Garantida que está a solidão, foi-se aprendendo a viver com a ideia e a seguir o manual de sobrevivência. Com a facilidade de faca em manteiga, a entrada de outro no espaço, diminuiu o espaço de manobra. Já mal se sabe como viver só. Na solidão da insónia, pergunta-se como a distância, o tempo e as prisões permitem que ainda se vista para tão mal se despir. As cordas descansam, as algemas enferrujam, o gelo dos lençois, provoca o arrepio que só o desejo, assim se anseia, deveria provocar. Sabe-se viver tão bem, como se mata o que tão bem se soubera dar vida...
Thursday, February 14, 2008
Wednesday, February 06, 2008
Já o tempo levou a energia e só um abraço se pedia. Os lábios que, a cada aproximação fugiam, deixavam desamparado o olhar do desejo a tanto tempo guardado. É sempre o tempo. Porque nos iludimos com isso? O tempo do outro já não nos pertence. Até pode ser agradável ver e não tocar.Ouvir e ser ignorado. O que custa é imaginar que amanhã, num outro carnaval, nem um jantar se vai poder partilhar para o desejo não despertar.
Saturday, February 02, 2008
Triste Carnaval...
Percebe-se que, num país em que é carnaval todos os dias, alguém pretenda tornar a quadra alusiva ao mesmo mais entusiasmante. O que se lamenta é que a máscara mal disfarce o que está por detrás dela. Acordar, dois dias seguidos, com ataques directos ao carácter de Sócrates em mais uma tentativa de o desacreditar é demasiado baixo, mesmo no carnaval!O que pretende o jornal Público e seu director?Será que pretendem ocupar o espaço em tempos ocupado pelo Independente nos seus piores momentos?Falta-lhe a autenticidade!Tinha-se do Público outra imagem. Atacar o homem Sócrates, parece uma falha de assunto credível, politicamente sólido, um recurso ao "vale tudo". Poder-se-ia recorrer ao "os cães ladram e a caravana(corso) passa", mas quando até há razões para questionar, argumentar, fustigar politicamente o primeiro ministro só resta desprezar quem tão baixo chafurda. Oxalá, um dia, este país sacrifique o seu rei momo e o corso siga por esferas menos degradantes.