O texto não tem nada de melhor para oferecer do que dizer que a vida transcende-o. É nisto que acredito e penso sinceramente - mas quando não conseguimos dormir, o texto oferece-nos a vantagem de lavrar a insónia no rosto do que nos atormenta; pensando, para quem o espera entender, que a vida transcende tudo.
imprecisões
Da Tristeza Que Advém Da Polenta. (Leonardo Continuous Ostinato de Post Traseiro Vinci)
02 março 2025
26 fevereiro 2025
Manhã Poente
O estalo entre os olhos diz fogo nos olhos. Um vôo pronto.
18 janeiro 2025
11 janeiro 2025
06 dezembro 2024
24 novembro 2024
29 outubro 2024
25 outubro 2024
cosa mentale ou apresentação sem filtros.
O livro do Miguel Real começa com uma breve Apresentação, sobretudo com os motivos que o levam a esta empreitada de fazer uma biografia(auto) de Jesus. Às tantas, Miguel Real diz que foi aos 14 anos de idade que decidiu separar-se da Igreja Católica, «por motivos que não quero revelar»; mas pela pancada com o sexo, entrementes a opulência dos bispos, até parece que caiu nas mãos de algum criminoso.
23 outubro 2024
Antes morrer do que não ir à batalha.
20 outubro 2024
O conhecimento imediato do ruído
e desconheço que incerteza possui
na lama de um poder caótico -
sempre caótico que teima enlear-me.
Mas eis a vida, sugerindo frases, noites de Verão, abraços vespertinos, arabescos como ombros imperfeitos onde chorar sem razão aparente. Ei-la, cantando pelo desenho do leito de um rio abundante e tímido como as raízes expostas ao Sol, cicatriz ferrada por tigres leucísticos, lua omnisciente no tratado da alma imensa, descendo como lenha ao fragor humano e inspirador.
Era uma noite vazia
eu eu eu
ninguém -
espreitando a inbeleza da mulher
da música concreta e definitiva,
Era um Sol crescendo só em mim
e não aquecia,
rosnava, julgava e enviava-me ao lugar de início. Hoje encontro-me e divido-me na tua espera. Puxo a cadeira para trás como um fantasma farpado. Sinto o coração eléctrico. Onde estou, estou de pé. Toco, limpo, resguardo e sopro o melhor para o teu lado. Se vieres.
19 outubro 2024
14 outubro 2024
é no gozo, certo?
Lembro-me de Miguel Real no Jornal de Letras. Sempre assíduo na crítica literária, mas em espaços à volta também. Escreve muito, mas nunca apreciei a sua prosa, nem crítica, sempre de encômios quase automáticos aos grandes nomes [Saramago e Pessoa à cabeça]. E assim tem sido. Agora, parece, lançou-se a Deus, que diz banal e não senhor da História não senhor, e ao Catolicismo com unhas e dentes. Não interessa que Miguel Real só destaque a religião, e a ICAR, pela negativa, escondendo o positivo porque sim. A mim interessa-me mais numa perspectiva pessoal e de crítica íntima a Deus, fora da religião enquanto forma institucional. E está a ir bem, é um orgulho nacional... Porque, dígamo-lo já, é mais grato guerrear com o Miguel Real, enformado pela universidade, e por isso com melhor pulso, do que com o pacóvio do Saramago, que é fraquinho e só vaidade oca. Tem um sentimento mais profundo e melhor conhecimento das pessoas, circunstâncias, costumes. E por isso faz pensar, o Miguel. Diz coisas de Santo! Como ele sabe tanto destas coisas de vida de padre! Esta é uma delas (neste artigo do DN):