Pretendes me entristecer
Não disponha de tantos esforços
Achas que pode te enaltecer
Mas só encontrarás destroços
Talvez não exista esta determinada razão
E estejas praticando teu simples ato de existir
Pequeno, pouco evoluído, como um recém-nascido
Chorando e quebrando tudo o que vê por um pouco de atenção
Ainda assim não me atinges, somente a ti
Pois em mim
Há uma linda, seletiva, enorme bolha de causar vertigens
Apenas o que a ultrapassa
Pode, para mim, existir
O que não,
É apenas tua ilusão
Inexistente no meu mundo interior
(e no teu, exterior)
Então cultiva, acaricia, goza e se esbalda
Com o teu - único e exclusivamente teu - rancor.