Sérgio Mota anunciou a recandidatura à Câmara Municipal de Mafra nas Autárquicas de 2013, como Independente, depois de, em 2009, ter concorrido nas listas do Partido Socialista, de que se desfiliou este ano, mantendo o cargo de vereador na Câmara de Mafra.
Discurso Directo:
“Acredito que poderei fazer diferente e melhor pelo concelho de Mafra. Anuncio, hoje, dia 5 de Novembro de 2012, que serei candidato à Câmara Municipal de Mafra nas próximas eleições Autárquicas de 2013, liderando um Movimento de Cidadãos Independentes. Este é o meu propósito: o concelho será no futuro, como no passado, o meu compromisso”.
“Fui militante e dirigente de um partido político. Conheço a máquina e o modus operandi do mesmo. Acredito no que pensei, no que fiz, mas no momento em que fui eleito, despi a ‘cor partidária’ em nome de um interesse maior: o meu compromisso para com quem me elegeu e para com todos, através do trabalho que tenho desenvolvido enquanto Vereador. As questões partidárias não poderão nunca interferir com o que é correcto”.
Na conferência de imprensa para anunciar a sua candidatura, Sérgio Mota apresentou-se sozinho, enquanto um amigo o seguiu da assistência. No futuro, no entanto, vai ser diferente, garante o candidato, que terá aggora de recolher pelo menos quatro mil assinaturas para formalizar o seu movimento de cidadãos independentes.
“Sozinhos não fazemos absolutamente nada, e lanço aqui o desafio ao PSD e ao PS de poderem apoiar esta minha candidatura independente à Câmara Municipal de Mafra”.
No discurso de apresentação, Sérgio Mota aproveitou para lançar críticas ao executivo PSD na CMM desde 1986, começando por questionar o modelo económico por trás das principais obras no município, desde as escolas até às vias rodoviárias, passando pelas instalações desportivas, na medida em que “o modelo de concessões hipotecou as receitas futuras que se encontram cativas para o pagamento dos compromissos assumidos e que exigem permanentemente a contribuição dos munícipes através de taxas máximas de impostos altamente penalizadoras”.
“Que futuro para as novas gerações?”. “Os agentes decisores terão de ter, necessariamente, uma nova visão, de criar novas plataformas de crescimento, que permitam, a médio/longo prazo, o desenvolvimento de novas áreas capitalizáveis, que promovam a estabilidade das famílias e das empresas”.
Sérgio Mota diz ainda que “terão de ser potencializados os recursos naturais existentes para que, se possam desenvolver actividades que têm sido renegadas para segundo plano, tais como: a agricultura, a pesca, a actividade têxtil, a olaria e a panificação, reforçar a aposta nas energias renováveis, no conhecimento e nas ciências, nas novas tecnologias, no turismo e nas actividades culturais”. E “o Turismo será um pilar fundamental, não apenas nas freguesias urbanas, mas também nas rurais. Este será o maior desafio”.
O erro, aponta, foi deixar a construção civil assumir-se “como motor, quase exclusivo, de crescimento do país e, muito em particular, do nosso concelho”, fazendo com que “os nossos recursos humanos e naturais se desenvolvessem de forma desigual”.
Deixou ainda algumas questões: “Qual o papel Social da Câmara Municipal de Mafra? Que investimentos foram realizados no nosso concelho na reabilitação de espaços dignos para acolher os nossos idosos? Que investimentos foram feitos na melhoria de instalações e no acesso aos cuidados de saúde no nosso concelho?”.
Sérgio Mota torna-se assim o primeiro a fazer uma apresentação formal da candidatura à Câmara de Mafra.