenos são eleitos por voto majoritário e muitas vezes nem moram lá. Governam morando na capital.

Os defensores do sistema proporcional dizem que o sistema distrital majoritário promove a eleição de celebridades. E o sistema proporcional, não? Clodovil, Tiririca, Romário, Popó, Marta Suplicy (que ganhou fama no programa TV Mulher, da Globo, sendo uma espécie de Ana Maria Braga para assuntos de sexualidade) e toda uma legião de futebolistas, radialistas e apresentadores de programas de tevê são o quê? Vamos falar mal de celebridades, sendo que cada partido tem as suas? E há celebridades, não muitas, que dão bons representantes - Jean Wy%u20Bllys, por exemplo, que é ex-BBB.

E quanto aos italianos, que chegaram a eleger a famosa atriz pornô, Cicciolina? Também foi pelo sistema proporcional. Ela era uma celebridade e representou um irônico voto de protesto. No Brasil, Tiririca é nossa Cicciolina.

O detalhe, ainda na comparação entre sistemas eleitorais, é que Cicciolina, que é húngara (naturalizada italiana), tentou depois a carreira política na sua Hungria, que tem sistema distrital. Não conseguiu apoio suficiente de eleitores do distrito de Kobánya para se candidatar.

Distritos e detritos eleitorais

Seria bom um debate menos apelativo e apoteótico sobre um tema que é muito restrito e que não trará nem um remédio milagroso, nem um veneno mortal. Quando se propõe a mudança do sistema proporcional para o distrital, se está falando simples e restritamente nas eleições para vereadores, deputados estaduais e federais.

Antes de se mudar o sistema de proporcional para o distrital, seria bom e prudente testarmos como ficariam as coisas se apenas acabassem as coligações em eleições proporcionais - essas que permitem que uma dezena de partidos se junte para eleger vereadores e deputados.

O sistema de lista aberta é aberto demais, %u20Be o tal do coeficiente eleitoral, que é um cálculo nebuloso demais para ser minimamente razoável, não é%u20B uma boa forma de se aproveitar os votos dados a todos os candidatos. Funciona mais como uma montanha de detritos que ajuda a eleger os candidatos mais improváveis e imprestáveis para a missão parlamentar.

O Senado brasileiro recentemente aprovou a proposta do tucano José Serra de voto distrital para vereadores em cidades acima de 200 mil habitantes. A proposta de Serra é mais uma asa de morcego na confusão que é a geleia geral do sistema político brasileiro.

E o povo assiste a tudo sem ser consultado

Todo sistema eleitoral tem vantagens e desvantagens. O britânico tem distorções? O brasileiro também. A principal diferença é que o eleitor britânico pelo menos foi consultado a respeito de como prefere votar e eleger representantes.

Ingleses, galeses, escoceses e irlandeses (da Irlanda do Norte) decidiram, em 2011, se gostariam de mudar ou de manter seu sistema. Preferiram deixar como está. Certos ou errados, os britânicos não quiseram outra coisa no lugar.

No nosso caso, a maioria dos cientistas políticos, dos políticos, dos partidos e dos comentaristas de imprensa acha que o assunto é "muito complexo" para ser decidido em plebiscito - no máximo, quem sabe, poderia rolar um referendo. Mas nem referendo acontece.

Votos e distritos são um assunto que diz respeito ao eleitor. É dele o voto. É ele quem mora no distrito. É ele quem vota e elege. Mas os congressistas ignoram esse princípio solenemente. Acham que o voto é um assunto apenas deles, de seu umbigo eleitoral.

Por isso, toda e qualquer proposta de reforma mais ampla acaba sendo sabotada pela maioria dos que acham que plebiscito, referendo, reforma e mudanças são palavras muito perigosas - bolivarianas, cubanas, poderíamos até dizer, para chocar, suíças, em homenagem ao país que mais gosta de plebiscitos e referendos.

São mesmo ideias muito perigosas. Se o povo começar a se meter mais na política, corre-se o sério risco de as coisas melhorarem. E aí, o que seria de muitos políticos e suas legendas?

Créditos da foto: Jose Maria Cuellar / Flickr

Texto original: CARTA MAIOR

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Erundina diz que apoio do PSB a Aécio é "incoerente" e "vexatório"

Partido que lançou Marina Silva decidiu, por maioria de votos, ficar ao lado do tucano no segundo turno.

por Rodrigo Martins — publicado 08/10/2014 21:30, última modificação 08/10/2014 22:17

Reeleita pelo estado de São Paulo com 177,2 mil votos, a deputada federal Luiza Erundina defendia a liberação dos votos dos militantes e eleitores do PSB no segundo turno das eleições. Mas, nesta quarta-feira 8, a Executiva Nacional da legenda decidiu, por maioria de votos, apoiar o candidato do PSDB à Presidência Aécio Neves. Em entrevista a CartaCapital, a parlamentar avalia que a decisão dificulta a situação dos governadores Camilo Capiberibe e Ricardo Coutinho, que disputam o segundo turno das eleições estaduais no Amapá e na Paraíba, respectivamente, com o apoio do PT. Além disso, ela considera a posição do PSB "vexatória" e “incoerente” com o que a legenda pregou ao longo da campanha.

“Desde o início do processo eleitoral, tanto Eduardo Campos quanto Marina Silva defenderam ser preciso superar a velha polarização entre PT e PSDB. É incoerente, depois de tudo que se passou, reforçar um desses polos agora”, diz Erundina. “É ainda mais vexatório declarar voto para uma candidatura notadamente conservadora, que defende posições tão contrárias ao que defendemos, como a redução da maioridade penal.”
Após a decisão pelo apoio ao candidato tucano, por parte de 22 membros da sigla, Erundina e o deputado Glauber Braga, do Rio de Janeiro, decidiram se retirar da reunião. “Saímos no momento em que eles começaram a redigir a carta de apoio a Aécio. Respeitamos a decisão da maioria, mas não queríamos referendar essa posição", comentou. Além de Erundina,votaram pela neutralidade a senadora Lídice da Mata (BA), o senador Antônio Carlos Valadares (SE), Katia Born, o secretário de Juventude Bruno da Mata, o presidente do partido Roberto Amaral e o secretário da Área Sindical, Joílson Cardoso. O senador João Capiberibe (AP) foi o único que votou pelo apoio a Dilma.

A deputada admitiu que o partido está dividido. Acredita, ainda, que a decisão de apoiar Aécio terá efeitos sobre as eleições internas do PSB, marcadas para a segunda-feira 13. O atual presidente da sigla, Roberto Amaral, disputa a recondução ao cargo, mas desgastou-se ao defender a neutralidade do PSB no segundo turno das eleições presidenciais.

“Vamos ver quais serão os desdobramentos dessa decisão da Executiva do PSB. É inegável que há uma crise interna, uma divisão dentro do partido, e isso emerge num momento em que ainda estamos disputando o segundo turno em quatro estados.”

Texto original neste endereço: CARTA CAPITAL

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Amnésia histórica sobre o Golpe Militar de 1964!

Desde a época (década de 70 do século XX), em que ocorreu o Golpe Militar, sempre leio livros e textos sobre o assunto. Assistir vários documentários e programas jornalísticos sobre o tema. Sempre escutava do meu pai que os americanos tinham interesse em dividir o Brasil em dois países e ele sempre comentava a presença militar das tropas dos EUA em nosso território, mesmo antes do golpe de 1964. Eu sempre me perguntei: como o meu pai, morando em uma cidade do interior (Itabaiana-SE) do Brasil, tinha conhecimento da presença dos EUA em nosso território e o interesse que eles tinham em dividir o Brasil em dois países (eu achava que meu pai estava inventado)? Era assunto comum das conversas, dos idosos da época, terem vistos Jeeps com soldados falando de uma maneira que ninguém entendia nada! De que nacionalidade eram esses soldados? Segundo meu pai eram militares americanos procurando riquezas em nosso território!!!

Sempre notei certo distanciamento dos diversos jornalistas e historiadores (não se se proposital por parte de todos) sobre o envolvimento das empresas de comunicação e um distanciamento ainda maior sobre a participação do EUA no Golpe Militar de 1964. Lembrar que a participação de militares, em tentativas de golpes, contra o Estado brasileiro, vem desde o final do século XIX. Eu particularmente considero a Proclamação de República um Golpe Militar.

Ex-ministro Almino Affonso
Nos últimos dias, percebe-se que a grande imprensa e diversos historiadores querem colocar a culpa, do golpe, nos que estavam governando o país por não tentarem se opuser aos golpistas. Alegam que eles tinham o apoio da grande maioria da população. O vídeo abaixo mostra um debate onde claramente existe a tentativa de se colocar a culpa do golpe na inercia de quem era governo na época. Isso até que o sabatinado coloca o caso da influência dos EUA e mesmo assim, até o final do debate, não se coloca a importância que teve os grandes meios de comunicação na operacionalização do famigerado Golpe Militar. O vídeo abaixo é uma sabatina com o ex-ministro do trabalho Almino Affonso, no governo João Goulart. Assistam ao vídeo para tirarem as suas próprias conclusões?

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Lula não precisa ser candidato

A Folha reteve por 24 horas o dado capaz de relativizar esmagadoramente a queda de seis pontos nas intenções de votos na presidenta Dilma.

por: Saul Leblon



Por que o Datafolha não inclui em suas enquetes algumas perguntas destinadas a decifrar o modelo de desenvolvimento intrínseco à aspiração mudancista majoritária na sociedade brasileira, segundo o próprio Instituo?

Por que o Datafolha não pergunta claramente a esse clamor se ele inclui em seu escopo de mudanças um retorno às prioridades e políticas vigentes quando o país era governado pelo PSDB, com a agenda que o dispositivo midiático tenta restaurar com o lubrificante do alarmismo noticioso?

Não se trata de introduzir proselitismo nos questionários de sondagem. É mais transparente do que parece. E de pertinência jornalística tão óbvia que até espanta que ainda não tenha sido feito.

Por exemplo, por que o Datafolha não promove uma simulação que incluiria Fernando Henrique Cardoso e Lula como candidatos teóricos e assim avalia as preferências entre os modelos e ênfases de desenvolvimento que eles historicamente encarnam?

Por que o Datafolha não pergunta claramente ao leitor se prefere a Petrobras --e o pré-sal, que é disso que se trata, sejamos honestos-- em mãos brasileiras ou fatiada e privatizada?

Por que o Datafolha não investiga quais políticas e decisões estão associadas à preferência pelo petista que há 12 anos está sob bombardeio ininterrupto da mídia e, ainda assim, conserva 52% das intenções de voto num país seviciado pelo monopólio midiático?

Por que o jornal que é dono da pesquisa –em mais de um sentido-- não explicita em suas análises as relações (ostensivas) entre a resistência heroica do recall desfrutado por Lula; o desejo majoritário de mudança na sociedade e o vexaminoso arrastar dos pés-de-chumbo do conservadorismo, Aécio e Campos?

Por que a Folha reteve por 24 horas o dado capaz de relativizar esmagadoramente o impacto da queda de seis pontos que teria marcado as intenções de votos na presidenta Dilma –mas que ainda assim vence com folga (38%) seus dois principais oponentes juntos (26% de Aécio e Campos)?

O dado em questão não é singelo.

Só divulgado nesta noite de domingo –sem espaço na manchete e sequer registro na primeira página do diário dos Frias!-- ele tem caibre para dissolver em partículas quânticas tudo o que foi dito no final de semana sobre a derrocada do governo na eleição para 2014.

Qual seja, a opinião de Lula -- colheu o Datafolha-- é uma referência positiva de impacto avassalador sobre as urnas de outubro: seu peso ordena e hierarquiza a definição de voto de nada menos que 60% do eleitorado brasileiro.

Seis em cada dez eleitores tem em Lula uma baliza do que farão na cabine eleitoral.

Segundo o Datafolha, 37% deles votariam com certeza em um candidato indicado pelo petista; e 23% talvez referendassem essa mesma indicação.

Note-se que os estragos que isso deixa pelo caminho não são triviais e de registro adiável.

Se divulgados junto com a pesquisa das intenções de voto, esmagariam, repita-se, o esforço do tipo ‘vamos lá, pessoal’, que os comodoros do conservadorismo tentaram injetar na esquadra de velas esfarrapadas de Campos e Neves.

Vejamos: ao contrário do que acontece com o cabo eleitoral de Dilma, 41% dos eleitores rejeitariam esfericamente um nome apoiado por Marina Silva –Eduardo Campos encontra-se nessa alça de mira contagiosa, ou não?

Já a rejeição a um candidato apoiado por FC é de magníficos 57%.

Colosso. Sim, quase 2/3 do eleitorado, proporção só três pontos inferior à influência exercida por Lula, foge como o diabo da cruz da benção dada pelo ex-presidente tucano a um candidato; apenas 23% cogitariam sufragar um nome apoiado por ele.

Esse, o empolgante futuro reservado ao presidenciável Aécio Neves, ou será que a partir de agora ele imitará seus antecessores de dificuldades e esconderá o personagem que o imaginário brasileiro identifica ao saldo deixado pelo PSDB na economia e na política do país?

O fato é que a virada anti-petista, ou anti-governista, ou ainda anti-dilmista que o dispositivo midiático tenta vender –e o fez com notável sofreguidão neste final de semana, guarda constrangedoramente pouca aderência com a realidade.

Exceto se tomarmos por realidade as redações da emissão conservadora, a zona sul do Rio ou o perímetro compreendido entre os bairros de Higienópolis, Morumbi e Vila Olímpia, em São Paulo, a disputa é uma pouco mais difícil.

Não significa edulcorar os desafios e gargalos reais enfrentados pelo país.

Mas na esmagadora superfície habitada por 60% da população brasileira o jogo pesado da eleição de 2014 envolve outras referências que não apenas a crispação do noticiário anti-petista em torno desses problemas.

Por certo envolve entender quem é quem e o que propõe cada projeto em disputa na dura transição de ciclo econômico em curso – e nessa luta ideológica pela conquista e o esclarecimento de corações e mentes, o governo Dilma e o PT estão em débito com a sociedade.

Sobretudo, o que os dados mais recentes indicam é que a verdadeira disputa de projetos precisa de mais luz e mais desassombro por parte dos alvos midiáticos.

Os institutos de pesquisas, a exemplo do Datafolha, em grande medida avaliam o alcance do seu eco quase solitário.

Bombardeia-se a Petrobras para em seguida mensurar o estrago que os obuses causaram na resistência adversária. Idem, com o tomate, a standard & Poor’s, etc., etc., etc.

Ao largo das manchete do Brasil aos cacos, porém, seis em cada dez brasileiros aguardam o que tem a dizer aqueles que se tornaram uma referencia confiável pelo que fizeram para a construção da democracia social nos últimos anos.

É aí que Lula entra. E o PT deve cuidar para que entre não apenas rememorando o passado, do qual já é uma síntese histórica.

Mas que coloque essa credibilidade a serviço de uma indispensável repactuação política do futuro, contra o roteiro conservador do caos que lubrifica a rendição ao mercadismo.

Dizer que Dilma perdeu seis pontos e retardar a divulgação do que fariam 60% dos eleitores diante de um apelo de Lula, é uma evidência do temor que essa agenda e esse cabo eleitoral causam no palanque de patas moles que a mídia, sofregamente, carrega nas costas. 

Texto original neste endereço: CARTA MAIOR

segunda-feira, 1 de julho de 2013

NA FERIDA

Marcelo Neri, presidente do Ipea, não poderia ter sido mais honesto - e corajoso - ao identificar com clareza o perfil das manifestações de junho. E as reações à fala dele, de que a periferia não está presente no piquenique cívico montado nas ruas, revelam muito do grau de manipulação envolvido com o tema.

Claro, não há porque negar à classe média o direito de pedir por um Brasil melhor e demonstrar sua insatisfação "com tudo isso que está aí". É como uma miss clamando pela paz mundial: todo mundo sabe que é um nado de superfície, mas não há razão para recriminar a intenção da moça. 

Mas o fato que "tudo isso que está aí" interessa a muita, muita gente mesmo. Antes de "tudo isso que está aí", os governos governavam para uma minoria exigente e centralizadora, herdeira direta dos maus modos da Casa-Grande. Na última década, as políticas de distribuição de renda calcadas em programas de assistência social modificaram a configuração da sociedade brasileira e conferiram ao País uma nova divisão interna, e não apenas baseada na cultura do consumo - embora isso tenha sido também muito importante.

Não se deve ignorar a força desse movimento que tomou as ruas, mas não deixa de ser óbvio que essas passeatas de reivindicações difusas dizem respeito quase que exclusivamente aos anseios e frustações da classe média, sobretudo essa mais triste e conservadora que sofre da doença infantil do antipetismo. 

Basta dar uma olhada no Facebook do perfil de muitos dos manifestantes que gritam na tag #ogiganteacordou. Quase sempre uma multidão de bem nascidos em plena euforia de adolescência cívica, sequiosa de participar das manifestações para dizer, lá na frente que, sim, eu fui, tenho até a camiseta. 

O apoio tardio da velha mídia e a adesão histérica de seus colunistas de plantão nos dá essa dimensão exata. Não tem nada a ver com inflação (6% ao ano, oh!) nem muito menos corrupção, que é uma falsa bandeira montada no mastro do moralismo de ocasião. No caso, foi hasteada para ser cavalo-de-guerra nas eleições de 2014, contra o PT, naturalmente, apontado pelo subcolunismo nacional como inventor da corrupção pátria. 

Só para lembrar: um levantamento feito, no ano passado, pelo Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral (MCCE) revelou o Ranking da Corrupção no Brasil e o partido que ficou em primeiro lugar foi o DEM. Em seguida vieram o PMDB (segundo lugar) e PSDB (terceiro lugar). O PT ocupa a nona posição. 

A questão que está intrínseca na declaração de Marcelo Neri é a de que essa maioria silenciosa assim continuará, pela simples razão de que, apesar de maioria, viver na invisibilidade midiática desde sempre. Além disso, ela sabe que quando se manifesta as balas que lhe são dirigidas pela PM não são de borracha, mas de chumbo grosso. 

Essa questão de visibilidade, na verdade, um privilégio de classe, dá às manifestações o poder de agendamento, o que de fato ocorreu no governo do PT e no Congresso Nacional, onde autoridades e políticos apavorados correram para reformar a República antes de perderem as cabeças. Porque os políticos vivem, em sua maioria, dos votos dos pobres, mas têm medo mesmo é da classe média e dos ricos. E dos oligopólios de mídia, aos quais se submetem de forma tão rastejante como apartidária. 

No rastro desse desespero, transformaram a corrupção em crime hediondo, quando o fundamental - botar a mão nos corruptores - nunca aconteceu no Brasil. Basta lembrar que o banqueiro Daniel Dantas, condenado a 10 anos de prisão por subornar um delegado federal, simplesmente conseguiu anular a operação Satiagraha no Superior Tribunal de Justiça. 

Dantas está livre, certamente apoiando as manifestações, como também Luciano Huck, Regina Duarte, Angélica e, agora, a blogueira cubana Yoani Sánchez, musa da extrema-direita latino-americana e especialista do Instituto Millenium, a maior confraria de coxinhas do País.

Neri está correto. Não há negros nas ruas, assim como não os há (e nunca haverá, com ingressos tão caros) nos estádios milionários sobre o qual paira todo tipo de suspeita de superfaturamento e desvios de conduta e verba. Mas que andam lotados de gente branca e feliz, as mesmas que, paradoxalmente, encheram as ruas para, vejam vocês, para reclamar de "tudo isso que está aí".

Texto retirado do facebook :

segunda-feira, 17 de junho de 2013

MANIFESTAÇÕES E CONTRADIÇÕES!

Manifestantes na Cidade de São Paulo (17-06-2013)
Falando em manifestações, me vem a memória a lembrança das greves dos professores nos últimos 20 anos no Estado de São Paulo. Alguém se importou com as greves dos professores nos 20 anos no Estado de São Paulo? Aquelas greves anuais onde os professores eram chamados de arruaceiros pela mídia e pelos eleitores paulistas? Será que nas manifestações irão defender os professores paulistas ou irão exigir que punam os professores arruaceiros? Agora muitos do que chamaram os professores de arruaceiros estão nas ruas sentindo como é a atuação da polícia militar!

Precisamos acabar com esse governo que só vive aumentando impostos! O que tem ocorrido ultimamente é o governo desonerando a folha de pagamento e retirando impostos de muitos produtos, como foi o caso da retirada dos impostos da Cesta Básica. Claro que a retirada dos impostos federais dos carros e da chamada linha branca (eletrodomésticos) é apenas para impulsionar o consumo (em termos ecológicos deixa muito a desejar). Foram eliminados os impostos incidentes sobre o consumo de óleo diesel destinados aos transporte urbano e ferroviário.

Muitos manifestantes estão pedindo para acabar com o Bolsa Família e argumentam que a mesma só serve de cabo eleitoral para eleger políticos corruptos e sustentar um bando de vagabundos! E quando se fala em Bolsa Família, as opiniões sobre os nordestinos não são das melhores! Alguns manifestantes mandaram essas mensagens informando que estão tentando mudar o Brasil em nome do povo. Será que eles consideram os milhões de beneficiados do Bolsa Família e os milhões de nordestinos,  povo ou vagabundos?

Quantas vezes fui chamado de petista, comunista e de está defendendo bandidos e outros adjetivos quando criticava atuação da Polícia Militar, principalmente nas periferias de São Paulo e Brasília! Quando critiquei a atuação da polícia, em pinheirinhos, encontrei muita gente defendendo a atuação do Polícia Militar (muitos ficaram no silêncio do anonimato). Só que agora a Polícia Militar está reprimindo as manifestações violentamente!!! Muitos desses estão nas atuais manifestações, será que se sentem bandidos ou se sentem defendendo bandidos?

Os manifestantes gritam palavra de ordem criticando os salários dos políticos que são exagerados (e são)!!! E os salários exagerados só existem no Poder Executivo e Legislativo? Ninguém vai contestar os salários do Poder Judiciário que são tão altos quanto dos outros poderes?

E o pessoal que vive cobrando defesa do índio por parte do Governo Federal? Conheço alguns que foram a favor de se derrubar o Museu do índio (Rio de Janeiro) para construção de estacionamentos! Sem falar que muitos acham que os índios deveriam ser expulsos da própria terra por não produzirem nada!!!! E agora?

Não existem partidos envolvidos nas manifestações

O que mais se houve é que as manifestações são anti partidárias. Isso é o que se ouve quando se questiona os manifestantes! O difícil é explicar as diversas bandeiras de partidos nas manifestações, principalmente na Cidade de São Paulo!

Precisamos tirar do governo esses comunistas!!! Para a oposição, que se dizem de direita, a Dilma Russef e o PT são comunista e para os partidos ditos de esquerda a Dilma é neoliberal!!! Sem falar que para esse pessoal, qualquer reivindicação em nome da população é coisa de comunista e fazem o que podem para as reivindicações sociais não avançarem.

Precisamos acabar com esse governo e tirar esse partido corrupto! Estão brigando para acabar com a corrupção ou querendo tirar um partido para colocar outro? Sem falar que tirar partido ou trocar os candidatos, a corrupção irá continuar, simplesmente por que o sistema é corrupto por si só. Ou se faz uma mudança estrutural no sistema ou a corrupção continuará independente de partido ou candidato!

OBSERVAÇÃO: não sou contra a participação de qualquer partido nas manifestações, mas é irônico a pessoa afirmar que não existem partidos nas manifestações com tantas bandeiras dos partidos desfilando no meio da multidão.

Reivindicações que estão ficando fora da pauta

Os manifestantes que estão querendo mudar o país em nome do povo e não estão se manifestando os seguintes itens:

Alguém viu algum manifestante ou algum grupo exigindo REFORMA AGRÁRIA? Estou falando manifestações a favor, por que manifestações contra o MST e a Reforma Agrária apareceram muitas!!! Você acredita que eles defendem a causa do MST? Esqueceu-se do pau que o MST levou da Globo e dos paulistas que em sua maioria é conservador? Quem vai bater no CUTRALE? Para alguns manifestantes o pessoal do MST são bandidos!!! E agora, o que pensam da Rede Globo?

E as manifestações em defesa do nosso petróleo? Nada? Tem de se levar em conta que entre os manifestantes existem muitos que são a favor das privatizações e pior, de preferência que as empresas privatizadas sejam entregues a multinacionais. Lembrar que a Petrobras (empresa brasileira) está impedida, pela justiça, de participar dos atuais leilões do petróleo!!!!

Você acha que o serviço de telefonia está uma maravilha? Cadê as cobranças por melhoria no sistema telefônico de nossas operadoras? Segundo o Procon, as operadoras são as empresas campeãs em queixas e recordistas em processos em pequenas causas!!!! Não vi nenhum manifestante se pronunciando sobre esse assunto!!!

O que mais eu ouço é reclamações sobre o nosso sistema de comunicação televisivo que é altamente concentrado  e é quase que um monopólio. Nessas manifestações, as redes de TVs (principalmente a Rede Globo), passaram a mostrar somente as ações violentas dos manifestantes. E as reivindicações não vão mostrar? Não vão mostrar quem são os grupos participantes e o que cada grupo reivindica? Se estamos em um sistema democrático, os meios de comunicação tem de dá voz a todos e não somente a alguns e mostrar as reivindicações de todos os setores do sociedade e não somente o que os donos dos meios de comunicação querem!

segunda-feira, 18 de junho de 2012

NOSSO VOTO

Quociente eleitoral ou a matemática para reeleger raposas velhas


A cada nova eleição, a grande maioria dos eleitores, cansada de assistir impotente os mandos e desmandos de seus políticos que, via de regra, agem em causa própria em vez de representar os anseios do cidadão por melhorias na sociedade, anseios que são a razão da existência de seu cargo e de sua eleição, procura, em vão, votar em novos candidatos e projetos mas, ao abrirem-se as urnas, são cruelmente surpreendidos com a reeleição das mesmas raposas velhas, reafirmando suas descrenças no sistema político.

Mas por que isso acontece quando mais de 75% dos votos válidos são confiados aos candidatos novos que, não raro, ficam apenas com 25% das vagas, quando as velhas raposas que tiveram menos de 25% dos votos, ficam em geral, com mais de 70% das vagas?

Isso acontece por uma conta perversa do sistema eleitoral brasileiro para eleições legislativas (ou proporcionais) chamado quociente eleitoral.

E o que vem a ser o quociente eleitoral?

O quociente eleitoral é um cálculo aplicado às eleições legislativas (vereadores e deputados) que visa garantir a proporcionalidade representativa de partidos nas composições das câmaras e assembléias, onde o número de votos válidos (total de votos, excluídos as abstenções, brancos e nulos) é dividido pelo número de vagas em disputa e o resultado obtido dessa divisão, dá direito ao partido que, na soma dos votos de todos os seus candidatos mais os da legenda, indicar o mais votado dos seus candidatos a ocupar uma das vagas em disputa, somando-se mais vagas, na medida que os votos do partido vai duplicando, triplicando, quadruplicando e assim, sucessivamente, esse resultado obtido.

Exemplo: Imaginemos uma eleição municipal onde o total de votos válidos para vereador foi de 300.000 votos e estavam em disputa 20 cadeiras de vereador. Dividindo os votos válidos pelas cadeiras, chega-se ao número de 15.000 votos, o quociente eleitoral.

Nesta eleição, o partido A, somando os votos de todos os seus candidatos mais os votos de legenda conquistou 43.000 votos, o que lhe garante duas vagas diretas e lhe deixa uma sobra de 13.000 votos. Após preenchidas todas as vagas por eleição direta (aquelas que atingiram 15.000 votos ou múltiplos deste) faz-se um novo cálculo para dividir as cadeiras restantes, onde é dividido o total de votos do partido (no caso do exemplo, 43.000) pelo número de cadeiras conquistadas, mas aquela pleiteada, no caso 3, e esse número, 14.333 vai ser comparado com a realidade de outros partidos, ficando a vaga com aquele que obtiver um número maior de votos na divisão.

Na teoria, a intenção desse cálculo é boa, pois garantiria ao partido político e não ao candidato a representação formal na sociedade de sua ideologia, mas como diz o ditado, de boas intenções o inferno está cheio, esta intenção inicial não foge à regra, e acaba na prática, por iludir o eleitor comum, transferindo seu voto dado num candidato novo para um candidato velho.

Como isso ocorre?

Como foi explicado acima, os partidos atingem o quociente eleitoral pela soma dos votos de todos os seus candidatos em disputa, do mais votado ao menos votado, bastando para se eleger, que o candidato seja o mais votado do grupo de candidatos lançados pelo partido que atingiu o quociente para, na prática levar a reboque os votos de todos os outros candidatos para garantir os votos necessários para sua eleição.

Deste modo, sabedores dessa fórmula maquiavélica, as velhas raposas, montam as chapas de vereador e deputado de modo a evitar que candidatos com maior potencial de votos que eles componham e dividam com eles a chapa, garantindo que sejam eles os eleitos mas primeiras posições da chapa, restando aos demais, viver da esperança de hipotéticas sobras. Com isso, o seu voto naquele jovem idealista de seu bairro com discurso motivador que lhe empolgou e o fez acreditar mais uma vez na política, acaba, no frigir dos ovos, no cesto daquele velho vereador/deputado assistencialista e corrupto que você queria ver bem longe da câmara.

Como evitar que o seu voto no novo reeleja o velho?

A única maneira de evitar que seu voto venha a somar para reeleger um velho político é, antes de decidir seu
voto em um candidato novo, buscar conhecer seu partido e os demais candidatos desse partido, afim de não
ter surpresas e descobrir que no mesmo partido do seu candidato há uma raposa velha escondida na penumbra esperando seu voto cair no cesto. Se for o caso, procure outro candidato até encontrar um que, em caso de não eleito, seu voto não ajude na eleição ou reeleição de alguém que você despreza.

Assim, fique de olho, antes de votar para vereador lembre que antes de votar no candidato, você está votando no partido dele, veja se está de acordo com as idéias desse partido e se na lista de candidatos que este partido está lhe apresentando não há ninguém com chances reais de eleição, como um vereador pelego ou um empresário corrupto, que você não quer ver eleito de jeito nenhum. Só assim você vai ter a certeza de que seu voto bom não ajudou a eleger candidato ruim.

Franklin Fouad Abbas Maciel


Texto publicado no Jornal GAZETA VALEPARAIBANA

domingo, 6 de maio de 2012

Esquerda vence na França e Reino Unido

Hollande leva socialistas de volta ao poder na França com discurso de enfrentamento ao plano de austeridade da UE, no Reino Unido, do conservador James Cameron, Trabalhistas venceram eleições municipais
Os britânicos emitiram um claro sinal de descontentamento para o gabinete do governo conservador de James Cameron, ao garantirem a vitória dos Trabalhistas nas eleições municipais.
Os franceses reconduziram os socialistas ao poder, derrotando o governo centrista de Sarkozy.
Duas economias pujantes e democracias maduras.

Os povos destes países rejeitaram a receita de remédios amargos, apenas para os trabalhadores, e endossaram políticas de taxação de grandes fortunas, como proposto por Hollande, de mais gastos públicos e contrários a desregulamentação dos mercados, gênese das maiores crises econômicas da última década no continente.

O risco de retrocesso ocorre nos países com economias em frangalhos e sistemas políticos instáveis, devido a gravidade da crise social instalada, como Grécia, Espanha, Portugal, Hungria etc. Os extremistas de direita devem avançar e transformar os processos eleitorais e a condução dos mandatos dos vencedores em duras batalhas, conduzidos em ambientes de disputas muito acirradas, em meio a discursos ultra radicais de apelo fácil.

François Hollande conquista a presidência francesa
O socialista François Hollande conquistou uma clara vitória nas eleições presidenciais da França neste domingo, com estimados 52% dos votos.

Após o fechamento das urnas, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse que telefonou a Hollande para desejar-lhe “boa sorte” no cargo.

Analistas dizem que a votação tem amplas implicações para a zona do euro. Hollande prometeu reformular o acordo sobre a dívida pública nos países membros.

Pouco depois do fechamento das urnas às 20h (15h de Brasília), meios de comunicação franceses publicaram projeções baseadas em resultados parciais que davam ao socialista uma vantagem de quase quatro pontos.

Partidários de Hollande se reuniram na Place de la Bastille em Paris - um ponto de encontro tradicional da esquerda - para comemorar.

Analistas dizem que Hollande foi beneficiado pelos problemas econômicos da França e a impopularidade do presidente Sarkozy.

O candidato socialista prometeu aumentar os impostos sobre as grandes corporações e as pessoas que ganham mais de 1 milhão de euros por ano.

Ele quer aumentar o salário mínimo, contratar 60 mil professores e diminuir a idade de aposentadoria de 62 para 60 anos para alguns trabalhadores.

Hollande também pediu a renegociação de um tratado europeu duramente negociado sobre disciplina orçamental, defendido pelo chanceler alemã Angela Merkel e Sarkozy.

Sarkozy
Em discurso neste domingo, Sarkozy disse a partidários que "François Hollande é o presidente da França e ele deve ser respeitado".

O presidente disse que estava "assumindo a responsabilidade pela derrota".

Insinuando sobre o seu futuro, ele disse: "Meu lugar não será mais o mesmo Minha participação na vida do meu país agora vai ser diferente.".

Durante a campanha, ele disse que iria deixar a política, se ele perdesse a eleição.

Sarkozy, que está no cargo desde 2007, havia prometido reduzir o déficit orçamentário da França por meio de cortes de gastos.

É apenas a segunda vez um presidente em exercício não foi capaz de ganhar a reeleição desde o início da Quinta República da França em 1958.

O último foi Valery Giscard d'Estaing, que perdeu para o socialista François Mitterrand em 1981. Mitterrand teve dois mandatos no cargo até 1995.

A eleição parlamentar está marcado para junho.

A correspondente da BBC em Paris Katya Adler diz que, por causa da derrota de Sarkozy, a extrema direita francesa espera conquistar amplo terreno político no pleito parlamentar.

TEXTO ORIGINAL NESTE ENDEREÇO:

domingo, 17 de abril de 2011

O Ditador Hugo Chaves!!!!

          Como costumo mostrar as contradições que as Rede de TVs sempre estão a cometerem com interesses os mais variados, que geralmente estas contradições vem acompanhadas de distorções dos fatos, resolvi mostrar esse vídeo feito por uma equipe de Jornalistas da Irlanda. Assistam e tirem suas próprias conclusões:



domingo, 7 de novembro de 2010

OS ESPERTALHÕES

Desde o início, das últimas eleições (2010), um fato me chamou a atenção. Lia em jornais e blogs que o Aécio Neves estava apoiando a Dilma Russef a candidata a Presidente (indicada por Lula). Só que comparando as ações do candidato a Senador Aécio Neves (foi eleito) e seu, pupilo, candidato a Governador de Minas Gerais (também eleito), Antônio Anastasia, antes do primeiro turno e depois do segundo turno, eu sempre fiquei com a impressão que os dois deram uma de espertalhões (ainda estou com esta impressão).
No primeiro turno o Aécio Neves pregava o voto “Dilmasia” (mistura de Dilma com Anastasia) e vivia falando loas sobre o presidente Lula e nunca se pronunciava a favor ou contra a candidatura de José Serra. Passado o primeiro turno, como os dois foram leitos, se empenharam em fazer campanhas abertamente contra a então candidata Dilma (eleita no segundo turno), participando dos programas eleitorais e fazendo passeatas junto com o Candidato José Serra (que foi derrotado).
Postei o vídeo abaixo, com uma sequência dos fatos: