16 de set. de 2011

Ser bebê não tá facil não!

A gente sempre ouve e fala a frase: “Cara, ser mãe não é fácil não!”

Pois é, mas é só dar uma passada rápida pela livraria que você vai encontrar ao menos uns dez livros prometendo todas as dicas de como educar seu filho e ser o melhor pai/mãe do mundo.

Mas cadê que tem alguém ensinando nossos pequenos a “darem conta” de todos estes testes que andam fazendo com eles?

Brincadeiras à parte, acho que é isto mesmo; com tanta doutrina e pedagogia “bacana” e “inovadora”, mamãe e papai ficam perdidos, sem saber qual delas adotar, pra onde correr. Enquanto isto, os pequenos estão alí, pobres cobainhas humanas, em seus primeiros anos de vida, sujeitos à toda sorte de proposta pedagógica, que acabam por privá-los de sua necessidade mais primária, a de ser atendido, à sua demanda, pelo instinto de sua mãe.

Mamãe agora não recebe só palpite da vovó e da vizinha. Mamãe é bombardeada por toda sorte de profissionais experts em "encantar" e educar os filhos dos outros. Salvo se mamãe morar em uma caverna, não terá como escapar: os conselhos com a melhor técnica educacional voam rápido, de twitter, face, corrente que dá má sorte ou primeira classe e chegam até a mamãe. E a mamãe lê, se interessa, armazena na cabecinha e assim vai diminuindo o espaço antes destinado para o simples, acanhado, sensível e tímido instinto materno.

Não me entendam mal, leio muito, adoro uma novidade, aplaudo as descobertas e o desenvolvimento intelectual do mundo. Mas estou bem cansada e com medo de todos estes testes, desta insegurança que tantas informações me causam e com medo de estar “testando” estudos em meu filho. 

Este post é mesmo um apelo: colocar o instinto materno antes de toda e qualquer outra atitude perante uma criança em seus primeiros anos de vida. Primeiro avalia-se o que a mamãe sentiu, fez no impulso, o que a mamãe sugeriu. Se passada esta hipótese ainda houver algo mais a fazer, deixem o instinto da mamãe decidir qual teoria adotar, beleza?

         “O anjo da guarda de uma criança: o instinto do coração materno”. (Janusz Korczak)

15 de ago. de 2011

Minha mãe que disse

Hoje acordei com esta surpresa delicia! As meninas do Minha mãe que disse republicaram um post meu!

Para quem não conhece o  Minha mãe que disse PRE-CI-SA ir agora lá! É o melhor blog da blogsfera materna!
E os vídeosque elas estão fazendo?! Tarantino já está de olho!

Obrigada Roberta e Flávia! E depois desta republicação confesso que bateu muita insperação para eu voltar a escrever e contar como está a vida de volta ao novo mundo!


Beijão e até já já!

23 de jun. de 2011

Nostalgia de Vienna

Vienna foi o primeiro destino da Vida Nova no Velho Mundo. Já conhecia a cidade e a idéia de poder morar lá não poderia ser mais romântica.

Ao pisar em Vienna na qualidade de moradora desejei viver lá pelo resto da minha vida.

Meses depois a visão romântica da vida vienense foi se enevoando pela falta de agito da cidade, e, somada à necessidade de mudarmos para Holanda, fui obrigada a desapaixonar-me de Vienna. Mas os ventos sopravam em nosso favor, e durante mais de um ano pude voltar todos os meses à minha bela adormecida cidade.

Conheci esta música do Billy Joel logo que cheguei em Vienna. Para ele, Vienna é a metáfora do "resto de sua vida". Para mim, Vienna é a minha opção de vida simples, calma, mais lenta e real;  é a concepção do meu primeiro filho, é a opção de vida que fiz aos 31, é a vida que quero levar para o resto de minha vida, aonde quer que eu esteja ...slowing down crazy child me!

Billy, CER-TE-ZA que você escreveu esta música para mim!



13 de jun. de 2011

Uma história emocionante

A caminhada da Bruna não está sendo fácil. Mas esta menina é tão doce e iluminada que vocês vão virar leitores assíduos do Mulher de força e fé , e não vão conseguir passar nem mais um dia sem mandar muita energia positiva para ela!

9 de jun. de 2011

Vida profissional: pouquinho de fome e culpa nenhuma

Vocês perguntaram, vou responder. Voltar à vida profissional está sendo muito melhor do que eu imaginava!  Fiz ponderações, pensei muito e acredito ter feito a melhor escolha.

Nas primeiras semanas o mais difícil foi passar o dia todo fechada em um mesmo lugar, sem sentar no chão, sem trocar fralda, sem carregar 10kg o dia todo no braço esquerdo, sem sentir aquele cheirinho... E a fome?! Cadê os restinhos de bolacha, maçã, sopinha e leitinho para eu petiscar o dia todo?

Mas e a culpa? Até agora teve não! Tem dias que bate uma saudade absurda. Ligo, recebo fotinhos do berçário, respiro fundo e logo chega a hora de estarmos juntos novamente. Já teve o dia de sair correndo no meio do expediente para buscá-lo no por conta de febre. Já teve o dia de pedir para o marido trabalhar em casa pois não poderia faltar de uma reunião importante e o pequeno estava com suspeita de conjuntivite. Mas tudo deu certo, e sério, não teve culpa alguma.

Estudar, escrever, aprender, ensinar, me arrumar para sair de casa, conversar com queridos amigos todos os dias tem me feito um bem danado. Tenho me esforçado para cumprir o propósito de não perder o equilíbrio entre o pessoal e profissional. Resultado: nunca estive tão motivada profissionalmente. 

17 de mai. de 2011

Retomando...

Eu sei, sumir assim sem deixar rastro não é nada legal, mas impressão minha ou mesmo as mais assíduas blogueiras andam menos constantes nos blogs?! Haveria uma sazonalidade de inspiração cibernética ou os filhotes estão em provas, ou estamos treinando para os segundinhos e terceirinhos?!

No meu caso estava entrando nos eixos. Recuperando o senso de pertencer que eu havia perdido desde mais ou menos outubro do ano passado, quando começou o volta ou não volta para o Brasil e depois toda a adaptação a esta terra que sempre foi minha mas demorou um pouco para me reconhecer na multidão.

Nada como o tempo para colocar as coisas no eixo e nossa casa voltar a ter nosso cheiro.

De volta a vida profissional, Pedro adaptado na escolinha que não custa milhões por mês, não é bilíngüe, tampouco estimula logaritmos. É uma escolinha com cara de casa de avó, e dá toda a segurança, conforto e carinho que meu pequeno está adorando!

Tenho passado bom tempo reparando em São Paulo, nas várias faces da cidade. Os ambulantes do metrô que tem o melhor senso de oportunidade deste mundo: café com bolinho de manhã, milho na espiga e churros no final do tia, tem precedentes uma coisa desta?! Também reparo os executivos da Avenida Paulista, nas pessoas correndo sem tempo para respirar, naquelas que tem todo o tempo do mundo para servir e sorrir e nos ogros consomem o trânsito. Observo, me assusto, me emociono, me identifico e me policio para não perder o estilo de vida simples que me trouxe tanta felicidade nestes últimos dois anos.

Com uma nostalgia absurda deste espaço, penso em como seguir com este blog, qual tema seria mais legal. Talvez vir aqui para colocar algumas linhas sobre minhas impressões da cidade, aprendizados...vamos ver no que dá, não quero perder a possibilidade de me expressar!

29 de mar. de 2011

Tormento de idéias...

...está é minha tradução para a linda palavra do mundo corporativo brainstorming e nem venham falar que minha tradução está incorreta, pois não vou aceitar!

enfim, aí vai o tormento das minha idéias quase dois meses de volta ao meu ninho:

Tá calor, delicia! Delicia, tá calor! Delicia, é outono, mas tá calor! 15 dias de filhote dodoi. Tudo bem, a médica é vizinha e fala português!

R$2.500,00! 2.800,00 e fecha as 17h30! E quem busca as 17h30? Os motoristas com as babás, claro! E como o Pedro vai explicar que a mãe dele optou por não ter carro se os amiguinhos tem um carro para cada dia da semana?
Achei um preço mais razoável, e amei! Matriculei! Começa semana que vem!
Semana que vem? Ah, tranquilo, vou chorar CER-TE-ZA, mas aproveito para desencaixotar a mudança! Cadê a mudança?! Em Santos! Está lá há 30 dias. E?  Não sei, não chega! Cadê TUDO? Acampamento, acampamento! Mas tá calor. Delicia, tá calor! Mas não tenho roupa, não tenho TV, não tem banheira boa para o bebê! Não tem quadros, não tem sofá, não tem mesa, não tem cadeira, não tem tapete, não tem berço!

Não pára empregada, não gosto de nenhuma, não quero mais fazer faxina, nem lavar, nem passar! Quero botar roupa phyna e ter outros assuntos com o marido senão o sabão em pó, o veja e a cândida! Vai ser punk, quem vai embalar o pequeno na soneca da tarde?! Afe, afe! Mas tudo terá seu equilíbrio, tenho fé! Vou encontrar o equilíbrio, tenho fé, tá calor e todo mundo fala a minha língua!

E o preço das coisa, por favor! R$9.000,00 o metro quadrado dos aptos! R$ 32,00 o par de chupeta?! Aí tem que fazer mercado no Dia%! E lá encontro meu vizinho, Fernando Meligeni! Rá, tietei! E ele brincou com o Pedro! Ah! Eu tieto atleta mesmo! Altos papos no Dia% com o Fininho! Delícia, tá calor e todos falam português!

E o que fazer quando vc está sozinha e o filho vomita em vc e nele, e fica bem mal, triste, chorando e vc não tem ajuda. E as vizinhas não se abalam com seu pedido e dizem que não podem vir te ajudar. (Aposto que a mulher do Fininho me ajudaria, mas eles não moram no meu prédio...moram perto!) Então vc afaga o bebê até ele se acalmar, coloca ele sentadinho do seu lado, vc tira a sua roupa, enche a banheira dele, dá um banho bem gostoso nele, enquanto vc fica ali, enrolada na toalha toda vomitada! Dá água para o filhote, deixa ele bem calminho, afaga, embala até ele dormir. Só então vc toma um banho voando, com um pouco de cândida para tirar o fedor do vomitão impregnado, e a noite o marido faz um carinho e encontra restos de golfo no seu cabelo! E o clima? Tá calor minha gente, é outono, estamos acampados, mas tá calor!

24 de mar. de 2011

Relembrando

Vim dar uma espiada no blog, reli alguns dos meus textos e os comentários carinhosos de vcs.
Não está certo ficar tanto tempo sem dar notícias para pessoas queridas como vcs! (será que vcs ainda vem aqui?).
Mas só consigo escrever quando estou inspirada, senão não fica legal! E Inspiração não tem me visitado com frequência...e se vem não a ofereço nem um café! Estou em um esquema assim: quando tenho um tempinho, tomo um banho! Estou bem mais européia aqui do que quando eu estava lá!
Só vi que o Obama estava no Brasil quando ele já tinha chegado no Chile!
A casa em reforma, a mudança parada em Santos, meu marido ainda cruzando o Atlântico como quem cruza a Paulista, o Pedro não para um minuto, assim como não para uma empregada aqui em casa....
Mas devo voltar a escrever, acho que de alguma forma este blog ainda faz sentido...

P.S. Pedro fez 1 ano no último dia 12! A festinha foi petit, e foi delícia! Mas as fotos ainda não ficaram prontas!

15 de fev. de 2011

live from Brazil

Estamos aqui, são e salvos. Mais salvos do que sãos.

O que é que acontece comigo quando chego em São Paulo. O que é esta coisa que acelera o coração, esta sensação de que estou atrasa para alguma coisa, que eu deveria estar correndo e não andando, trabalhando e não blogando.

Ainda não encontrei a inspiração para escrever o que estou sentindo. Felicidade, emoção, ansiedade, pressa?!

Estou em outro ritmo, e assim quero permanecer, mas a minha "memória muscular" de São Paulo parece estar procurando o gatilho para vida corrida e sem tempo. Me atrapalho no banho do Pedro, no fazer a comidinha. Desmaio com o preço das coisas! O que significam os preços dos supermercados?! Como assim R$14,00 uma mini lata de leite em pó?! (isto para a mais barata que encontrei!)

Não encontro as coisas na minha própria casa,  o barrulho das freadas dos ônibus me atordoam. As janelas anti ruído fazem a gente assar dentro de casa, a solução é deixar o vento e as buzinas entrarem...e não vou reclamar do calor!

Saber que estamos próximos daqueles que amamos traz um conforto enorme. Ouvir nossa língua e os ensaios da Pérola Negra na esquina de baixo fazem o Pedro sorrir e é só isto que eu preciso agora!

16 de jan. de 2011

Como será? (... já li este título antes!)

....eu sei, estou em falta com todas, mas por favor, me perdoem...tá bolinho não!

Tenho tanta coisa para contar...mas não estou conseguindo organizar as idéias...

É fácil contar que chegamos do Brasil quarta-feira passada e estava tudo divino por lá! Pedro fez 10 meses, já bate palma, fala mama, memé e batata!, fica em pé, faz oi e tchau, dança ao som de qualquer música e tem cinco dentinhos!

Difícil está organizar e colocar em palavras o fato de que falta muito pouco para voltarmos à Velha Vida no Novo Mundo! Passaram-se os dois anos. Este sempre fora o prazo acordado e chegou a hora de voltar.

E como voltar à Velha vida se na Velha vida eu não era mãe! Eu era estressada, falava rápido, comia as palavras, ofegava, dirigia, buzinava; não cozinhava, não lavava, não passava e não achava graça em nada disto!

Será que a Velha vida vai aceitar uma Patricia ainda mais branca, mais sardenta, mais quieta e mais velha? Será que o Novo Mundo aceita uma Patricia menos consumista, menos preocupada, menos vaidosa e menos ambiciosa? Será que a Patrícia vai se deixar corromper? (Manicure semanal e faxineira 2x por semana é estar corrompida?)

Lá no Novo Mundo tem um montão de gente que não consigo mais viver longe. Lá também têm muitos mini humanos com os quais quero que o Pedro cresça. Será que a Velha vida vai deixar a gente conviver intensamente? 

Enquanto essas e outras perguntas borbulham em minha cabeça, preciso empacotar dois anos em cinco malas e me despedir do lugar que me transformou na mãe do Pedro...
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