A gente sempre ouve e fala a frase: “Cara, ser mãe não é fácil não!”
Pois é, mas é só dar uma passada rápida pela livraria que você vai encontrar ao menos uns dez livros prometendo todas as dicas de como educar seu filho e ser o melhor pai/mãe do mundo.
Mas cadê que tem alguém ensinando nossos pequenos a “darem conta” de todos estes testes que andam fazendo com eles?
Brincadeiras à parte, acho que é isto mesmo; com tanta doutrina e pedagogia “bacana” e “inovadora”, mamãe e papai ficam perdidos, sem saber qual delas adotar, pra onde correr. Enquanto isto, os pequenos estão alí, pobres cobainhas humanas, em seus primeiros anos de vida, sujeitos à toda sorte de proposta pedagógica, que acabam por privá-los de sua necessidade mais primária, a de ser atendido, à sua demanda, pelo instinto de sua mãe.
Mamãe agora não recebe só palpite da vovó e da vizinha. Mamãe é bombardeada por toda sorte de profissionais experts em "encantar" e educar os filhos dos outros. Salvo se mamãe morar em uma caverna, não terá como escapar: os conselhos com a melhor técnica educacional voam rápido, de twitter, face, corrente que dá má sorte ou primeira classe e chegam até a mamãe. E a mamãe lê, se interessa, armazena na cabecinha e assim vai diminuindo o espaço antes destinado para o simples, acanhado, sensível e tímido instinto materno.
Não me entendam mal, leio muito, adoro uma novidade, aplaudo as descobertas e o desenvolvimento intelectual do mundo. Mas estou bem cansada e com medo de todos estes testes, desta insegurança que tantas informações me causam e com medo de estar “testando” estudos em meu filho.
Este post é mesmo um apelo: colocar o instinto materno antes de toda e qualquer outra atitude perante uma criança em seus primeiros anos de vida. Primeiro avalia-se o que a mamãe sentiu, fez no impulso, o que a mamãe sugeriu. Se passada esta hipótese ainda houver algo mais a fazer, deixem o instinto da mamãe decidir qual teoria adotar, beleza?
“O anjo da guarda de uma criança: o instinto do coração materno”. (Janusz Korczak)