Quando recebi a
notícia de que uma australiana teria sobrevivido ao cair de 111 metros de altura porque
a corda amarrada a ela havia rompido, tive a recordação de uma história que
ouvi a respeito da origem desse esporte a que se submeteu essa menina, o Bungee
Jump.
Dizem que vem de
uma tribo situada no sul do Oceano Pacífico, onde é construída uma torre de
bambus e nela são amarrados pedaços de cipós, escolhidos e medidos por cada
homem que deve saltar de uma determinada altura, de acordo com a respectiva
idade. É um ritual que representa a passagem da infância para a fase adulta. E,
ao contrário do que geralmente se vê nos saltos do Bungee Jump, os homens dessa
tribo devem pular em direção a terra, e não à água. Por isso, eles ainda
precisam preparar o terreno lá em baixo, de maneira que o impacto, se houver,
seja mais ameno.
Na explicação
acima, mencionei apenas “homens” participando do ritual. Dá pra imaginar o
motivo? Seriam eles mais corajosos? Deveriam eles comprovar o amadurecimento
por meio da audácia, bravura?
O ritual nasceu,
então, para alertar os homens de suas fraquezas e, a meu ver, principalmente,
da sagacidade das mulheres. Por que não? É tanto que, a cada etapa do ritual, o
homem precisa ficar duas semanas sem deitar-se com uma mulher, visto que deve
estar completamente puro para o salto. Outro dado importante é que se o cipó
romper ou a colisão com a terra provocar a morte, diz-se que foi algum espírito
feminino que prevaleceu.