sábado, 31 de dezembro de 2011


Espero pacientemente
Que a nuvem passe....
Longe destes olhos à distancia de mim,
Os sonhos crescem...
Espraiam-se em céu e mar, 
Num horizonte distante. 

Espero pacientemente,
A brisa do vento tocar-me a face,
De boca sedenta do teu ar
Respiro fundo...
Anseio o teu respirar
Fonte de vida minha.

Espero pacientemente 
O doce mel da vida,
Néctar da existência
Abençoado com gotas de prata
Vertidas por ti,
Na confirmação de nós.

Espero pacientemente 
A santa unção
Com o unguento da felicidade,
Neste sonho sonhado,
Neste sonho vivido...
Nesta nossa realidade...

(eu)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011


Presa nas teias da vida
Como giesta inacabada
Quero viver!
Percorro caminhos indecifráveis,
Etéreos dentro de mim.
Procuro frenéticamente, 
As grades que me prendem. 
Sacudo-as e GRITO!
Num grito lancinante, peço ajuda!
Em voz moribunda, já sem eco...
Olhares poisam sobre mim
Mas nada vêem!
Sou apenas ar para respirar,
Sou o eco da palavra
que não cheguei a pronunciar...
Sou o grito da voz
Que não se deixa ouvir...
Libertando-se no poema
Que ninguém vai ler...
Sou um corpo que caminha
Prestes a sucumbir....
E assim fico....
À espera...
Na solidão de Ser...

(eu)

Trago em mim
A palavra do poeta
Que se transmuta.
Éter volátil
Que penetra no âmago
Do meu ser...
Sinto a Alma se elevar,
No silêncio da noite.
Olho para a lua,
Nela desenho meu rosto
E cresço na imensidão
Do Universo que habito...

(eu)


Tenho na boca
A palavra do poeta
Que se transmuta

    (eu)