Segundo relata hoje o diário hebraico “Ha’aretz”, pela primeira vez desde a queda do imperador do Irão Xá Mohammad Reza Pahlavi, em 1979, passados 30 anos, efectuaram-se em várias encontros, a 29 e 30 de Setembro, num hotel do Cairo, entre Meirav Zafary-Odiz, directora de polícia e controlo de armamento da Comissão de Energia Atómica de Israel, e Ali Asghar Soltanieh, o embaixador de Teerão na Agência Internacional de Energia Atómica (o órgão das Nações Unidas para o nuclear), para discutir a possibilidade de declarar o Médio Oriente uma zona livre de armas nucleares.
Os encontros foram promovidos pela Comissão Internacional para a Não-Proliferação e neles os representantes do sois Estados estiveram frente a frente e, em conjunto com representantes de outros países, fizeram perguntas e deram respostas. No entanto, não se encontraram fora das salas onde decorreram as sessões nem apertaram as mãos, diz o “Ha’aretz”.
Trata-se de uma situação geopolítica e geoestratégica muito complexa, mas há sinais positivos ao ponto de o representante iraniano nos encontros ter dito que Teerão não se opõe aos judeus nem os odeia. (Para ler a notícia completa faça clique aqui).
Para este blogue esta notícia representa um motivo de grande satisfação, porque vem mostrar que nas muitas vezes em que foram aqui abordados os temas «conversações», «negociações» e «paz» (procure cada um destes itens através da caixa de pesquisa do blogue), não se tratava de mera utopia ou imaginação lunática, mas de um desejo convicto e uma percepção de que isso é possível, assim haja cérebros iluminados à frente dos Estados. Se todas as guerras terminam num tratado de paz à mesa de conversações, pergunta-se porque não fazer conversações e negociações em vez de guerras que destroem vidas e recursos materiais, históricos e culturais?
Da série: O remorso do algoz
Há 1 hora
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