Já tinha este livro em lista de espera há cerca de um ano. Comprei-o por acaso, numa promoção da Bertrand, por 1 euro.
É um livro pequeno (155 páginas) que se lê de um fôlego. O tema, actual, é desenvolvido sem pieguices ou figuras de estilo, que tantas vezes caracterizam estas narrativas.
É a história de Luís relatada por aqueles que o rodeiam e que, de uma forma ou de outra, vivem com ele a sua toxicodependência: a mãe, os irmãos, a filha, o enteado, os filhos da patroa da mãe, a patroa da mãe... Cada capítulo é a voz de uma destas personagens.
Gostei, especialmente porque a autora não intervém no discurso das personagens, deixando-o fluir, mantendo a atenção do leitor até ao fim.
Um livro que relata uma vida de trinta anos, que quando se aproxima do fim, reúne unanimidade no sentimento que desperta em todos os que o conhecem: era melhor que morresse...