Hoje venho falar-vos de uma
história repleta de magia e de lições várias. Gomes Ferreira, com as aventuras
de um João sem medo, empurra o leitor para mundos desconhecidos mas com lições
que deveriam estar frescas na memória de todos, como lembretes recorrentes às
práticas do saber estar, do saber ser.
A história começa quando numa
terra repleta de tristeza, anseios e medos, chamada «Chora que Logo Bebes», um
menino cheio de bravura, João Sem Medo, decide saltar o muro e aventurar-se por
novas terras: “É proibida a entrada a quem não andar espantado de existir.”
Estão os dados lançados para o
início de uma aventura que parece não ter fim. Confrontado com a escolha entre
o caminho belo ou feio, João começa a interiorizar a ideia de que a decisão que
tomou será tudo menos fácil, adivinhando-se momentos de verdadeiras
desventuras, receios e, acima de tudo, fantasias tais e tamanhas quase
incapazes de competir com a sua capacidade de acreditar.
Desde transformar-se em árvore,
em fonte, travar conhecimento com gramofones com asas, fadas com varinhas
mágicas que o aliciam a desfazer-se do próprio corpo em prol de meros
caprichos, são apenas alguns exemplos a que o leitor está destinado,
obviamente, se não andar por aí espantado de existir.
Um livro que é uma pequena joia.
Quem me disse, um dia, que perdurará na memória, não poderia estar mais certo.
Fechei-o há poucos dias e fica a sensação de um pequeno mundo novo e à parte.
Onde a magia, as aventuras de João, são bem mais do que isso: há todo um panorama de lição moral, social e política para o qual o autor, magistralmente, aponta, com os fantásticos apêndices que só a magia fortalece e conduz da melhor maneira possível.
Não posso deixar de recomendar!
Boas leituras.
Não posso deixar de recomendar!
Boas leituras.
Mais um desafio superado.
O mês de Setembro será ainda mais especial!
2 comentários:
Pois já ouvira falar do livro, mas não comentar, deixou-me curioso. Será o escritor também o jornalista? Pois a minha experiência do contacto destes quando se tornam ficcionistas não tem sido boa literariamente.
Olá Carlos!
É um clássico que não se pode perder, digo-o com toda a convicção.
Não é o jornalista. Escritor e poeta português :)
Boas leituras!
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