Transcrição de artigo seguida de NOTA:
Pacheco Pereira: “O país em que vivemos é um país irrespirável para uma pessoa honesta”
Ionline. Por Cláudia Reis. publicado em 16 Jan 2014 - 23:55
Pacheco Pereira criticou o congresso do CDS denominando- o de “populista”. Lobo Xavier diz que o CDS “fez um congresso fantástico” e António Costa falou em “encenação”.
Fazendo um balanço sobre o congresso do CDS que aconteceu no fim-de-semana passado, Pacheco Pereira foi bastante crítico. “O congresso do CDS é um acto de propaganda eleitoral do princípio ao fim”, disse Pacheco Pereira, lembrando que o mesmo acontece com “os outros partidos”.
O comentador acrescentou ainda que “mesmo as promessas que o CDS começa a fazer são promessas eleitorais pouco consistentes com as medidas tomadas actualmente”.
Para ele, “o CDS sempre teve características populistas, é um partido unipessoal, todos se elogiam uns aos outros e elogiam Paulo Portas”, afirmou.
Tendo em conta a realidade do país e as privatizações que o governo pretende fazer, Pacheco Pereira disse que “o país em que vivemos é um país irrespirável para uma pessoa honesta”.
Um exemplo da “vergonha” de país em que vivemos é para o comentador o referendo à co-adopção e à adopção por casais de pessoas do mesmo sexo proposta por um grupo de deputados do PSD. Segundo Pacheco Pereira trata-se de “má-fé”.
“Má-fé transformada em política governamental. Este é o país em que nós vivemos”, reiterou.
Já Lobo Xavier tem uma opinião muito diferente do colega dizendo que “não houve matéria para indignar ninguém no congresso do CDS”. O comentador diz que houve matérias que poderiam não ter sido discutidas no congresso e que pode ter sido “arriscado”, mas não entende que tenha sido feita “campanha eleitoral”.
Respondendo à provocação de Pacheco Pereira sobre o repetitivo elogio a Paulo Portas, Lobo Xavier disse que o CDS tem “um estilo próprio, que o culto a Portas é uma marca do partido”.
“Não vi nada no congresso que me causasse indignação. O CDS fez um congresso fantástico”, frisou Lobo Xavier.
Para António Costa o congresso do CDS “faz parte de uma encenação que está encenada entre os governos e a comissão europeia e todas essa turma”. O presidente da câmara de Lisboa diz que tudo isto “ajuda a uma ilusão de que as coisas correram bem, quando de facto não correram bem, por exemplo no que diz respeito ao controlo da dívida”.
Questionado sobre o referendo à co-adopção por casais de pessoas do mesmo sexo, António Costa diz apenas que “é uma batotice”.
NOTA: O país está em más mãos. Mas como será no futuro próximo? As jotas não mostram intenções de elaborar uma estratégia de longo prazo, como as estratégias de D. Diniz a preparar a educação, a agricultura e a madeira para as naus dos futuros descobrimentos e a estratégia do Infante D. Henrique, ao abrir novos mundos ao mundo, difundir a nosso soberania, cultura, religião e interesses económicos. Agora perde-se tempo com a memória do grande Eusébio, com a co-adopção por homossexuais, com as tricas sobre o estaleiro de Viana, com o encerramento de lares de idosos sem pensar nos idosos, com a lotaria das facturas, e com outras futilidades, sem estabelecer prioridades nos projectos e no emprego do tempo e sem olhar seriamente para o dia de amanhã, para vida que se prepara para filhos e netos, que serão fruto da redução do ensino obrigatório, de maus cuidados de saúde, etc. etc.
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Da série: O remorso do algoz
Há 18 minutos
3 comentários:
A canalha responde que são os mercados sem rosto
Caro Puma,
A tal canalha não usa os poucos neurónios que por acaso tenha em estudar os problemas essenciais para os portugueses e procura justificar aquilo que rouba ao Estado, perdendo o tempo com futilidades como a adopção e co-adopção. E para isso não conta a personalidade dos deputados, pois decretam o voto obrigatório, e eles agem como robôs. Que consideração devemos ter por tipos que votam contra as suas convicções? Fazem-no apenas para manter o tacho? Que se «calibrem» todos e desapareçam!!
Esta discussão neste momento da vida política e social dos portugueses mostra bem o sentido de prioridade que eles usam na apreciação dos temas importantes. Será que isto está acima da crise, daas dificuldades no Ensino, nos problemas com a saúde, na fome que muita gente passa, nos cortes de reformas e pensões ao lado do aumento de «boys» dos seus vencimentos e regalias?
Transcrevo de «Oposição patriótica eleva o País» de 26-04-2010 ( http://domirante.blogspot.pt/2010/04/oposicao-patriotica-eleva-o-pais.html )
as seguintes palavras referentes a análise da proposta da juventude social-democrata para ser criado o «estatuto de objecção de consciência»:
«Não estamos em condições de desperdiçar recursos, ideias, venham de onde vierem, porque, como um dia disse Álvaro Cunhal numa reunião pluripartidária promovida pelo então ministro da Defesa, Freitas do Amaral, em que estive presente, «a defesa de Portugal é dever de todos os portugueses». E, realmente, onde todos colaboram, os resultados serão melhores e mais fáceis. Oxalá os dois líderes e os dos restantes partidos compreendam as necessidades de Portugal, que devem estar acima das dos partidos e dos «boys».
Parece que as extravagâncias fantasiosas alheias aos reais interesses acionais continuam fora das «estratégias» dos pêpêdistas. Que pena eles considerarem que o essencial é desperdiçar tempo com coisas menores. É como o PUMA diz, eles esperam que sejam os mercados e os credores virem governar o País , por eles se confessarem incapazes.
Meu querido amigo João
Só ontem iniciei a ronda visitando os blogs amigos. Normalmente faço-o respeitando a ordem de chegada…salvo raras excepções.
Agradeço as suas palavras. De facto, escrever, para mim, funciona como uma terapia.
Mantendo a cabeça ocupada pensa-se menos em todas as dificuldades que temos que suportar, e para as quais não se vislumbra a mais pequenina luz ao fundo do túnel.
Espremem-nos até ao tutano. Não sei o que farão depois de terem sugado tudo…
Como sabe, a política não é o meu forte, nem pouco mais ou menos. Mas assisto muitas vezes aos debates televisivos e, dum modo geral, gosto de ouvir o Pacheco Pereira.
Bom fim-de-semana
Beijinhos
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