E por frequentarmos a Ilha desde os nossos primeiros meses de vida (não, nossas mães não tinham juízo algum, ainda bem!) eu, meus irmãos e primos nos achamos o máximo, nos sentimos superiores à qualquer ser humano em matéria de praia, sem modéstia alguma, pois nós tivemos o privilégio de ter tido um avô pra lá de aventureiro e autêntico, um avô que achou um lugar deste para nós! Nós sabemos o que é trapiche, entendemos o idioma dos caiçaras, convivemos com o Seu Silvano, já vimos plancton e boto, já dormimos em cama tatu e sabemos caçar corrupto e usá-los como isca de pesca!
E nós somos foda porque chegar neste paraíso não é para qualquer mané não, o trampo é surreal, mas sempre, sempre compensa!
Lá não entra carro, não tem luz elétrica, não tem internet, não pega celular, não, não tem secador de cabelo, mas lá a gente sempre tá linda! E passar Reveillon na Ilha é a síntese do auspício!
Lá banho quente é luxo e pura sorte, lá a gente dorme com os mosquitos, mas ao som das ondas do mar e de todas as músicas que cantam a beira mar no seu coração.
Lá a balada é na areia, com ou sem fogueira, e ao som da banda Cataia.
Lá ser descolado é não precisar de lanterna para voltar da balada, é saber chegar em casa à luz da lua!
Lá foram concebidos todos os netos do meu avô! Certeza! E alguns bisnetos tb!
Sobre a Ilha cada Amaro poderia escrever um livro. Eu já pensei em escrever o meu, ou ao menos dedicar um blog exclusivamente para ela, mas hj só estou escrevendo um pouquinho pois me deu muita saudade da Ilha, da sua música, das suas ondas, do seu céu, do pôr do sol no trapiche e dos Amaros...
