Parte I
.
.
Acabou o Campeonato do Mundo de Futebol. Parabéns ao vencedor e que os vencidos deixem de derramar lagrimas de crocodilo, porque daqui a quatro anos volta tudo à mesma.
Os portugueses fizeram uma figura assim-assim, a condizer com as suas possibilidades, exceptuando nos gastos, pois sendo um país onde impera a miséria, recebiam só de presença diária a módica quantia de 800 €, com mais uma data de mordomias.
.
Os portugueses fizeram uma figura assim-assim, a condizer com as suas possibilidades, exceptuando nos gastos, pois sendo um país onde impera a miséria, recebiam só de presença diária a módica quantia de 800 €, com mais uma data de mordomias.
.
.
Parte II
O Ministério da Saúde entendeu que deveria encerrar o Centro de Saúde de Valença durante o período nocturno, a que chamam de urgências, por aquele não possuir as “Valencias” necessárias ao seu bom funcionamento.
Os Valencianos fizeram greve, protestaram com bandeiras negras durante muitos dias e o caso foi noticiado em todos os telejornais das televisões do nosso burgo.
E na sua luta por aquilo que achavam justíssimo, atravessaram a ponte fronteiriça e pediram ajuda aos espanhóis, que de braços abertos colocaram à sua disposição o Centro de Saúde de Tui.
A partir daí, foi como se a guerra na Península tivesse acabado. Esqueceu-se D. Urraca, Aljubarrota, o Mestre de Aviz e as bandeiras de “nuestros hermanos” foram hasteadas em todas as janelas e a PAZ voltou àquela cidade do alto Minho.
.
.
Parte III
.
Entrtanto, calhou-nos em sorteio jogar para os oitavos de final do referido Campeonato do Mundo com a nossa vizinha Espanha. As botas foram engraxadas, os treinadores atiraram-se em “bocas” que a nada levaram, os jogadores arregaçaram as mangas, arreganharam os dentes, prepararam as canetas e durante o embate sofremos um golo, não metemos nenhum, tivemos um jogador expulso e mais todo aquele borbulhar de um vulcão em ebulição desportiva.
Os portugueses regressaram a casa com a beiça caída e os espanhóis rejubilaram euforicamente com a vitória da sua equipa.
.
.
Parte IV
.
E… numa demonstração de amizade e irmandade, deslocaram-se a Valença para comemorar em conjunto com os seus irmãos portugueses a jornada desportiva, acabada de se realizar, fazendo “jus” ao ditado que diz que o desporto é uma “Escola de Virtudes”, tendo sido recebidos… à pedrada.
.
.
Parte V
.
Em resultado deste encontro, ficaram umas tantas cabeças partidas (de parte a parte), uns pára-brisas de viaturas estilhaçados e uns tantos carros a necessitar de chapeiro (como se diz naquela região). Escusado será dizer que da parte portuguesa não houve a solidariedade, os braços abertos com os seus irmãos da outra parte do rio Minho, que se deslocaram somente para acamaradar e lhes levantarem o ânimo naquelas horas de infortuno e desilusão.
.
.
Epílogo
.
E o mais curioso é que os “cabeças rachadas” se encontraram no mesmo Centro de Saúde em Tui para se tratarem, tendo mesmo havido alguns comentários mais azedos, no sentido de enfiarem novamente o elmo na cabeça, vestirem o colete de malha, pegarem novamente em espadas e deixarem de ser irmãos ou “hermanos”, em virtude da péssima recepção com que foram brindados em Portugal.
Parte II
O Ministério da Saúde entendeu que deveria encerrar o Centro de Saúde de Valença durante o período nocturno, a que chamam de urgências, por aquele não possuir as “Valencias” necessárias ao seu bom funcionamento.
Os Valencianos fizeram greve, protestaram com bandeiras negras durante muitos dias e o caso foi noticiado em todos os telejornais das televisões do nosso burgo.
E na sua luta por aquilo que achavam justíssimo, atravessaram a ponte fronteiriça e pediram ajuda aos espanhóis, que de braços abertos colocaram à sua disposição o Centro de Saúde de Tui.
A partir daí, foi como se a guerra na Península tivesse acabado. Esqueceu-se D. Urraca, Aljubarrota, o Mestre de Aviz e as bandeiras de “nuestros hermanos” foram hasteadas em todas as janelas e a PAZ voltou àquela cidade do alto Minho.
.
.
Parte III
.
Entrtanto, calhou-nos em sorteio jogar para os oitavos de final do referido Campeonato do Mundo com a nossa vizinha Espanha. As botas foram engraxadas, os treinadores atiraram-se em “bocas” que a nada levaram, os jogadores arregaçaram as mangas, arreganharam os dentes, prepararam as canetas e durante o embate sofremos um golo, não metemos nenhum, tivemos um jogador expulso e mais todo aquele borbulhar de um vulcão em ebulição desportiva.
Os portugueses regressaram a casa com a beiça caída e os espanhóis rejubilaram euforicamente com a vitória da sua equipa.
.
.
Parte IV
.
E… numa demonstração de amizade e irmandade, deslocaram-se a Valença para comemorar em conjunto com os seus irmãos portugueses a jornada desportiva, acabada de se realizar, fazendo “jus” ao ditado que diz que o desporto é uma “Escola de Virtudes”, tendo sido recebidos… à pedrada.
.
.
Parte V
.
Em resultado deste encontro, ficaram umas tantas cabeças partidas (de parte a parte), uns pára-brisas de viaturas estilhaçados e uns tantos carros a necessitar de chapeiro (como se diz naquela região). Escusado será dizer que da parte portuguesa não houve a solidariedade, os braços abertos com os seus irmãos da outra parte do rio Minho, que se deslocaram somente para acamaradar e lhes levantarem o ânimo naquelas horas de infortuno e desilusão.
.
.
Epílogo
.
E o mais curioso é que os “cabeças rachadas” se encontraram no mesmo Centro de Saúde em Tui para se tratarem, tendo mesmo havido alguns comentários mais azedos, no sentido de enfiarem novamente o elmo na cabeça, vestirem o colete de malha, pegarem novamente em espadas e deixarem de ser irmãos ou “hermanos”, em virtude da péssima recepção com que foram brindados em Portugal.
.